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MÓDULO

8
ATIVIDADES ESPECIAIS

8.5 TRABALHO DO MENOR


DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
8.5. TRABALHO DO MENOR .....................................................................................................................4
8.5.1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................................4
8.5.2. CONCEITO DE MENOR ..........................................................................................................4
8.5.2.1. MENOR DE 14 ANOS ...............................................................................................4
8.5.3. DISPOSIÇÕES REGULADORAS............................................................................................4
8.5.3.1. EXCLUSÃO ...............................................................................................................4
8.5.4. HABILITAÇÃO DO MENOR PARA O TRABALHO ................................................................4
8.5.4.1. EMISSÃO DA CTPS..................................................................................................4
8.5.4.1.1. Impossibilidade de Apresentação de Documentos .............................4
8.5.5. OBRIGAÇÕES DO RESPONSÁVEL LEGAL DO MENOR.....................................................5
8.5.5.1. PERDA DO PODER FAMILIAR OU DA TUTELA ....................................................5
8.5.5.2. RESCISÃO DO CONTRATO PELO RESPONSÁVEL..............................................5
8.5.6. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR........................................................................................5
8.5.6.1. GARANTIA DE FREQÜÊNCIA À ESCOLA..............................................................5
8.5.6.1.1. Exame Vestibular ....................................................................................5
8.5.6.1.2. Estabelecimentos Rurais .......................................................................5
8.5.6.2. MUDANÇA DE FUNÇÃO ..........................................................................................5
8.5.7. ATIVIDADES PROIBIDAS AO MENOR ..................................................................................5
8.5.7.1. ATIVIDADES INSALUBRES E PERIGOSAS ...........................................................6
8.5.7.2. SERVIÇOS PREJUDICIAIS À MORALIDADE DO MENOR.....................................8
8.5.7.2.1. Autorização Judicial ...............................................................................8
8.5.7.3. RESTRIÇÃO QUANTO AO SERVIÇO......................................................................8
8.5.8. DURAÇÃO DO TRABALHO....................................................................................................8
8.5.8.1. COMPENSAÇÃO ......................................................................................................8
8.5.8.1.1. Obrigatoriedade de Acordo....................................................................8
8.5.8.2. PRORROGAÇÃO ......................................................................................................8
8.5.8.3. INTERVALO ..............................................................................................................8
8.5.8.4. EMPREGADO EM MAIS DE UMA EMPRESA .........................................................8
8.5.8.5. SERVIÇOS EXTERNOS............................................................................................8
8.5.8.6. ANOTAÇÃO EM LIVRO OU FICHA DE REGISTRO DE EMPREGADOS ...............9
8.5.8.7. PERÍODO DE DESCANSO .......................................................................................9
8.5.8.7.1. Intervalo durante a Jornada de Trabalho..............................................9
8.5.8.7.2. Intervalo entre Jornada de Trabalho .....................................................9
8.5.8.7.3. Repouso Semanal ...................................................................................9
8.5.8.8. TRABALHO NOTURNO............................................................................................9
8.5.8.8.1. Horário Noturno dos Trabalhadores Rurais .......................................10
8.5.9. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................10
8.5.10. SALÁRIO..............................................................................................................................10
8.5.11. RECIBOS FIRMADOS POR MENOR ..................................................................................10

2 FASCÍCULO 8.5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

8.5.12. CONCESSÃO DAS FÉRIAS................................................................................................10


8.5.12.1. MENOR ESTUDANTE...........................................................................................10
8.5.13. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO...........................................................................................10
8.5.14. APRENDIZ ...........................................................................................................................10
8.5.14.1. CONTRATO DE APRENDIZAGEM.......................................................................10
8.5.14.1.1. Formação Técnico-Profissional.........................................................10
8.5.14.1.2. Remuneração ......................................................................................11
8.5.14.1.3. Anotação na Carteira de Trabalho.....................................................11
8.5.14.1.4. Dispensa de Registro do Contrato no Ministério
do Trabalho e Emprego ......................................................................11
8.5.14.1.5. Duração do Contrato ..........................................................................11
8.5.14.1.6. Contrato Considerado Nulo ...............................................................11
8.5.14.1.7. Validade do Contrato ..........................................................................11
8.5.14.1.8. Vale-Transporte ..................................................................................11
8.5.14.2. ESTABELECIMENTOS OBRIGADOS A MANTER APRENDIZES......................11
8.5.14.2.1. Frações Apuradas...............................................................................11
8.5.14.2.2. Entidades Filantrópicas......................................................................11
8.5.14.2.3. Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ...............................12
8.5.14.2.4. Impossibilidade de Desligamento do Curso ....................................12
8.5.14.3. FREQÜÊNCIA OBRIGATÓRIA.............................................................................12
8.5.14.4. AUSÊNCIA DE CURSOS ......................................................................................12
8.5.14.4.1. Estrutura Adequada............................................................................12
8.5.14.5. CERTIFICADO.......................................................................................................12
8.5.14.6. CONTRATAÇÃO DO APRENDIZ .........................................................................12
8.5.14.7. JORNADA DE TRABALHO ..................................................................................12
8.5.14.8. TÉRMINO DO CONTRATO...................................................................................12
8.5.14.8.1. Parcelas Devidas.................................................................................12
8.5.14.8.2. Contratação de Novo Aprendiz..........................................................13
8.5.14.9. FÉRIAS ..................................................................................................................13
8.5.14.10. ENCARGOS SOCIAIS.........................................................................................13
8.5.14.11. MODELO DO CONTRATO..................................................................................13
8.5.15. PRESCRIÇÃO......................................................................................................................14
8.5.16. PENALIDADES ....................................................................................................................14

