Anda di halaman 1dari 28

Introdução a Gestão Ambiental e Responsabilidade Social – UNIDADE I

A grande evolução da humanidade tem acarretado em enormes impactos ambientais, podendo


levar a extinção de vários seres do planeta como do próprio ser humano. O processo de
contaminação do meio ambiente acelerou em curso com a Revolução Industrial. Entender esse
problema faz com que nós os conscientizemos a procurar soluções pois o ser humano, de todas
espécies existente, é o que possui maior capacidade de adaptação ao meio natural.
A capacidade de prever suas ações faz com que o homem se destaque na natureza, essa
capacidade também colaborou para o desenvolvimento de ferramentas e o trabalho em grupo,
que nada mais é do que a manutenção da espécie humana, modificando e adaptando a natureza
para satisfação de suas necessidades.
Ao trabalhar em grupo o homem percebeu que seus objetivos eram alcançados com maior
facilidade, assim começou a organizar trabalhos e distribuir funções. Com isso a capacidade é
aumentada, sua intervenção na natureza também e os impactos são ainda maiores.
Esse desenvolvimento humano vem causando alterações no maio ambiente natural pois há mais
ou menos 8000 anos os homens aprenderam a domesticar animais, plantar sementes e aprimorar
suas colheitas.
O domínio das atividades forçou um aumento da cooperação dos trabalhos, que estavam cada
vez mais específicos, produzir alimentos de forma eficiente deixou o homem mais ambicioso e
assim começou a surgir pequenas vilas. A melhoria da qualidade de vida era um ponto forte entre
os grupos.
Com o domínio da agricultura e pecuária o homem passou a usar do meio ambiente para criar
seu próprio alimento, cercando espaços tornando aquele pedaço privado. Com a abundancia em
alimentos consequentemente aumenta-se a aglomeração populacional das pequenas vilas,
ocupando cada vez mais espaço no ambiente natural causando mais destruição.
As concentrações urbanas, quando destroem o meio ambiente natural acabam provocando
adaptações de organismos que se alastram quase sem controle como insetos e doenças que
podem causar grandes epidemias.
A Industrialização
O surgimento de maquinas a vapor, na Revolução Industrial que se iniciou na Inglaterra, deu ao
homem uma nova perspectiva, o que antes era feito de modo artesanal exigindo muito esforço,
passou a ser feito por máquinas, aumentando a viabilidade e produtividade. É obvio que com o
aumento da produtividade aumentou-se também o uso de recursos naturais e novos hábitos
foram surgindo, impulsionando o crescimento demográfico.

A urbanização em alta trouxe grandes problemas de abastecimento de água, esgoto sanitário,


fumaça das industrias, etc. logo começaram a surgir as consequências, como a epidemia de
cólera, febre tifoide e outras doenças.
UNIDADE Introdução a Gestão Ambiental e Responsabilidade Social
O desmatamento sem restrições, ocorrido pela alta demanda populacional, principalmente na
Europa, dizimou suas florestas, gerando problemas ambientais vistos ainda hoje. Países mais
desenvolvidos alcançaram padrões de evolução elevada, após a Segunda Guerra Mundial,
alavancaram em questões políticas e educacionais, amentando ainda mais a população.
Contaminação Ambiental.
O século XX, sem dúvidas foi o mais devastador em questão ambiental. Cidades em crescimento,
maior industrialização e veículos movidos a combustão aumentaram os efeitos nocivos ao meio
ambiente.

Por um grande período não houve controle do uso de recursos naturais, mas acidentes industriais
chamaram a atenção do poder público sobre os perigos da chuva ácida, alterações climáticas,
contaminação de lenções freáticos, entre outros. Acidentes industriais com grande impacto
causando mortes e impacto ambiental, como ocorrido no Japão, como a contaminação da Bahia
de Minamata. Causada por ima indústria química instalada as margens da Baia.

No Brasil podemos citar as companhias de SP que despejam fluidos em rios a mais de 15 anos, o
acidente de Mariana onde o impacto ambiental é imensurável, considerado a maior catástrofe na
história do País.
A Mudança
Na década de 1960, começou a se discutir a relação do homem com o meio ambiente, neste
momento começou a conscientização dom homem com o meio ambiente para garantir a
sobrevivência de gerações futuras e o desenvolvimento sustentável. Em 1962, a bióloga Rachel
Carson publicou um livro denunciando o uso abusivo de um agrotóxico utilizado para a proteção
da colheita. Nocivo ao ser humano e aos pássaros

No início da década de 1970, iniciou-se um questionamento sobre o modelo de crescimento que


existia desde a Revolução Industrial. Questionava-se que com as profundas mudanças
econômicas a pobreza não diminuía e a desigualdade social entre os países subdesenvolvidos e
desenvolvidos se tornavam cada vez maior.

Após 10 anos, a Assembleia das Nações Unidas realizou uma conferência sobre o meio ambiente
humano. Esse encontro teve como objetivo influenciar e orientar o mundo na preservação e
melhoria do meio ambiente. O maior mérito dessa conferência foi o de lançar os problemas
ambientais para o mundo para mais tarde construir um conceito de desenvolvimento sustentável.
Na década de 1990 as empresas de países desenvolvidos começaram a sofrer pressões de
órgãos ambientais para maior controle de poluente, algumas investiram em tecnologias para um
maior controle, já outras transferiram suas unidades para países em desenvolvimento pois não
conseguiram se adequar a legislação de seus países.
Com a crescente conscientização em países mais desenvolvidos, constataram que os problemas
eram globais. Com isso tentaram fazer com que a responsabilidade fosse de todos,
desconsiderando os estágios evolucionários de cada pais.

Nos países em desenvolvimento o controle de poluentes nas indústrias não é tão rígido quanto
aos países desenvolvidos. Isso fez com que as empresas migrassem para esses países,
aumentando o consumo de energias extraídas da natureza.

Todas essas discussões evoluíram muito sobre o real papel do meio ambiente no processo de
desenvolvimento. A relação entre a proteção do meio ambiente e o combate à pobreza foi um
salto importante e é uma conquista que dos países em desenvolvimento frente à pressão dos
países desenvolvidos. Hoje, quase não se discute mais sobre a importância da proteção
ambiental e a discussão está focada em qual deve ser o modelo de desenvolvimento que reduza
a desigualdade entre os países.

