Direito
Administrativo
Carreiras Jurídicas
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3
1.1 Funções do Estado ................................................................................................ 3
1.2 Conceitos de Administração Pública ...................................................................... 5
1.3 Teoria do Órgão ou da Imputação ...................................................................... 5
1.4 Conceitos de Direito Administrativo ...................................................................... 6
1.6 Fontes do Direito Administrativo ........................................................................... 7
1.7 Interpretação ........................................................................................................... 8
1.8 Sistemas de Controle Estatal .................................................................................. 8
2.1 Introdução ........................................................................................................... 10
2.2 Princípios Constitucionais Expressos na CF/88............................................... 10
2.3 Princípios Constitucionais Implícitos ............................................................... 13
3.1 Abuso de poder ................................................................................................... 17
3.2 Formas do exercício de poder ............................................................................ 17
3.3 Poderes em espécies ............................................................................................ 19
4. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ................................................................ 25
4.1 Classificações dos Órgãos .................................................................................. 25
4.2 Administração Indireta ................................................................................. 27
5.1 Conceito de atos da administração ................................................................... 34
5.2 Classificação dos Atos Administrativos ............................................................ 34
5.3 Espécies de atos administrativos .................................................................. 35
5.4 Elementos do Ato Administrativo ................................................................ 38
5.6 Atributos dos atos administrativos ............................................................... 39
5.7 Perfeição, Validade e Eficácia dos Atos Administrativos .......................... 40
5.8 Extinção dos atos administrativos ........................................................................ 40
6. LICITAÇÕES ........................................................................................................... 45
6.1 Introdução ........................................................................................................... 45
6.2 Princípios específicos .......................................................................................... 45
6.3 Conceitos ......................................................................................................... 47
6.4 Modalidades de Licitações ............................................................................ 47
6.5 Procedimento Licitatório .............................................................................. 51
3
1. INTRODUÇÃO
Atenção: A doutrina entende ainda que existe uma quarta função, que
é a Função Política de Estado.
5
Observação: Essa teoria não pode ser considerada por si só, pois os
Poderes Legislativo e Judiciário também exercem a função
administrativa atipicamente, quando realizam concursos públicos ou
licitações.
1.7 Interpretação
2.1 Introdução
poderiam exercer esse direito enquanto não existir uma lei especifica
regulamentando o tema).
3. PODERES ADMINISTRATIVOS
3.1 Introdução
O poder judiciário somente pode intervir nos atos administrativos no que tange a
legalidade e a observância dos princípios, mas nunca no mérito propriamente dito (ou
em relação à conveniência e oportunidade).
O abuso de poder e gênero, no qual são espécies o desvio de poder e o excesso de poder.
Exemplo: Um servidor público não pode ser removido de sua lotação para outra como
forma de punição.
A- Atos vinculados: Segundo Hely Lopes é “o poder que a ordem jurídica confere à
Administração para expedir atos de sua competência, cujos elementos e requisitos já
vêm previamente estabelecidos por Lei”.
O Ato vinculado confere à Administração Pública uma competência para expedir atos
vinculados ou regrados, no âmbito dos quais, a Administração não goza de nenhuma
liberdade administrativa, devendo expedi-los sem ponderações.
Observação: Alguns autores, como por exemplo, a doutrinadora Maria Sylvia Zanella
de Pietro negam a autonomia desse poder, sob o argumento de que ele só impõe
sujeições e limitações à Administração Pública, que não terá liberdade na prática do ato.
Exemplo: A lei de licitações que caso a administração pública pode alienar um bem
imóvel que foi adquirido por decisão judicial mediante concorrência ou leilão.
Em algumas situações, a discricionariedade é velada na lei, ou seja, quando uma lei faz
previsão de conceitos jurídicos indeterminando ensejam a necessidade de uma valoração
do agente público, devendo cada administrador público no caso concreto tomar uma
decisão, com base nos seus próprios conhecimentos e vivência pessoal e profissional.
O controle jurisdicional acerca dos atos administrativos se limita a licitude desse ato. Se
um ato administrativo discricionário foi realizado de forma licita, respeitando os
aspectos de legalidade, não pode haver uma decisão judicial anulando esse ato ou
determinando a pratica de modo diverso.