FASCÍCULO 8.5 3
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

8.5. TRABALHO DO MENOR


8.5.1. INTRODUÇÃO
A legislação assegurou aos maiores de 14 anos o direito ao trabalho como aprendizes bolsistas e aos maiores de 16
anos como empregados. Apesar de as empresas poderem contratar menores como seus empregados, a eles não
pode ser dispensado o mesmo tratamento dado aos empregados maiores. Isto porque a legislação estabelece
normas especiais de proteção ao trabalho do menor. Apesar de as empresas não estarem obrigadas a contratar
menores na condição de aprendizes bolsistas, elas estão obrigadas a contratar menores, a partir de 14 anos de
idade, em número proporcional aos empregados maiores que exerçam funções que reflitam formação profissional.
8.5.2. CONCEITO DE MENOR
Considera-se menor, no âmbito da relação empregatícia, o trabalhador com idade de 16 até 18 anos, salvo na
condição de menor aprendiz, conforme vamos analisar no decorrer do presente Fascículo.
8.5.2.1. MENOR DE 14 ANOS
A Constituição, até o advento da Emenda Constitucional 20, proibia o trabalho dos menores de 14 anos,
salvo na condição de aprendizes bolsistas. A legislação que aprovou o Estatuto da Criança e do
Adolescente dispôs que adolescente é aquele com idade entre 12 e 18 anos.
O Estatuto prevê como aprendiz todo adolescente, sendo que os direitos trabalhistas e previdenciários
são assegurados somente aos maiores de 14 anos. O adolescente de até 14 anos de idade somente faz
jus à bolsa de aprendizagem.
Assim, o trabalho do menor de 12 a 13 anos somente se dará na condição de aprendiz, sem qualquer vínculo
empregatício, sendo assegurado a ele bolsa de aprendizagem, cujo valor deve ser ajustado entre a empresa
e o responsável pelo menor, não sendo devido qualquer direito trabalhista ou previdenciário. Sobre o valor da
bolsa não há incidência de contribuição previdenciária, tampouco de depósito para o FGTS.
Com o advento da Emenda Constitucional 20, promulgada em 16-12-98, somente é permitido o trabalho
do menor aprendiz a partir dos 14 anos de idade.
Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da
legislação de educação em vigor.
A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
a) garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;
b) atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
c) horário especial para o exercício das atividades.
8.5.3. DISPOSIÇÕES REGULADORAS
As disposições que regulam o trabalho do adulto são aplicáveis ao trabalho do menor naquilo que não for
incompatível com a proteção especial estabelecida no Capítulo IV da CLT – Da Proteção do Trabalho do Menor.
8.5.3.1. EXCLUSÃO
O trabalho do menor é regido pelas disposições estabelecidas na CLT, constantes do Capítulo de
Proteção do Trabalho do Menor, exceto quando o serviço for prestado em oficinas em que trabalhem,
exclusivamente, pessoas da família do menor e desde que esteja sob a direção do pai, mãe ou tutor,
observadas, entretanto, as proibições relativas ao exercício de determinadas atividades e ao horário de
trabalho conforme analisamos neste Fascículo.
8.5.4. HABILITAÇÃO DO MENOR PARA O TRABALHO
Para que o menor de 16 a 18 anos possa habilitar-se ao trabalho, deve munir-se da Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS).
A CTPS constitui documento obrigatório para o exercício de qualquer emprego, inclusive o de natureza rural, ainda
que o trabalho seja exercido em caráter temporário.
8.5.4.1. EMISSÃO DA CTPS
Para que o menor obtenha a CTPS, deve apresentar ao órgão emissor os seguintes elementos:
a) duas fotografias, de frente, modelo 3x4, com fundo branco;
b) qualquer documento oficial de identificação pessoal, no qual possam ser colhidos dados referentes ao
nome completo, filiação, data e lugar de nascimento.
O trabalhador não cadastrado no PIS/PASEP deverá apresentar, ainda, a cédula de identidade, o CPF e
o título de eleitor, quando for o caso.
Não será emitida Carteira de Trabalho no caso de menor com idade inferior a 14 anos.

8.5.4.1.1. Impossibilidade de Apresentação de Documentos


Na hipótese de impossibilidade de apresentação, pelo menor, de documentos, a CTPS
será emitida com validade máxima e improrrogável de 3 meses, com base em declarações
verbais, firmadas por duas testemunhas. Esse fato será anotado na primeira folha de
“Anotações Gerais”, mediante carimbo.

4 FASCÍCULO 8.5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

8.5.5. OBRIGAÇÕES DO RESPONSÁVEL LEGAL DO MENOR


É dever do responsável legal do menor, pai, mãe ou tutor, afastá-lo de empregos que diminuam consideravelmente
o seu tempo de estudo, reduzam o tempo de repouso necessário à sua saúde e constituição física, ou prejudiquem a
sua educação moral.

8.5.5.1. PERDA DO PODER FAMILIAR OU DA TUTELA


O responsável legal do menor empregado, que infringir quaisquer das disposições do Capítulo de Proteção
do Trabalho do Menor contido na CLT, ou deixar de cumprir os deveres que nele lhe são impostos, além da
multa a que estiver sujeito, a ser aplicada pelos Delegados Regionais do Trabalho ou por funcionários por
eles designados, poderá ser destituído do poder familiar ou da tutela, conforme o caso.
Perderá, ainda, o poder familiar ou será destituído da tutela, sem prejuízo da multa aplicável, o pai, mãe
ou tutor, que contribuir, por ação ou omissão, para que o menor trabalhe nas atividades sujeitas a
condições insalubres ou perigosas.

8.5.5.2. RESCISÃO DO CONTRATO PELO RESPONSÁVEL


Ao responsável legal do menor, é facultado pleitear a rescisão do contrato de trabalho, quando o serviço
puder acarretar-lhe prejuízos de ordem física ou moral.
8.5.6. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR
Os empregadores de menores de 18 anos são obrigados a zelar pela observância, nos seus estabelecimentos ou
empresas, dos bons costumes e da decência pública, bem como das normas de segurança e medicina do trabalho.