A sociedade civil também se organizou rapidamente, surgindo as Organizações não


Governamentais (ONGs), que pressionam as organizações políticas da Sociedade e atuam
também globalmente, participando de fóruns sobre o tema e fazendo pressão nos governos,
empresas e órgãos de financiamento, entre outros, alterando políticas em prol de um
desenvolvimento sustentável.
Século XXI, o Desenvolvimento Sustentável como Novo Paradigma
O conceito de desenvolvimento sustentável está baseado na utilização consciente dos recursos
naturais e da sua preservação para as gerações futuras.
A primeira ideia de desenvolvimento sustentável surgiu na Conferência de Estocolmo, em 1972, e
foi chamada de “Abordagem do Ecodesenvolvimento”.
UNIDADE Introdução a Gestão Ambiental e Responsabilidade Social
Embora seja um conceito muito utilizado, não existe visão única do que seja o desenvolvimento
sustentável. Para muitos, alcançar o desenvolvimento sustentável é conseguir o crescimento
econômico continuo por meio de um manejo apropriado dos recursos naturais e de tecnologias
menos poluentes e mais eficientes; para outros é um projeto político com o objetivo de erradicar a
pobreza e melhorar a qualidade de vida.
Resumidamente, o conceito baseia-se no equilíbrio entre três eixos principais do conceito de
sustentabilidade: o crescimento econômico, a preservação ambiental e a equidade social.
Considerações Finais
É possível afirmar que chegamos ao início do século XXI com um conceito de desenvolvimento
sustentável bem mais amadurecido, que não está mais restrito às discussões acadêmicas e
políticas, de defensores e contestadores, mas que se popularizou por todos os Continentes,
passando a fazer parte da vida cotidiana
das pessoas.
Um conceito que está presente desde as pequenas atitudes diferenciadas de comportamento,
como a separação e a reciclagem do lixo doméstico, tomadas pelo cidadão comum, até as
grandes estratégias e investidas comerciais de algumas empresas, as quais se especializaram
em atender um mercado consumidor em franco crescimento, que hoje cobra essa qualidade
diferenciada tanto dos produtos que consome, quanto dos processos produtivos que o envolvem.
RESUMO UNIDADE II (Desenvolvimento Sustentável) – GESTÃO E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
A primeira ideia de desenvolvimento sustentável surgiu em 1972 na Conferência de
Estocolmo, e foi chamada de abordagem do ecodesenvolvimento. Esse desenvolvimento
necessita de três critérios: equidade social, prudência ecológica e eficiência econômica.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em seu relatório intitulado em
1987, “Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades”.
Além de contribuir para a relação entre o meio ambiente e as formas de desenvolvimento,
essa comissão definiu também os principais objetivos de políticas ambientais e de
desenvolvimento, os quais derivados desse conceito e que são os seguintes:
»» Retomar o crescimento como condição necessária para erradicar a pobreza;
»» Mudar a qualidade do crescimento para torná-lo mais justo, equitativo e menos intensivo em
matérias-primas e energia;
»» Atender às necessidades humanas essenciais de emprego, alimentação, energia, água e
saneamento;
»» Manter um nível populacional sustentável;
»» Conservar e melhorar a base de recursos;
»» Reorientar a tecnologia e administrar os riscos; e
»» Incluir o meio ambiente e a economia no processo decisório.
O desenvolvimento sustentável resultaria, portanto, de um pacto duplo, intergeracional, que
se traduz na preocupação constante com o gerenciamento e a preservação dos recursos para as
gerações futuras (BARBIERI, 2007).
No Quadro a seguir temos um resumo dos principais acontecimentos relacionadosao
desenvolvimento sustentável:
Desenvolvimento Sustentável no Mundo Empresarial
O documento ‘Mudando o rumo: uma perspectiva global do empresariado para o
desenvolvimento e o meio ambiente’, elaborado pelo Conselho Empresarial para o
Desenvolvimento Sustentável, defende que o progresso em direção ao desenvolvimento
sustentável é um bom negócio, pois cria vantagens competitivas e novas oportunidades, mas
que, para isso, mudanças profundas na atitude empresarial são necessárias, incluindo uma nova
ética no modelo de se fazer negócios.
O documento intitulado ‘Ecoeficiência: criando mais valor com menos impacto, apresenta
alguns fatores que constroem a sustentabilidade empresarial’, na figura abaixo mostra esses
fatores:
O conceito de desenvolvimento sustentável no meio empresarial tem sido pautado mais no
sentido do modo como as empresas assumem as formas de gestão mais eficientes como a
produção mais limpa. Embora haja um crescimento perceptível na direção da sustentabilidade,
ainda está muito focada no ambiente interno das organizações, voltada principalmente a
processos e produtos. Já houve um grande avanço, no entanto, falta muito para que as empresas
se tornem agentes de um desenvolvimento sustentável socialmente justo, economicamente viável
e ambientalmente correto.
No Brasil (1998), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez sua publicação com a
Declaração de princípios da indústria para o desenvolvimento sustentável, no quadro abaixo
mostra algumas diretrizes:

Sustentabilidade Econômica, Social e Ambiental


Nas organizações, o desenvolvimento sustentável se manifesta sob três dimensões:
social, ambiental e econômica, nas quais deve manter o equilíbrio dinâmico.
Econômica: a sustentabilidade indica que as empresas devem ser economicamente viáveis, o
papel na sociedade deve ser atendido considerando a sua rentabilidade, ou seja, dar retorno ao
investimento realizado pelo capital privado.
Social: a empresa deve atender aos requisitos de proporcionar aos seus funcionários as melhores
condições de trabalho, contemplando as diversidades culturais existentes no local onde atua. Os
dirigentes também devem participar das atividades socioculturais da comunidade.
Ambiental: a organização deve se alinhar à ecoeficiência de seus processos produtivos, procurar
adotar uma produção mais limpa, dar condições ao desenvolvimento de uma cultura
organizacional ambiental, ter uma postura de responsabilidade ambiental, não contaminando o
ambiente natural, além de procurar estar presente nas atividades organizadas pelas autoridades
locais e regionais quando se tratam de questões ambientais.
8
• Tripé da Sustentabilidade ou Triple Bottom Line
Conhecido também como os 3P, ou seja, People(capital humano), Planet (capital natural) e
Profit (lucro, resultado econômico), o triple bottom line é o tripé da sustentabilidade, um
conceito que poderá ser aplicado tanto de forma ampla, para um país ou até mesmo o
Planeta, como de modo mais localizado, como uma residência, empresa, cidade etc.
Atualmente, para as empresas, não apenas os resultados financeiros são importantes, mas
os termos econômicos, sociais e ambientais.
• Protocolo Verde
O protocolo verde é um documento do governo federal que, através de seus bancos
oficiais e ministérios, incorpora na gestão e concessão de crédito e benefícios fiscais a
variável ambiental, com o objetivo de criar mecanismos que evitem a utilização de créditos
e benefícios em empreendimentos e atividades que possam prejudicar o meio ambiente,
que se não forem cumpridos de acordo com a política nacional de meio ambiente terão a “
[...] perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter
geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento
em estabelecimentos oficiais de credito”.

De acordo com o protocolo, as linhas de financiamento serão liberadas para as empresas


comprometidas em desenvolver políticas socioambientais, ou seja, respeito aos direitos humanos
e trabalhistas, preservação da biodiversidade, redução da pobreza e desigualdade e valorização
da diversidade cultural local.

• Princípio do Poluidor-Pagador (PPP)


Teve sua origem na Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD),
em 1972, onde se recomendava que os países-membros adotassem o princípio poluidor-
pagador. Nos anos seguintes, a OECD publicou um guia, onde definiu o princípio da
seguinte maneira: “O poluidor deve arcar com os custos de controle de poluição e medidas
de prevenção exigidas pela autoridade pública, independentemente se estes custos são o
resultado da imposição de alguma taxa de poluição, ou se é debitado por algum outro
mecanismo econômico satisfatório, ou ainda, se é uma resposta a algum regulamento
direto de redução de poluição obrigatória.”
O conceito foi introduzido no Brasil por meio da política nacional de meio ambiente – Lei n.º
6.938, de 31 de agosto de 1981 –, especificamente no Artigo 4º:
Na Constituição Federal brasileira de 1988, em seu Artigo 225, Parágrafo 2º, é
estabelecido que “[...] aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da Lei”. Além disso, no Parágrafo 3º, ratifica-se que: “As condutas e atividades
consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados”.
A Agenda 21, documento elaborado na Rio 92, consolidou o princípio do poluidor-pagador,
onde estabelece: “As autoridades nacionais devem procurar promover a internacionalização dos
custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em vista a abordagem segundo a
qual o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo da poluição, com a devida atenção ao
interesse público e sem provocar distorções no comércio e nos investimentos internacionais.”