19
Exemplo: Um determinado servidor público foi punido com 100 dias de suspensão,
porem a lei regulamenta tal ato prevê que o servidor público pode receber como punição
a suspensão de até 90 dias. Nesta hipótese o juiz somente pode anular o ato
administrativo, não podendo diminuir a penalidade imposta pelo administrador público,
pois ele estaria revendo mérito do ato administrativo que determinou a punição.
Capacidade para Corrigir (autotutela): Invalidar atos ilegais e revogar atos que
não sejam mais convenientes e oportunos ao interesse público.
Observação: O responsável pelo ato será o agente que recebeu a delegação (delegado).
O poder hierárquico possibilita que um agente público revogue os atos praticados por
seu subordinado.
O art. 13 da Lei 9.784/99 prevê que “Não podem ser objeto de delegação: I - a edição
de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as
matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade”.
Atenção: A sanção decorrente do poder disciplinar somente pode ser aplicada depois da
existência de um processo administrativo disciplinar, e desde que seja observada a
presença do princípio do contraditório e da ampla defesa, bem como a do princípio do
devido processo legal. Vale lembrar que as sanções decorrentes do descumprimento de
contratos administrativos estão estabelecidas na lei de licitações.
Art. 5, LIV da CF/88 “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal”.
D- Poder de Polícia:
Polícia Administrativa: incide sobre bens e direitos e tem como finalidade garantir
o interesse público e o bem-estar geral da coletividade.
Observação: Por esse motivo a doutrina entende que esse Poder é indelegável aos
particulares. Os Conselhos Profissionais atualmente possuem natureza jurídica de
autarquias e por isso podem fiscalizar os profissionais que estão sujeitos a sua
fiscalização.
Observação: Apenas quanto aos atos e atividades materiais que precedem (como por
exemplo a colocação de fotossensores) e que sucedem o Poder de Polícia podem ser
delegados (a efetiva demolição de uma casa).
4. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
4.1 Introdução
Vale ressaltar que, essas atividades, podem ser exercidas por pessoa particulares
(Serviços Públicos) ou por entes da administração indireta ou descentralizada, os quais
são:
o Autarquias;
o Fundações Públicas;
o Empresas Públicas;
Atenção: Os órgãos Públicos não possuem personalidade jurídica, são parte integrante
de uma pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações.
Exemplo: Uma pessoa que foi lesada dentro um hospital municipal, deve processar a
Prefeitura Municipal.
Exemplos: Delegacias.
Central: é aquele órgão que possui competência em toda a pessoa jurídica que o
integra.
Quando à Estrutura:
Simples: é uma estrutura simples, estruturado por um único órgão, portanto existe
um único centro de competência, atribuído por lei.
Atuação Funcional:
Singular: é aquele órgão que manifesta sua vontade por único agente.
Colegiado: é aquele órgão que manifesta sua vontade por um grupo colegiado de
agentes.
27
Quando às funções:
Consultivos: são aqueles órgãos opinativos, ou seja, são aqueles órgãos que prestam
consultoria, manifestando sua opinião a respeito do que foi consultado/questionado;
Controle: são aqueles órgãos que atuam policiando os outros órgãos, sendo que o
controle pode ser exercido internamento, como por exemplo, a Controladoria Geral
da União ou externo, como por exemplo, o Tribunal de Contas da União (que é um
órgão auxiliar do Poder Legislativo).
4.3.1 Introdução
Para que seja criado um ente da administração indireta se faz necessário à existência
de uma lei específica que autorize a sua criação;
Lei Especifica também deve determinar a sua finalidade especifica. Vale observar
que os entes da administração indireta somente podem ser criados com a finalidade
de prestar serviços públicos, não podendo objetivar a obtenção de lucros, o qual é
uma consequência do exercício das atividades;
A- Autarquias: são pessoas jurídicas de direito público que atuam nas atividades
típicas de Estado (exerce a própria atividade de Estado de forma descentralizada) e por
isso se sujeita ao Regime Jurídico Administrativo.
Art. 37, inciso XIX da CF/88 “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação”.
Privilégios:
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o Privilégios Processuais:
Art. 475 do CPC “Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito
senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, o
Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de
direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à
execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI). § 1o Nos casos previstos
neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, haja ou não apelação;
não o fazendo, deverá o presidente do tribunal avocá-los. § 2o Não se aplica o disposto
neste artigo sempre que a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo
não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no caso de procedência dos
embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor. § 3o Também não se
aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do
plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal
superior competente”.
o Os bens das autarquias são considerados bens públicos, portanto são impenhoráveis,
sendo que os débitos são pagos por meio da ordem cronológica de precatórios da
autarquia;
Art. 37, §6º da CF/88 “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa”.