8.5.6.1. GARANTIA DE FREQÜÊNCIA À ESCOLA


O empregador, cuja empresa ou estabelecimento ocupar menores, é obrigado a conceder o tempo que
for necessário para a freqüência dos mesmos à escola.
Os estabelecimentos situados em local onde a escola mais próxima estiver a mais de 2 quilômetros de
distância, e que ocupem, permanentemente, mais de 30 menores analfabetos, são obrigados a manter
local apropriado em que lhes seja ministrada a instrução primária.

8.5.6.1.1. Exame Vestibular


O empregador está obrigado a liberar o trabalhador menor, sem a perda do salário, nos dias
em que este estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior.

8.5.6.1.2. Estabelecimentos Rurais


Toda propriedade rural, que mantenha a seu serviço ou trabalhando em seus limites mais
de 50 famílias de trabalhadores de qualquer natureza, é obrigada a possuir e conservar em
funcionamento escola primária, inteiramente gratuita, para os filhos destes, com tantas
classes quantos sejam os grupos de 40 crianças em idade escolar.

8.5.6.2. MUDANÇA DE FUNÇÃO


Se a autoridade competente verificar que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao
seu desenvolvimento físico ou à sua moralidade, poderá obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo o
empregador, tanto quanto possível, proporcionar ao menor todas as facilidades para a mudança de
função.
Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competente, para
que o menor mude de função, o contrato de trabalho poderá ser rescindido pelo empregado por justa
causa.

8.5.7. ATIVIDADES PROIBIDAS AO MENOR


Ao menor de 18 anos é proibido o trabalho nos locais e serviços perigosos, insalubres e penosos, e em locais ou
serviços prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.
A proibição poderá ser elidida por meio de parecer técnico circunstanciado, assinado por profissinal legalmente
habilitado em segurança e saúde no trabalho, que ateste a não exposição a riscos que possam comprometer a
saúde e a segurança dos adolescentes, o qual deverá ser depositado na unidade descentralizada do Ministério do
Trabalho e Emprego da circunscrição onde ocorrerem as referidas atividades. No caso de controvérsia quanto à
efetiva proteção dos adolescentes envolvidos nas atividades constantes do referido parecer técnico, o mesmo será
objeto de análise por Auditor-Fiscal do Trabalho, que tomará as providências legais cabíveis.
A classificação dos locais ou serviços como perigosos ou insalubres decorre do princípio da proteção integral à
criança e ao adolescente, não sendo extensiva aos trabalhadores maiores de 18 anos.

FASCÍCULO 8.5 5
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

8.5.7.1. ATIVIDADES INSALUBRES E PERIGOSAS


O menor não pode trabalhar em locais e serviços perigosos ou insalubres.
A fim de disciplinar o assunto, o Ministério do Trabalho e Emprego listou as atividades insalubres e
perigosas em que não pode haver o trabalho do menor, independentemente do uso de equipamentos de
proteção individual, salvo determinação constante no item 8.5.7.
As atividades são as seguintes:
1. trabalhos de afiação de ferramentas e instrumentos metálicos em afiadora, rebolo ou esmeril, sem
proteção coletiva contra partículas volantes;
2. trabalhos de direção de veículos automotores e direção, operação, manutenção ou limpeza de máquinas
ou equipamentos, quando motorizados e em movimento, a saber: tratores e máquinas agrícolas, máquinas
de laminação, de forja e de corte de metais, máquinas de padaria, como misturadores e cilindros de massa,
máquinas de fatiar, máquinas em trabalhos com madeira, serras circulares, serras de fita e guilhotinas,
esmeris, moinhos, cortadores e misturadores, equipamentos em fábricas de papel, guindastes ou outros
similares, sendo permitido o trabalho em veículos, máquinas ou equipamentos parados, quando possuírem
sistema que impeça o seu acionamento acidental;
3. trabalhos na construção civil ou pesada;
4. trabalhos em cantarias ou preparo de cascalho;
5. trabalhos na lixa nas fábricas de chapéu ou feutro;
6. trabalhos de jateamento em geral, exceto em processos enclausurados;
7. trabalhos de douração, prateação, niquelação, galvanoplastia, anodização de alumínio, banhos
metálicos ou com desprendimento de fumos metálicos;
8. trabalhos na operação industrial de reciclagem de papel, plástico ou metal;
9. trabalhos no preparo de plumas ou crinas;
10. trabalhos com utilização de instrumentos ou ferramentas de uso industrial ou agrícola com riscos de
perfurações e cortes, sem proteção capaz de controlar o risco;
11. trabalhos no plantio, com exceção da limpeza, nivelamento de solo e desbrote; na colheita,
beneficiamento ou industrialização do fumo;
12. trabalhos em fundições em geral;
13. trabalhos no plantio, colheita, beneficiamento ou industrialização do sisal;
14. trabalhos em tecelagem;
15. trabalhos na coleta, seleção ou beneficiamento de lixo;
16. trabalhos no manuseio ou aplicação de produtos químicos de uso agrícola ou veterinário, incluindo
limpeza de equipamentos, descontaminação, disposição ou retorno de recipientes vazios;
17. trabalhos na extração ou beneficiamento de mármores, granitos, pedras preciosas, semipreciosas ou
outros bens minerais;
18. trabalhos de lavagem ou lubrificação de veículos automotores em que se utilizem solventes orgânicos
ou inorgânicos, óleo diesel, desengraxantes ácidos ou básicos ou outros produtos derivados de óleos
minerais;
19. trabalhos com exposição a ruído contínuo ou intermitente, acima do nível de ação previsto na
legislação pertinente em vigor, ou a ruído de impacto;
20. trabalhos com exposição a radiações ionizantes;
21. trabalhos que exijam mergulho;
22. trabalhos em condições hiperbáricas;
23. trabalhos em atividades industriais com exposição a radiações não ionizantes (microondas,
ultravioleta ou laser);
24. trabalhos com exposição ou manuseio de arsênico e seus compostos, asbestos, benzeno, carvão
mineral, fósforo e seus compostos, hidrocarbonetos ou outros compostos de carbono, metais pesados
(cádmio, chumbo, cromo e mercúrio) e seus compostos, silicatos, ou substâncias cancerígenas
conforme classificação da Organização Mundial de Saúde;
25. trabalhos com exposição ou manuseio de ácido oxálico, nítrico, sulfúrico, bromídrico, fosfórico e
pícrico;
26. trabalhos com exposição ou manuseio de álcalis cáusticos;
27. trabalhos com retirada, raspagem a seco ou queima de pinturas;
28. trabalhos em contato com resíduos de animais deteriorados ou com glândulas, vísceras, sangue,
ossos, couros, pêlos ou dejeções de animais;
29. trabalhos com animais portadores de doenças infecto-contagiosas;
30. trabalhos na produção, transporte, processamento, armazenamento, manuseio ou carregamento de
explosivos, inflamáveis líquidos, gasosos ou liquefeitos;
31. trabalhos na fabricação de fogos de artifícios;
32. trabalhos de direção e operação de máquinas ou equipamentos elétricos de grande porte de uso
industrial;
33. trabalhos de manutenção e reparo de máquinas e equipamentos elétricos, quando energizados;
34. trabalhos em sistemas de geração, transmissão ou distribuição de energia elétrica;
35. trabalhos em escavações, subterrâneos, pedreiras, garimpos ou minas em subsolo ou a céu aberto;

