PROJETO

1. INTRODUÇÃO
O engenheiro está a toda hora envolvido na solução de problemas. Geralmente, um
conjunto de informações esparsas, devem ser transformadas em uma saída útil e bem
organizada.

O engenheiro soluciona seus problemas, através do projeto, onde aplica de forma

mais significativa os seus conhecimentos técnicos e científicos[BAZZO, 1997].

2. PROJETO
A arte de projetar, não é uma tarefa simples, envolve muita dedicação e sobretudo
numerosos conhecimentos técnicos e científicos e experiências em várias áreas da
engenharia.
2.1 FUNÇÃO DO PROJETISTA
A função do projetista é conceber, através de desenhos e especificações técnicas, a
forma e as dimensões de determinados produtos, de modo que estes preencham as
condições fixadas pela sua finalidade e também os requisitos de uma execução
econômica.[STEMMER, 1974].O processo de projeto é a aplicação específica de uma
metodologia de trabalho na resolução de problemas [BAZZO, 1997].
A descoberta, ou a invenção, podem estar presentes num projeto, porém não fazem,
necessariamente parte dele.[BAZZO, 1997].
O projetista antes de tudo, deve possuir um grande conhecimento, sobretudo nas
seguintes áreas:
• Cálculo; • Vibrações;
• Desenho Técnico; • Materiais;
• Geometria descritiva; • Processos de Fabricação
• Mecânica dos Fluídos; • Mecanismos;
• Resistência dos Materiais; • Metrologia;
• Elementos de Máquinas; • E muitas outras.

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 Porém, o conhecimento isolado dos itens acima é muito restrito. Somente quando
transformado em combinação com um “saber como”, com um raciocínio lógico, com uma
associação, julgamentos e conclusões, pode o conhecimento conduzir ao resultado
almejado[STEMMER, 1974].
Para projetar, é necessário que todas as condições de serviço sejam bem
conhecidas. Por exemplo, o projetista não deve projetar um mancal ou uma engrenagem
qualquer, mas sim projeta-las para as condições específicas que irão trabalhar. Muitas
vezes, a dificuldade encontra-se em determinar certas condições de serviço.
Para que um dada peça possa ser executada com o mínimo dispêndio, devem ser
estudados com detalhes todos os problemas de execução, materiais utilizados, montagem,
etc, ou seja, o plano de trabalho de um projetista inclui [STEMMER, 1974]:
1. Formulação precisa do problema;
2. Verificação da possibilidade de execução com os meios de produção
disponíveis;
3. Reunião de todos os dados técnicos, especificações, informações, experiências
anteriores que possam ser úteis na elaboração do projeto.
4. Determinação das soluções possíveis e escolha da melhor solução;
5. Elaboração metódica, em escala apropriada, das linhas gerais da construção
total, com disposição geral e medidas principais.
6. Subdivisão do projeto global em subgrupos ou grupos construtivos principais;
7. Elaboração do projeto detalhado dos grupos construtivos e das peças
individuais;
8. Controle cuidadoso do projeto e dos desenhos, trocando informações com outras
áreas da empresa, como por exemplo, usinagem e fundição, pois é sempre
preferível corrigir um desenho do que modificar uma máquina em construção.
No controle deve-se verificar:
• Pontos Críticos: Que dificuldades podem aparecer na usinagem, na
montagem ou no uso da máquina;
• Resistência: Recalcular as seções perigosas. Pontos de concentração de
tensões, entalhes e fluxo de forças inadequados;
• Pontos de Atrito: Verificar os pares de elementos atritantes, acabamento
superficial, tolerâncias de ajuste, lubrificação. No caso de desgaste, é
possível um reajuste ou fácil substituição?
• Vedações, ventilação, aberturas de inspeção;
• Usinagem: Como usinar, fixar ou medir? A usinagem é possível com as
máquinas e ferramentas usuais?
• Simplificação: peças simétricas, em lugar de direita e esquerda. Uso de peças
padronizadas em vez de especiais. Menos tipos de parafusos e porcas;
• Economia: Economia em material: por diminuição de comprimento. Volume
ou peso, pelo uso de revestimentos em lugar de peças maciço. Economia de
execução: pela adoção de maiores tolerâncias.
• Medidas – Estão todas indicadas? Há concordância?

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 9. Recepção da máquina pronta, realização de ensaios necessários das condições de
funcionamento, modificações necessárias;
10.Elaboração das instruções de serviço;
2.2 OBSERVAÇÕES SOBRE O PROGRESSO TÉCNICO
Geralmente, observa-se que o primeira execução de uma máquina não é a melhor. O
aperfeiçoamento da máquina deve-se basicamente a:
1. Falhas;
2. Efeitos secundários não previstos;
3. Concorrência;
4. Sucesso, criando novas exigências;

2.3 FATORES IMPORTANTES A CONSIDERAR EM UM PROJETO

Geralmente, as falhas que se verificam, são devidas a falta de estudo das exigências
e insuficiente formulação do problema construtivo.
Saber o que é Fundamental: O projetista, deve saber se o que vale é qualidade ou preço.
Preferivelmente no próprio local de consumo, deve-se verificar o que é considerado
necessário (capacidade, segurança, consumo de energia), o que é desejável ( manejo
cômodo, pouco ruído, etc.) saber se é fundamental o preço de aquisição ou o custo de
manutenção? A máquina será sobrecarregada, mal cuidada, rara ou constantemente usada?

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