Os funcionários das autarquias segundo o STF são contratados pelo Regime Jurídico
Único, no âmbito Federal.
E- Espécies de Autarquias:
29
Os dirigentes das agências são escolhidos pelo chefe do Poder Executivo e do Poder
Legislativo. O dirigente cumpre mandato certo, que deverá estar previsto na lei que
regulamentou a agência.
Depois que o dirigente sai da agencia regulamentadora ele deve resguardar um período
de quarentena, no qual não poderá prestar serviços para as empresas que ele fiscalizava.
Vale observar ainda que o ex-dirigente continua recebendo sua remuneração durante o
período de quarentena.
Sendo uma Fundação Pública de Direito Privado ela segui um regime semelhante ao das
Empresas Pública.
A CF/88 determina que Lei Complementar deve definir as áreas de atuação das
Fundações Públicas de Direito Público.
Sendo que a Lei especifica (lei criadora) determina a função de uma determinada
fundação pública.
Art. 37, inciso XIX da CF/88 “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação”.
As empresas estatais são criadas por autorização legal, devendo ser registrada na Junta
Comercial.
F- Empresa Pública:
Art. 109, inciso I da CF/88 “Aos juízes federais compete processar e julgar: as causas
em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”.
Atenção: Segundo o art. 109, inciso I da CF/88, no âmbito federal somente as ações
lides envolvendo as empresas públicas estão sujeitas a competência da justiça federal,
como exceção das ações trabalhistas, pois os funcionários das empresas públicas estão
sujeitos ao regime previsto na CLT.
o Somente S/A;
As empresas públicas não gozam dos privilégios que a Administração Pública possui,
ou seja, os contratos realizados por elas são regidos pelo Direito Civil, mas elas se
submetem a todas as limitações que a Administração Pública está sujeita. Portanto as
empresas públicas são regidas por um regime hibrido.
Segundo o art. 2o, inciso I da Lei de Falência “Esta Lei não se aplica a: empresa
pública e sociedade de economia mista”.
Art. 173, §2º, inciso II da CF/88 “a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas
privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributários”.
H- Serviço Social Autônomo: devem ser criados por lei, visando auxiliar, fomentar e
capacitar determinadas profissões. As contribuições recolhidas dos associados
possuem natureza de tributo, caracterizando a parafiscalidade. Deve ser observando
que essas entendidas recebem dinheiro público e sendo controladas pelos tribunais
de contas.
Observação: A celebração não pode ser realizada com organizações sociais, partidos
políticos, sociedade anônimas/empresarias e cooperativas.
Não. Pois se os dirigentes de uma OSCIP estiverem dividindo verbas públicas entrei si,
ou seja, obtendo lucro essa Organização acaba descaracterizando a sua natureza. No
entanto os Dirigentes podem receber salário por labore, e desde que estejam uma
remuneração fixa e que sejam contratados pelo regime previsto na CLT.
34
5. ATOS ADMINISTRATIVOS
Atenção: Esses atos políticos não se sujeitão ao controle jurisdicional em abstrato, que
podemos citar o exemplo a extradição, que pode ser concedida ou não.
Conceito de atos privados: são aqueles atos praticados pela administração como se
fosse um particular, ou seja, sem gozar das prerrogativas de Estado.
Quando ao regramento:
Quando a formação:
Atos Compostos: esse ato somente se caracteriza pela soma da vontade principal
com a vontade acessória (dependente da primeira). A vontade acessória e uma
vontade ratificadora da vontade principal.
Atos Gerais: descrevem uma situação fática, e todas as pessoas que se adequarem a
essa situação necessariamente devem obedecer ao ato;
Atos Individuais: é aquele ato que individualiza as pessoas que serão objeto do ato;
Atos de Império: são aqueles atos que a administração atua com prerrogativas de
Estado (supremacia do Estado sobre o interesse particular);
Atos de Gestão: são aqueles atos que a administração atua em pé de igualdade com
o particular;
Ato normativo: são aqueles atos que a administração pública estabelece normas
gerais e abstratas infralegais, sempre nos limites da lei e em decorrência do Poder
Normativo.
