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SISTEMA MICROCONTROLADO DE AUTOMAÇÃO DE AMBIENTES

COM SUPERVISÓRIO DE BAIXO CUSTO

Renato William Rodrigues de SOUZA (1); Sandro César Silveira JUCÁ (2); Emannuel Diego
Gonçalves de FREITAS (3);
(1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Av. Contorno Norte, 10;CEP 61939-900 -
Maracanaú, CE - Brasil;Telefone: (85) 38786300, e-mail: renatowilliam21@gmail.com;
(2) IFCE,e-mail: sandrojuca@cefet-ce.br
(3) IFCE, e-mail: emannueldiego@gmail.com

RESUMO

Com os avanços na área da automação é comum perceber suas aplicações e benefícios em nosso cotidiano.
Estes avanços tornam viáveis as construções dos chamados “Ambientes Inteligentes”, ou seja, ambientes
dotados de sensores, controladores e atuadores capazes de interagir e se adaptar à presença de usuários,
facilitando as operações e otimizando as condições operacionais. No presente artigo é apresentada uma
proposta de automação capaz de acionar e controlar equipamentos eletroeletrônicos, como lâmpadas,
motores e atuadores. Neste trabalho é utilizado controle baseado em microcontroladores da família PIC,
conta com um supervisório de baixo custo e uma interface gráfica do sistema, que permite ao usuário a
possibilidade de interagir naturalmente com o cenário automatizado, bem como adquirir dados deste sistema.
O principal objetivo deste trabalho é possibilitar o controle dos diferentes aparelhos e equipamentos
eletroeletrônicos em um ambiente onde seja necessária a supervisão de forma centralizada e/ou remota,
proporcionando comodismo e praticidade ao usuário. Tal arquitetura é validada através de um protótipo que
utiliza como cenário uma sala automatizada.
Palavras-chave: Automação de Ambientes, Sistemas Microcontrolados, Supervisório de baixo custo.
1. INTRODUÇÃO

Atualmente, com o avanço tecnológico, a automação tornou-se possível em todas as áreas. Praticamente
todos os ambientes podem ser parcial ou totalmente automatizados, proporcionando de uma maneira geral,
maior segurança, agilidade, economia, conforto e um conseqüente aumento de qualidade de vida. O
surgimento do microcontrolador contribuiu enormemente para a disseminação da automação, principalmente
fora dos ambientes industriais. Com a utilização de microcontroladores, projetos envolvendo automação de
ambientes tornaram-se bastante facilitados, pois somente um microcontrolador pode substituir circuitos
eletrônicos contendo um grande número de outros componentes (CARMO, 2005).
Na automação de diferentes tipos de ambientes podem ser utilizados vários métodos e equipamentos,
fornecendo a habilidade de realçar estilos de vida próprios. Trata-se de uma integração de vários
equipamentos e processos, que têm por finalidade deixar mais cômoda e de fácil controle a vida dos usuários,
sistema esse inteligente, programável e centralizado, podendo ser adaptado e controlado pelo próprio
usuário.
Cada nova tecnologia traz um novo vocabulário. Quando o assunto é residência, não é diferente: casa
automática, casa inteligente, automação residencial, domótica, entre outros (BOLZANI, 2004).
Este trabalho tem por finalidade desenvolver um protótipo de um Sistema Microcontrolado de Automação de
Ambientes com Supervisório, demonstrando a viabilidade e eficácia levando em conta a comodidade,
segurança e economia dos recursos fornecidos. A implantação desse sistema permite ao usuário o controle
dos equipamentos integrados, o qual é informado em tempo real, através do sistema supervisório sobre
algum tipo de disfunção dos equipamentos instalados. Caso haja uma alteração dos parâmetros pré-
estabelecidos, o próprio software deve intervir de forma eficaz para restabelecer os padrões, ou avisar sobre a
necessidade de possíveis correções.
O projeto tem como objetivos específicos o desenvolvimento de um protótipo com os componentes
necessários e o desenvolvimento de um software que permita uma comunicação eficiente entre o
microcontrolador e o supervisório, além de processar os sinais provenientes dos sensores utilizados.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O sistema é composto basicamente por um microcontrolador PIC18F2550, uma memória EEPROM
(memória eletricamente reprogramavel), um relógio em tempo real (RTC), que se comunicam utilizando o
protocolo de comunicação serial I2C e sensores distribuídos nos ambientes, juntamente com atuadores.
(MICROCHIP, 2009).
O canal “USB” (Universal Serial Bus) é utilizado por um computador para a configuração do relógio “RTC”,
para realizar o resgate dos dados da memória “EEPROM” externa através da emulação de uma porta serial
virtual, bem como a leitura de dados obtidos pelos sensores e a possível intervenção pelos usuários através
do supervisório, além da gravação e atualização do firmware do microcontrolador. Este sistema de
automação é caracterizado por possuir aplicação geral para dados analógicos e digitais, pela simplicidade de
hardware e consequentemente, baixo custo.

