Deveis ser parvos, nem que seja por nalgum instante terdes pensado e
crido que alguma vez iria tratar-vos por Vossas Excelências.
Difamação? Pelos bons costumes e pela boa ética, e a boa língua e a boa
postura, tudo pelo bom?
Não existem, não existe? Quem o diz? Vós? Vós que a palavra é esgrima
do oco sentido maquilhada de pele…
Sois por vossa resposta autistas sem diagnóstico com certeza. Sois
filhos cegos abastados por classes económicas da média alta que se faz
rainha, com certeza. Ou sois filhos da pobreza que fogem a sete pés?
Mas que abstruso pensante aquele que ainda acredite numa autocracia
sem questionamento.
Que atentado mais cobarde àquele que fez uso do sarcasmo sobre a
mão-de-ferro é o que eu digo.
Ides ter com quem? Ides ter com quem sombra mesquinha? Ides ter
com quem, piolho que amedronta cantando versos do medo amparado
pelo exército das sanguessugas?
Quem sois, que já não tenho cara… que me canso e desgasto e acomodo
já alérgico ao insurgir do outro lado da moeda enraivecida,
Que tornastes-me num pobre descarado que ladra com o candeeiro que
se morde a ele sua pessoa etérea.
10 Julho 2006
Autor: José Pedro Gomes
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