6 FASCÍCULO 8.5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

36. trabalhos em curtumes ou industrialização do couro;


37. trabalhos em matadouros ou abatedouros em geral;
38. trabalhos de processamento ou empacotamento mecanizado de carnes;
39. trabalhos em locais em que haja livre desprendimento de poeiras minerais;
40. trabalhos em locais em que haja livre desprendimento de poeiras de cereais (arroz, milho, trigo, sorgo,
centeio, aveia, cevada, feijão ou soja) e de vegetais (cana, linho, algodão ou madeira);
41. trabalhos na fabricação de farinha de mandioca;
42. trabalhos em indústrias cerâmicas;
43. trabalhos em olarias nas áreas de fornos ou com exposição à umidade excessiva;
44. trabalhos na fabricação de botões ou outros artefatos de nácar, chifre ou osso;
45. trabalhos em fábricas de cimento ou cal;
46. trabalhos em colchoarias;
47. trabalhos na fabricação de cortiças, cristais, esmaltes, estopas, gesso, louças, vidros ou vernizes;
48. trabalhos em peleterias;
49. trabalhos na fabricação de porcelanas ou produtos químicos;
50. trabalhos na fabricação de artefatos de borracha;
51. trabalhos em destilarias ou depósitos de álcool;
52. trabalhos na fabricação de bebidas alcoólicas;
53. trabalhos em oficinas mecânicas em que haja risco de contato com solventes orgânicos ou
inorgânicos, óleo diesel, desengraxantes ácidos ou básicos ou outros produtos derivados de óleos
minerais;
54. trabalhos em câmaras frigoríficas;
55. trabalhos no interior de resfriadores, casas de máquinas, ou junto de aquecedores, fornos ou
alto-fornos;
56. trabalhos em lavanderias industriais;
57. trabalhos em serralherias;
58. trabalhos em indústria de móveis;
59. trabalhos em madeireiras, serrarias ou corte de madeira;
60. trabalhos em tinturarias ou estamparias;
61. trabalhos em salinas;
62. trabalhos em carvoarias;
63. trabalhos em esgotos;
64. trabalhos em hospitais, serviços de emergências, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação ou
outros estabelecimentos destinados ao cuidado da saúde humana em que se tenha contato direto com os
pacientes ou se manuseiem objetos de uso destes pacientes não previamente esterilizados;
65. trabalhos em hospitais, ambulatórios ou postos de vacinação de animais, quando em contato direto
com animais;
66. trabalhos em laboratórios destinados ao preparo de soro, de vacinas ou de outros produtos similares,
quando em contato com animais;
67. trabalhos em cemitérios;
68. trabalhos em borracharias ou locais onde seja feito recapeamento ou recauchutagem de pneus;
69. trabalhos em estábulos, cavalariças, currais, estrebarias ou pocilgas sem condições adequadas de
higienização;
70. trabalhos como levantamento, transporte ou descarga manual de pesos superiores a 20 quilos para o
gênero masculino e superiores a 15 quilos para o gênero feminino, quando realizados raramente, ou
superiores a 11 quilos para o gênero masculino e superiores a 7 quilos para o gênero feminino, quando
realizados freqüentemente;
71. trabalhos em espaços confinados;
72. trabalhos no interior ou junto a silos de estocagem de forragem ou grãos com atmosferas tóxicas,
esplosivas ou com deficiência de oxigênio;
73. trabalhos em alturas superiores a 2 metros;
74. trabalhos com exposição a vibrações localizadas ou de corpo inteiro;
75. trabalhos como sinalizador na aplicação aérea de produtos ou defensivos agrícolas;
76. trabalhos de desmonte ou demolição de navios e embarcações em geral;
77. trabalhos em porão ou convés de navio;
78. trabalhos no beneficiamento da castanha de caju;
79. trabalhos na colheita de cítricos ou de algodão;
80. trabalhos em manguezais ou lamaçais; e
81. trabalhos no plantio, colheita, beneficiamento ou industrialização da cana-de-açúcar;
Os trabalhos técnico ou administrativo serão permitidos, desde que realizados fora das áreas de risco à
saúde e à segurança.

FASCÍCULO 8.5 7
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

8.5.7.2. SERVIÇOS PREJUDICIAIS À MORALIDADE DO MENOR


Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho:
a) prestado de qualquer modo, em teatro de revista, cinema, boates, cassinos, cabarés, dancing e
estabelecimentos análogos;
b) em empresas circenses, em funções de acrobata, saltimbanco, ginasta e outros semelhantes;
c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras,
pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade
competente, prejudicar sua formação moral;
d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas.

