Dado o número crescente de cientistas que estudam o sistema nervoso, várias proeminentes organizações de neurociência têm sido
formadas para prover um fórum para todos os neurocientistas e educadores. Por exemplo, a International Brain Research
Organization[3] foi fundada em 1960, a Society for Neuroscience[4] em 1969, a Sociedade Brasileira de Neurociências e
Comportamento[5] em 1976 e a Sociedade Portuguesa de Neurociências[6] em 1992.
Índice
Acerca de nomes e métodos
O cérebro, a mente e os seus problemas
Um pouco de história
Autores
Referências
Bibliografia
Ligações externas
Existem pelo menos 5 maneiras ou áreas de estudo da relação entre sistema nervoso
e comportamento e/ou sua fisiologia:
Uma forma distinta de conceber a diversidade de metodologias com que podemos estudar o cérebro é, como proposto por Lent,
2004,[20]acompanhar, em princípio os distintos níveis anatômicos – funcionais que a biologia utiliza para o estudo dos seres vivos.
Estabelecendo então: Neurociência molecular; Neurociência celular como níveis de análise equivalentes as bem estabelecidas
disciplinas da bioquímica e citologia; A Neurociência sistêmica orientada pelos princípios histológicos, estruturais e funcionais dos
aparelhos e sistemas orgânicos; A Neurociência comportamental em princípio acompanha os níveis de organização básica do
indivíduo ou seu comportamento equivalendo aos estudos da Psicobiologia ou Psicofisiologia e finalmente a Neurociência cognitiva
ou estudo das capacidades mentais mais complexas, típicas do animal humano como a linguagem, autoconsciência etc. que também
pode ser chamada de Neuropsicologia.
Observe-se que não há um plano ou nível privilegiado de análise e nem sempre a melhor explicação de um nível situa-se
necessariamente no anterior (ou posterior). Paradoxos complexos podem ser criados como o estudo molecular da consciência ou o
entendimento da consciência e comportamento como propriedades emergentes relativamente independentes do estudo do sistema
nervoso. Um entendimento pleno deve considerar como verdadeiras e igualmente importantes todas as maneiras de estudo do cérebro
e sistema nervoso.
O cérebro, a mente e os seus problemas
Além da tarefa ainda não concluída em milhares de anos de pesquisas, especulações,
tentativas, erros e acertos sobre a anatomia e fisiologia do cérebro e de suas funções,
sejam o comportamento/pensamento (psique) ou os mecanismos de regulação
orgânica e interação psicossocial alguns problemas se impõem aos pesquisadores,
destacando-se entre estes os que podem ser reunidos pela patologia.
Assim esclarecido temos duas estratégias básicas para abordar os problemas da mente-
[21][22]
cérebro e/ou a principal aplicação prática da neurociência na clínica médica:
O coma, alterações da consciência e do sono; Alterações dos órgãos dos sentidos, delírios,
alterações do intelecto e da fala; Distúrbios do comportamento, ansiedade e depressão Ressonância magnética
(lassidão, astenia); Desmaios, tontura (vertigens) e estado convulsivo; Distúrbios da marcha parassagital da cabeça de
paciente com macrocefalia
e postura (tremores, coréia, atetose, ataxia); Paralisias e distúrbios da sensibilidade e dor
familial benigna
(cefaleia e segmentos periféricos); Espasmos, incontinências e outras alterações da
regulação orgânica.
Se não considerarmos que o conhecimento de métodos de tratamento invasivo como trepanações das
medicinas antigas e pré colombianas; utilização de plantas psicoativas e outras técnicas de modificação da consciência e anestesia
(similares à yoga e acupuntura) fazem parte da neurociência, podemos tomar como data de criação desta interdisciplina a publicação
de De morbis nervorum em 1735 , de autoria do médico holandês Herman Boerhaave (1668 - 1738), considerado o primeiro tratado
de neurologia.
Pode-se ainda marcar seu início com a descoberta da função cerebral[23] atribuída ao grego Alcmaeon da escola Pitagórica de Croton
em torno de 500 aC, que discorreu sobre as funções sensitivas deste. Suas observações foram confirmadas por Herófilo, um dos
fundadores da escola de medicina de Alexandria (século III aC.), que descreveu as meninges e a rete mirabile (rede maravilhosa) de
nervos (distinguindo este dos vasos) e medula com suas conexões com cérebro, cujo conhecimento foi sistematizado e demonstrado
empiricamente, através do corte seletivo de nervos, porGaleno (130-211 aC.).