2.1. Microcontrolador (µC)


Um microcontrolador (µC) também conhecido como MCU é um chip em que dentro de seu invólucro reside
um computador contendo processador, memória, e funções de entrada e saída.
É um microprocessador que prioriza alta integração. Relacionando os elementos usuais de lógica e aritmética
dos microprocessadores convencionais, o microcontrolador integra elementos adicionais em sua estrutura
interna, como memória de leitura e escrita para armazenamento de dados, memória somente de leitura para
armazenamento de programa, memória EEPROM para armazenamento permanente de dados, dispositivos
periféricos como conversores analógico/digitais “ADC”, conversores e digitais/analógicos “DAC” em alguns
casos; e interfaces de entrada e saída de dados (E/S). O modelo escolhido para o sistema de automação foi o
microcontrolador PIC 18F2550 que possui, entre outras características, a comunicação pelo canal USB, 32
kbytes de memória flash, 1536 bytes de memória RAM e 256 bytes de memória EEPROM interna.
2.2. Memória EEPROM externa

A memória EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read Only Memory) é um dispositivo que pode
ter o seu conteúdo apagado eletricamente. Com isto, é possível gravar e apagar o conteúdo da memória
mesmo com a memória instalada no circuito (desde que o circuito seja construído com estas funções).
A maioria dos modelos da família PIC apresenta memória EEPROM interna, com capacidade de
armazenamento de 256 bytes. Entretanto, para um sistema de automação de ambientes, é necessária uma
EEPROM externa cuja capacidade é determinada em função do número de sensores e do período de
armazenamento dos dados. Neste protótipo optou-se pelo modelo de memória 24C256, a qual disponibiliza
256 Kbits, ou seja, 16 Kbytes de armazenamento e interface de comunicação I2C.

2.3. Relógio em tempo real

O Real Time Clock (RTC) DS1307 é um relógio/calendário serial de baixo custo, possui oito pinos e é
controlado por um cristal externo de 32.768 Hz. A comunicação com o DS1307 é, também, realizada por
meio da interface serial I2C por um pino de clock (SCL) e um pino de dados (SDA). Esse RTC contém uma
memória RAM interna onde seis bytes são configurados na forma Binary Coded Decimal (BCD) para a
função relógio/calendário, ou seja, ele fornece hora, minuto, segundo, dia, mês e ano. Ele, ainda, oferece a
possibilidade de retenção dos dados em um eventual falta de energia (DALLAS, 2006). Na figura 1 é
mostrado o circuito comum de operação do RTC.

Figura 1 – Circuito comum de operação RTC.


Fonte: DALLAS (2009).

