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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA

ISADORA MENEGUELI

KAICK CAMARGO

MAIARA LUIZA

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE PARTÍCULAS SÓLIDAS,


ESTUDO DE FLUIDO NEWTONIANO E NÃO NEWTONIANO E
DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE DINÂMICA DE FLUIDOS

RELATÓRIO

PONTA GROSSA

2018
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA

ISADORA MENEGUELI

KAICK CAMARGO

MAIARA LUIZA

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE PARTÍCULAS SÓLIDAS,


ESTUDO DE FLUIDO NEWTONIANO E NÃO NEWTONIANO E
DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE DINÂMICA DE FLUIDOS

Relatório acadêmico apresentado à


disciplina de Laboratório Engenharia
Química I como parte da avaliação do
6º período letivo do Curso de
Engenharia Química – Universidade
Tecnológica Federal do Paraná –
Campus Ponta Grossa.

Profª Maria Regina

PONTA GROSSA

2018
1 INTRODUÇÃO

1.1 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE PARTÍCULAS SÓLIDAS

Densidade (ρ) é uma unidade de concentração expressa pela relação


massa (g)/volume (mL), sendo útil para a identificação preliminar de produtos
na indústria, no controle de qualidade da produção de um determinado produto,
bem como para expressar a concentração de soluções. Gasolina, álcool etílico
hidratado e álcool etílico adicionado à gasolina, por exemplo, são combustíveis
utilizados em veículos no Brasil, sendo que a composição da mistura pode ser
rapidamente avaliada através da determinação da densidade.

Nesta prática você irá utilizar um picnômetro para determinar a


densidade de líquidos. Este é semelhante a um balão volumétrico (Figura 1),
onde a tampa é substituída por um tubo capilar, e que pode ser encontrado
comercialmente com volumes que variam de 1 a 100 mL. Para se obter a
densidade, a massa pode ser determinada diretamente utilizando-se uma
balança e o volume através do volume do picnômetro. Como o volume do
picnômetro na temperatura de trabalho deve ser conferido é necessário calibrar
o picnômetro, utilizando-se para isso um líquido (água destilada, por exemplo)
de densidade conhecida nessa temperatura.

(A) (B)
Figura 1. (A) Picnômetro, (B) picnômetro, detalhe, tampa com capilar.
1.2 Fluidos Newtonianos e não newtonianos

No estudo dos fluidos newtonianos e não newtonianos utilizamos a


reologia que estuda o escoamento e deformação da matéria, ou seja, a
reologia é o estudo do comportamento de fluidez, sob determinadas condições
termodinâmicas ao longo de um intervalo de tempo. Inclui propriedades como:
elasticidade, viscosidade e plasticidade.
Os fluidos podem ser classificados em Newtonianos e Não Newtonianos.
Da Lei de Newton da Viscosidade temos a relação entre a tensão de
cisalhamento (força de cisalhamento x área) e o gradiente local de velocidade
que é definida através de uma relação linear, sendo a constante de
proporcionalidade, a viscosidade do fluido. Desta forma, todos os fluidos que
seguem este comportamento são denominados fluidos newtonianos, ou seja a
tensão de cisalhamento é diretamente proporcional à taxa de deformação e sua
viscosidade é constante. Já fluidos não newtoniano são os fluidos nos quais a
tensão cisalhante não é diretamente proporcional à taxa de deformação[1].
Os fluidos não newtonianos podem ainda se dividir em fluidos
dependentes do tempo, que apresentam mudança na viscosidade dependendo
do tempo de aplicação da tensão de cisalhamento, e fluidos independentes do
tempo, cujas propriedades reológicas independem do tempo de aplicação da
tensão de cisalhamento, como podemos ver na figura 1[2]:

Figura 2: Classificação dos Fluidos segundo seu comportamento reológico.


Dos fluidos não newtonianos independentes do tempo temos os:

 Pseudoplásticos: Estas substâncias, em repouso, apresentam suas


moléculas em um estado desordenado, e quando submetidas a uma
tensão de cisalhamento, suas moléculas tendem a se orientar na
direção da força aplicada. E quanto maior esta força, maior será a
ordenação e, conseqüentemente, menor será a viscosidade aparente.
Exemplo: polpa de frutas, caldos de fermentação, melaço de cana.
 Dilatantes: Apresentam um aumento da viscosidade aparente com a
tensão de cisalhamento. No caso de suspensões, à medida que se
aumenta a tensão de cisalhamento, o líquido intersticial que lubrifica a
fricção entre as partículas é incapaz de preencher os espaços devido a
um aumento de volume que freqüentemente acompanha o fenômeno.