Para Bear et al[24] o estudo do encéfalo é tão antigo quanto a ciência e entre as disciplinas que o estudam inclui a matemática,
destacando ainda as reflexões deHipócrates sobre esse órgão no clássico da medicina, atribuído a ele, "Acerca das doenças sagradas"
(Hipócrates Séc V a.C.).[25]..o homem deve saber que de nenhum outro lugar mas do encéfalo, vem a alegria, o prazer, o riso, e a
diversão, o pesar e o ressentimento, o desânimo e a lamentação...por esse mesmo órgão tornamo-nos loucos e delirantes, e medos e
terrores nos assombram...Nesse sentido sou da opinião de que o encéfalo exer
ce o maior poder sobre o homem... Ressalta, porém que
a palavra neurociência é jovem e que a primeira associação de neurociência foi fundada somente em 1970.
Autores
Referências
1. Entry for Neuroscience - Merriam-Webster Medical Dictionay (http://www.merriam-webster.com/medlineplus/neurosci
ence)
2. Cuesta-Cambra, Ubaldo; Niño-González, José-Ignacio; Rodríguez-T erceño, José (2017). «The Cognitive Processing
of an Educational App with EEG and 'Eye T racking' » (https://www.revistacomunicar.com/index.php?contenido=detall
es&numero=52&articulo=52-2017-04). Comunicar (em espanhol). 25 (52): 41–50. ISSN 1134-3478 (https://www.worl
dcat.org/issn/1134-3478). doi:10.3916/c52-2017-04 (https://dx.doi.org/10.3916%2Fc52-2017-04)
3. International Brain Research Organization(http://www.ibro.org)
4. Society for Neuroscience(http://www.sfn.org/)
5. Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento(http://www.sbnec.org.br)
6. Sociedade Portuguesa de Neurociências(http://www.spn.org.pt/)
7. Meyer-Lindenberg A; Miletich RS, Kohn PD, Esposito G, Carson RE, Quarantelli M, e Winberger DR, Berman KF
(2002). "Reduced prefrontal activity predicts exaggerated striatal dopaminergic function in schizophrenia". Nature
Neuroscience 5: 267–71.
8. Hoyle, G. (1984) The scope of Neuroethology . The Behavioral and Brain Sciences. 7:367-412PDF (https://courses.ci
t.cornell.edu/bionb4240/Reprints/Hoyle_1984_OCR.pdf) Aces.Abr.2015.
9. Herculano-Houzel S. The Human Brain in Numbers: A Linearly Scaled-up Primate Brain . Frontiers in Human
Neuroscience. 2009;3:31. doi:10.3389/neuro.09.031.2009.PDF (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC27764
84/pdf/fnhum-03-031.pdf)
10. Cavalli-Sforza, L.L.; Bodmer, W.F. The genetic of human populations. San Francisco, Freeman, 1971 apud: Davidof f,
Linda L. Introdução à psicologia. SP , Makron Books, 2001
11. Vasconcelos, Marcio M. Retardo mental. Jornal de Pediatria - Vol. 80, Nº2(supl), 2004PDF, consulta em Mar. 2014
(http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n2s0/v80n2Sa09.pdf)
12. Brown TT, Kuperman JM, Chung Y; et al. (25 de setembro de 2012).«Neuroanatomical assessment of biological
maturity» (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3461087). Curr Biol. 22 (18): 1693–1698. PMC 3461087 (ht
tps://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3461087) . PMID 22902750 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/229
02750). doi:10.1016/j.cub.2012.07.002(https://dx.doi.org/10.1016%2Fj.cub.2012.07.002)
13. Tau, Gregory Z.; Peterson, Bradley S. NormalDevelopment of Brain Circuits. Neuropsychopharmacology (2010) 35,
147–168 PDF (http://www.nature.com/npp/journal/v35/n1/pdf/npp2009115a.pdf) Aces.Abr. 2015
14. Delay J , Deniker P . Caractéristiques psycho-physiologiques des médicaments neuroleptiques. Psychotropic drugs .
Amsterdam : Elsevier ; 1957, p. 485 - 501
15. NICASTRI, Sergio. Métodos de neuroimagem e abuso de substâncias psicoativas. Rev . Bras. Psiquiatr., São Paulo ,
v. 23, supl. 1, p. 28-31, May 2001 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44462001000500009&lng=en&nrm=iso>. access on 19 Aug. 2017.
