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26/08/2015

Miíases - definição
Dípteros causadores de miíases
• Miíase é a infestação de órgãos ou tecidos de animais
hospedeiros e do homem por estágios larvais de
moscas dípteras
Paula Fernanda • As larvas se desenvolvem no interior ou sobre o corpo
Massini do hospedeiro, e se alimentam dos seus tecidos (vivos
ou em necrose), substâncias corporais líquidas ou dos
alimentos por ele ingeridos
• Hospedeiros – geralmente mamíferos, ocasionalmente
aves, raramente anfíbios e répteis

Miíases Miíases
Classificação pela localização anatômica Classificação pelas lesões

• Traumáticas (lesões abertas)


• Dérmica
• Furunculares (formam cistos)
• Sub-dérmica ou cutânea
• Naso-faríngea
• Ocular
• Intestinal/ Entérica
• Urogenital

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Miíases Miíases - Patogenia


Classificação pela relação parasita-hospedeiro
• A patogenia varia de acordo com:
• Obrigatórias (geralmente primárias) - as larvas se desenvolvem
exclusivamente em tecidos vivos, não são capazes de sobreviver • Espécie envolvida
fora do hospedeiro – larvas biontófagas • Local da infestação

• Grau da infestação
• Facultativa ou acidental (geralmente secundárias) - Espécies se
desenvolvem em matéria orgânica em decomposição, tais como • Fortes infestações  irritação, desconforto, prurido,
carcaças, fezes, e ocasionalmente depositam seus ovos ou larvas queda no consumo de alimento, redução da
em tecidos vivos do hospedeiro - larvas necrobiontófagas fertilidade, queda na produtividade do rebanho
• Casos extremos  hemorragia, infecção bacteriana,
desidratação, anafilaxia e toxemia

Miíases – agentes causadores Miíases – Oestridae, subfamília Oestrinae


• Miíases de importância médico veterinária são causadas por dípteros da • Somente gênero Oestrus tem importância veterinária
superfamília Oestroidea • Gênero Oestrus apresenta 5 espécies, somente Oestrus ovis é
• Famílias: importante

• Oestridae • Oestrus ovis  Distribuição cosmopolita, larvas são parasitos


obrigatórios dos condutos nasais e dos seios frontais de ovinos e
• Cuterebridae de caprinos.
• Gasterophilidae
• Calliphoridae

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Miíases – Oestrus ovis Miíases – Oestrus ovis


• Características: cabeça avantajada, amarelada, com pequenas • Larvas: encontradas na passagens nasais, são
depressões escuras; aparelho bucal atrofiado. brancas, ficando amareladas ou castanhas à
medida que se tornam maduras.
• Face dorsal do mesotórax castanho-avermelhado, revestido de
pêlos amarelos, com numerosos tubérculos pretos, pequenos • Superfície ventral com uma fileira de
pequenos espinhos.
• Superfície dorsal: há uma série de faixas
escuras transversais.

Fonte: http://www2.fmvz.usp.br/institucional/marcelocp/index.html

Miíases – Oestrus ovis Miíases – Oestrus ovis


• Durante o vôo, nas horas mais quentes do dia, • Após a primeira muda, as larvas L2 migram
as fêmeas fecundadas depositam sobre as para os seios frontais, onde realizam sua
narinas de ovinos e de caprinos substância muda final (L2  larvas L3).
líquida contendo até 25 larvas por emissão.
• Nos seios frontais larvas L3 completam seu
• Cada fêmea pode depositar de cada vez até desenvolvimento, atingindo de 2,5 a 3,0 cm
25 larvas, totalizando até 500 larvas. de comprimento.

• As larvas (~1,0 mm de comprimento)  • O desenvolvimento larval geralmente dura


de 25 a 35 dias.
lentamente para dentro dos condutos nasais.
• As larvas movem-se de volta aos condutos
• Com o auxílio dos ganchos orais permanecem nasais, onde geralmente são expelidas
por pelo menos 2 semanas fixadas à através da descarga nasal e/ou espirros.
membrana mucosa, onde alimentam-se de
• Quando expelidas, enterram no solo
muco, cuja produção é estimulada pelos empupando em poucas horas. O período
movimentos larvais. Podem permanecer pupal dura em média de 3 a 6 semanas.
nestes por 2 a 9 meses.

