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Universidade de Santo Amaro

Direito | Direito Penal I | 3° Semestre | Campus IV | Noturno

Estudante: Paula Fátima da Silva - 3631010

Avaliação Contínua 01

Conceito de Direito Penal – Capítulo I

Tratar de Direito Penal está intimamente ligado a tratar de violência. Para Durkheim o
delito não se resume a um fato social normal, o difere do que é aceito na modernidade.
Durkheim sustenta que o delito vai além de um simples fato social normal, ele mantém as
transformações necessárias na sociedade. O direito Penal mantém o controle da sociedade de
maneira formalizada e busca a resolução de conflitos. A expressão Direito Criminal encontra-
se em decadência.

Cada autor conceitua Direito Penal com algumas particularidades, mas em geral, é
visto sob dois prismas: Conjunto de leis penais (expõe as características do que é considerado
um ato ilícito e as consequências desses atos: perda ou diminuição de direitos pessoais) e
sistema de interpretação da legislação.

O Direito Penal regula as relações em uma sociedade, é um meio de controle social


exclusivo do Estado. Quem sofre por um crime não tem competência de punir o autor, porém
deve ter total acesso ao Estado para a resolução do conflito.

Uma das qualidades distintivas do Direito Penal em relação aos demais ramos do
Direito é ele ser considerado a ultima ratio (último instrumento a ser usado pelo Estado em
situações de punição por condutas castigáveis). Também se diferencia pela forma e finalidade
que protege a sociedade. Pela forma: estabelece sanções intrínsecas. Pela finalidade: produzir
efeitos sobre o autor da infração e em toda a sociedade. Possui a finalidade preventiva:
persuadir o indivíduo a não cometer crimes, por meio de suas normas e respectivas sanções
em caso de descumprimento. Frustrada sua finalidade preventiva, atua diretamente no
infrator, manifestando a coerção.

Para Magalhães Noronha, o Direito Penal é a ciência cultural normativa, (estuda a


norma, estrutura o ‘‘dever ser’’ e conceitua os efeitos jurídicos em caso de descumprimento
da norma) valorativa e finalista (de maneira hierárquica escala os valores consolidados no
ordenamento jurídico protegendo bens fundamentais). Possui caráter sancionador, protegendo
a ordem jurídica e resultando em sanções.

Tratando da soberania e da forma política que um do Estado se organiza, o direito


Penal pode ter um ser autoritário ou totalitário ou ser um instrumento de controle social
limitado se estiver em um Estado Democrático de Direito.

No Brasil, nossa estrutura possui um panorama democrático no Estado de Direito, com


o objetivo de proteger bens jurídicos fundamentais, com fins de obter justiça, de maneira
equilibrada. Parte-se do pressuposto de defesa do Direito Penal humano, respeitando direitos e
garantias fundamentais, repudiando ideias preponderantemente imperialistas e autoritárias.
Essa forma de governo impõe-se contra a vontade coletiva e individual, de maneira radical.

Princípios limitadores do poder punitivo estatal – Capítulo II

As liberdades individuais eram cerceadas à época do Estado Absolutista. Ideias de


igualdade e liberdade que nasceram durante o Iluminismo alteraram a condição do Direito
Penal, trazendo princípios limitadores para respeito dos direitos do cidadão.

Princípios Fundamentais de Direito Penal de um Estado Social e Democrático de


Direito estão presentes na Constituição de 1988 e também estão no preâmbulo da Carta
Magna. São garantias fundamentais do cidadão, como a liberdade a igualdade e a justiça. A
dignidade da pessoa humana também presente na Constituição demonstra que um de nossos
alicerces é o legitimar que toda e qualquer pessoa possui autonomia, liberdade e
imputabilidade.

No art. 4° da Constituição é consagrada a prevalência dos direitos humanos, o que nos


leva a concluir que essa prevalência sobrepõe-se ao poder de punição do Estado, até mesmo
quando os crimes cometidos ultrapassam fronteiras. Os princípios presentes no art. 5° da
Constituição são específicos para o Direito Penal, que no caso é voltado para os direitos
humanos, deve ser mínimo e garantista.