Exemplo: Um regulamento, que é expedido por meio de um decreto, que somente pode
ser expedido pelo Chefe do Poder Executivo.
I- Regulamentos Autônomos:
J- Avisos/avisos ministeriais: para fins de provas são atos normativos, são expedidos
pela chefia auxiliar direita do chefe do executivo;
Circular: são normas internas e uniformes (que são aplicadas para todos que estão
em uma determinada situação fática);
Atos de comunicação:
Ato Negocial: são os atos que concede algum beneficio que foi solicitado por um
particular.
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Atenção: Uma vez presente os requisitos objetivamente previsto em lei a licença deve
ser concedida.
Exemplo: o ato pelo meio do qual se autoriza uma pessoa a vender artesanato na praça.
o Parecer opinativo: esse tipo de parecer não precisa necessariamente ser observado,
tem a finalidade de manifestar uma opinião.
A- Competência: o ato deve ser praticado pelo agente cuja lei tenha determinado
atribuição ou competência. A competência não pode ser renunciada, a competência não
pode ser prorrogada (não se adquire pelo uso) e por fim e imprescritível (o
administrador não pode abrir mão de sua competência). Excepcionalmente a lei autoriza
a delegação e a avocação de competência administrativa.
B- Finalidade:
D- Objeto: é o efeito principal que o ato administrativo gera na esfera jurídica. Porem
os atos além de gerar efeitos principais, podem gerar efeitos secundários. A princípio
objeto e conteúdo são sinônimos.
Exemplo: aplicação de uma multa para que seja efetuado a limpeza de um terreno de
um particular.
40
Tipicidade: todo ato administrativo deve estar previsto previamente em lei, ou seja,
toda conduta praticada pela administração pública deve estar previamente prevista
em lei (princípio da legalidade).
Para que um ato administrativo esteja regulamente produzindo efeitos, deve ser
analisado a sua perfeição, a validade e a eficácia.
C- Eficácia: o ato administrativo dever ser apto a produzir efeitos. Em regra todo ato
administrativo perfeito e valido já é apto a produzir efeitos. No Entanto em algumas
situações o ato é perfeito e valido, mas não é eficaz, porque o próprio ato pode
estabelecer um termo ou condição para que seja considerado eficaz.
Atenção: Quando o atos administrativo é perfeito e valido, mas que não é eficaz ele é
um ato pendente, porque depende do cumprimento de um termo ou condição.
Exemplo: Um casarão tombado que acaba desmoronando ou servidor público que após
ter sido nomeado falece em virtude de um acidente de transito.
Atenção: A anulação dos atos praticados com vício de ilegalidade pela administração
pública pode ser realizada pela própria administração pública em decorrência da
autotutela (Súmula 473 do STF), ou pelo Poder Judiciário. Vale lembrar que o
exercício da autotutela não excluía a atuação do Poder Judiciário na hipótese da
existência de vicio de ilegalidade (art. 5, inciso XXXV da CF/88).
Súmula 473 do STF: “A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Art. 5, inciso XXXV da CF/88 “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito”.
Prazo de anulação: os atos que gerem efeitos favoráveis aos particulares somente
podem ser anulados pela administração pública em decorrência da autotutela dentro
do prazo decadencial de cinco anos, salvo se o usuário estiver utilizando de má-fé.
Habeas datas: é uma ação constitucional prevista no art. 5, inciso LXXII da CF/88
e regulamentada pela Lei 9.507/97. O habeas datas é destinado a obter informações,
acrescentar ou retificar informações.
O habeas datas somente pode ser impetrado quando o agente público negar o acesso às
informações ou a realização da retificação. Vale ressaltar que a jurisprudência autoriza a
impetração de habeas datas para garantir o acesso à informação ou a retificação de
dados pelos herdeiros de uma pessoa falecida.
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Atenção: A obtenção de informações deve ser realizada no prazo de 10 dias, sendo que
o acréscimo ou a retificação deve ser realizado no prazo de 15 dias.
Art. 5, inciso LXVIII da CF/88 “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”.
Art. 5, inciso LXX da CF/88 “o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados”.
Sumula 333 do STJ “Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação
promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública”.
Atenção: Não cabe Mandado de Segurança contra atos de gestão comercial praticado
pelos dirigentes de Sociedade de Economia Mista e Empresas Públicas.