2.4. Ferramenta de desenvolvimento SanUSB


O circuito de desenvolvimento SanUSB é uma ferramenta composta de software e circuito básico de um
PIC18F2550 mostrado na figura 2 (SanUSB, 2009). Esta ferramenta, com pedido de patente protocolado no
INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) com o número 088503, é capaz de substituir:
a) Um equipamento específico para gravação de um programa no microcontrolador, pois utiliza gravação da
memória de programa In Circuit;
b) Conversor TTL - EIA/RS-232 para comunicação serial bidirecional emulado através do protocolo CDC;
c) Fonte de alimentação, já que a alimentação do PIC provém da porta USB do PC. É importante salientar
que cargas indutivas como motores de passo ou com corrente acima de 400mA devem ser alimentadas por
uma fonte de alimentação externa;
d) Conversor analógico-digital (AD) externo, tendo em vista que ele dispõe internamente de 10 ADs de 10
bits;
e) Software de simulação, considerando que a simulação do programa e do “hardware” pode ser feita de
forma rápida e eficaz no próprio circuito de desenvolvimento, ou com um protoboard auxiliar.
Além de todas estas vantagens, os laptops e alguns computadores atuais não apresentam mais interface de
comunicação paralela e nem serial EIA/RS-232, somente USB.
Figura 2 – Circuito SanUSB.
Esta ferramenta possibilita que a compilação, a gravação e a simulação real de um programa, ilustrada na
figura 3, como também a comunicação serial através da emulação de uma porta com virtual, possam ser
feitos de forma rápida e eficaz a partir do momento em que o microcontrolador esteja conectado diretamente
a um computador via USB. A emulação é realizada através de um software que reproduz as funções de um
determinado ambiente, a fim de, permitir a execução de outros softwares sobre ele, sendo o emulador o
responsável pela simulação dos circuitos integrados ou chips do sistema de hardware em um software.

Figura 3 – Processo de compilação, gravação e comunicação da ferramenta SanUSB.

O PIC 18F2550 contém 23 pinos de E/S, 32 kbytes de memória de programa e um contador de programa
com 21 bits (MICROCHIP, 2009), além de ser um microcontrolador bastante difundido no mercado
brasileiro.

2.5. Sensores

Para Thomazini e Albuquerque (2007), sensor é o termo empregado para designar dispositivos sensíveis a
alguma forma de energia do ambiente, que pode ser luminosa, térmica, cinética, etc. relacionando
informações sobre uma grandeza que precisa ser medida, como temperatura, pressão, velocidade, corrente,
aceleração, posição e outras. Transdutor é o instrumento completo que engloba o sensor, que é apenas a parte
sensitiva do transdutor.

2.5.1. Ldr

O LDR (Light Dependent Resistor) possui a característica de ser um componente eletrônico cuja resistência
elétrica diminui quando incide sobre ele energia luminosa. Isto possibilita a utilização deste componente para
desenvolver um sensor que é ativado (ou desativado) ao receber esse tipo de energia. A resistência desse
componente varia de forma inversamente proporcional à quantidade de luz incidente sobre ele. Enquanto o
feixe de luz estiver incidindo, o mesmo oferece uma resistência muito baixa. Quando este feixe é cortado,
sua resistência aumenta (THOMAZINI e ALBUQUERQUE, 2007).
2.5.2. Sensor de temperatura LM-35

O sensor LM35 é um sensor de precisão, que apresenta uma saída de tensão linear relativa à temperatura em
que ele se encontrar no momento em que for alimentado por uma tensão de 4-20vdc e GND, tendo em sua
saída um sinal de 10mv para cada Grau Celsius de temperatura (NATIONAL, 2009). O LM35 não necessita
de qualquer calibração externa ou trimming para fornecer com exatidão, valores de temperatura com
variações de ¼ºC ou até mesmo ¾ºC dentro da faixa de temperatura de –55ºC à 150ºC. Este sensor tem saída
com baixa impedância, tensão linear e calibração precisa, fazendo com que o interfaceamento de leitura seja
especificamente simples, barateando todo o sistema em função disso.

2.5.3. Sensor infravermelho passivo

Os sensores infravermelhos passivos são importantes elementos na detecção de invasão e intrusões em um


ambiente. Não são sensores de movimento, e sim sensores de variação de temperatura. São calibrados para a
temperatura do corpo humano. São chamados de infravermelho passivos porque somente captam variações
de irradiação de luz infravermelha (variações de temperatura) no ambiente. Todos os objetos emitem certa
quantia de luz infravermelha. Esta radiação é captada através de um elemento sensitivo piroelétrico
(THOMAZINI e ALBUQUERQUE, 2007).