 Principio da legalidade e principio da reserva legal

É o principio que controla o poder de punição do Estado. Ele norteia os limites que
eliminam a arbitrariedade e o abuso no poder punitivo. É imperativo, não admitindo
desvios ou exceções, devendo obedecer à justiça.
A reserva legal exige que a regulamentação de determinadas normas seja feita por
meio de lei formal, de acordo com a Constituição.

Quando as leis são vagas, indeterminadas ou imprecisas, a lei acaba por não cumprir
sua finalidade que é proteger o cidadão e também prejudica a divisão de poderes, por deixar a
cargo da esfera judiciária a interpretação que bem entender dessa lei.

É da essência da ciência jurídica que as leis admitem várias interpretações, e muitas


vezes necessitam de legislação complementar. O que deve-se evitar são casos extremos, em
que não há descrição de condutas proibitivas, levando o magistrado a complementar a
descrição típica, violando a segurança jurídica.

 Princípio da Intervenção mínima

Também é conhecido como ultima ratio. É o principio que limita o poder incriminador
do Estado. Foi legitimado no Iluminismo, mais precisamente na Revolução Francesa.
Nesse período histórico, houve um aumento demasiado da criação de leis
incriminadoras.

O Direito Penal deve ser a ulima ratio do sistema normativo, devendo recorrer a ele
somente quando esgotadas todas as possibilidades de controle social que não
envolvam penas, porque a criminalização atua como forma de castigo social, podendo
levar o sujeito a danos irreparáveis.

Na moderna criminalidade o Direito Penal é visto como sola ratio ou prima ratio: O
Estado responsabiliza e pune as pessoas primeiramente, não buscando outras maneiras
de controlar e solucionar conflitos.

 Princípio da Fragmentariedade

Atua ativamente em conjunto com o princípio da intervenção mínima e da reserva


legal. O Direito Penal possui caráter fragmentário por zelar por apenas uma parcela
dos bens jurídicos, de maneira seletiva: limita-se a defender tipos agressivos de maior
relevância, deixando de punir condutas menos graves e perigosas.

 Princípio da irretroatividade da lei penal

É um princípio dominante quando trata de conflitos da lei no tempo, por garantir a


segurança e liberdade da sociedade. Possui raízes nas ideias Iluministas, mais
precisamente na Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão. A lei é
eficaz desde o período de sua vigência até a sua extinção, revogação ou até cumprir os
efeitos para qual ela foi criada. Portanto, não alcança fatos pretéritos a sua vigência e
nem fatos ocorridos após sua cessação. Não retroage nem possui ulltratividade: tempus
regit actum.

A retroatividade é admitida em caso a nova lei seja mais severa que a anterior. Terá
validade a lei penal que for mais benéfica ao réu.

 Princípio da adequação social

Algumas condutas são ''socialmente adequadas’’ e não podem ser consideradas crime.
Tipificar uma penalidade acarreta selecionar determinados comportamentos e atribuir
valores a esses comportamentos. Algumas vezes há divergência entre o sistema
normativo penal e o que é assentido pela sociedade.

È baseado em um critério subjetivo em que a sociedade aceita ou não determinados


comportamentos. Não é um princípio estático, visto que caminha e se modifica com as
transformações da sociedade

XXXX escrever mais algo xxxxxx

 Princípio da Insignificância

É um termo que foi criado por Claus Roxin, em 1964. Também conhecido como
princípio da bagatela trata da proporcionalidade do crime que foi cometido com a
intervenção do Estado. O principio da insignificância ocorre quando um bem jurídico
é lesado com baixo grau de intensidade. Para aferir se ocorre ou não o principio da
insignificância se deve levar em conta a consideração global da ordem jurídica, não
podendo o caso ser analisado de maneira isolada.

 Principio da ofensividade

Para um crime ser efetivado de maneira concreta, deve haver pelo menos um perigo
completo, efetivo e real. São inconstitucionais os crimes de perigo abstrato, ou seja, o
legislador deve inibir-se de transformar em crime as atitudes em que não há de
maneira concreta lesão a um bem jurídico.

Há dois prismas para o princípio da ofensividade: A atividade legiferante ou servir de


critério interpretativo. O principio da ofensividade possui dupla incumbência em um
Estado democrático de direito. Possui a função politico criminal

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