Considerações Finais
A passagem de um modelo de desenvolvimento predatório para um sustentável inclui,
entre outras questões, modificar a nossa relação com a natureza, não apenas como fonte de
matérias-primas, mas como ambiente necessário à existência humana. Nesse processo, torna-se
fundamental o manejo racional dos recursos naturais, a modificação da organização produtiva e
social, a alteração das práticas produtivas predatórias e o surgimento de novas relações sociais,
cujo principal objetivo deixe de ser apenas o lucro, e se estenda ao bem-estar dos seres.
Resumidamente, o conceito se baseia no equilíbrio entre três eixos principais do sentido de
sustentabilidade: crescimento econômico, preservação ambiental e equidade social.
UNIDADE III – AS ORGANIZAÇÕES E O MEIO AMBIENTE.
O Desenvolvimento Sustentável no Mundo Empresarial.
As empresas e o meio ambiete são de dificil equalização. Principais responsáveis pelo
esgotamento e alterações ocorridas na natuza são as empresas. Emições de grandes poluentes e
alto consumo de isnomos para beneficio da população as colocam na mira de organizações
ambientais. Dificilmente preocupadas com os impactos ambientais as deixam mais vulneraveis a
fiscalizações e a tentar seguir um desenvolvimento sustentavel.

Embora haja crescimento perceptível na direção da sustentabilidade, ela ainda está muito focada
no ambiente interno das organizações, voltada, principalmente, para processos e produtos. Já
houve grande avanço; no entanto, falta muito para que as empresas se tornem agentes de
desenvolvimento sustentável socialmente
justo, economicamente viável e ambientalmente correto.

As Empresas e a Contaminação Ambiental


Nos processos industriais, os insumos utilizados são provenientes dos recursos naturais e, devido
aos processos empregados, geram resíduos que contaminam o meio ambiente. Tais processos
podem provocar, além do esgotamento dos recursos naturais, contaminações que afetam o meio
ambiente e a saúde humana. Ao extrair insumos da natureza, as empresas podem estar afetando
a qualidade ou conforto de vida de algumas pessoas.
É importante frisar que na falta de incentivos que induzem a internalização dos custos ambientais
nas empresas, elas só parariam a geração de resíduos quando as externalidades ambientais
negativas não gerassem mais benefícios para tais organizações. Na verdade, as leis ambientais
ou mecanismos fiscais devem garantir que tratar os resíduos seja mais barato que se desfazer
deles sem tratá-los.

Fatores para Induzir Respostas das Empresas


Muitos fatores podem provocar uma resposta das empresas para diminuir os impactos ao meio
ambiente. Entre esses fatores, temos: o estado, a comunidade, o mercado e os fornecedores.

O Estado
Alguns órgão ambientais foram criados para controlar a contaminação das empresas. O estado
usa esse instrumento legal com a intensão de preservar o meio ambiente.
No caso da utilização dos instrumentos econômicos, os bens ambientais devem ser valorados da
forma mais correta possível, de acordo com a sociedade, de forma a se cobrar pelo uso desses
bens, direta ou indiretamente, em forma de taxas, subsídios etc. A Empresa pode decidir entre
contaminar e pagar a taxa ou descontaminar e incorrer nos custos para reduzir a emissão de
contaminantes.
As medidas de controle ou prevenção da contaminação, mesmo gerando os custos iniciais,
ajudam a melhorar a competitividade entre as empresas. Para que isso realmente ocorra, além de
benefícios ambientais, deve também ocorrer benefícios privados, que gerariam ao mesmo tempo
benefícios públicos como aumento do emprego e das condições sociais.

A Comunidade
As comunidades que se localizam próximas às empresas cada vez mais se apresentam como
fundamentais em relação à pressão aos problemas ambientais, porque são as primeiras a
sofrerem as consequências da poluição dessas organizações e, por conta disso, tem uma
capacidade de resposta mais rápida, afetando diretamente as decisões da Empresa no controle
ambiental.

O Mercado
Os mercados consomem cada vez mais produtos de empresas que são ecologicamente
responsáveis. Países mais desenvolvidos ou regiões mais desenvolvidas dentro de um mesmo
país, normalmente, são os que mais consomem produtos com essa pegada e isso acaba
colocando a Empresa como benfeitora ou não do meio ambiente, agregando valor de Mercado.
Os Fornecedores
Muitas empresas fornecedoras de outras que necessitam ou já têm uma política de bom
desempenho ambiental acabam fazendo exigências aos seus próprios fornecedores para que
eles tenham as certificações ambientais e se tornem organizações que atendam aos requesitos
ambientais.
Dessa maneira, ela se vê obrigada a adotar medidas ambientais para evitar a contaminação,
porque seus clientes exigem que ela integre uma cadeia produtiva ambientalmente correta.
A Reação das Empresas
A poluição causada pelas indústrias é resultado da dificuldade da transformação total dos
insumos em produtos. Essas sobras formam os resíduos que podem contaminar o ar, a água e o
solo. Quando uma empresa necessita reduzir seus resíduos, tem basicamente dois caminhos a
seguir: instalar tecnologias ao final do processo produtivo para barrar a contaminação gerada ou
aplicar atividades para a prevenção da contaminação ao longo de todo o processo produtivo.
Com a instalação de tecnologias, uma parte dos resíduos é retida antes que saia da área
ocupada pela Empresa. Esses resíduos devem ser recolhidos e dispostos em local específico e
em recipientes adequados, o que exige das empresas novas instalações que, consequentemente,
demandam investimentos e aumento no custo de produção.
Muitas vezes, para reduzir a contaminação, não é necessário investimento, apenas a melhoria da
gestão e das práticas adotadas ao longo do processo de fabricação.
Competitividade e Gestão Ambiental
Para que uma empresa possa ser considerada competitiva, um conjunto de fatores variados,
complexos e que se inter-relacionam devem ser analisados; fatores como: custos, capital
humano, tecnologia, inovação, controle de qualidade, produtos e serviços.
A Gestão Ambiental, nos últimos anos, desponta como mais um item de competitividade, devido
aos benefícios que traz ao processo de produção. Entre as muitas vantagens competitivas,
podemos destacar:

• Quando a Empresa cumpre as exigências normativas, melhora seu desempenho


ambiental, trazendo a sua inserção num mercado que é cada vez mais exigente em termos
ambientais;
• A redução dos recursos energéticos como um item a ser alcançado na gestão ambiental
traz consequente redução nos custos de produção;
• Com a redução da quantidade de insumos utilizados por produto, há redução dos custos
de matéria-prima e consumo de recursos;
• Otimizando as técnicas de produção, melhora-se a capacidade de inovação da Empresa e
se minimiza o impacto ambiental do processo.

12
As empresas, depois de melhorarem os processos de produção, voltam-se para o projeto de seus
produtos e, nesse ponto, a importância da avaliação do ciclo de vida dos produtos é
imprescindível, que é a análise dos impactos ambientais causados pelo produto, desde a matéria-
prima utilizada, seu transporte, modo de fabricação, transporte do produto final, utilização do
produto e seu descarte. Em relação ao produto, muitas outras fases do ciclo de vida podem ser
adicionadas a essa análise.

Gestão Ambiental – Estímulos para Adoção


Existem diversos estímulos para que uma Empresa adote um Sistema de Gestão Ambiental.
Estímulos Internos

• Redução de custos: benefícios imediatos com a redução de material por unidade


produzida, utilização mais eficiente de recursos como energia e água. Em médio e longo
prazos, benefícios com a redução de resíduos com menores custos futuros para o manejo
e disposição desses dejetos;
• Qualidade do produto: a obtenção da melhora da qualidade ambiental traz a elevação da
qualidade do produto, como: durabilidade, confiabilidade e facilidade na manutenção;
• Melhoria da imagem da empresa: uma empresa com reconhecimento ambiental tem
imagem positiva junto aos consumidores;
• Inovação: o sistema de Gestão Ambiental acaba incorporando a inovação como
componente fundamental e permanente na estrutura da Organização. A Empresa precisa
de inovação por diversos motivos; um exemplo é buscar diferenciação em relação a seus
concorrentes e, com um produto inovador, acessar mercados que antes não teria
oportunidade de atingir;
• Responsabilidade social: gestores das empresas nos seus diversos níveis se sentem
cada vez mais responsáveis em relação à comunidade, pois já compreendem o papel da
Empresa na poluição ambiental. A conservação do meio ambiente inclui a preocupação
com as necessidades das gerações futuras, com a diversidade cultural e social na
comunidade.