2.6 Atuadores
Atuadores são dispositivos que modificam uma variável controlada. Recebem um sinal proveniente do
controlador e agem sobre o sistema controlado. Geralmente trabalham com potência elevada. (THOMAZINI
e ALBUQUERQUE, 2007). Exemplos de alguns atuadores:
a) Relés (estáticos eletromecânicos)
b) Motores (step-motor, syncro, servo-motor)
c) Lâmpadas.

2.7 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO

Um protocolo de comunicação nada mais é do que um conjunto de convenções que rege o tratamento e,
especialmente, a formatação dos dados num sistema de comunicação. Seria a "gramática" de uma
"linguagem" de comunicação padronizada. Conhecemos vários protocolos de comunicação e fazemos uso
deles diariamente, mas não pensamos neles como protocolos de comunicação. O mais antigo deles é a língua
falada: duas pessoas que emitem sons audíveis aos ouvidos humanos podem se comunicar. Neste exemplo, o
protocolo de comunicação é a emissão de sons numa dada faixa de frequência, o código utilizado é a língua
falada e a mensagem é o conteúdo do que se fala. Em se tratando de máquinas, o meio mais utilizado até hoje
é o elétrico. Porém, para fazer uso de qualquer código para transmitir uma mensagem, existe a necessidade
de um protocolo.

2.7.1 Comunicação com o microcontrolador


Em algumas aplicações microcontroladas faz-se necessário realizar a comunicação entre diversos
dispositivos externos. Esses dispositivos podem estar localizados na mesma placa ou em um PC. Para a
escolha correta do tipo de comunicação a ser utilizada, devem ser analisados alguns fatores como velocidade,
imunidade a ruídos, custo, etc.
As técnicas de comunicação podem ser dividas em duas grandes categorias: serial e paralela.
Na comunicação serial, a informação a ser transmitida é fracionada em pequenas partes (bit a bit), que são
enviadas ao equipamento receptor uma após a outra, em série. Existem alguns tipos de comunicações que
utilizam a comunicação serial, como o protocolo I2C e a interface RS-232 (ALBUQUERQUE e
ALEXANDRIA, 2007).
Os protocolos de comunicação serial podem ser divididos em duas categorias: síncronos e assíncronos. Nos
protocolos síncronos, além da linha de comunicação (dados), encontra-se uma linha de sincronização (clock).
O elemento que gera o sinal de clock é chamado de mestre, e os que recebem esse sinal são chamados de
escravos. O protocolo i2c e o microcontrolador se comunicam dessa forma. Já nos protocolos assíncronos
não há uma linha especifica para a sincronização. Neste caso, a sincronização é feita pela precisão dos clocks
de cada elemento e pela utilização de sinais de inicio (start) e fim (stop) da palavra transmitida.

2.7.2 Protocolo I2C


I2C é a abreviação de “Inter-Integrated Circuit”, ou seja, comunicação entre Circuitos Integrados. Este
barramento serial foi desenvolvido com o objetivo de conectar circuitos integrados (CI’s) e dispositivos
periféricos de diferentes fabricantes em um mesmo circuito utilizando o menor número de pinos possível.
Entre os dispositivos, pode-se citar: microcontroladores, memórias externas e relógio em tempo real. Ele
utiliza comunicação síncrona através de duas linhas de transmissão: uma linha serial de dados (SDA) e uma
de clock (SCL).
A interface I2C apresenta a filosofia “multi-master”, onde todo CI da rede pode transmitir ou receber um
dado e o transmissor gera a sua própria freqüência de clock para a transmissão. O número máximo de CI’s
que podem ser conectados é limitado, apenas, pela capacitância máxima do barramento no valor de 400pF.
Quando o barramento não está em uso, as duas linhas ficam com nível lógico alto forçado pelos resistores de
“pull-up”.(PEREIRA,2007).