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Miíases – Oestrus ovis Miíases – Oestrus ovis


• A mosca não se alimenta durante a fase adulta • Danos aos hospedeiros: Ovinos e caprinos
ficam muito excitados, irritados na presença
• Adultos sobrevivem no máximo até 2 semanas após sua emergência
da mosca. Sacodem a cabeça, espirram e
do pupário
esfregam as narinas no solo. Permanecem
• Durante esse tempo podem depositar, em média 500 larvas nas aglomerados, na tentativa de se proteger
narinas de seus hospedeiros das moscas.
• O parasitismo é benigno, mas a ação
mecânica dos ganchos orais e dos espinhos
larvais, associados à liberação de
determinadas toxinas pelas larvas leva a um
processo inflamatório das membranas
nasais, com corrimento de secreção mucosa
a muco-purulenta e, ocasionalmente,
sangramentos.
• Os animais infestados podem apresentar
dificuldade respiratória, inapetência, e
emaciação (perda de tecido muscular)

Miíases – Oestrus ovis Miíases – Oestridae, subfamília Cuterebrinae


• Espécie mais importante é a Dermatobia hominis (mosca do berne)
• Ocasionalmente a larva pode penetrar na mucosa olfatória e atingir o
cérebro  ataxia, andar em círculos.
• Se atingir pulmões  pneumonia.
• Prejuízos econômicos  decréscimo na produção de carne e de lã.
• Tratamento  avermectina em formulação injetável e oral. Tem
atividade sistêmica contra todos os estágios larvais.

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Miíases – Dermatobia hominis Miíases – Dermatobia hominis


• Muscóide robusto, com 12-17 mm de comprimento.
• Atualmente os bovinos são os principais hospedeiros da D. hominis.
• Cabeça amarela, escurecida na parte superior, peças bucais
rudimentares, antenas amarelas e olhos vermelho-tijolo. • Causam uma miíase furuncular (denominação popular: berne) -
constitui um problema econômico-sanitário de grandes proporções.
• Tórax revestido de cerdas escuras, abdome azul-metálico.
• Outros animais domésticos também são suscetíveis - cães, gatos,
• Asas são castanho-claras e os pares de patas amarelas.
caprinos, ovinos, suínos, equinos, etc...

Miíases – Dermatobia hominis Miíases – Dermatobia hominis


Ciclo Biológico Ciclo Biológico

• Necessita de vetores de transporte ou foréticos (foresia – “viajando • Postura: fêmea captura o vetor durante o vôo, segurando-o com suas
juntos”), geralmente outros dípteros, para veicular seus ovos, patas e deposita os ovos na região abdominal do vetor: 800 e 1000
especialmente muscóides ou culicídeos. ovos, em várias posturas.

• Para encontrar estes vetores a D. hominis fica próxima aos seus • Ovos dispostos em cachos (30 a 40 ovos), fortemente aderidos ao
hospedeiros, que são visitados por vários dípteros. abdome do vetor. Geralmente em apenas um dos lados. São de
coloração creme e medem de 2 a 3 mm de comprimento.
• Características comuns dos vetores:
• Hábitos zoofílicos, independente de serem ou não hematófagos.
• Período diurno de atividade.
• Tamanho igual ou menor que a D. hominis
• Hábitos moderadamente ativos (muito lentos não estimulam a
captura. Muito rápidos, não são capturados).

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Miíases – Dermatobia hominis Miíases – Dermatobia hominis


Ciclo Biológico Ciclo Biológico

• Incubação dos ovos de D. hominis sobre seus vetores  alta • A larva eclodida mede 1,0-1,5 mm de comprimento
viabilidade: ovos protegidos, particularmente contra a dessecação. • Muito ativa, pode penetrar de imediato ou migrar até 19 cm sobre a
• A posição dos ovos permite que os opérculos entrem em contato com a pele do hospedeiro para então penetrar na pele.
pele do hospedeiro quando os vetores pousarem. • Não há uma região preferencial para o desenvolvimento das larvas.
• A eclosão das larvas ocorre em uma semana, entretanto, podem
permanecer viáveis nos ovos por aproximadamente 20-28 dias.
• Larvas eclodem somente sob estímulo adequado (calor e o CO2
emanado pelo hospedeiro)   probabilidade do encontro parasito-
hospedeiro.
• Se a larva L1 quando está eclodindo não consegue atingir a pele ou
pêlo do hospedeiro, retorna para dentro do ovo.

Aspecto estreitado na • a. Larva de 3º estágio


extremidade posterior • b. Espiráculos posteriores

Miíases – Dermatobia hominis Miíases – Dermatobia hominis


Ciclo Biológico
• No tecido subcutâneo  permanece em posição quase horizontal, se
mantém em comunicação com o exterior através dos orifícios
(espiráculos) respiratórios posteriores.
• No interior de cavidades subdérmicas  larva se alimenta do material
purulento e necrótico da lesão.