Estímulos Externos
• Mercado: aumento das exigências ambientais por parte de clientes e consumidores. Essa
demanda obriga as empresas a adequar sua forma de atuar, alterando processos e
produtos em desacordo com o meio ambiente;
• Concorrência: os concorrentes também podem ser um estímulo para a adoção de
métodos de gestão ambiental. A posição da empresa em relação aos concorrentes cada
vez mais está relacionada à adoção de sistema de Gestão Ambiental;
• Poder Público e Legislação Ambiental: o controle dos governos em relação às questões
ambientais está aumentando cada vez mais; então, as empresas, além de conhecer a
Legislação vigente, deve antever a Legislação futura de seus países e dos países para os
quais exportam. Hoje a regulação ambiental ainda é um dos fatores mais determinantes
para que as empresas adotem medidas voltadas para a Gestão ambiental;
• Sociocultural: consumidores e sociedade como um todo são as partes mais significativas
da pressão exercida, colocando exigências sobre os produtos e os processos de produção.
Processos produtivos antes conhecidos apenas por algumas pessoas dentro das
empresas, hoje se popularizaram pelos meios de comunicação, o que faz com que, em
pouco tempo, as empresas percam a credibilidade se o objetivo for somente melhor
posicionamento no Mercado, sem modificar efetivamente seus processos e seus produtos;
• Certificações ambientais: as certificações que se expressam em selos de qualidade
ambiental têm cada vez mais se tornado um estímulo de peso para as empresas. Muitos
clientes de países desenvolvidos exigem uma certificação reconhecida, como a norma ISO
14000. Selos ecológicos são identificações dos produtos por meio de selos ou etiquetas
emitidos por organizações comerciais e não governamentais, atestando que o produto
cumpriu certos padrões ambientais previamente estabelecidos.
• Fornecedores: os fornecedores podem influenciar a conduta das empresas de várias
formas como, por exemplo, introduzindo novos materiais e processos que diminuem as
agressões ao meio ambiente e que podem ser adotados pelas corporações.

Concluindo a Unidade

De todas as instituições que existem na sociedade humana, as empresas são os principais


agentes para atingirmos o desenvolvimento sustentável. A questão envolve o ambiente interno
das empresas, pois não há atuação responsável de uma empresa na sociedade se internamente
seus gestores e funcionários não estão convencidos da adoção de práticas ambientalmente
corretas.

O envolvimento da Humanidade com a questão ambiental tem colocado as empresas como vilãs
da sociedade e responsáveis pela degradação do ambiente natural. Se analisarmos apenas sob
esse prisma, as empresas como unidades produtivas isoladas do contexto social, podemos até
afirmar isso, no entanto, as empresas devem ser também analisadas no contexto social, no meio
em que se encontram, como fornecedoras indispensáveis de produtos e serviços dos quais os
seres humanos necessitam e dependem para viver.

Portanto, a responsabilidade social e ambiental da empresa é um fato, mas deve ser


compartilhada pela sociedade que consome seus produtos e os tem como extremamente
necessário para sua sobrevivência. A responsabilidade pela poluição do planeta não pode estar
localizada apenas em um agente determinado, mas sim uma consequência de uma sociedade
como um todo, que deve assumir o problema e cada um deve cumprir seu papel para enfrentá-lo.
RESUMO UNIDADE IV (Políticas Públicas Ambientais) – GESTÃO E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
A gestão ambiental se iniciou a partir do momento em que os problemas ambientais
começaram a surgir. Após a Revolução Industrial, tais problemas começaram a ganhar corpo e se
deu início ao tratamento desses problemas de modo sistemático.
Por um longo período, os governos só tomavam uma atitude em relação aos problemas
ambientais depois que eles já estavam instalados. Foi a partir da década de 1970, que
começaram a surgir políticas governamentais em diversos países, que tratavam das questões
ambientais de modo mais integrado e de forma mais preventiva.
A Gestão Ambiental Pública é a ação do Poder Público conduzida segundo uma Política
Pública Ambiental, conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos de ação que o Poder Público
dispõe para produzir efeitos desejáveis sobre o meio ambiente (BARBIERI, 2012).
Com a diversidade das questões ambientais e a participação cada vez maior dos estados
nessas questões, surgiram vários instrumentos de Políticas Públicas Ambientais com os quais o
Poder Público pode contar para evitar mais problemas ambientais e também para eliminar ou
minimizar os já existentes. Esses instrumentos podem ser explícitos ou implícitos. Os primeiros
são criados para atingir aspectos ambientais específicos, enquanto os segundos alcançam os
aspectos ambientais indiretamente, pois não foram criados para isso. São exemplos uma Lei que
ordena o trânsito de veículos para evitar ou diminuir os congestionamentos, indiretamente
promoverá a melhora da qualidade do ar; outro exemplo: investindo em Educação, a população
se torna mais consciente dos problemas ambientais, aumentando o número de pessoas que irão
cobrar melhor desempenho ambiental das empresas e dos órgãos ambientais.
Os instrumentos explícitos, que são classificados em três grupos: Instrumentos de
comando e controle; Instrumento econômico; Outros instrumentos.

