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Reconstruindo frações - O significado através do lúdico

Autor(es): Oliveira, Ana Carolina Nogueira


Apresentador: Ana Carolina Nogueira Oliveira
Orientador: Luiz Alberto Brettas
Revisor 1: German Ramon Suazo
Revisor 2: Giovane da Silva Nunes
Instituição: UFPel

RECONSTRUINDO FRAÇÕES – O SIGNIFICADO ATRAVÉS DO LÚDICO

OLIVEIRA, Ana Carolina Nogueira1; HACK, José Lino2; BRETTAS, Luiz Alberto3
1
Especialização em Educação - FAE/UFPel;
Faculdade de Educação – Alberto Rosa, 154 – CEP 96010-770. acn.oliveira@hotmail.com
2
Departamento de Fundamentos da Educação - FAE/UFPel;
Faculdade de Educação – Alberto Rosa, 154 – CEP 96010-770.
3
Departamento de Matemática e Estatística - IFM/UFPel;
Campus Universitário – Caixa Postal 354 – CEP 96010-900. l.a.brettas@gmail.com

1. INTRODUÇÃO

A matemática vem ao longo dos anos, sendo vista como a grande vilã da
escola, pelo seu conteúdo abstrato e o rigor das formalizações. Esse fato vem se
perpetuando há várias gerações, estabelecendo, dessa forma, uma predisposição
dos discentes antes mesmo de conhecer efetivamente a disciplina. Isso se retrata na
escola e, muitas vezes, em casa. Os próprios professores contribuem com isso, pois
frases como: “Matemática é muito difícil, nunca gostei dessa matéria e presta
atenção que isso é muito complicado”, são ditas nas mais diversas situações,
causando certo desconforto até para quem gosta da área. Mas a grande
problemática que envolve todos esses comentários está na visão negativa que é
transmitida aos alunos, que acabam por assimilar e dificultar uma maior abertura
para a aprendizagem.
Soma-se a isso a forma como a matemática é ensinada. Os recursos quase
sempre são quadro e giz, com o professor exemplificando exercícios que não têm
significado algum para a classe. Também, os alunos não entendem onde eles
aplicarão os conhecimentos adquiridos, ou melhor, “repassados”. Atualmente, as
crianças possuem uma série de informações a todo o momento, seja com a internet
ou com a televisão. Assim, a simples transmissão de conteúdos não irá envolvê-los
e, como declara Ubiratan D´Ambrósio,
“Não é de se estranhar que o rendimento esteja cada vez
mais baixo, em todos os níveis. Os alunos não podem
agüentar coisas obsoletas e inúteis, além de desinteressante
para muitos. Não se pode fazer o aluno vibrar com a beleza da
demonstração do Teorema de Pitágoras e outros fatos
matemáticos importantes.”
Desta forma, pode surgir à questão: “Por que ensinar matemática?”. Bom, é
inquestionável a sua importância no nosso cotidiano, ela está presente desde a
aquisição de qualquer bem ou produto até os últimos avanços das tecnologias.
Então, privar os discentes desse conhecimento seria excluí-los de parte do processo
de funcionamento da sociedade. Na verdade, entendo que a pergunta chave a ser
feita é: “Como ensinar matemática?”. E desta surgem outras: Como relacionar os
conteúdos com a realidade dos alunos? Como torná-los útil em nosso dia-a-dia? De
que forma pode-se envolvê-los e motivá-los, até mesmo os que acreditam não
gostar de matemática?
O presente trabalho não tem a pretensão de responder a todos esses
questionamentos, nem tampouco achar uma solução mágica para o ensino de
matemática, apenas expor um método prático para a sala de aula, que aborda o
conteúdo de frações, conceitos e representações simbólicas, procurando torná-lo
significativo para o educando, além de evidenciar aspectos sociais a ele
relacionados.

2. MATERIAL E MÉTODOS

A proposta tem por base uma atividade lúdica que aborda a representação
das frações e as frações equivalentes, será aplicada em uma turma de quinta série
da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Margarida Gastal, situada
no município do Capão do Leão, onde os alunos apresentam dificuldades na
efetivação do processo de aprendizagem desse conteúdo.
Para sua realização serão necessárias cartolinas ou pedados de papel pardo
grandes para desenhar os diagramas, além de vários objetos iguais como, por
exemplo, fichas ou tampinhas de garrafa.

