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Hodiernamente convivemos com a multiplicidade de serviços oferecidos

pelas instituições financeiras, seja uma recarga telefônica, o pagamento de boletos


diversos, um seguro de automóvel, entre outros. O avanço da tecnologia traz
agilidade e conforto aos clientes com a disponibilização de canais de
autoatendimento por meio dos aplicativos de celular, internet banking (banco online),
ou até mesmo no interior dos estabelecimentos por meio dos caixas eletrônicos e
sistemas de atendimento informatizados. Os canais eletrônicos oferecem serviços
como os de abertura de conta, pagamento de boleto, efetivação de transferência
entre contas, consulta de saldos etc.
Além das vantagens que a era tecnológica nos propicia, é inegável a
vulnerabilidade dos canais que utilizam a internet. Segundo dados da Serasa
Experian, empresa de análises e informações para decisões de crédito e apoio a
negócios, o Brasil registrou de janeiro a maio de 2017 um total de 782.244 tentativas
de fraude, o setor bancário totalizou 187.203 tentativas, e encontra-se em terceiro
lugar no ranking, atrás das fraudes no setor de telefonia e de serviços. Diante do
exposto, quem responde pelos prejuízos causados por ações fraudulentas? Quem
assume os riscos existentes?
Ao falarmos em entidades bancárias, faz-se mister esclarecer que as
instituições financeiras não se limitam aos famosos bancos comerciais, voltados a
captação de recursos de agentes econômicos superavitários (pessoas que aplicam
dinheiro) e emprestam para agentes econômicos deficitários (pessoas com
dificuldades financeiras), existem uma diversa gama de instituições financeiras que
fazem papel parecido, como é o caso das cooperativas de crédito que vem
ganhando espaço no mercado financeiro com a oferta de taxas mais em conta e
prestação de serviços de modo igual, ademais, o cliente é o próprio dono da
cooperativa.
Indubitavelmente, a população que utiliza os serviços bancários deposita
certa confiança nos serviços oferecidos, de modo que, é esperada por parte dos
clientes e usuários a segurança de suas transações, bem como soluções jurídicas a
serem aplicadas em face de eventuais ações fraudulentas.
Com maestria, Cavalieri Filho (2012, pág 405) no enseja que:

Os bancos têm se esforçado em atribuir ao consumidor ou usuários


as consequências desses riscos, mas sem base jurídica. Incide, aqui,
a teoria do risco do empreendimento, segundo a qual todo aquele
que se disponha a exercer alguma atividade no mercado de consumo
tem o dever de responder pelos eventuais vícios ou defeitos dos
bens e serviços fornecidos, independentemente de culpa.

Os riscos da relação de consumo não podem ser suportados pelo


consumidor, não existe nenhuma responsabilidade deste com a fragilidade dos
sistemas bancários, ou seja, os bancos não podem se eximir da obrigação de
indenizar e reparar os danos cometidos por terceiros perante os cliente e usuários.
Conforme os ensinamentos de Gonçalves (2012), podemos concluir que
os princípios que regem os riscos do cartão de crédito também se aplicam as
fraudes via internet, deste modo, o empreendedor assume todos os riscos do
negócio, e só se eximirá provando culpa exclusiva do cliente ou usuário.
Nessa mesma premissa, diante de uma fraude, os direitos dos clientes
que tenham relação de consumo com os bancos estão resguardados pelo Código de
Defesa do Consumidor no seu artigo 14, caput, no qual diz que “O fornecedor de
serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.
Não havendo a relação de consumo, ou seja, mera relação de uso dos serviços sem
que haja vínculo entre as partes, os direitos destes serão resguardados pelo
paragrafo único do Art. 927 do Código Civil de 2002, onde diz que “Aquele que, por
ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
Conclui-se, portanto, que a era digital além de nos proporcionar
benefícios diversos, trás consigo uma fragilidade com relação as invasões dos
sistemas informáticos, diante disso, cabe as instituições financeiras a criação de
mecanismos de prevenção a fraude e instruções aos clientes de como manusear de
forma segura os seus sistemas.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do
Consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm> .
Acesso em: 10 de outubro de 2017.

GONÇALVES. Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 7.


Ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v. 4.

CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de Responsabilidade Civil. 10 Ed. São


Paulo: Atlas, 2012.

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