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Miíases – Dermatobia hominis Miíases – Dermatobia hominis


Ciclo Biológico Ciclo Biológico
• O período larval varia de acordo com a espécie de hospedeiro e dentro • Ao cair no solo  formação do pupário  emergência dos adultos.
de uma mesma espécie podem ocorrer variações
• Solos macios e úmidos e ricos em matéria orgânica  a larva enterra-se
• Bovinos e cães (mais acometidos)  fase larval: 35 a 70 dias. e demora de 1 a 2 dias para se transformar em pupa.
• Ao atingir a maturidade, a larva L3, abandona o hospedeiro, arrastando- • A temperatura e a umidade influenciam o tempo de evolução da pupa,
se através do orifício respiratório. prazo médio de 21-35 dias.
• A saída das larvas ocorre geralmente durante o período noturno e/ou • A duração total do ciclo evolutivo da D. hominis é ao redor e 120 dias.
nas primeiras horas da manhã  diminui a dessecação e possíveis
ataques de predadores.

Miíases – Dermatobia hominis Miíases – Dermatobia hominis


Lesões
• Miíase furunculosa que se caracteriza pela formação de um nódulo
parasitário cutâneo, apresentando um orifício no qual se percebe os
Fêmea estigmas do parasita.
Pupas
no solo • As feridas podem se contaminar- infecções secundárias.
Ovos depositados

Larva no
no inseto vetor
• Pode ocorrer a formação de abscessos profundos e muito dolorosos.
cisto
• Durante o desenvolvimento da larva os animais ficam nervosos,
Larva madura
cai no solo
irrequietos e se alimentam mal.
Vetor
transporta ovos
para o hospedeiro

Larva eclode
e penetra
na pele

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Miíases – Dermatobia hominis Miíases – Dermatobia hominis


Prejuízos Controle
• Queda na produção de leite. • Controle do berne  controle do vetor, de um grande número de
• Queda nos índices zootécnicos. dípteros, muitos dos quais nem são ectoparasitos ou pragas do gado
bovino.
• Depreciação do couro: após a queda da larva, o orifício de saída é
fechado por tecido cicatricial comprometendo a qualidade do couro.. • Controle efetivo  tratamento das larvas no corpo do animal (uso de
avermectinas).
• Prejuízo anual estimado: U$ 200 milhões.

Miíases – Oestridae, subfamília Gasterophilinae Miíases – Oestridae, subfamília Gasterophilinae


• As larvas desta família desenvolvem-se no estômago e duodeno dos Morfologia:
eqüinos. No homem podem causar uma oftalmomiíase. • O adulto tem aparência e tamanho de uma abelha, semelhança esta
• A família Gasterophilidae é dividida em 4 sub-famílias. Destas tem acentuada pelo zumbido que produz durante o vôo.
importância apenas a Gasterophilinae, representada pelo gênero
Gasterophilus
• Espécies mais importantes:
• G. nasalis (Brasil)
• G. intestinalis (México, Venezuela, Brasil)
• G. haemorrhoidalis (México, Venezuela)

G. intestinalis

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Miíases – Gasterophilus Miíases – Gasterophilus


Ciclo biológico:
• Larvas grandes com ganchos
orais em forma de foice • A ovoposição é feita em vôos rápidos e os ovos aderem ao pêlo.
• Corpo segmentado coberto por • Eclosão da L1 (após 7 a 10 dias)  penetra na mucosa bucal onde
espinhos: fica migrando de 2 a 6 semanas (depende da espécie).
• Gasterophilus nasalis  1 fileira • Mudam para L2, são deglutidas, vão para o estômago e/ou duodeno
 L3
• Gasterophilus intestinalis  2
fileiras • Eliminadas pelas fezes.
• No solo  pupa  adulto.

G. intestinalis

Miíases – Gasterophilus Miíases – Gasterophilus


Eliminação:
• G. nasalis e G. intestinalis: saem direto nas fezes com o
peristaltismo.
• Gasterophilus haemorrhoidalis: antes de ser eliminado se fixa no
reto podendo levar a um prolapso retal.

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Miíases – Gasterophilus Miíases – Gasterophilus


Danos diretos: Danos indiretos:
• Fase na cavidade bucal: periodontite Mosca:
• G. intestinalis: língua  glossite • Irritados pela presença das moscas, não se alimentam
adequadamente, perdem peso. Tentam se proteger da mosca.
• Pode ocorrer perfuração do epitélio do estômago e do intestino pelo
aparelho bucal da larva. Larvas:
• Fixação: provoca inflamação local e úlceras  prejudica a digestão. • Perfuração do lábio: coceira e irritação. Para se livrarem da
irritação mergulham a boca na água ou esfregam lábios e
• Grau de lesão proporcional ao grau de infestação.
narinas contra o solo, cercas, pedras provocando sérios
• Alto parasitismo  pode ocorrer obstrução do piloro, abscessos ferimentos ou dilacerações.
gástricos, ulcerações, ruptura da parede do estômago, peritonite.
• Infecções secundárias.
• Frequentemente sofrem de cólica.
• Centenas de larvas podem ser encontradas num único animal.