8.5.7.2.1. Autorização Judicial


O Juiz de Menores pode autorizar ao menor o trabalho relativo às ocupações constantes
das letras “a” e “b” do item anterior, desde que, nos mencionados casos, a representação
naqueles estabelecimentos tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser
prejudicial à sua formação moral, e que se certifique ser a ocupação do menor
indispensável à sua própria subsistência ou a de seus pais, avós ou irmãos.
O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros depende de prévia autorização do
Juiz de Menores, a quem cabe verificar se a ocupação é indispensável à subsistência do menor
ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dela não pode advir prejuízo à sua formação moral.
8.5.7.3. RESTRIÇÃO QUANTO AO SERVIÇO
O empregador não pode empregar o menor em serviço que demande o emprego de força muscular
superior a 20 quilos, para o trabalho contínuo, ou 25 quilos, para o trabalho ocasional.
Não se compreende nessa proibição a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes
sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos.
8.5.8. DURAÇÃO DO TRABALHO
A duração do trabalho do menor é regulada pelas disposições legais relativas à duração do trabalho em geral.
Assim, a duração do trabalho do menor não será superior a 8 horas diárias e 44 semanais, podendo ser prorrogada
somente nos casos examinados a seguir.

8.5.8.1. COMPENSAÇÃO
A duração normal do trabalho do menor pode ser elevada em duas horas, no máximo,
independentemente de acréscimo salarial, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado
com a diminuição ou supressão do trabalho em outro dia da semana e que não seja ultrapassado o limite
de 44 horas semanais ou outro inferior legalmente fixado.

8.5.8.1.1. Obrigatoriedade de Acordo


A prorrogação da jornada de trabalho do menor, mediante redução ou supressão do
trabalho em outro dia da semana, somente será admitida, quando houver acordo escrito
entre empregador e os menores do estabelecimento. O acordo de compensação deve ser
celebrado com interveniência do sindicato representante da categoria profissional e não
pode ter duração superior a 2 anos.
As normas para compensação do horário dos menores foram analisadas no Fascículo 3.3.

8.5.8.2. PRORROGAÇÃO
Somente em casos excepcionais, por motivo de força maior e desde que o trabalho do menor seja
imprescindível ao funcionamento do estabelecimento, pode a duração do trabalho do menor elevar-se
além do limite legal ou convencionado, até o máximo de 12 horas. O salário-hora, nessa hipótese, deve
ser, pelo menos, 50% superior ao da hora normal.
A prorrogação extraordinária, nesse caso, deve ser comunicada, por escrito, à Delegacia Regional do
Trabalho (DRT) ou, na falta desta, à autoridade competente, dentro do prazo de 10 dias.

8.5.8.3. INTERVALO
Havendo prorrogação do horário normal de trabalho do menor, é obrigatória a concessão de um intervalo
de 15 minutos, no mínimo, antes do início do período extraordinário de trabalho.

8.5.8.4. EMPREGADO EM MAIS DE UMA EMPRESA


Quando o menor de 18 anos for empregado em mais de uma empresa, as horas de trabalho em cada uma
serão totalizadas, não podendo ultrapassar o limite de 8 horas diárias.

8.5.8.5. SERVIÇOS EXTERNOS


O horário de trabalho executado fora do estabelecimento deve constar, explicitamente, na ficha ou
papeleta em poder do menor, sem prejuízo da anotação em Ficha ou Livro de Registro de Empregados.

8 FASCÍCULO 8.5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

Se o menor trabalhar em via pública, deve ser adotada ficha para a fiscalização desse trabalho, onde
devem constar os seguintes dados:
a) foto do empregado;
b) identificação e endereço do empregador;
c) número e série da CTPS do empregado;
d) nome do empregado;
e) função do empregado;
f) data de nascimento do empregado;
g) autorização do Juiz de Menores;
h) indicação do horário de entrada, pausa para refeição, horário de saída e descanso semanal.

A referida ficha deve ser datada e assinada pelo empregador, conforme modelo a seguir:

Horário de trabalho em via pública (artigo 433 da Consolidação).............................................


Empregador...............................................................................................................................
(Foto) Nome do estabelecimento.........................................................................................................
Local ..........................................................................................................................................
Carteira nº ........................................................................................................ Série ..........
Empregado...............................................................................................................................................................
Função ....................................................................................................................... Nascido a ......./......./......
Autorização do Juiz de Menores ..............................................................................................................................

Entrada Refeição Saída Descanso semanal Visto


.................................. .................................. .................................. .................................. ..................................
.................................. .................................. .................................. .................................. ..................................
.................................. .................................. .................................. .................................. ..................................

Data .............................................................................................................................................................................
Assinatura do empregador...........................................................................................................................................
Os assentamentos serão feitos por ocasião de mudanças de horários.

8.5.8.6. ANOTAÇÃO EM LIVRO OU FICHA DE REGISTRO DE EMPREGADOS


O horário de trabalho deve ser anotado em registro de empregados com a indicação de acordos ou
contratos coletivos, porventura celebrados.
8.5.8.7. PERÍODO DE DESCANSO
O menor tem direito a períodos de descansos durante e entre as jornadas de trabalho, sem prejuízo do
repouso semanal remunerado.
8.5.8.7.1. Intervalo Durante a Jornada de Trabalho
Durante a jornada de trabalho do menor dever ser concedido um intervalo para refeição e
descanso, o qual não pode ser inferior a uma hora nem superior a duas horas. O limite de uma
hora, entretanto, pode ser reduzido por Ato do Delegado Regional do Trabalho, quando, ouvido
o órgão competente em Segurança e Medicina do Trabalho, for verificado que o
estabelecimento atende integralmente às exigências relativas à organização de refeitórios e
quando os empregados não estiverem sob regime de horário prorrogado.
Para maior segurança e garantia da saúde dos menores, a autoridade fiscalizadora pode
proibir-lhes o gozo dos períodos de repouso nos locais de trabalho.
8.5.8.7.2. Intervalo entre Jornada de Trabalho
Após cada período de trabalho efetivo, quer contínuo, quer dividido em 2 turnos, deve haver
um intervalo de repouso, não inferior a 11 horas.
8.5.8.7.3. Repouso Semanal
O descanso semanal deve ser de 24 horas consecutivas e coincidir, no todo ou em parte, com
o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, a
juízo da autoridade competente, caso em que o repouso poderá recair em outro dia.
As normas sobre o repouso semanal remunerado foram analisadas no Fascículo 3.6.
8.5.8.8. TRABALHO NOTURNO
Ao menor de 18 anos não e permitido o trabalho noturno, assim considerado o horário compreendido
entre as 22 horas e as 5 horas do dia seguinte.

