Miíases - definição
Dípteros causadores de miíases
• Miíase é a infestação de órgãos ou tecidos de animais
hospedeiros e do homem por estágios larvais de
moscas dípteras
Paula Fernanda • As larvas se desenvolvem no interior ou sobre o corpo
Massini do hospedeiro, e se alimentam dos seus tecidos (vivos
ou em necrose), substâncias corporais líquidas ou dos
alimentos por ele ingeridos
• Hospedeiros – geralmente mamíferos, ocasionalmente
aves, raramente anfíbios e répteis
Miíases Miíases
Classificação pela localização anatômica Classificação pelas lesões
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• Grau da infestação
• Facultativa ou acidental (geralmente secundárias) - Espécies se
desenvolvem em matéria orgânica em decomposição, tais como • Fortes infestações irritação, desconforto, prurido,
carcaças, fezes, e ocasionalmente depositam seus ovos ou larvas queda no consumo de alimento, redução da
em tecidos vivos do hospedeiro - larvas necrobiontófagas fertilidade, queda na produtividade do rebanho
• Casos extremos hemorragia, infecção bacteriana,
desidratação, anafilaxia e toxemia
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Fonte: http://www2.fmvz.usp.br/institucional/marcelocp/index.html
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• Necessita de vetores de transporte ou foréticos (foresia – “viajando • Postura: fêmea captura o vetor durante o vôo, segurando-o com suas
juntos”), geralmente outros dípteros, para veicular seus ovos, patas e deposita os ovos na região abdominal do vetor: 800 e 1000
especialmente muscóides ou culicídeos. ovos, em várias posturas.
• Para encontrar estes vetores a D. hominis fica próxima aos seus • Ovos dispostos em cachos (30 a 40 ovos), fortemente aderidos ao
hospedeiros, que são visitados por vários dípteros. abdome do vetor. Geralmente em apenas um dos lados. São de
coloração creme e medem de 2 a 3 mm de comprimento.
• Características comuns dos vetores:
• Hábitos zoofílicos, independente de serem ou não hematófagos.
• Período diurno de atividade.
• Tamanho igual ou menor que a D. hominis
• Hábitos moderadamente ativos (muito lentos não estimulam a
captura. Muito rápidos, não são capturados).
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• Incubação dos ovos de D. hominis sobre seus vetores alta • A larva eclodida mede 1,0-1,5 mm de comprimento
viabilidade: ovos protegidos, particularmente contra a dessecação. • Muito ativa, pode penetrar de imediato ou migrar até 19 cm sobre a
• A posição dos ovos permite que os opérculos entrem em contato com a pele do hospedeiro para então penetrar na pele.
pele do hospedeiro quando os vetores pousarem. • Não há uma região preferencial para o desenvolvimento das larvas.
• A eclosão das larvas ocorre em uma semana, entretanto, podem
permanecer viáveis nos ovos por aproximadamente 20-28 dias.
• Larvas eclodem somente sob estímulo adequado (calor e o CO2
emanado pelo hospedeiro) probabilidade do encontro parasito-
hospedeiro.
• Se a larva L1 quando está eclodindo não consegue atingir a pele ou
pêlo do hospedeiro, retorna para dentro do ovo.
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Larva no
no inseto vetor
• Pode ocorrer a formação de abscessos profundos e muito dolorosos.
cisto
• Durante o desenvolvimento da larva os animais ficam nervosos,
Larva madura
cai no solo
irrequietos e se alimentam mal.
Vetor
transporta ovos
para o hospedeiro
Larva eclode
e penetra
na pele
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G. intestinalis
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G. intestinalis
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• Tratamento com (ex. avermectina por via oral). • Chrysomya – parasitas facultativos
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• Olhos vermelho- • Larva pode invadir orifícios naturais (nasal, ocular, auricular, oral,
amarelados vaginal, anal..).
Cochliomyia macellaria
Fonte: http://www.nku.edu/%7Edahlem/2006CollectingWeb/2006CollWeb%20Images/BlowFly1.JPG
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