2.7.3 Protocolo de comunicação serial (Emulação do Canal Serial)


Neste tópico será mostrado um método de comunicação bidirecional através do canal USB do
microcontrolador PIC 18F2550. Uma das formas mais simples, segundo a Microchip, é através do protocolo
Communications Devices Class (CDC), que emula uma porta COM RS-232 virtual, através do canal USB 2.0
“full speed”. Na figura 4 é mostrado o processo de emulação de uma porta serial RS-232 no Windows.
Analisando a figura 4, temos que, firmware corresponde ao programa gravado no PIC e “API” (Interface de
Programação de Aplicativos) como as bibliotecas de interface do programa para comunicação serial.

Figura 4 – Processo de emulação de porta serial.


Dessa forma, é possível se comunicar com a USB através de qualquer software monitor serial RS-232 como o
HyperTerminal. O driver CDC instalado no PC e o programa com a biblioteca CDC gravado no PIC são os
responsáveis pela emulação da porta RS-232 virtual através da USB.
Para que se dê inicio ao processo de comunicação, ou seja, para que o Windows reconheça o PIC como um
dispositivo de entrada e saída USB, é necessário que seja instalada e compilada a biblioteca CDC para a
emulação do canal serial RS-232. Além disso, o programa deve ter a instrução que faça referência a esse
componente.

2.7.4 Clock do sistema


Devido à incompatibilidade de frequência entre a interface I2C e a USB, este sistema microcontrolado de
automação USB é Dual Clock, pois utiliza duas fontes de clock, uma para o canal USB de 48MHZ,
proveniente do cristal oscilador externo de 20MHz, e outra para o processador na execução do protocolo
I2C, proveniente do oscilador RC interno de 4 MHz, conforme é mostrado na figura 5.
Isto permite que um dado digitado no teclado do computador trafegue para o microcontrolador em 48 MHz
via USB, depois para o relógio RTC ou para a memória EEPROM em 4 MHz via I2C e vice-versa.

Figura 5 - Sistema Dual Clock.

O microcontrolador já tem em seus dispositivos internos um clock de 4 MHz, o que é suficiente para se
comunicar com outros dispositivos. Mas não vai se comunicar com o PC, pois a comunicação entre os dois é
feita via protocolo USB, e esse só funciona com 48 MHz. Para adquirir tal freqüência se faz necessário a
utilização de um circuito de clock externo.

3. SISTEMA MICROCONTROLADO DE AUTOMAÇÃO DE AMBIENTES COM


SUPERVISÓRIO (SiMAAS)

3.1. Descrição do protótipo


O desenvolvimento do SiMAAS é demonstrado através de um protótipo, com o objetivo de simular seu
funcionamento e analisar seus resultados. O circuito real é montado com o auxílio de um protoboard como é
mostrado na figura 6.

Figura 6 – Montagem do protótipo


O protótipo conta com um sistema de sensoriamento, cuja finalidade é supervisionar algumas características
do ambiente, tais como: temperatura, luminosidade e intrusão, e ao mesmo tempo, atua no ambiente
supervisionado, efetuando possíveis correções no meio controlado, com base nas informações recebidas dos
sensores.
Pode-se fazer uma classificação do projeto em duas partes distintas: A implementação dos hardwares e o
desenvolvimento do software supervisório. Esta classificação é feita para melhor entendimento de como o
projeto foi desenvolvido; Não significa dizer que o projeto está divido nestas etapas, pois o software e o
hardware foram desenvolvidos paralelamente, visto que certas partes do projeto dependem de outras.

3.2 Hardware
O controle do processo é realizado através do microcontrolador PIC 18F2550 da Microchip, ele é
responsável por receber sinais provenientes dos sensores e enviá-los para o supervisório, bem como para os
atuadores. O cabo USB (à direita) que aparece na imagem estava sendo usado neste momento para a
comunicação entre o PIC e o PC e alimentação dos dispositivos montados no protoboard. Os pares de fios
trançados são identificados como: laranja D -, verde D +, azul VCC e branco GND (Grupo SanUSB,2009).

3.2.4 Atuadores e acionamentos

Os atuadores utilizados nesse protótipo são basicamente um motor CC e lâmpadas de 12V. Para o
acionamento dos motores e demais atuadores é necessário a utilização de relés, que são energizados por
drives de potência ULN2803, que possuem internamente oito transistores com resistores de base e oito
diodos de roda livre. O relé utilizado possui um pólo e duas posições, com alimentação da bobina de 5V.

