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PROJETO DE RESOLUÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO NA VENEZUELA

CONSIDERANDO que a Carta da Organização dos Estados Americanos reconhece que a


democracia representativa é condição indispensável para a estabilidade, a paz e o desenvolvimento da
região e que um dos propósitos da OEA é promover e consolidar a democracia representativa;

REAFIRMANDO o direito dos povos das Américas à democracia e a obrigação dos seus
governos de promovê-la e de defendê-la;

TENDO PRESENTE que o respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais, o


acesso ao poder e seu exercício em conformidade com o Estado de direito, a realização de eleições
periódicas, livres e justas baseadas no escrutínio secreto e sufrágio universal como expressão da
soberania popular, o sistema pluralista de partidos políticos e organizações, e a separação e a
independência dos poderes são, entre outros, elementos essenciais da democracia representativa;

TOMANDO NOTA do relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos


“Instituições Democráticas, Estado de Direito e Direitos Humanos na Venezuela”, publicado em 12 de
fevereiro de 2018, que reflete a crise política, econômica, social e humanitária naquele país;

RECORDANDO que, por meio de sua resolução CP/RES. 1095 (2145/18), de 23 de fevereiro
de 2018, o Conselho Permanente solicitou ao governo da Venezuela que reconsiderasse a convocação
de eleições presidenciais e implementasse as medidas necessárias para impedir a piora da situação
humanitária, inclusive aceitando a assistência oferecida pela comunidade internacional;

CONSIDERANDO que o agravamento da crise política, econômica, social e humanitária, que


tem causado a deterioração do padrão de vida naquele país, vem gerando uma crescente emigração de
cidadãos venezuelanos, com impacto na capacidade de alguns países do Hemisfério de atender suas
diferentes necessidades, inclusive aquelas relativas à segurança, conforme evidenciado na reunião do
Conselho Permanente ocorrida em 30 de abril de 2018;
RECORDANDO que a resolução CP/RES 1078 (2108/17), de 3 de abril de 2017, declarou
haver ocorrido uma alteração inconstitucional da ordem constitucional da República Bolivariana da
Venezuela;

SUBLINHANDO que as iniciativas diplomáticas propostas pelo Conselho Permanente e


empreendidas por diversos Estados membros foram recusadas pelo governo venezuelano ou
fracassaram até o momento,

RESOLVE:

1. Declarar que o processo eleitoral tal como implementado na Venezuela e que foi
concluído em 20 de maio de 2018 carece de legitimidade, por não atender aos padrões internacionais,
não ter obtido a participação de todos os atores políticos venezuelanos e ter sido realizado sem as
necessárias garantias de um processo livre, justo, transparente e democrático.

2. Reafirmar que a reconciliação nacional só pode ser lograda por meio de um diálogo
nacional, com a participação de todos os atores políticos e partes interessadas venezuelanos, que
chegue a um acordo sobre as condições necessárias para a realização de novo processo eleitoral que
reflita verdadeiramente o desejo dos cidadãos venezuelanos e resolva de forma pacífica a atual crise
naquele país.

3. Reiterar que ocorreu uma alteração inconstitucional da ordem constitucional da


República Bolivariana da Venezuela, conforme expressado na resolução CP/RES. 1078 (2108/17), de
3 de abril de 2017.

4. Instar o governo da Venezuela a adotar medidas para assegurar a separação e a


independência dos poderes constitucionais e restaurar a plena autoridade da Assembleia Nacional, o
Estado de direito e as garantias e liberdades da população.

5. Instar o governo da Venezuela a permitir o ingresso de ajuda humanitária e a adotar


medidas de vigilância epidemiológica em seu país, de modo a impedir o agravamento da crise
humanitária e sanitária, em particular contra o ressurgimento de doenças como sarampo, malária e
difteria.

6. Convidar os Estados-membros a adotar medidas para tratar da emergência


humanitária na Venezuela, inclusive fornecendo medicamentos, bem como a considerar contribuições
às organizações internacionais competentes com vistas a fortalecer a capacidade institucional dos
países receptores.

7. Instruir o Conselho Permanente a identificar, em coordenação com as instituições


interamericanas e internacionais relevantes, as medidas apropriadas para apoiar os Estados membros
que estão recebendo números crescentes de migrantes e refugiados venezuelanos.

8. Conclamar os Estados membros e Observadores a adotar, de acordo com seus


respectivos marcos jurídicos e com o direito internacional aplicável, as medidas consideradas
apropriadas nos níveis político, econômico e financeiro, de modo a contribuir para a restauração da
ordem democrática na Venezuela.

9. Manter-se ocupada da situação na Venezuela, de modo a apoiar ações diplomáticas e


medidas adicionais que facilitem a restauração das instituições democráticas e da paz social e
promovam o pleno respeito aos direitos humanos e a plena observância do Estado de direito, conforme
o marco constitucional da Venezuela e de forma compatível com suas obrigações e compromissos
internacionais.

10. Aplicar, em estrita observância da letra e do espírito da Carta Democrática


Interamericana, os mecanismos para a preservação e defesa da democracia representativa estabelecidos
em seus Artigos 20 e 21.

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