FASCÍCULO 8.5 9
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

8.5.8.8.1. Horário Noturno dos Trabalhadores Rurais


Para os trabalhadores rurais, considera-se trabalho noturno o executado entre as 21 horas
de um dia e as 5 horas do dia seguinte, na lavoura.
Na atividade pecuária, o horário noturno é aquele compreendido entre as 20 horas de um
dia e as 4 horas do dia seguinte.

8.5.9. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA


O Contrato de Experiência constitui uma das formas de contrato por prazo determinado, admitida pela legislação
trabalhista, pois sua vigência depende de tempo prefixado.
O Contrato de Experiência também pode ser aplicado ao trabalhador menor. Entretanto, o contrato não pode ser
firmado sem a assistência dos pais ou responsáveis.
A seguir, transcrevemos algumas decisões da Justiça do Trabalho sobre o assunto:
• Não pode o menor, sem a assistência dos pais ou responsáveis, assinar contrato de experiência, podendo apenas
assinar recibos de salários. (TRT-3ª Região – 1ª Turma – Recurso Ordinário 12.494 – Rel. Juiz H. Ferreira).
• Contrato de experiência firmado por menor, sem assistência, não tem validade. (TRT-6ª Região – 2ª Turma –
Recurso Ordinário 3.834 – Rel. Juiz Milton Lyra).

8.5.10. SALÁRIO
A remuneração mínima devida ao empregado menor de 18 anos, não pode ser inferior ao valor do Salário Mínimo
ou ao piso salarial.

8.5.11. RECIBOS FIRMADOS POR MENOR


Ao menor de 18 anos é lícito firmar recibo de pagamento de salários. Entretanto, quando se tratar de rescisão de
contrato de trabalho, o menor deve ter a assistência dos seus responsáveis legais para firmar a quitação do
empregador referente às parcelas que lhe forem devidas.
O menor fará jus, em qualquer modalidade de rescisão de contrato de trabalho, aos mesmos direitos devidos aos
trabalhadores maiores de 18 anos.

8.5.12. CONCESSÃO DAS FÉRIAS


Para o trabalhador adulto, as férias são concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 meses
subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o respectivo direito. Em casos excepcionais, as férias
podem ser concedidas em dois períodos, desde que um deles não seja inferior a 10 dias corridos.
Entretanto, aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos, as férias devem sempre ser concedidas de uma só vez.

8.5.12.1. MENOR ESTUDANTE


As férias do empregado estudante menor de 18 anos devem coincidir com as férias escolares.
As normas sobre a concessão das férias foram analisadas no Fascículo 6.1.

8.5.13. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO


A Gratificação de Natal ou 13º Salário é devida a todos os empregados menores.
Da mesma forma que é devida aos trabalhadores maiores de 18 anos, o 13º Salário corresponde a 1/12 da
remuneração integral devida ao empregado em dezembro, por mês de serviço do ano correspondente, sendo a
fração igual ou superior a 15 dias de trabalho considerada como mês integral.
O pagamento do 13º Salário foi analisado no Fascículo 6.2.

8.5.14. APRENDIZ
Os dispositivos que analisamos nos itens anteriores dizem respeito à contratação de empregados menores para
prestarem serviços em qualquer atividade da empresa, salvo as que a legislação proíbe, sendo que a contratação dos
mesmos é facultativa. A seguir, estamos analisando a legislação que obriga as empresas a contratarem aprendizes.

8.5.14.1. CONTRATO DE APRENDIZAGEM


Considera-se de aprendizagem o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado
não superior a dois anos, em que o empregador se compromete a assegurar ao adolescente com idade
superior a 14 anos até 18 anos e ao jovem a partir de 18 anos até os 24 anos, inscritos em programa de
aprendizagem, formação técnico-profissional metódica compatível com o seu desenvolvimento físico, moral
e psicológico, e o aprendiz se compromete a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa
formação. No entanto, a idade máxima não se aplica ao aprendiz com deficiência.
8.5.14.1.1. Formação Técnico-Profissional
A formação técnico-profissional caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente
organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho.
A comprovação da escolaridade do aprendiz com deficiência mental deve considerar,
sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização.

10 FASCÍCULO 8.5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

8.5.14.1.2. Remuneração
Ao aprendiz é assegurada remuneração nunca inferior ao salário mínimo/hora, salvo
condição mais favorável.
Entende-se por condição mais favorável aquela fixada no contrato de aprendizagem ou
prevista em convenção ou acordo coletivo de trabalho, onde se especifique o salário mais
favorável ao aprendiz, bem como o piso regional.
8.5.14.1.3. Anotação na Carteira de Trabalho
A contratação do aprendiz deve ser formalizada por meio da anotação na CTPS, nas folhas
específicas, normalmente como os demais funcionários da empresa.
No campo cargo, deve ser aposta a palavra aprendiz seguida da função constante no
Programa de Aprendizagem.
Além dessa anotação, o Contrato de Aprendizagem deve ser anotado na CTPS, na parte
destinada a "Anotações Gerais", sem o que não terá validade.
Dessa anotação devem constar: a função do aprendiz, a data de início e término do contrato
de aprendizagem, bem como o número do contrato.
A mencionada anotação pode ser feita da seguinte forma:

“Aprendiz, contratado para desempenhar a função de........................... com início em ..............e


término ............, conforme Contrato de Aprendizagem nº....../.........