Instrumentos de Comando e Controle, Econômicos e Tecnológicos

Os instrumentos de comando e controle têm como objetivo alcançar as ações que


degradam o meio ambiente, condicionando ou limitando o uso de bens. Os que estabelecem
padrões ou concentrações máximas aceitáveis de poluentes são os instrumentos de controle
mais conhecidos:
Padrões de emissão: se referem aos lançamentos de poluentes individualizados por fonte,
que podem ser fixas ou móveis. Como exemplo das fontes fixas, podemos citar os
estabelecimentos de fábricas, e das fontes móveis os automóveis, os caminhões etc.
Padrões de qualidade ambiental: se referem aos níveis máximos para os poluentes
constantes no meio ambiente, normalmente, relacionados ao solo, à água e ao ar. Os níveis são
estabelecidos, normalmente, como médias aritméticas ou geométricas de concentração. Estão
atrelados às quantidades e às características das emissões das fontes.
Padrão de estágio tecnológico: estabelece o controle da poluição das fontes. Esse termo
pode abranger máquinas, ferramentas, instalações, materiais, avaliações de fornecedores, roteiro
de produção, método de inspeção, treinamento e planejamento da manutenção.
Outros instrumentos de controle são as proibições ou os banimentos de comercialização,
produção ou uso de produtos. Por exemplo, o licenciamento ambiental para atividades ou obras
com potencial poluidor e o zoneamento ambiental. O zoneamento, por exemplo, restringe o direito
de propriedade na medida em que define categorias de zonas destinadas a unidades produtivas.
Os instrumentos econômicos procuram influenciar o comportamento das pessoas e das
organizações em relação ao meio ambiente, utilizando medidas que representem benefícios ou
custos adicionais para elas (BARBIERI, 2012). São dos tipos fiscais, tributos ou subsídios que
são realizados por transferências de recursos entre agentes privados e públicos, e de mercado.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os
países mais ricos de Economia de Mercado, denomina esses tributos impostos e encargos
ambientais. Já a União Europeia os denomina ecotaxas.
Há diversos tipos desses tributos e os mais conhecidos são: tributação sobre emissões,
que são encargos cobrados sobre a descarga de poluentes, que normalmente são calculados
baseados nas características dos poluentes e nas quantidades emitidas por uma Empresa;
tributação sobre a utilização de serviços públicos de tratamento e coleta de efluentes; tributação
sobre os preços dos produtos que causam poluição ao serem utilizados pelo consumidor final ou
no processo de produção; tributação sobre produtos supérfluos; tributação sobre produtos em
alíquotas diferenciadas, marcando os produtos de acordo com o impacto ambiental, no sentido de
induzir o consumo e a produção de produtos menos prejudiciais ao meio ambiente.
Os instrumentos tecnológicos podem reverter situações críticas em relação à degradação
ambiental. Algumas dessas ferramentas são: Métodos de planejamento; Modelos matemáticos;
Equipamentos para controle de poluição e processos alternativos menos poluentes.
A tecnologia é fundamental, mas não é capaz de resolver todos os problemas,
principalmente, quando alguns limites são alcançados, como é o caso do efeito estufa e da
depleção da camada de ozônio.
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), é um instrumento de Política Ambiental adotado
por governos, em nível nacional, regional, estadual, municipal, por organizações internacionais e
por organizações privadas. é reconhecida internacionalmente como um instrumento eficaz de
prevenção do dano ambiental e de promoção do desenvolvimento sustentável (SÀNCHEZ, 2008).
A sistematização da AIA como atividade obrigatória foi formalizada pelos Estados Unidos
por intermédio de uma Lei aprovada pelo Congresso Americano, em 1969, vigorando a partir de
1970. No período de 1950 e início de 1960, ocorreu uma crescente sensibilidade de estudiosos,
acadêmicos e gestores públicos que apontavam a necessidade de criação de instrumentos mais
eficientes para o licenciamento ambiental; No decorrer da década de 1960, ocorreu a
consolidação do conceito de impactos ambientais, corrente hoje em dia. Esse conceito
demonstrou que a avaliação podia ser feita de forma mais objetiva, de tal forma que pudesse ter
aceitação e representatividade social e, assim, transformar-se em um instrumento de tomada de
decisões; para tanto, deveria ter características mínimas regulamentadas, necessitando, dessa
forma, de um documento público.
Munn (1975, apud BRAGA, 2005) dá uma versão de características básicas de uma
Avaliação de Impacto Ambiental:
a. Descrição das ações e alternativas propostas;
b. Previsão e intensidade dos efeitos ambientais;
c. Identificação das preocupações relevantes;
d. Listagem com os indicadores de impacto ambiental e definição recíproca de sua
magnitude;
e. A partir dos impactos previstos no item b, determinação dos valores de cada indicador
de impacto e, por fim, o impacto total.

A eficiência dos instrumentos

Os instrumentos econômicos, que acarretam menores custos para as empresas, têm sido
apontados como mais eficientes para induzir uma atitude mais dinâmica pelos agentes privados,
comparando-os com os de comando e controle, além de proporcionarem estímulos permanentes
para que as empresas deixem de gerar poluição, ao passo que, quanto ao comando e controle,
quando são alcançados os níveis estipulados pelas normas, as empresas deixariam de fazer
novos esforços para reduzir a poluição de forma contínua. Os de comando e controle
representam um peso para o Estado, já que sua eficiência depende de um aparato institucional
dispendioso.
Em relação aos tributos ambientais, a grande vantagem é trazer receita para os governos
poderem investir em meio ambiente, fazendo com que os gastos decorrentes da degradação
ambiental produzidos por empresas e sociedade sejam socializados.
Então não há como prescindir desses instrumentos. Uma política ambiental deve se valer
de todos os instrumentos e estar sempre atenta aos efeitos deles sobre a competitividade das
organizações, principalmente quando atuam no mercado externo.
Política Pública Ambiental Brasileira

Os estragos ambientais mais do que evidentes e a discussão desses problemas em nível


planetário exigiram uma postura do governo brasileiro. Em 1973, é criada a Secretaria Especial
do Meio Ambiente e muitos estados criam suas Agências Ambientais Especializadas, como a
CETESB, em São Paulo, e a FEEMA, no Rio de Janeiro.
Em relação ao meio ambiente, o Brasil seguiu uma tendência observada em outros países,
nos quais os problemas ambientais são percebidos e tratados de modo isolado e localizado,
dividindo o ambiente em solo, ar e água.
No início da década de 1980, as questões ambientais passariam a ser tratadas de forma
integrada e interdependentes e, portanto, as políticas também deveriam ser tratadas dessa forma.
A Legislação Federal sobre as questões ambientais, nessa fase, procura tratar problemas
específicos dentro de uma abordagem segmentada do meio ambiente.
Em 1981, o Brasil definiu a Política Nacional do Meio Ambiente, por meio da Lei Federal
no. 6.938, de 31.08.1981. E, em 1986, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), por
meio da Resolução no. 001/86, definiu como deve ser feita a Avaliação de Impactos Ambientais,
criando dis instrumentos novos, o
Estudo de Impactos Ambientais (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), definindo em
que consiste cada um deles e estabelecendo a relação das atividades para as quais sua
exigência é obrigatória.
A partir daí, o licenciamento passou a depender da prévia aprovação do EIA/ Rima:

I. Estradas de rodagem com 2 ou mais faixas


de rolamento;
II. Ferrovias;
III. Portos e terminais de minério, petróleo e
produtos químicos;
IV. Aeroportos;
V. Oleodutos, gasodutos, minerodutos,
troncos coletores e emissários
de esgotos sanitários;
VI. Linhas de transmissão de energia elétrica
acima de 230 KW; ENTRE OUTRAS.
A Gestão Ambiental por meio do EIA/Rima criou um mercado de trabalho de consultoria, projeto etc.,
propiciando, ainda, a formação de competências técnicas para sua utilização.
As políticas de gestão ativas e preventivas colocam em cada setor da Economia, de Produção ou
de Serviços, responsabilidades na construção de processos de Gestão Ambiental adequados às suas
atividades, para que atinjam níveis de qualidade ambientais cada vez melhores, que poderão ser
estabelecidos, a partir de absorção pelo empreendedor público ou privado, de sistema de gestão
ambiental, de procedimentos e normas
de conduta para a redução de impactos ambientais, correlacionadas à produção de serviços e produtos
de sua atividade econômica, e orientados para a conservação dos recursos naturais e pela
sustentabilidade ambiental.
A avaliação dos impactos faz parte, também, das Normas Internacionais de Qualidade Série ISO
14001, adotadas e reguladas como um instrumento de Certificação Ambiental, um selo de qualidade
ambiental das operações, produtos e serviços das empresas que possuem o Certificado.

Avaliação de Impacto Ambiental no Brasil

A Avaliação de Impacto Ambiental é um instrumento de Política e Gestão Ambiental caracterizado