Autoridade Coatora é o agente público que representa o Órgão Público, sendo que o réu
é o órgão que o agente público representa. Com base na teoria da encampação, mesmo
que o paciente se equivoque a respeito da autoridade coatora, o Mandado de Segurança
será processado: quando a autoridade coatora prestar alguma informação, quando existir
um nível de hierárquico superior (Exemplo mandado de segurança impetrado contra
uma decisão do Diretor Geral do Detran que deveria ser impetrado contra o
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Encarregado da Unidade Local), sendo que o erro cometido pelo impetrante não pode
ensejar uma alteração de competência do Mandado de Segurança (Mandado de
Segurança Impetrando contra o Presidente da República (STF) que deveria ser
impetrado contra o Ministro da Justiça (STJ) por exemplo).
Ação Popular: está prevista no art. 5, inciso LXXIII da CF/88 e regulamentada pela
Lei 4.717/65, que é ação proposta por um cidadão (que deve ser comprado pela a
apresentação do Titulo de Eleitor), com a finalidade de anular um ato lesivo ao
interesse da coletividade. Nas ações populares integra o polo passivo o agente
público que praticou o ato, a entidade pública o particular que foi beneficiado.
Art. 5, inciso LXXIII da CF/88 “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais
e do ônus da sucumbência”.
Atenção: A ação civil pública pode ser proposta pela Entidade Pública lesada, pelo
Ministério Público ou Defensória Pública em nome próprio em razão de possuírem
capacidade postulatória ou por uma Associação constituída a mais de um ano com a
finalidade de proteger os Interesses Difusos.
Art. 129, inciso III da CF/88 “São funções institucionais do Ministério Público:
promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”.
Vício insanável: ocorre quando o ato é nulo, que pode ocorrer em virtude de um
vício relacionado com os motivos ou com a finalidade.
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Atenção: Conversão do ato ocorre mesmo que um ato seja insanável, a conversão é
uma adaptação do ato, por meio de um procedimento mais simplificado como forma de
consertar o vício.
Atenção: a revogação produz efeitos “ex tunc” daqui para frente. Somente a própria
administração possui o poder de analisar o mérito de seus atos. Vale lembrar que a
pratica de atos vinculados não pode ser revogada. Em razão da proibição de analise de
mérito. Também não é admitida a revogação de atos consumados, em razão de que
todos os efeitos produzidos já se exauriram.
Reclamação: ocorre quando um sujeito que foi diretamente prejudicado pelo ato,
requer a anulação;
6. LICITAÇÕES
6.1 Introdução
Finalidades:
Busca a melhor proposta, é uma oportunidade para que qualquer um possa contratar
com o Poder Público, desde que preencha os requisitos legais.
Art. 22, XXVII da CF/88 “Compete privativamente à União legislar sobre: normas
gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III”.
Normas gerais:
Lei 8.666/93;
Lei 10.530/02.
Atenção: Tudo o que é relevante para licitação deve estar previsto no edital. Exige que
todas as regras a serem a respeitadas estejam previstas no edital (não se pode exigir nem
menos nem mais do que está previsto no edital). O Edital ou a Carta-Convite contém as
regras da licitação.
Menor Preço;
Melhor Técnica;
Melhor Preço e Técnica;
Maior Lance.
Observação: A princípio a lei define que as licitações devem ser realizadas no menor
preço, no entanto, se admite a utilização do tipo de licitações melhor técnica e melhor
preço para a aquisição de serviços de informática ou de serviços de natureza
eminentemente intelectuais. No caso de melhor técnica o edital deve especificamente
estabelecer os critérios definidores.
Art. 45, § 2º da Lei de Licitações “No caso de empate entre duas ou mais propostas, e
após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a classificação se fará,
obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão
convocados, vedado qualquer outro processo”.
do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado. Não
ocorrendo à contratação serão convocadas as empresas remanescentes que porventura se
enquadrem na situação de empate, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo
direito, no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e
empresas de pequeno porte, será realizado um sorteio entre elas, para que seja
identificada, aquela que primeiro possa apresentar melhor oferta.
Art. 119 da Lei de Licitações “As sociedades de economia mista, empresas e fundações
públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União e pelas
entidades referidas no artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente
publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei. Parágrafo único. Os
regulamentos a que se refere este artigo, no âmbito da Administração Pública, após
aprovados pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados os respectivos
órgãos, sociedades e entidades, deverão ser publicados na imprensa oficial”.