_______________________________
Assinatura do Empregador”

8.5.14.1.4. Dispensa de Registro do Contrato no Ministério do Trabalho e Emprego


A Secretaria de Inspeção do Trabalho, ao analisar a legislação de regência do trabalho do aprendiz,
através da Nota Técnica 26 FNPC/GAB/SIT/MTE, de 29-7-2002 (não publicada em DO-U),
concluiu que deixou de existir a obrigatoriedade de as empresas registrarem, no prazo de 30 dias, o
contrato firmado com o aprendiz, em qualquer órgão do Ministério do Trabalho e Emprego.
8.5.14.1.5. Duração do Contrato
O contrato de aprendizagem, por ser um contrato por prazo determinado, não pode ser
firmado por prazo superior a dois anos.
8.5.14.1.6. Contrato Considerado Nulo
O descumprimento das disposições legais e regulamentares importará a nulidade do
contrato de aprendizagem, estabelecendo-se o vínculo empregatício diretamente com o
empregador responsável pelo cumprimento da quota de aprendizagem.
O disposto neste item não se aplica, quanto ao vínculo, a pessoa jurídica de direito público.
8.5.14.1.7. Validade do Contrato
Além de anotações na CTPS, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe:
- matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e
- inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade
qualificada em formação técnico-profissional metódica.

8.5.14.1.8. Vale-Transporte
O aprendiz também faz jus a concessão do benefício do Vale-Transporte.
8.5.14.2. ESTABELECIMENTOS OBRIGADOS A MANTER APRENDIZES
Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos
dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo,
e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções
demandem formação profissional.
8.5.14.2.1. Frações Apuradas
No cálculo da percentagem prevista no item 8.5.14.2 anterior, as frações de unidade darão
lugar à admissão de um aprendiz.
Na base de cálculo devem ser incluídas todas as funções que demandem formação
profissional, independentemente de serem proibidas para menores de 18 anos.
8.5.14.2.2. Entidades Filantrópicas
Não se aplica a obrigatoriedade de manter menor aprendiz a entidade sem fins lucrativos,
que tenha como objetivo a educação profissional.

FASCÍCULO 8.5 11
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

8.5.14.2.3. Microempresas e Epresas de Pequeno Porte


As microempresas e as empresas de pequeno porte, assim definidas pela legislação de
regência, estão dispensadas de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos
Serviços Nacionais de Aprendizagem.
8.5.14.2.4. Impossibilidade de Desligamento do Curso
Enquanto permanecer vinculado à empresa, o menor não pode, antes do fim do curso mantido
pelo SENAI, ser retirado do mesmo ou substituído pelo empregador. Para sua dispensa é
necessária a aprovação dos órgãos competentes do Ministério do Trabalho e Emprego.
8.5.14.3. FREQÜÊNCIA OBRIGATÓRIA
Os aprendizes estão obrigados a freqüentar os cursos de aprendizagem em que estejam matriculados,
mesmo nos dias em que não haja trabalho na empresa contratante.
8.5.14.4. AUSÊNCIA DE CURSOS
Quando os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para
atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em
formação técnico-profissional metódica, a saber:
a) Escolas Técnicas de Educação
b) Entidades Sem Fins Lucrativos que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e a educação
profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

8.5.14.4.1. Estrutura Adequada


As entidades mencionadas no item 8.5.14.4 deverão ter estrutura adequada ao desenvolvimento
dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem
como acompanhar e avaliar os resultados. O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas
para a avaliação da competência das entidades mencionadas no item 8.5.14.4.

8.5.14.5. CERTIFICADO
Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com aproveitamento, serão concedidos
certificados de qualificação profissional.

8.5.14.6. CONTRATAÇÃO DO APRENDIZ


A contratação do aprendiz poderá ser feita pela empresa onde se realizar a aprendizagem ou pelas
entidades mencionadas na letra “b”, do item 8.5.14.4, caso em que não será caracterizado vínculo
empregatício com a empresa tomadora dos serviços.

8.5.14.7. JORNADA DE TRABALHO


A jornada de trabalho do menor aprendiz não pode exceder de 6 horas diárias. A jornada não poderá ser
prorrogada ou compensada.
No caso de o menor já ter concluído o ensino fundamental, a jornada poderá ser de até 8 horas diárias, se
nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.

8.5.14.8. TÉRMINO DO CONTRATO


O contrato do menor aprendiz termina na data prevista para o seu encerramento ou quando o menor
completar 24 anos, ressalvada a hipótese do aprendiz com deficiência, observado o que pode ocorrer
primeiro.
A rescisão poderá ser antecipada nas seguintes situações:
a) desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
b) faltas disciplinares graves, caracterizadoras da demissão por justa causa;
c) ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;
d) a pedido do aprendiz.
8.5.14.8.1. Parcelas Devidas
No caso de rescisão antecipada do contrato por iniciativa do empregador ou do empregado,
nenhuma parcela a título de indenização pelo tempo que faltava para o término do contrato
será devida.
No caso de rescisão antecipada não será devido o aviso prévio, já que esta parcela
somente é devida nos casos de demissão sem justa causa, sendo que esta situação não
está prevista na legislação.
Regra geral, no término do contrato por prazo determinado é devido ao empregado o
pagamento das seguintes parcelas:
a) saldo de salário;
b) férias proporcionais e/ou vencidas, conforme o caso, com mais 1/3; e
c) 13º salário.