Os fluidos pseudoplásticos e dilatantes são fluidos sem tensão inicial, ou


seja, não necessitam de uma tensão de cisalhamento inicial para começarem a
escoar. Compreendem a maior parte dos fluidos não newtonianos. Também
tem-se os fluidos que necessitam de uma tensão de cisalhamentos inicial para
começarem a escoar. Dentre os fluidos desta classe se encontram [2]:

 Plásticos de Bingham: fluido que se comporta como um sólido até que


uma tensão crítica mínima seja excedida e, subsequentemente, exibe
uma relação linear entre tensão e taxa de deformação. Ex: suspensões
de argila, pasta de dente, cimentos. Viscosidade aparente como função
do tempo.
 Herschel-Bulkley: Também chamado de Bingham generalizado.
Entretanto, a relação entre a tensão de cisalhamento e a taxa de
deformação não é linear.

Podemos observar melhor estas propriedades na Figura 3:


Figura 3: Curvas de escoamento de fluidos newtoniano e não newtonianos de propriedades
independentes do tempo de cisalhamento.

Dos fluidos não newtonianos dependentes do tempo temos:

 Tixotrópicos: Esta classe de fluidos tem sua viscosidade diminuída com


o tempo de aplicação da tensão de cisalhamento, voltando a ficar mais
viscosos com quando esta cessa. Muitas tintas são tixotrópicas.
 Reopéticos : Já este tipo de fluido apresenta um comportamento inverso
ao dos tixotrópicos. Desta forma, a viscosidade destes fluidos aumenta
com o tempo de aplicação da tensão, retornando à viscosidade inicial
quando esta força cessa. Como podemos ver na figura 4.

Figura 4: Curvas de escoamento de fluidos não newtonianos de propriedades


dependentes do tempo de cisalhamento.
Após a deformação, alguns fluidos retornam parcialmente à sua forma
original quando livres da tensão aplicada, esses fluidos são denominados de
viscoelásticos. [1].

1.3 Viscosidade

Durante o escoamento de um fluido observam-se um relativo movimento


ente suas partículas, resultando um atrito entre as mesmas. Viscosidade é a
propriedade que determina o grau de resistência do fluido à força cisalhante, ou
seja, resistir à deformação. A viscosidade depende da temperatura, da pressão
e da taxa de deformação angular. [3].

𝐹.∆𝑉
µ=
𝐴.𝑦

Onde: F é a força tangencial; A é a área; y é a espessura do fluido; ΔV é


a velocidade e μ é o coeficiente de viscosidade dinâmica.

1.4 Viscosímetros

O viscosímetro do tipo copo Ford é um tradicional instrumento,


freqüentemente utilizado no controle de viscosidade cinemática de fluidos, tais
como tintas, vernizes, resinas, etc [4].
Ele é fabricado normalmente em alumínio polido e possui um orifício, por
onde escoa o fluido, feito em aço inoxidável e polido por dentro, com nível ou
não, e pés niveladores que asseguram leveza e exatidão durante as medições.
A utilização dos Copos Ford é extremamente simples e permite ao
usuário efetuar medições em qualquer local, desde que estejam de acordo com
as condições das normas existentes. Consiste em medir o tempo que o líquido
leva para escoar de um reservatório por meio de um orifício aberto no fundo. O
princípio de funcionamento do copo Ford baseia-se na equação de poiseuille
[4].