Figura 7 – Ponte “H”.


São utilizados também todos os mecanismos do driver, tais como engrenagens redutoras, polias e uma
cremalheira, que simplificam o deslocamento da porta. Para realizar as ações de abrir e fechar a porta, é
necessário que o motor se movimente nos dois sentidos. Para isto, o motor foi alimentado através de uma
ponte “H” conforme é mostrado na figura 7. Para a implementação de tal técnica de acionamento são
utilizados dois microrelés e um transistor de potencia ULN2803. Esse tipo de ponte H não causa queda de
tensão na fonte de alimentação do motor, porque as fontes de energização da bobina do microrelé e de
alimentação do motor são isoladas uma da outra.

3.3 Software

O software supervisório do sistema é desenvolvido em linguagem Delphi, e conta com uma interface gráfica
intuitiva baseada nas tradicionais manipulações de janelas, que facilitam a sua utilização.De forma
simplificada, pode-se dividi-lo em duas etapas de utilização: uma para controle e outra de eventos. Na
interface de controle, o usuário pode monitorar visualmente a quantidade luminosa e níveis de temperatura e
controlar o ligamento e desligamento de cargas em tempos e horários pré-determinados. Na de eventos, o
usuário possui acesso a um relatório de informações em tempo real, e a um gráfico com o histórico das
temperaturas e dos níveis de luminosidade do ambiente.
Na figura 8 é mostrada a tela do software supervisório. Nela estão contidos todos os elementos de controle e
monitoramento para o hardware. Na mesma tela é encontrado o botão “Eventos”, que exibe a etapa de
relatórios e gráficos em tempo real.

(a) (b)

Figura 8 – (a)Interface de Controle;(b) Interface de Supervisão.

A interface do supervisório está dividida em duas partes, a primeira é um gráfico, onde se podem ver os
sinais provenientes dos sensores de temperatura e luminosidade (a escala do valor da luminosidade é 1:10 e a
da temperatura é de 1:1).A segunda é um relatório dos eventos ocorridos no ambiente.
Os eventos que são mostrados nesse relatório são provenientes de dados armazenados na memória EEPROM.
Dados esses que são recolhidos quando ocorrem eventos sensíveis pelos sensores. Assim, um registro é
incrementado na memória RAM. Em intervalos de tempo pré-determinados, o microcontrolador armazena a
leitura dos sensores na memória EEPROM externa pelo barramento I2C. A cada segundo o processador
realiza uma leitura do relógio RTC pelo barramento I2C, por intermédio da interrupção do timer1,
verificando a data (dia, mês e ano) e o horário (segundo, minuto e hora).

4. TESTES E RESULTADOS

Os testes são realizados de forma a avaliar o desempenho do sistema proposto. Abaixo são descritos os testes
realizados neste protótipo:

• Acionamento de motores: para este teste são utilizados motores CC de 12 V, sendo um para o dispositivo
de abrir/fechar uma porta e o outro como exaustor do sistema de temperatura. No teste o controlador se
comporta de forma satisfatória e proporciona uma ótima resposta para o acionamento dos motores. Quando
este é submetido para deslocar uma porta através de polias, engrenagens e uma pequena cremalheira,
derivados de uma sucata de CD-ROM obtem-se bons resultados, visto que o deslocamento dessa porta foi
realizado com sucesso. A técnica empregada para a reversão deste motor foi o acionamento de uma ponte
“H” com micro relés que se mostrou bastante usual nestes casos onde se deseja reverter o sentido de rotação.
Já no caso do exaustor o acionamento foi feito de forma simples utilizando apenas um micro relé para a sua
alimentação.

• Fonte externa de alimentação: Para a alimentação dos motores e lâmpadas foi usada uma fonte “ATX”
de PC, esse tipo de fonte fornece para o circuito do protótipo as tensões de 5 V e 12 V.