pela exigência de elaboração do EIA e do RIMA, regulamentada pela resolução 001/86 do CONAMA, na
fase anterior à implantação do empreendimento, ou seja, na fase de estudos de viabilidade técnica e
econômica, utilizando essa nova variável, que é o estudo das questões ambientais, para avaliar pelo
enfoque ambiental.
O processo todo é iniciado com a definição ou não da necessidade da elaboração do EIA e do
RIMA pelo Órgão Ambiental, que poderá ser de nível federal, estadual ou municipal; isso vai depender da
abrangência do projeto. Verificada a necessidade da elaboração, o empreendedor será responsável pela
contratação do Estudo e por todos os custos decorrentes do EIA, inclusive do Licenciamento Ambiental.
Em relação à definição dos estudos ambientais pertinentes em cada caso, deve ser considerada a
Resolução CONAMA 237, de 19/12/1997, que dispõe sobre a descentralização da gestão ambiental e
estabelece as competências e as atividades, objeto de Licenciamento Ambiental (CONAMA, 1997).
Depois de elaborado o EIA-RIMA, os documentos devem ser apresentados ao Órgão Ambiental,
divulgada formalmente sua apresentação na Imprensa Oficial, disponibilizando-o para as comunidades
interessadas.
Após a análise técnica pelo Órgão Ambiental, esse emitirá seu parecer com base nas consultas e
avaliações, estabelecendo os condicionantes técnicos e as medidas mitigadoras correspondentes aos
impactos detectados e, se a decisão for favorável, determinará a implantação do empreendimento.
Uma parte crucial de todo esse processo se dá por meio da participação das comunidades e da
sociedade interessada nas consequências ambientais do empreendimento. Portanto, dentro do processo
de avaliação de impacto ambiental, é obrigatória a divulgação pública dos pedidos de licenciamento
ambiental, com referência à elaboração dos estudos, bem como à disponibilidade do RIMA.
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é um relatório que deve ser elaborado em linguagem
adequada para a compreensão de todos, resultado do Estudo de Impacto Ambiental de um determinado
empreendimento, e é utilizado para divulgar os impactos do projeto em estudo, das medidas para a
mitigação dos impactos e das condições em que se torna viável do ponto de vista ambiental.
No processo de Avaliação de Impacto Ambiental, deve ser considerada, também, a realização de
Audiências Públicas antes da tomada de decisão pelo Órgão Ambiental competente, para que as
comunidades interessadas no projeto se posicionem. Essa medida também foi regulamentada pela
Resolução CONAMA
009, de 03/12/1987.
No Brasil, a análise do EIA é submetida à análise dos Conselhos de Meio Ambiente, que são
compostos por representantes governamentais e pela sociedade civil organizada em entidades não
governamentais. A análise é submetida antes das decisões oficiais do órgão governamental competente.
A deliberação do Conselho pode ter peso jurídico e administrativo, dependendo da Legislação Ambiental
específica do estado ou do município envolvido.
Os principais objetivos da Avaliação de Impacto Ambiental são: subsidiar a decisão entre a escolha
e as possíveis alternativas de um projeto, incluindo a hipótese de não execução; gerenciar as ações do
projeto em todas as suas fases do ponto de vista ambiental e auxiliar o processo de decisão da
viabilização do uso dos recursos naturais e econômicos, promovendo o desenvolvimento sustentável.
Unidade V
A gestão ambiental é considerada um componente de um processo bem mais abrangente, onde o
objetivo é a sustentabilidade das organizações. A gestão ambiental está diretamente relacionada às
tendências que provocam as empresas a buscarem formas novas de gestão. As tendências principais são
a gestão da sustentabilidade organizacional e a responsabilidade social.
As organizações consideradas sustentáveis são as que conseguem atingir um bom desempenho
econômico aliado ao bom desempenho ambiental e social. O desafio principal para as organizações
atingirem a sustentabilidade é encontrar uma nova forma de gestão. A gestão da sustentabilidade
acontece por meio da gestão das ações ambientais e sociais gerando novas oportunidades econômicas;
tais ações podem acontecer tanto internamente como externamente à organização.
As ações internas estão baseadas nas preocupações com o aumento da poluição, com o aumento e
formas de consumo e da produção dos resíduos após consumo e criam mecanismos de combate à
poluição, com redução de resíduos e emissões provenientes das operações produtivas. O objetivo é
melhorar os índices de ecoeficiência que reduzem os custos e otimizam a gestão da organização.
Externamente, as ações são motivadas pela resposta da sociedade civil e maior transparência; as
empresas procuram desenvolver produtos com menores impactos ambientais. Essa nova forma de gestão
e desenvolvimento de produtos traz para a organização a melhoria da sua imagem junto à sociedade e
maior legitimidade organizacional.
As principais motivações para que uma organização busque a sustentabilidade é a revolução ambiental, a
busca pelas tecnologias limpas e a divulgação das marcas das organizações e ideia socioambiental.
Como contrapartida, as organizações podem se beneficiar também com o posicionamento favorável da
organização diante de seus concorrentes.
Com a adequada gestão da organização, as ações internas e externas podem criar um valor da instituição
junto aos investidores, além de gerar situações de melhoria nos resultados ambiental e social.
Práticas de Gestão Ambiental
As organizações podem estar envolvidas com a gestão ambiental de diferentes maneiras e em diferentes
níveis. Esses diferentes níveis refletem o grau de comprometimento de uma organização em relação ao
meio ambiente e o grau do seu envolvimento quanto ao planejamento, organização e controle dos
instrumentos de gestão ambiental. 8
As muitas práticas operacionais incluem as mudanças nos produtos e sistemas de produção das
organizações, que são vitais no rumo da gestão ambiental. Podemos classificar as práticas ambientais em
dois grupos: produtos e processos produtivos. As práticas relacionadas a produtos têm como foco projetar
e desenvolver produtos ambientalmente mais adequados. Isso envolve projetos para reduzir a poluição e
a toxidade de matérias-primas, com o objetivo de reduzir a quantidade de recursos e diminuir os
desperdícios, aumentando a reutilização e reciclagem.
Algumas maneiras operacionais em relação aos produtos são: mudança de materiais poluentes ou
tóxicos; alteração do projeto dos produtos com foco na diminuição do consumo de recursos naturais e a
redução dos desperdícios no uso dos produtos; redução da geração de resíduos; reutilização e
reciclagem, de acordo com a análise do ciclo de vida dos produtos.
O desenvolvimento de produtos com o foco na redução de recursos e desperdícios é uma importante
prática de gestão ambiental e está direcionado a produtos que consumam menos energia, menos água e
menos matéria-prima e que possam ser reciclados e reutilizados. Para tanto, é importante a adoção de
práticas focadas na ecoeficiência, buscando a diminuição dos impactos ambientais da área de produção e
operação das empresas.
Para apresentar produtos melhores do ponto de vista ambiental, é necessária a adoção de práticas
chamadas de 3 Rs da gestão ambiental: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
Ferramentas para a Sustentabilidade
A perspectiva de uma empresa sustentável insere na organização uma racionalidade nos processos de
produção com a economia sendo um meio para buscar a justiça social e a distribuição de renda. O
pensamento para a atuação empresarial sustentável deve estar pautado no princípio de que os processos
produtivos eficientes são os que estão diretamente ligados aos benefícios coletivos e aos valores de
cidadania corporativa. Neste novo princípio, são adotadas as dinâmicas ambientais, sociais e
econômicas, onde há o estímulo de hábitos conscientes de consumo e produção de bens que não
impactam negativamente o meio natural.
De forma mais objetiva, para uma organização se tornar sustentável, entre outras coisas, é necessário
alterar suas formas de gestão, minimizando os impactos ao meio ambiente em função de suas atividades,
reduzir o consumo de matéria prima e energia ao longo do clico de vida de seus produtos e serviços.
No processo de construção da sua sustentabilidade, a organização deve estabelecer uma política onde
em todas as suas ações exista a visão de planejamento e de operação em curto, médio e longo prazo.
Existem fatores que são fundamentais para se atingir esse objetivo, um deles é a adoção de ferramentas
como a ecoeficiência, levando a empresa a uma melhor e maior produção com menor uso de matéria-
prima e recursos naturais, atuando de forma mais responsável socialmente.
A produção mais Limpa e a Ecoeficiência
Entre os conceitos mais presentes nas organizações, estão a ecoeficiência e a produção mais limpa, que
se relacionam e se complementam, fortalecendo os sistemas de gestão ambiental nas empresas. Os
objetivos da ecoeficiência e da produção
mais limpa é a sustentabilidade, ou seja, conseguir que os recursos naturais se transformem efetivamente
em produtos e não gerem resíduos (Dias, 2015).
Ecoeficiência
O conselho empresarial para o desenvolvimento sustentável, no informe chamado “Mudando o Curso”,
assim definia as empresas ecoeficientes:
aquelas empresas que alcancem de forma contínua maiores níveis de
eficiência, evitando a contaminação mediante a substituição de materiais,
tecnologias e produtos mais limpos e a busca do uso mais eficiente e a
recuperação dos recursos através de uma boa gestão.
A partir deste momento, o conceito de ecoeficiência vem sendo desenvolvido pelo WBCSD e demais
organizações. No primeiro workshop ampliado de ecoeficiência em 1993, foi elaborada a seguinte
definição:
A ecoeficiência atinge-se através da oferta de bens e serviços a
preços competitivos, que, por um lado, satisfaçam as necessidades
humanas e contribuam para a qualidade de vida e, por outro, reduzam
progressivamente o impacto ecológico e a intensidade de utilização de
recursos ao longo do ciclo de vida, até atingirem um nível, que pelo
menos, respeite a capacidade de sustentação estimada para o planeta.
O conceito de ecoeficiência engloba três objetivos principais:
·· Diminuir o consumo de recursos, incluindo a minimização da utilização de energia, dos materiais, da
água e solo com favorecimento da reciclagem e durabilidade do produto no intuito de fechar o ciclo dos
materiais;
·· Diminuir o impacto na natureza, incluindo a redução das emissões gasosas e líquidas, reduzir
desperdícios e dispersão das substâncias tóxicas e promover o incentivo da utilização consciente dos
recursos renováveis;
·· Melhorar o valor de serviços e produtos, fornecendo mais benefícios aos clientes, oferecendo mais
serviços extras, vendendo necessidades funcionais.
A ecoeficiência se alcança pela entrega de produtos e serviços com preços competitivos que satisfaçam
as necessidades humanas e melhorem a qualidade de vida, ao mesmo tempo em que seus impactos
ecológicos são reduzidos a um nível equivalente à capacidade de carga do planeta (Almeida, 2002).
A ecoeficiência faz a junção do desempenho econômico com o desempenho ambiental com o intuito de
criar valores com um menor impacto ambiental. O uso demasiado dos recursos naturais desequilibra o
sistema econômico e o socioambiental. Uma forma de fazer a avaliação da implantação de sistema de
sustentabilidade é avaliando a quantidade de resíduos gerados ao longo da linha de produção e serviços.
A ecoeficiência promove a mudança dos fluxos de material,
como a customização de produtos, reduzindo o desperdício, pois os recursos indesejados pelo
consumidor deixam de ser produzidos. Essa estratégia “verde” de produção alinha naturalmente a gestão
da qualidade, a gestão da sustentabilidade
e a gestão estratégica empresarial com a gestão do conhecimento, ferramentas fundamentais para o
empresariado do século XXI (Leal, 2009).
Para alcançar a ecoeficiência, as empresas precisam traçar estratégias de gestão ambiental nas quais
aspectos ambientais são considerados no ciclo de vida dos seus produtos e serviços, no sentido de unir a
excelência ambiental com a empresarial.
Para implantar esse sistema de gestão na empresa, algumas práticas devem ser consideradas,
como: reduzir o consumo de energia com bens e serviços; reduzir o consumo de materiais com bens e
serviços; reduzir a emissão de substâncias tóxicas; aumentar a reciclagem de materiais; maximizar o uso
de recursos renováveis; prolongar a durabilidade dos produtos; agregar valor aos bens e serviços.
Responsabilidade Social Empresarial (RSE)
A responsabilidade social é um dos aspectos do movimento ambiental tanto de indivíduos como de
organizações em todos os setores: privado, público ou terceiro setor. O conceito de RSE é promover um
comportamento empresarial que harmoniza os elementos sociais e ambientais que podem não estar
inseridos na legislação, mas que atendem às necessidades da sociedade em relação à organização.
Sustentabilidade corporativa, basea-se nas três dimensões da sustentabilidade: responsabilidade
ambiental, responsabilidade social e responsabilidade econômica.
O que é chamado de “cidadania compartilhada”; é quando as empresas se abrem para construir uma
sociedade mais democrática, mais humana e mais justa.
O conceito de responsabilidade social corporativa (RSC) pode ser entendido como o
comprometimento permanente do empresariado em adotar um comportamento ético e transparente e
contribuir para o desenvolvimento econômico,
simultaneamente melhorando a qualidade de vida de seus empregados e familiares, comunidade local e
da sociedade como um todo, tendo como valores essenciais:
o respeito aos direitos humanos e aos direitos trabalhistas, e valorização do bem estar das comunidades
e do progresso social (Leal, 2009). Como uma ferramenta de gestão, a responsabilidade social não é
somente um fator de competitividade,
mas também um ato de sobrevivência para as empresas.
A Pegada Ecológica
A pegada ecológica é um mecanismo criado com o objetivo de dimensionar a marca que deixamos no
Planeta. Consumimos cerca de 25% a mais do que a natureza é capaz de suprir (Ideia sustentável, 2017).
A pegada ecológica se mostra como uma forma de interpretar a realidade, indicando as mudanças
necessárias nos modelos de produção, consumo e comportamento para o uso mais consciente dos
recursos naturais.
Em 1987, pela primeira vez a humanidade consumiu mais recursos do que o planeta era capaz de
oferecer.
O relatório Planeta Vivo, elaborado pela WWF e Global Footprint Network em 2006, mostra que se essa
tendência de consumo for mantida, em 2050 os seres humanos vão demandar duas vezes mais recursos
do que o Planeta é capaz de oferecer. Uma das piores consequências desse cenário é a perda de
serviços ambientais e biodiversidade.
A pegada ecológica pode ser útil para medir e gerenciar o uso de recursos naturais em toda atividade
econômica.
A pegada ecológica tem o objetivo de demonstrar de forma honesta o desafio de reduzir nossos impactos
na natureza.
A pegada ecológica é uma ferramenta que permite ampliar a percepção das pessoas a respeito da sua
contribuição pessoal às pressões sobre os recursos ambientais.

