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Edward H. Carr. “Vinte Anos de Crise – 1919/1939”.

Capítulos I e XIV (Conclusão)

Capítulo I – Carr inicia sua obra mencionado o nascimento da disciplina política


internacional como uma ciência. Cita o contexto histórico pré e pós Primeira Guerra
Mundial e expõe que as populações dos países envolvidos não estavam satisfeitas com a
forma que seus dirigentes comandavam a política internacional. Antes de 1914 esses
assuntos eram de pouco interesse da população sendo voltados ao interesse restrito dos
profissionais da área. Após 1914, foram disseminados questionamentos nas sociedades
sobre as decisões que os diplomatas tomavam e por isso houve uma “campanha de
popularização da política internacional”.

Sendo assim, para o autor a ciência política teve seu surgimento com o objetivo de
elaborar e realizar projetos que teoricamente eram infalíveis e caso estes falhassem os
atores precisam solucionar e encontrar uma saída de toda esta utopia, ou seja, no início
das ciências políticas os pesquisadores distanciavam-se da análise de fatores reais e
dedicaram-se a projetar ideias utópicas para alcançar seus objetivos e só quando esses se
mostravam inúteis, que acontecia uma análise factual. Isso forneceu abertura para a
corrente realista aflorar, onde os fatos são aceitos e faz-se uma análise sobre suas causas
e consequências. Assim, segundo Carr, utopia e realismo são duas variáveis do
pensamento político, considerando ideal o equilíbrio em ambas.

Conclusão – A utopia é elemento primordial para o entendimento de Carr do período


entre guerras. Os países ocidentais acreditavam que, com o fim da Primeira Guerra
Mundial, a ordem econômica e política vigorada no período antecedente ao conflito, seria
reestabelecida. Entretanto, como aponta Carr, o contexto mundial já era outro. Elementos
como a volta do padrão ouro, a expansão continua dos mercados e a perpetuação da
hegemonia britânica já não se adaptavam às novas conformidades do século XX.

Perturbados pela falência do livre mercado (baseado, principalmente, na harmonia de


interesses) e pelo desvio darwinista (alternativa adotada onde os aptos se sobressaem aos
inaptos), os países ocidentais tentaram construir uma nova ordem internacional baseada
não no direito do mais forte, mas no direito daqueles que possuíam. Essa utopia,
ocasionou-se numa arma para interesses disfarçados e foi transformada num
“sustentáculo” do status quo. Porém, como demonstra Carr, até mesmo essa tentativa
tornou-se insustentável. A ordem internacional estava até aquele momento passando por
uma reformulação, sendo o poder e a moral ponto de partida para tal.

Carr também traz uma indagação sobre os Estados-Nação e se os mesmos sobreviverão


como unidade de poder durante os tempos. Como ele próprio menciona, após o fim da
Primeira Guerra, os conflitos presenciados dentro das comunidades nacionais, foram
transferidos para a comunidade internacional, caracterizando a hegemonia das nações.
Entretanto, Carr via a possibilidade desse modelo de análise das relações internacionais
focado nas nações ser modificado. Segundo ele, as especulações sobre este assunto
circundavam duas questões:
a) as maiores e mais abrangentes unidades de poder político no mundo possuem
necessariamente um caráter territorial?

Não é aplicável a todos os momentos na história (ele embasa tal afirmação mencionando
o período feudal e a vassalagem), além do que muitas coisas são mutáveis, passiveis a
mudança, sendo a unidade territorial de poder uma delas.

b) se assim for (se houver a mudança), continuarão a manter proximidade o aspecto do


Estado-nação contemporâneo?

O problema do tamanho ótimo das unidades, sejam agrícolas ou industriais, ou unidades


de poder econômico e político, era um dos mais importantes na época quanto a essa
discussão. Quanto ao poder político, existia uma tendência à formação de unidades
políticas e econômicas ainda maiores. Esta direção está intimamente ligada ao
crescimento do capitalismo e da produção industrial. Daí vem o crescimento da economia
americana e a derrocada da esquadra britânica.

O conceito de soberania, segundo Carr, pode tornar-se, no futuro, ainda mais escuro e
indistinto do que era naquela época. Não havia razão para que cada unidade fosse
composta de grupos de vários estados formalmente soberanos, na medida em que a
autoridade efetiva era exercida por um único centro (sendo isso motivado pelo
crescimento das grandes potencias e a sua primazia na tomada de decisões e nos interesses
globais).

Após essa discussão sobre os Estados-Nação, Carr indaga: com os estragos feitos pela
guerra (principalmente na hegemonia britânica), através de que poder poderá a ordem
internacional ser restaurada? Esta questão, segundo Carr, podia ser respondida por
diferentes nações e em várias formas. A Grã-Bretanha, por exemplo, percebeu naquele
momento que a abundância de riquezas e benesses não existia mais. Mas eles se
consolavam com o sonho de que a supremacia britânica, ao invés de desaparecer, se
transformaria na mais alta e mais eficaz forma de uma ascendência dos povos de língua
inglesa. Eles acreditavam piamente numa cooperação Inglaterra/Estados Unidos.

Quanto a discussão acerca da moral, Carr defendia o equilíbrio entre a mesma e o poder.
Qualquer ordem internacional, de acordo com ele, pressupõe uma dose substancial de
consentimento geral; uma certa legitimidade.

Por fim, Carr admite que a melhor esperança de progresso para a conciliação internacional
é o caminho da reconstrução econômica. As grandes economias devem conciliar os
grandes lucros e vantagens econômicas a condições sociais, como a criação de postos de
trabalho e etc. Ademais, o bem social não deve ser pregado unicamente no campo
internacional, mas também no campo nacional.

Apesar de considerar uma utopia, Carr admite que este é o único caminho a ser percorrido
para minimizar as desigualdades sociais e estabelecer uma ordem econômica
internacional mais justa e abrangente.

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