Equipe “Os Travessos”

figura 1

Os educandos serão divididos em equipes para dar início ao jogo, sem que os
mesmos saibam da relação com frações nem o seu real objetivo. A primeira fase
será desenvolvida com a utilização de duas salas (ou de uma sala e de um corredor)
e envolve quatro etapas. Cada equipe indicará um representante que irá até a outra
sala visualizar o seu respectivo diagrama (como o modelo da figura 1 por exemplo).
O representante da equipe deverá criar uma representação simbólica do que
observa, obedecendo algumas regras. Essa representação simbólica será entregue
a seus colegas de equipe, sem que esse representante se comunique de outra
forma com eles. Seus colegas de equipe deverão reproduzir, com base nessa
representação, o diagrama posto na outra sala. A equipe que conseguir construir a
situação proposta dentro de um tempo, previamente, estipulado ganha um ponto.
isso será repetido até que todos os alunos sejam representantes ao menos uma vez
e até que todas as equipes consigam entender as representações de seus
membros. Nas próximas etapas muda-se a forma do diagrama (como o modelo,
figura 2) e alteram-se gradativamente as regras para a elaboração da
representação.

Equipe “Gênios”

figura 2

Nesse estágio, torna-se necessária a identificação do conteúdo e a


importância da convenção fracionária dos diagramas, ressaltando dessa forma o
papel do formalismo na matemática. Após, passa-se para a segunda fase, onde será
sorteada uma carta, por rodada, para cada equipe contendo uma fração e as
mesmas devem construir, com os objetos que dispõem agora em maior quantidade,
uma representação equivalente a sorteada de forma a sobrar o menor número de
objetos possíveis. Ganha um ponto o grupo que ficar com menos objetos sobrando e
ao final, vence a equipe que acumular mais pontos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa encontra-se na fase inicial. Além das leituras para um maior


embasamento teórico, está-se observando a turma, conhecendo os alunos e
identificando suas dificuldades, tendo em vista que a mesma se encontra sob a
regência da professora Vanessa Mattoso Cardoso que, gentilmente, cedeu suas
aulas para a aplicação da atividade, além de se propor a participar efetivamente
durante todo o processo.
Durante essas observações, percebe-se, claramente, os problemas que eles
encontram ao trabalhar com frações, além de várias deficiências em conteúdos de
séries anteriores. Outro fato notável é a disposição para brincadeiras, todos gostam
de atividades lúdicas, encontrando em diversas situações um pretexto para começar
uma competição entre eles. Esses fatos levam a crer que a atividade proposta
obterá êxito.

4. CONCLUSÕES

Através da aplicação dessa experiência prática com atividades lúdicas, espera-


se que se gere um espaço favorável para a efetivação de estratégias eficazes para o
ensino do conteúdo de frações, pautando os aspectos que se acredita serem
fundamentais para a construção do conhecimento matemático, como trabalhar de
maneira diferenciada a fim de envolvê-los, tornando os conteúdos significativos para
os educandos e, conseqüentemente, mostrá-los o quanto é necessário o
estabelecimento de convenções para a simbolização de conhecimentos de
matemática.
Utilizar algo pelo qual eles demonstram interesse já se torna um diferencial
positivo, mas, também, é necessário que se modifique o método de trabalho,
principalmente em matemática, onde a repetição mecânica de exercícios acaba por
levar apenas à memorização instantânea das técnicas de resolução, ocasionando,
desta forma, o esquecimento em séries posteriores. Além disso, como nos diz Paulo
Freire,
“... transformar a experiência educativa em puro treinamento
técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano
no exercício educativo: o seu caráter formador”.
Assim, estar-se-á contribuindo de alguma forma para uma educação de
qualidade, onde realmente ocorra um processo de ensino-aprendizagem e para a
desmistificação que ocorre sempre que se fala sobre a matemática.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOGDAN, Roberto C. & BIKLEN, Sari Knopp. Fundamentos da investigação


qualitativa em educação: uma introdução. Porto Editora Ltda, Porto, 1994.
BRETTAS, Luiz Alberto. Pesquisa e produção de novos materiais e
métodos para o ensino de matemática. 2005. Tese (Doutorado em
Engenharia de Produção – Área de Mídia e Conhecimento) – Programa de
Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.
CARRETERO, Mario. Construtivismo e Educação. Artmed Editora S.A., Porto
Alegre, 2002.
DOMINGUES, Hygino H.. Aplicações da Matemática Escolar. Atual, São
Paulo, 1997.
D´AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática – Da teoria à prática. Papirus
Editora, Campinas, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia - Saberes necessários à prática
educativa. Paz e Terra S.A, São Paulo, 1997.
FREIRE, Paulo & SHOR, Ira. Medo e ousadia - o cotidiano do professor.
Paz e Terra S.A., Rio de Janeiro, 1986.
GUATHIER, Clermont et all. Por uma teoria da pedagogia: Pesquisas
Contemporâneas sobre o saber docente. Editora da Unijuí, Ijuí, 1998.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens – O jogo como elemento da cultura.
Perspectiva S.A., São Paulo 2004.
MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa. UnB, Brasília, 1999.
MORETTO, Vasco Pedro. Construtivismo: a produção do conhecimento em
aula. DP&A, Rio de Janeiro, 1999.

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