• Desenvolvimento dos softwares


A compilação do programa do microcontrolador foi feita com o compilador CCS, que utiliza a linguagem C
para PIC’s.
Antes de fazer a integração ao sistema, o protótipo é conectado a um PC através de uma porta USB serial
para que seja testado seu funcionamento e recursos e configurado de acordo com as necessidades da
aplicação. Utiliza-se para isso uma ferramenta de monitoramento para porta serial do próprio compilador
CCS. Assim, é possível enviar comandos e verificar as respostas dos atuadores e do RTC pela tela do PC.

5. CONCLUSÃO

O sistema Microcontrolado de Automação com supervisório desenvolvido neste trabalho mostra-se eficaz
conforme os resultados obtidos na realização dos testes de seu funcionamento apresentam um
comportamento de acordo com o projeto, ratificando sua confiabilidade. Entre as principais características
destacam-se o fácil controle dos atuadores através do supervisório, bem como a análise dos sinais captados
pelos sensores, que são mostrados em um gráfico. Outra característica importante que pode ser citada aqui é
o armazenamento de dados relacionados com a data e o horário em uma memória não volátil.
O projeto apresenta uma facilidade apreciável referente à comunicação, proporcionada pela utilização do
protocolo I2C, que se mostra uma ótima ferramenta para troca de dados entre circuitos integrados de
diferentes fabricantes. Outro ponto positivo encontrado no projeto é a facilidade de se gravar os programas
no microcontrolador, conseguida graças a utilização da porta USB integrada a ferramenta SanUSB. A grande
vantagem deste sistema, além da eficácia e confiabilidade, está no fator econômico, pois utiliza componentes
de custo relativamente baixo e de fácil disponibilidade no mercado brasileiro.
O sistema desenvolvido mostrou-se ser de baixo custo, tendo em vista que foi gasto em torno de R$150,00
no desenvolvimento do supervisório e do controlador e que, para a mesma aplicação, utilizando CLP, o
sistema custaria em torno de, R$10.500,00, pois um CLP custa em torno de R$2.500,00 e a licença de um
software supervisório SCADA custa em torno de R$8.000,00. Hoje em dia com todos os avanços
relacionados à tecnologia de supervisórios e CLPs e com diversos tipos de fabricantes, o preço comercial da
implantação dessa tecnologia ainda se encontra alta em relação ao SIMMAS, ou seja, a faixa de valores se
encontra distantes.
Em trabalhos futuros, pretende-se realizar o controle de acesso a ambientes de forma remota utilizando a
internet.

REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Pedro Urbano B. de;ALEXANDRIA, Auzuir Ripardo de. Redes Industriais:
aplicações em sistemas digitais de controle distribuído. Fortaleza: Livro Técnico, 2007.
BOLZANI, Caio A. M. Residências Inteligentes. São Paulo: Livraria da Física, 2004.
CARMO,Vilson do; Protótipo de Controle de Acesso para Academias de Ginástica Utilizando
Microcontrolador Pic e o padrão rs-485:Trabalho de conclusão de curso (Ciências da Computação) -
Universidade Regional de Blumenau ,2005.
DALLAS Semiconductor (2009). DS1307 Data SheetDisponível em:
http://www.sparkfun.com/datasheets/Components/DS1307.pdf. ; acesso em 15 jan 2008
Grupo SanUSB (2008). Aquivos do Grupo SanUSB. Disponível em:
http://br.groups.yahoo.com/group/GrupoSanSB/ Acesso em: 18 Abril. 2009.
MICROCHIP Technology Inc. (2009) PIC 18FXX2 Data Sheet; Disponível em:
http://ww1.microchip.com/downloads/en/Device Doc/39564c.pdf. ; [acesso em 15 jan 2008]
NATIONAL semicondutor (2009).Lm35 Data Sheet; Disponível em:
http://www.national.com/ds/LM/LM35.pdf. [acesso em 15 maio 2009]
PEREIRA, F. (2007). Microcontroladores PIC Programação em C, Ed. 7, São Paulo:Érica
THOMAZINI, Daniel; ALBUQUERQUE, Pedro U. B. de. Sensores Industriais: fundamentos e aplicações.
São Paulo: Érica, 2007.

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