Miíases – Gasterophilus Miíases – Família Calliphoridae


Diagnóstico: • Conhecidos popularmente como “varejeiras”
• Verificação de ovos ou larvas recém-eclodidas • Dípteros de tamanho grande (4 – 16 mm)
• L3 nas fezes (intermitente) • Geralmente azulados, esverdeados, violáceos
Controle: • Abdômen com reflexos metálicos
• Depende da criação e do manejo, mas se deve cortar o pêlo da • Família apresenta dois gêneros de maior importância
ganacha no verão e passar esponja com água morna, matando
a larva. • Cochliomyia – parasitas obrigatórios

• Tratamento com (ex. avermectina por via oral). • Chrysomya – parasitas facultativos

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Miíases – Cochliomyia spp. Miíases – Cochliomyia spp.


• Este gênero inclui a “ mosca da bicheira” ou “ mosca varejeira” • Cochliomyia macellaria: semelhante à C. hominivorax, larvas se
desenvolvem no lixo, cadáveres, tecidos necrosados (larvas
• Mais importantes: Cochliomyia hominivorax e Cochliomyia macellaria
necrobiontófagas) e outros tipo de matéria orgânica em decomposição.
• Ocorre em toda região subtropical e tropical da América do Sul e
• Cochliomyia hominivorax: mais importante mosca produtora de miíases
América Central.
nas Américas
• Parasita todos os animais de sangue quente, particularmente
bovinos, ovinos, eqüinos, caninos e suínos. Também parasita o
homem.
• Qualquer ferimento pode ser alvo da infestação
• Causa uma miíase traumática grave (bicheira) - conjunto de larvas
se instala em qualquer corte, ferimento, abrasão, fístula ou
ulceração da pele ou mucosa de vertebrados, alimentando-se
exclusivamente de tecidos vivos.

Miíases – Cochliomyia hominivorax Miíases – Cochliomyia hominivorax


• Larvas parasitam obrigatoriamente tecidos vivos  biontófagas
• Coloração
metálica azul ou • Fêmeas depositam de 200 a 300 ovos nas bordas das feridas ou
azul-esverdeada ferimentos recentes  miíase primária, geralmente de tecido cutâneo.

• Olhos vermelho- • Larva  pode invadir orifícios naturais (nasal, ocular, auricular, oral,
amarelados vaginal, anal..).

• Cabeça • Se não controladas  pode ocorrer alta mortalidade.


amarelada.

Cochliomyia macellaria
Fonte: http://www.nku.edu/%7Edahlem/2006CollectingWeb/2006CollWeb%20Images/BlowFly1.JPG

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Miíases – Cochliomyia hominivorax Miíases – Cochliomyia hominivorax


• Ovos (14 a 18 horas)  eclosão
Danos diretos
 larvas se alimentam nas bordas
das feridas e se desenvolvem em • Animais  inquietude, dor, feridas
4 a 10 dias atingindo 17 mm. sangram.
• Abandona a ferida  solo  • Na ausência de feridas, acometem
pupa (1 semana no verão e 3 a região umbilical dos bezerros.
semanas no inverno)  adulto
• Infecções secundárias.
• Adultos recém-eclodidos se
Importância
alimentam de néctar das flores ou
de substâncias açucaradas das • Bovinos são os mais acometidos
plantas. seguido por ovinos, eqüinos,
caprinos, suínos, bubalinos e
• Fêmeas acasalam uma única vez
humanos.
 após 5 a 10 dias  depositam
seus ovos. Ciclo demora de 21 a 60 dias
• Fêmeas fecundada se alimenta de Podem ocorrer de 12 a 13
sangue ou exsudatos presentes gerações/ano
nas feridas.

Miíases – Cochliomyia hominivorax


Bibliografia
Controle
• Estados Unidos  erradicação  utilização de machos estéreis.
• Guimarães, J.H.; Tucci, E.C. & Barros-Battesti, D.M.
Tratamento (2001). Ectoparasitos de Importância Veterinária.
• Inseticidas, antissépticos, cicatrizantes, repelentes. Editora Plêiade/FAPESP.
• Prevenção é o mais adequado. • Wall, R. & Shearer, D. (2001). Veterinary
Ectoparasites: Biology, Pathology and Control. Second
edition. Blackwell Publishing Limited, Oxford, UK.
• Freitas, M.G.; Costa, H.M.A.; Cortz, J.O. & Lide, P.
(1978). Entomologia e Acarologia Médica e Veterinária.
4ª ed., Editora Nobel.

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