Consumo consciente é o ato de adquirir e usar bens de consumo, alimentos e recursos naturais de
forma a não exceder as necessidades.
Os consumidores brasileiros também estão entre os mais acomodados em relação a mudanças em
comportamentos para reduzir impactos no meio ambiente.
Para mudar nosso padrão civilizatório atual, é necessário um novo modelo educacional, pois o modelo de
civilização atual é predatório, excludente e gerou essa situação de insustentabilidade planetária.
Como Reduzi-la: · Reutilizar sempre que seja possível;
· Reduzir ao máximo o consumo;
· Separar os resíduos recicláveis (papel, vidro, plástico, pilhas, tecido,...) e encaminha-los para uma
empresa de reciclagem;
· Tomar ducha em vez de banho de imersão;
· Recolher a água da chuva para regar as plantas;
· Optar por materiais de construção ecológicos.
Processos, Produtos e Ciclos Fechados
É necessário buscar formas de utilizar resíduos como matéria-prima, reduzindo a necessidade de
extração de novos recursos e descarte na natureza.
Analisar para onde estão indo os resíduos, desenvolver formas de reduzir sua produção, reutilizá-los e
reciclá-los. E procurar trabalhar com ciclos fechados, assim como na natureza, em que o resíduo de um
processo torne-se matéria-prima para outra atividade.
Unidade VI
conceito de responsabilidade social pode ser entendido em dois níveis: o nível interno relacionado
aos trabalhadores e às partes afetadas pela empresa e que podem de alguma forma influir no alcance de
seus resultados, e o nível externo que é a consequência das ações de uma organização sobre o meio
ambiente, seus parceiros de negócio e a sociedade em que estão inseridos.
A responsabilidade social é uma realidade, e podemos mencionar os três tipos principais:
responsabilidade social corporativa, responsabilidade social empresarial e responsabilidade social e
ambiental.
A responsabilidade social corporativa é um conjunto de ações que beneficiam a sociedade e as
corporações, considerando a economia, a educação, o meioambiente, a saúde, o transporte, a
moradia, as atividades locais e o governo.
A responsabilidade social empresarial está relacionada a uma gestão ética e transparente que a
organização deve possuir com suas partes interessadas, para diminuir os impactos negativos no
meio ambiente e na comunidade.
A responsabilidade social e ambiental está ligada a práticas de preservação do meio ambiente.
Assim, uma empresa responsável no âmbito social deve ser conhecida pela criação de políticas
responsáveis na área ambiental.
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social foi criado, em 1998, por um grupo de
empresários da iniciativa privada, cujo objetivo é, a partir de troca de experiências e sistematização de
conhecimentos, desenvolver ferramentas para auxílio na análise de práticas voltadas à gestão e ao
compromisso com responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.
O Ibase é uma organização fundada, em 1981, pela sociedade civil, cujo objetivo é a radicalização da
democracia e a afirmação de uma cidadania ativa.
Princípios Diretivos
• Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) – Importante fonte para orientar a concepção de
políticas de responsabilidade social quer seja para uma entidade pública ou privada.
• Agenda 21 – realizada no Rio de Janeiro, em 1992, é um plano de ação para alcançar objetivos do
desenvolvimento sustentável.
• Carta da Terra – foi concluída em 2000, surgiu para incluir questões que não foram tratadas na
Declaração de 1992, no Rio de Janeiro, procurando sanar as deficiências existentes, cujos temas básicos
são:
»» Respeitar e cuidar da comunidade da vida;
»» Integridade ecológica;
»» Justiça econômica e social;
»» Democracia, não violência e paz;
• Metas do Milênio – Aprovada em 2001 pelas Nações Unidas, cujo objetivo é reforçar o compromisso
entre as Nações dos pactos celebrados anteriormente:
»» Erradicar a extrema pobreza e a fome.
» Atingir o ensino básico fundamental.
» Promover igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres.
» Reduzir a mortalidade infantil.
» Combater a AIDS, a malária e outras doenças.
» Melhorar a saúde das gestantes.
» Garantir a sustentabilidade do planeta.
» Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
• Pacto Global – Fórum aberto à participação de empresas e outras organizações, para se engajar neste
pacto, é necessário expressar seu apoio ao pacto, cujos princípios são:
» Princípios de Direitos Humanos:
1. Respeitar e proteger os direitos humanos.
2. Impedir violações de direitos humanos.
» Princípios de Direitos do Trabalho:
3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho.
4. Abolir o trabalho forçado.
5. Abolir o trabalho infantil.
6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho.
» Princípios de Proteção Ambiental:
7. Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais.
8. Promover a responsabilidade ambiental.
9. Encorajar tecnologias que não agridam o meio ambiente.
» Princípio contra a Corrupção:
10. Combater a Corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.
Códigos e Regulamentos
• Convenções da OIT – Organização Internacional do trabalho, criada em 1919, cujas convenções e
recomendações são voltadas para as relações de trabalho e envolve empregadores, empregados e
governos.
• Diretrizes da OCDE para as Multinacionais – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico, elaborou por exemplo, a Convenção Contra o Suborno de Funcionários Públicos Estrangeiros
em Transações Internacionais de 1997, incluída na Legislação Brasileira.
• Convenção Contra a Corrupção – É fundamental para qualquer gestão de responsabilidade social
empresarial. A Transparency International (TI) define a corrupção como o abuso do poder, cujo objetivo é
obter ganhos privados ilegítimos.
Normas ISO:
• ISO 9001 – É a mais conhecida da série 9000, ela especifica requisitos de um sistema de gestão da
qualidade.
• ISO 14000 – Esta série estabelece diretrizes para um sistema de gestão ambiental. Exemplificando,
temos:
• ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e Orientação para uso.
• ISO 14004 – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de
apoio.
• ISO 14063 – Norma que fornece a uma organização as diretrizes sobre princípios gerais, política,
estratégia e atividades relacionadas com a comunicação ambiental, tanto interna quanto externa.
• OSHAS 18001 – Entrou em vigor em 1999. Foi concebida pela recusa da ISO em criar normas sobre
saúde e segurança do trabalho. Portanto, esta norma trata de um sistema de gestão de segurança e da
saúde ocupacional. É um compromisso de redução dos riscos decorrentes do trabalho, recaindo em um
processo dinâmico de melhoria contínua. Foi criada a partir de um grupo de certificadores do Reino Unido,
Irlanda, Austrália, África do Sul, Espanha e Malásia
• NBR 16001 – Norma Brasileira de Responsabilidade Social, que estabelece requisitos mínimos,
permitindo que a organização crie e implemente um sistema de gestão da responsabilidade social,
segundo ABNT (2013), levando em conta: responsabilização, transparência, comportamento ético,
consideração pelos interesses das partes interessadas, atendimento aos requisitos legais, respeito às
normas internacionais de comportamento e aos direitos humanos à promoção do desenvolvimento
sustentável.
• AA 1000 – Origem Reino Unido – Define melhores práticas para prestação de contas a fim de assegurar
a qualidade da contabilidade, auditoria e relato social ético de todos os tipos de organizações.
• AS 8000 – É uma norma internacional de avaliação da responsabilidade social e parte do princípio que
as empresas devem cumprir as leis relativas aos empregados e terceirizados, adotando as disposições
das convenções da Organização Internacional do Trabalho.
• A Norma Internacional ISO 26.000 foi publicada em novembro de 2010 e lançada a versão em português
em dezembro de 2010 – ABNT NBR ISSO 26.000 a qual concede Diretrizes sobre a Responsabilidade
Social.
A ISO 26.000:2010 não tem a finalidade de certificação, é uma norma de diretrizes e de uso
voluntário.
Segundo Pereira, Silva e Carbonari (2011), os indicadores de sustentabilidade corporativa servem
para:
• Trazer reflexão sobre temas que nem sempre são geridos.
• Identificar metas.
• Explicitar o aprendizado e a reação da empresa diante de suas falhas.
• Quantificar o impacto.
• Dar transparência e consistência à prestação de contas.
• Contextualizar e tornar tangível o desempenho.
• Permitir a comparabilidade.
• Evidenciar a evolução.