16. Colom R, Karama S, Jung RE, Haier RJ. Human intelligence and brain networks. Dialogues in Clinical Neuroscience.
2010;12(4):489-501. PDF (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3181994/pdf/DialoguesClinNeurosci-12-48
9.pdf) Aces. Abr.2015
17. Fallon, James. The Psychopath Inside: A Neuroscientist's Personal Journey into the Dark Side of the Brain. NY ,
Penguin Books, 2013
18. Matthieu Ricard, Antoine Lutz e Rchard J. Davidson. A mente (burilada) do meditador . Scientific American Brasil ano
13 nº151 Dezembro, 2014 p28-35
19. Domínguez D, Juan F; Lewis, ED; Turner, R; Egan, GF (2009). Chiao, JY, ed. "The Brain in Culture and Culture in
the Brain: A Review of Core Issues in Neuroanthropology". Progress in Brain Research. Special issue: Cultural
Neuroscience: Cultural Influences on Brain Function (The Netherlands: Elsevier) 178: 43–6. doi:10.1016/S0079-
6123(09)17804-4
20. Lent, Roberto. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. SP , Atheneu,2004
21. Harrison, T. R. Medicina Interna (8ª Ed.). RJ,Guanabara Koogan, 1980
22. Robbins - Patologia Estrutural e Funcional R.S. Cotran, .VKumar, S.L. Robbins, ed. 5ª edição, Guanabara Koogan,
R.J., 1996.
23. Oliveira, J.W. B. Estudo histórico da neurologia. RJ, Castália, 1980
24. Bear, Mark F.;Connors, B.W.;Paradiso, M.A. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Porto Alegre, RGS,
Artemd, 2002
25. Hipocrátes. A doença sagrada in: Cairus, Henrique .F; Ribeiro Jr. Wilson A. Textos hipocráticos, o doente, o médico
e a doença. RJ FioCruz, 2005Google Livros (https://books.google.com.br/books?id=tlltAwAAQBAJ&lpg=PA28&dq=T
extos%20hipocr%C3%A1ticos&hl=pt-BR&pg=PP1#v=onepage&q&f=false) Aces. Abr. 2015
Bibliografia
Alexander, Franz G, Selesnick, Sheldon T. História da psiquiatria: uma avaliação do pens amento e da prática
psiquiátrica desde os tempos primitivos até o presente. São Paulo : Ibrasa, 1968.
Canguilhem, Georges. O Normal e patológico, RJ, Forense-Universitária, 1982
Foucault, Michael. Doença Mental e Psicologia, RJ, eTmpo-Brasileiro, 1968
Hubel, David H. El cérebro, edicion especial sobre neurobiologia da Investigacion y Ciência, nº 38. Barcelona,
noviembro de 1979 ou The Brain, Scientific American nº 3, v 241. USA, september 1979
Kandel, Eric R.; Schwartz, James H.; Jessell, Thomas M. Fundamentos da neurociência do comportamento. RJ,
Guanabara Koogan, 1997
Lent, Roberto (Ed.). As ciências do cérebro. Numero especial da Rev . Ciência Hoje, v16/ nº 94, Rio de Janeiro,
setembro-outubro de 1993
McGaugh, J.L.; Weinberger, N.M.; Whalen, R.E. Psicobiologia, as bases biológicas do comportamento. (textos do
Scientific American). SP, EDUSP – Polígono, 1970
Ligações externas
NEUROREDE - Primeira Rede Social Colaborativa de Neurociências em Língua Portuguesa
Organização Ciências e Cognição (OCC)
Portal de Neurociências com Sistema de Busca de Artigos Científicos em PDF
Cursos Online de Neurociências com Recursos Multimídia - Certificados pela UFMG
NetMed - NeuroCiências e Neurologia
Instituto de Neurociências & Comportamento (INeC)
Instituto Internacional de Neurociências de Natal
Neurociencias: Ciencia do Cerebro
Sociedade Brasileira de Neuropsicologia
Neurobiologia Celular
Inteligência Artificial
Cerebro & Mente, Revista Eletrônica de Divulgação Científica em NeuroCiência
IBNeuro Instituto Brasiliense de Neuropsicologia e Ciências Cognitivas
Pavlov Institute of Physiology
Comparative Animal Behavior Research: THE ETHOGRAM
University of Wisconsin and Michigan State Comparative Mammalian Brain Collections
Squire, Larry R. (ed). The History of Neuroscience in Autobiography (8 .)VSociety for NeuroscienceAcesso em
Junho 2014
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Neurociência&oldid=51281573
"
Esta página foi editada pela última vez à(s) 15h01min de 15 de fevereiro de 2018.
Este texto é disponibilizado nos termos da licençaAtribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY
-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte ascondições de utilização.