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Língua Portuguesa

João Bolognesi
Aula 06
SUMÁRIO

1. CONCORDÂNCIA VERBAL
1.1 REGRA GERAL (CONCORDÂNCIA LÓGICA)

1. CONCORDÂNCIA VERBAL

1.1 REGRA GERAL (CONCORDÂNCIA LÓGICA)

No português, diferentemente de outras línguas, a ordem é passível de inversão. O termo


“sujeito” tem núcleo sem preposição. Paralelo a isso, há inúmeras outras funções sintáticas
(ex.: objetos, agentes, complementos etc). Nestas outras funções, o núcleo vem com
preposição (não são todas as outras funções, mas a imensa maioria), gerando uma diferença
formal (física).

Por isso que a ordem inversa é comum no português, possibilitando termos com ou sem
preposição. Ex.: “o menino” é diferente de “do menino”; “no menino”; “ao menino”; “pelo
menino”; “para o menino; “com o menino”.

Quando nós escrevemos “o menino”, introduzido por um artigo sem preposição, isso tem uma
potencialização do núcleo do sujeito. Ao revés, aquilo que vem com preposição carece dessa
potencialização, não havendo núcleo do sujeito. A inversão não acarreta problema.

Observe o seguinte exemplo: “Ao menino foi dado o presente”. Essa é construção está na voz
passiva.

A maioria dos estudantes brasileiros de nível superior para identificarem a análise sintática de
uma frase realizam as seguintes perguntas para o verbo: “quem?” ou “o quê?”. Isso não é
errado. O problema é ter só essa ferramenta.

Se a frase fosse “ele leu o livro”, ai funciona. Quem leu? Ele (sujeito). Quem leu, leu algo: o
livro (objeto direto).

Só que o português não funciona assim. Funciona em algumas frases, mas não em todas.
Podemos chamar de ferramenta um, mas não podemos tomar como única ferramenta.

Frase 1 - “Ao menino foi dado o presente”

Se perguntarmos “quem?” ou “o quê?” na frase “ao menino foi dado o presente”, erra-se
tudo.

A nova ferramenta é olhar para o “ao” e entender que é uma preposição. O “a” é uma
preposição. Sabendo que o “a” é preposição, sabemos que “ao menino” não é sujeito da
oração (ferramenta dois). Portanto, a frase se encontra invertida.

A ordem seria sujeito – verbo – complemento. Assim fica fácil entender que “o presente” é
sujeito, foi dado ao verbo “ao menino”. Essa é a ordem lógica: “o presente foi dado ao
menino”. Mas no português podemos inverter.

Anotador: Vinícius Ferreira


Damásio Educacional
Língua Portuguesa
João Bolognesi
Aula 06

“O presente”, traz o artigo “o”, essa presença do artigo se distingue do “ao menino” que traz
uma preposição.

Por isso temos que saber identificar a PREPOSIÇÃO.

Voltando ao primeiro quadro, temos que saber em detalhes: “preposição” + “artigo” +


“pronome”.

Preposição: de + em + para + com + por + a

Artigo: do + da+ no + na + pelo + pela + ao + à

Pronome: dele + deste + nele + neste + àquela

Portanto, “ao menino foi dado o presente”, está em ordem inversa.

Frase 2 - “Ao menino foi dado o presente pelo pai”. A estrutura verbal é a primeira que temos
que olhar.

“Ao menino” é a preposição “a”. Em “pelo” tem preposição “por”. Assim, colocando a frase em
ordem fica “o presente foi dado ao menino pelo pai”. A preposição organiza a frase, pois tem
lógica. Portanto, no português há um sistema de PREPOSICIONAMENTO.

Mas o núcleo do sujeito deve ser protegido, ou seja, ele não virá preposicionado.

Inversão

“Somavam-se a essas frustações um forte sentimento de inferioridade de origem”. Se a frase


já começou pelo verbo, utilizaremos a ferramenta 2. A ordem direta é: sujeito + verbo +
complemento.

Nesse momento deve ocorrer uma lição primordial. Assim, quais seriam as informações
prévias? Ter estudado a área proibida de crase.

Antes de essas frustações, palavra no plural “a” no singular, só pode ser preposição. Antes do
“essas” nunca se usa artigo. Sendo só preposição, “a” não é sujeito, porque sujeito não traz no
núcleo essa peça, então “frustação” não pode ser núcleo do sujeito. Portanto, o sujeito é “um
forte sentimento de inferioridade de origem”. “Inferioridade” não é núcleo, em razão do “de”;
“origem” não é núcleo por causa do “de”. O núcleo do sujeito é só a palavra “sentimento”, e
por isso a concordância está errada. “Um sentimento somava-se a essas frustações”.