6.3 Conceitos
A- Intervalo Mínimo: é um prazo mínimo que deve ser respeitado pela Administração
entre a publicação do edital e a data marcada para a abertura dos editais. Esse prazo é
definido por lei e varia de acordo com o procedimento da licitação.
Concorrência obrigatória:
Exceção: Os bens que foram adquiridos por dação em pagamento ou por decisão
judicial a Administração Pública poderá alienar esses bens mediante a realização de
concorrência ou leilão, sendo facultado a concorrência.
Observação: Não confundir com empreitada global que é aquela onde o pagamento e
realizado de forma integral ou por tarefa.
Exceções:
Atenção: no caso de empreitada integral pouco importa o tipo, o prazo sempre será de
45 dias por determinação legal.
Atenção: Quando o órgão licitante convidar uma empresa que não esta cadastrada para
a realização de um licitação para a prestação dos serviços de limpeza por exemplo, ele
obrigatoriamente deverá convocar na próxima que vez for realizar uma empresa a mais
cadastrada.
Composição da Comissão: a comissão deve ser composta por três membros (que
não precisam ser servidores), devendo essas pessoas possuir idoneidade e
capacidade técnica na área do concurso.
Bens inservíveis: são aqueles bens que não possuem destinação especifica.
Somente podem ser alienados os bens imóveis que tenham sido adquiridos por meio de
dação em pagamento ou por decisão judicial. Portanto os outros bens imóveis que
tenham sido adquiridos de outra forma devem ser alienados mediante a modalidade
concorrência.
Quando a lei de licitação fala em bens penhorados na verdade ela se refere aos bens
empenhados.
No que tange aos bens móveis que fazem parte do acervo da administração pública, o
leilão só pode ser feito para bens móveis desafetados, desde que o valor não ultrapasse
seiscentos e quinta mil reais.
Objeto do leilão: será arrematado o bem por valor sempre no maior lance, ou seja,
igual ou superior ao valor da avaliação.
E- Pregão:
O pregão não tem valor limite de valor previamente estabelecido, e não necessita que
seja instituída uma comissão, no entanto existe uma comissão destinada a apoiar a
realização do pregão. Sendo que o pregão deve ser realizado pelo pregoeiro.
Atenção: A licitação carona somente pode ser realizada entre entidades da mesma
esfera de governo. No entanto a quantidade de produtos adquiridas pelo licitante
aderente deve ser abatida da quantidade prevista na ata.
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A- Fase Interna: que são os atos preparatórios para a realização da licitação, trata-se de
uma fase pré-procedimental. Inicialmente deve ser realizada uma exposição de motivos
da realização do contrato, depois deve ser realizada a designação da composição da
comissão licitatória, devendo ser estabelecido à destinação dos recursos orçamentários
(declaração de adequação orçamentária), minuta do edital e do contrato de licitação.
Art. 21 da Lei 8.666/93 “Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências,
das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da
repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma
vez: I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou
entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras
financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições
federais; I - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar,
respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública
Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; III - em jornal diário de grande
circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na
região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado
o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de
outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. § 1o O aviso publicado
conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral
do edital e todas as informações sobre a licitação. § 2o O prazo mínimo até o
recebimento das propostas ou da realização do evento será: I - quarenta e cinco dias
para: a) concurso; b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o
regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou
"técnica e preço"; II - trinta dias para: a) concorrência, nos casos não especificados na
alínea "b" do inciso anterior; b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo
"melhor técnica" ou "técnica e preço"; III - quinze dias para a tomada de preços, nos
casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão; IV - cinco dias úteis
para convite. § 3o Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a
partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da
efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a
data que ocorrer mais tarde. § 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação
pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente
estabelecido, exceto quando, inqüestionavelmente, a alteração não afetar a formulação
das propostas”.
Atenção: Qualquer pessoa pode impugnar o edital de licitação no prazo de 5 dias após a
sua publicação.
53
Fase de Habilitação:
Alterações no projeto;
Observação: Nos contratos de reforma os valores podem ser acrescidos até 50% e
diminuídos até 25%.
Atenção: Toda vez que a administração pública modificar os valores do contrato deve
ser observado à garantia do equilíbrio econômico e financeiro (o Estado não pode
alterar a margem de lucro pactuado no contrato).