12 FASCÍCULO 8.5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

8.5.14.8.2. Contratação de Novo Aprendiz


Nos casos de extinção ou rescisão do contrato de aprendizagem, o empregador deverá
contratar novo aprendiz sob pena de infração ao disposto no item 8.5.14.2.
8.5.14.9. FÉRIAS
As férias dos aprendizes devem coincidir, preferencialmente, com as férias escolares, sendo vedado ao
empregador fixar período diverso daquele definido no programa de aprendizagem.
8.5.14.10. ENCARGOS SOCIAIS
Sobre a remuneração paga ao aprendiz incidem as contribuições para o INSS e o FGTS, assim como o
IR/Fonte, quando a importância paga estiver sujeita à retenção em conformidade com a Tabela Progressiva.
No caso do FGTS, o depósito será de 2% incidente sobre a remuneração do aprendiz.
8.5.14.11. MODELO DO CONTRATO
O contrato de aprendizagem pode ser elaborado de acordo com o modelo a seguir:

CONTRATO DE APRENDIZAGEM Nº...


(Nome da empresa), estabelecida nesta Cidade, na Rua........, nº...., neste ato representada por (Nome
e Cargo), doravante denominada empregadora e o aprendiz (Nome do empregado), doravante
denominado empregado, assistido por seu responsável legal (Nome do responsável, quando menor
de 18 anos), tem justo e contratado o presente contrato de trabalho de aprendizagem, que se regerá
pelas cláusulas seguintes:
1ª – A empregadora admite o empregado mencionado aos seus serviços, obrigando-se a submetê-lo à
formação profissional metódica na função de (discriminar a função).
2ª – A aprendizagem do empregado será realizada no (SENAI, SENAC, SENAR, ESCOLAS TÉCNICAS
DE EDUCAÇÃO E ENTIDADES FILÂNTRÓPICAS), com início em ...........e término em ....................
(MÁXIMO DE 2 ANOS).
3ª – O presente contrato será anotado na Carteira de Trabalho e Previdência Social do aprendiz, em
obediência ao disposto no artigo 428 da CLT.
4ª – O empregado não receberá remuneração inferior ao salário mínimo/hora.
5ª – O empregado se obriga a cumprir, com exatidão, o horário de trabalho, a executar com lealdade suas
funções, obedecendo às instruções e normas internas da empregadora, comprometendo-se, principalmente,
a seguir o regime de aprendizagem que lhe for estabelecido, visando ao máximo de aproveitamento.
6ª – Fica estabelecido que constituem justa causa para a rescisão do presente contrato, pela empregadora,
a prática de qualquer dos atos mencionados no artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
pelo empregado, bem como o desrespeito a qualquer das cláusulas aqui expressas do presente Contrato.
7ª – Do mesmo modo, o empregado poderá considerar rescindido o presente contrato, por justa causa,
na prática, pela empregadora, de qualquer dos atos mencionados no artigo 483 da CLT.
E, por estarem, assim, justos e contratados, assinam o presente contrato, em 3 vias de igual teor, na
presença das duas testemunhas que a seguir assinam com os contratados e o responsável legal do menor.

(Local e Data)

____________________________________
assinatura do representante da empregadora

____________________________________
assinatura do empregado

____________________________________
assinatura do responsável legal do menor
Testemunhas:
1ª – Assinatura____________________________________________________________________
Nome ..........................................................................................................................................
Endereço ....................................................................................................................................

2ª – Assinatura____________________________________________________________________
Nome .........................................................................................................................................
Endereço ...................................................................................................................................

FASCÍCULO 8.5 13
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

8.5.15. PRESCRIÇÃO
Contra os trabalhadores menores de 18 anos não corre qualquer prazo de prescrição.

8.5.16. PENALIDADES
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com as alterações introduzidas pela legislação em vigor, dispõe que os
infratores das disposições concernentes à proteção do trabalho do menor ficam sujeitos à multa de valor igual a R$ 402,53,
aplicada tantas vezes quantos forem os menores empregados em desacordo com a legislação vigente.
A soma das multas não poderá, todavia, exceder a R$ 2.012,66 exceto no caso de reincidência, circunstância em
que aquele total poderá ser elevado ao dobro.
Ficam, ainda, sujeitas à multa de valor igual a R$ 402,53 as empesas que fizerem, na Carteira de Trabalho e
Previdência Social do menor, anotação não prevista em lei.
Nesse caso, as empresas ficarão, ainda, obrigadas ao pagamento devido pela emissão de nova via da Carteira de
Trabalho do menor.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal de 1988 – artigos 7º e 227, §3º (Portal COAD); Emenda Constitucional 20, de
15-12-98 (Informativo 50/98); Lei Complementar 123, de 14-12-2006 (Portal COAD); Lei 5.889, de 8-6-73 (DO-U de 11-6-73); Lei
8.069, de 13-7-90 (Informativo 29/90); Lei 8.315, de 23-12-91 (Informativo 52/91); Lei 10.097, de 19-12-2000 (Informativo
51/2000); Lei 11.180, de 23-9-2005 (Informativo 39/2005); Decreto-Lei 4.481, de 16-7-42 (DO-U de 24-7-42, c/retif. em 31-7-42);
Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – artigos 61, 66, 67, 71, 73, 74, 134, 136, 402, 403, 407,
408, 409, 411, 413, 414, 424, 425, 427, 429, 430, 431, 434, 435, 439, 440, 445, 482 e 483 (Portal COAD); Decreto-Lei 9.576, de
12-8-46 (DO-U de 14-8-46); Decreto 3.048, de 6-5-99 – Regulamento da Previdência Social – artigo 214 (Portal COAD); Decreto
5.598, de 1-12-2005 (Informativo 49/2005); Decreto 57.155, de 3-11-65 (DO-U de 4-11-65); Portaria 1 SPES, de 28-1-97
(Informativo 05/97); Portaria 4 SIT-DSST, de 21-3-2002 (Informativo 12/2002); Portaria 20 SIT-DSST, de 13-9-2001 (Informativo
37/2001); Portaria 50 MNTIC, de 12-9-44 (DO-U de 16-9-44); Portaria 290 MTb, de 11-4-97 (Informativo 16/97); Portaria 702 MTE,
de 18-12-2001 (Informativo 51/2001); Instrução Normativa 15 SRF, de 6-2-2001 (Informativo 52/2001).

14 FASCÍCULO 8.5

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