𝜋.𝛥𝑃.𝐷^4
µ= (1)
128.𝐿.𝑄

Pode-se afirmar que a diferença de pressão do escoamento através do


orifício é ρgh.
ΔP = ρgh (2)
Assim,
𝑄∗𝐿
𝜌𝑔ℎ = 128 ∗ 𝜇 ∗ (3)
𝜋∗𝐷4
Então, se:
𝑑ℎ
𝑄 = 𝐴𝑡 ∗ (4)
𝑑𝑡
Onde:
 At é a área transversal do copo
𝑑ℎ
 é a variação do nível do fluido no copo com o tempo
𝑑𝑡

Temos,
𝑑𝑡 𝑑ℎ 128∗𝐴𝑡∗𝐿
= ∗ (5)
𝑣 ℎ 𝜋∗𝑔∗𝐷4
Integrando a equação,
𝑡
𝑣 = ℎ𝑓 (6)
𝐶∗ln(ℎ0)

Onde h0 e hf são as alturas inicial e final do fluido, respectivamente.


Então a base da equação proposta pelo fabricante do copo ford :
v=A.Δt+B (7)

2 OBJETIVOS
A aula prática é composta de tres partes, sendo a primeira com o
objetivo de determinar a densidade de particulas sólidas, a segunda parte é
determinar se um fluido é newtoniano ou não newtoniano e a ultima foi a
determinação da viscosidade de fluidos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 PRÁTICA 1: DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE PARTÍCULAS


SÓLIDAS

Resultados:

O estudo da picnometria, proposto pela professora, corresponde à


medida da massa volumétrica (densidade) de sólidos e líquidos. Para tanto, o
estudo foi dividido em duas etapas: Calibração e experimento.
3.1.1 Calibração

Para efetuar a calibração, o aparelho conhecido como picnômetro teve


sua massa medida em uma balança, inicialmente vazio (m p), e posteriormente
completo com água (mp + água), obtendo os seguintes resultados:

mp = 12,722g

mp + água= 39,500g

A temperatura da água, aferida via termômetro, era 22°C. Com esse


dado, conferindo nas tabelas termodinâmicas, o valor para a densidade da
água é de 0,99803 kg/dm3. Assim, subtraindo a massa do picnometro vazio da
massa do picnômentro mais a água, temos a massa de água que ocupou o
picnometro (mágua).

mp+água - mp = mágua

mágua = 26,778g

Com o valor da massa de água e de sua densidade, podemos calcular o


volume máximo do picnômetro.

ρágua= mágua / vp

vp= mágua / ρágua

vp= 26,778 / 0,99803 = 26,831mL

3.1.2. Experimento

O sólido a ter sua densidade calculada pelo experimento de picnometria


foi a esfera de vidro (900 micrometros) e o experimento foi realizado em
duplicata durante dois dias diferentes. Portanto, inicialmente foi necessário a
pesagem do picnômetro vazio (mp1=12,716g e mp2=12,710 contendo uma certa
quantidade de esferas (m(p + esferas)1 = 35,375g e m(p + esferas)2 = 34,376g). Assim,
ao subtrairmos esse valor por mp, poderíamos obter a massa de areia a ser
estudada.

mesfera = m( p + esferas) − mp
mesfera1= 22,659g e mesfera2= 21,663g

Após essa medição de massa, o volume do picnômetro foi completado


com água, e mais uma vez levado à balança, obtendo assim a massa do
picnômetro mais a esfera somados à água adicionada (m (p+esfera+água)1 =
52,857g e m (p+esfera+água)2 = 52,220g). Assim, para o cálculo da densidade da
esfera, primeiro era necessário o cálculo do volume que a água adicionada
ocupava, pois a diferença entre o volume máximo do picnômetro pelo o que a
água ocupava, seria o volume ocupado pelo sólido, e tendo o volume e a
massa da esfera, teríamos sua densidade. Assim, primeiro era necessário
conhecer a massa de água dessa mistura e relacioná-la com a densidade para
obtermos seu volume, onde o valor para a densidade da água a 22°C é de
0,99803 kg/dm3 e a 23°C (aferida por termômetro no dia da duplicata) é de
0,99751 kg/dm3.

mágua = m( p + esfera + água) − m( p + esfera)

mágua1= 17,482g e mágua2= 17,844g

vágua = mágua / ρágua

vágua1 = 17,517 mL e vágua2 = 17,889 mL

Subtraindo esse volume do volume total:

vesfera= vp (calibração) − vágua

vesfera1 = 9,314 mL e vesfera2 = 9,242 mL

Assim, a densidade encontrada é de:

ρesfera = mesfera / vesfera

ρesfera1= 2,433 g/mL e ρesfera2= 2,344 g/mL

3.2 PRÁTICA 2: DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE DINÂMICA DE


FLUIDOS

Realizou-se o experimento em triplicata e os tempos obtidos para cada


medida encontram-se na tabela a seguir:
Líquido Experimento Tempo (s)
1 40,06
Óleo de soja 2 38,85
3 39,02
Tabela :Tempos de escoamento da amostra

O orifício escolhido para o experimento foi o de número 3, e a equação


para o cálculo da viscosidade cinemática fornecida pelo fabricante para esse
orifício foi a seguinte:

𝑣 = 2,314 (t – 15,20)

Calculando as viscosidades cinemática e dinâmica para o tempo obtido


no primeiro experimento, temos que:

𝒗 1 = 2,314 (40,06 – 15,20)

𝒗 1 = 57,52604 mm2/s

Para o tempo do segundo experimento:

𝒗 2 = 2,314 (38,85 – 15,20)

𝒗 2 = 54,7261 mm2/s

Finalmente, para o tempo do terceiro experimento:

𝒗 3 = 2,314 (39,02 – 15,20)

𝒗 3 = 55,1195 mm2/s

Calculando a média das três viscosidades encontradas, obtém-se:

57,52604 + 54,7261 + 55,1195


𝑣=
3

𝒗 = 55,7905 mm2/s

Deseja-se agora converter a viscosidade cinemática encontrada para a


viscosidade dinâmica. Sabendo que:
𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑒𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎 =
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

Para que haja uma melhor relação entre as unidades, convertemos a


viscosidade cinemática de mm2/s para m2/s, obtendo o valor de 5,779.10-5
m2/s. A densidade do óleo a temperatura ambiente encontrada na literatura é
de 0,883 g/cm3. (BROK, 2008)

Aplicando os valores na fórmula, obtém-se:

µ
𝑣=
𝜌
µ
5,799.10 − 5 =
883

µ = 0,051205 Pa.s

µ = 51,205 mPa.s
Conclusão

Na pratica de determinação da densidade de partículas sólidas pudemos


verificar que a densidade calculada no primeiro experimento foi relativamente
maior (cerca de 3.66%) do que o segundo, essas disparidades entre as
densidades das esferas podem ser justificadas principalmente pelos erros de
operação de equipamento e o fato de ter sido realizada a duplicata em dias
diferentes com temperaturas diferentes (sendo que a mesma é um dos fatores
que alteram a densidade). Seria necessário realizar outra aferição para verificar
qual a densidade mais aproximada da realidade.

BROKE, em seu artigo publicado em 2008, apresenta a viscosidade


dinâmica do óleo de soja a temperatura ambiente (25ºC) em mPa.s como
sendo 50,1 mPa.s. Visto que a viscosidade dinâmica encontrada no
experimento foi de 51,205 mPa.s, observamos que o valor obtido é
significativamente próximo ao encontrado na literatura. Concluímos então que o
método do Copo Ford é um método eficiente para a determinação da
viscosidade dinâmica. O erro obtido pelo equipamento e pelas equações foi
pequeno, portanto a amostra de óleo analisada estava dentro dos padrões de
viscosidade.
Em relação aos tempos de escoamento obtidos podemos observar um
pequeno decréscimo de um experimento para o outro, o que pode ser
explicado pelo fato do óleo possivelmente ter lubrificado o orifício do Copo,
fazendo com que a velocidade da posterior passagem do fluido se desse de
forma ligeiramente mais rápida. Outro fator sujeito a erro durante o experimento
pode ser atribuído ao tempo de resposta do operador entre o acionamento do
cronômetro no início e no final do escoamento do fluido.

REFERENCIA

BROCK, Josiane et al. Determinação experimental da viscosidade e


condutividade térmica de óleos vegetais. Campinas, 2008. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n3/a10v28n3.
Roteiro: Aula prática: Determinação da densidade de partículas sólidas.
FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T. Introdução à Mecânica dos
Fluidos. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
Disponível em <http://enq.ufsc.br/disci/eqa5415/REOLOGIA%20DE
%20FLUIDOS%20-%20apostila.pdf> Acesso em: 09/05/2018.

Disponível em <http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/09/
Apostila-de-Mec%C3%A2nica-dos-Fluidos.pdf> Acesso em: 09/05/2018.

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