Balanço Social – É um modelo, criado em 1997 pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas (Ibase), que se trata de um demonstrativo e é publicado anualmente. Nele, constam
informações sobre projetos, benefícios e ações sociais voltados para funcionários, investidores, analistas
de mercado, acionistas e comunidade (stakeholders) e os dados são expressos em valores financeiros ou
de forma quantitativa.
GRI – Global Report Initiative, uma ONG internacional dedicada a desenvolver, divulgar e medir o
desempenho das organizações, sob o aspecto da sustentabilidade ambiental, social e econômica,
prestando, dessa forma, contas à sociedade
Indicadores Ethos – A organização que se utiliza deste indicador tem a vantagem de comparar-se com
outras empresas e analisar os pontos fortes e fracos e, assim, ter oportunidade de melhoria. Neste
indicador, aspectos econômicos que não tenham ligação com aspectos sociais e ambientais não são
levados em conta
O que é responsabilidade social empresarial?
Responsabilidade social empresarial segundo o Instituto Ethos, é a forma ética e responsável que a
empresa desenvolve todas as suas ações, suas políticas, suas práticas, suas atitudes, tanto com a
comunidade quanto om o seu corpo funcional.
Exemplos de indicadores:
ISE – Índice de Sustentabilidade – Índice lançado pela Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) em
2005, reflete o retorno de uma carteira de ações de empresas que têm um comprometimento com a
sustentabilidade social empresarial.
• Relatório de Sustentabilidade Dow Jones – É um indicador de desempenho financeiro, índice de
reajuste ligado à bolsa de Nova York.

Anda mungkin juga menyukai