A ordem direta é: um forte sentimento de inferioridade de origem somava-se (verbo) a essas


frustações.

Vamos a outra construção.

Frase 3 – “Não causa (verbo) estranheza, pois, as resistências que o projeto de lei enfrentou”.

Anotador: Vinícius Ferreira


Damásio Educacional
Língua Portuguesa
João Bolognesi
Aula 06

Como a ordem está invertida, o problema é o sentido. Desvendando-o, é a única forma de


encontrar o sujeito, verbo e complemento. A oração em análise vai até o “que”. Após o “que”,
abre-se uma oração 2.

Na oração 1: temos três peças. O verbo “causar”, “estranheza” e as “resistências”. Portanto,


alguma coisa causa a outra. Então a única forma de construção é pelo sentido. Temos que
buscar o que causa e o que é causado. Então temos o sujeito que causa e terei algo que é
causado. Só que há um acréscimo aqui. Assim, a ordem direta seria “as resistências não
causam estranheza”. Há um erro de concordância. Isso porque as estranhezas não causam
resistência não haveria NEXO (sentido/coerência).

O distanciamento do verbo e do núcleo do sujeito (intercalação) traz uma musicalidade


contrastante. Porém, se isso se somar a outro elemento chamado INVERSÃO, há o “quarteto
fantástico”, sendo as armadilhas do concurso.

Nós temos no conceito de sujeito a ideia de pessoa. Na ideia de verbo, uma ideia de ação, e na
ideia de complemento (objetos), tais elementos oferecem a ideia de língua.

Ou seja, o sujeito é uma pessoa que pratica uma ação (verbo), e essa ação recai sobre um
objeto (complemento).

Assim a construção: “ele estudou a matéria”. “Ele gosta da matéria”, há uma lógica perfeita
(sujeito, verbo e complemento).

O português tem essa estrutura, mas ela não é a única.

Há estruturas operacionais como “o livro pertence ao aluno”. O verbo “pertencer” indica uma
ação, alterando a estrutura clássica de formação. Aqui, “o livro” é o sujeito da ação, e “ao
aluno” será chamado de objeto.

A preposição é necessária, bem como vai produzir diferença, qualidade. “Ao” objeto é a
preposição “a”. Portanto, “ao aluno não é o sujeito”. E o verbo “pertencer” exprime que a
coisa é o sujeito (ex.: a casa pertence ao fulano; os bens pertencem ao réu). Portanto, o aluno
é objeto da construção.

A construção: “pertencem aos alunos o livro”. A ordem direta é sujeito (o livro), verbo
(pertencem) e objeto (aos alunos). “Aos” é a preposição “a” e por isso não pode ser núcleo do
sujeito. Portanto, “aos alunos” não é o sujeito. Assim, a ordem direta é: “o livro pertence aos
alunos”.

Sujeito x Agente
Outra construção: “não cabem aos defensores públicos, em geral mal remunerados e
desmotivados, a responsabilidade integral por sua insegurança diante dos entraves
burocráticos”.

Anotador: Vinícius Ferreira


Damásio Educacional
Língua Portuguesa
João Bolognesi
Aula 06

Advertência: Nem sempre aquela pessoa que age será o sujeito da construção.

Assim, “aos defensores públicos, em geral mal remunerados e desmotivados” – “aos” é


preposição. Portanto, defensores não é o núcleo do sujeito e, por extensão, não é o sujeito da
construção. A ordem está inversa, há um distanciamento entre verbo e sujeito. Portanto,
houve uma intercalação. Além da música, há uma ideia de pessoa, que não é o sujeito da frase.

Então a frase na ordem direta é: “a responsabilidade (núcleo do sujeito) integral por


(preposição) sua insegurança diante dos (preposição) entraves burocráticos (sujeito), não cabe
aos defensores públicos, em geral mal remunerados e desmotivados”

Por meio da preposição, exclui-se o que não é núcleo do sujeito.

Sujeito x Agente

“De (adjunto adverbial de modo) acordo com o respectivo estatuto, a proteção à (preposição)
criança e ao (preposição) adolescente (sujeito) não constituem obrigação exclusiva da família”.

Assim, a proteção não constitui sujeito, pois o verbo concorda com o núcleo do sujeito.

Assim, fechamos o segundo bloco com: distância, intercalação, musicalidade e inversão.

Anotador: Vinícius Ferreira


Damásio Educacional

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