Rescisão Unilateral:
o Rescisão por motivo de interesse público: neste caso o Estado deve indenizar (
para que seja garantido o equilíbrio econômico e financeiro).
O STF no julgamento da ADC 16 entendeu que Estado não responde pelos débitos
trabalhistas das empresas contratadas.
O envelope da empresa que não for habilitada será devolvido da mesma forma que
foi entregue “lacrado”.
Sendo que os licitantes podem interpor recurso pelo prazo de até cinco dias uteis, esse
recurso possui efeito suspensivo e somente se presta a discutir a classificação.
Caso todos os licitantes sejam desclassificados poderão formular novas propostas pelo
prazo de até 8 dias.
Se o vencedor da licitação não celebrar o contrato o segundo será convocado, mas nas
condições (proposta que o primeiro colocado havia feito). Sendo que este segundo
colocado não é obrigado a aceitar.
Atenção No convite não há fase de publicação. O edital deve ser afixado no átrio da
repartição.
As principais hipóteses de dispensa de licitação são: até 8 mil reais para aquisição de
bens e serviços e até 15 mil para a realização de obras, no entanto as empresas públicas,
sociedades de economia mista, consórcios públicos e agência executivas o valor é
dobrado, ou seja, até 16 mil reais para aquisição de bens e serviços e até 30 mil para a
realização de obras; hipótese de guerra decretada e em caso de grave perturbação da
ordem; nas hipóteses de urgência, desde que seja para a celebração dos contratos
diretamente ligados a situação de urgência e desde que essa contração não ultrapasse
180 dias, os quais são improrrogáveis.
Art. 25, § 2o da Lei de Licitações “Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de
dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano
causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis”.
O registro de preços tem a finalidade de registrar preços no órgão. Para isso é realizado
uma licitação, com a finalidade registrar os preços, para que o órgão eventualmente
possa contratar.
60
7. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
7.1 Introdução
7.2 Classificação
Observação: Nos contratos administrativos a doutrina entende que ocorre uma adesão
previa, porque o licitante se obriga a aceitas as cláusulas do contrato no momento em
que aceita participar da licitação.
Consensual: e aquele que está perfeito e acabado com o simples consenso entre as
partes.
Formais: as cláusulas e a forma dos contratos são definidas por lei. Está forma e
denominada pela lei de licitações de termo ou instrumento de contrato.
É o contratado que deve decidir qual será a forma da garantia, dentro das
alternativas elencadas pela lei: Títulos da dívida pública; Caução em dinheiro;
Seguro-Garantia (contrato de garantia de outro contrato); Fiança Bancária (garantia
fidejussória). O Valor da Garantia e de até 05% do valor do contrato ou de até 10%
quando o contrato for de grande vulto, alta complexidade e causar riscos financeiros
à Administração.
garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; VII - os
direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das
multas; VIII - os casos de rescisão; IX - o reconhecimento dos direitos da
Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; X - as
condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o
caso; XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a
inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; XII - a legislação aplicável à
execução do contrato e especialmente aos casos omissos; XIII - a obrigação do
contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as
obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação
exigidas na licitação. § 1º (Vetado).§ 2o Nos contratos celebrados pela Administração
Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no
estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da
sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no
§ 6o do art. 32 desta Lei. § 3o No ato da liquidação da despesa, os serviços de
contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscalização de
tributos da União, Estado ou Município, as características e os valores pagos, segundo
o disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964”.
Como regras os contratos verbais realizados pela administração pública são nulos e não
possuem nenhum efeito.
Exceção: no caso de pequenas compras no valor de até cinco mil reais (no caso de
compra pronta entrega e pronto pagamento) – Naquelas contrações onde não há
obrigações futuras.
Se em razão do prazo o preço for melhor, nos casos de prestação contínua, o prazo
máximo do contrato será de 60 meses. O art. 57 da Lei de Licitações permite que
seja realizado a prorrogação (60 meses + 60 meses) em caráter excepcional,
mediante fundamentação e autorização da autoridade superior.
AULA 7.3
A- Alteração do Contrato:
Alterações no projeto;
Observação: Nos contratos de reforma os valores podem ser acrescidos até 50% e
diminuídos até 25%.
Atenção: Toda vez que a administração pública modificar os valores do contrato deve
ser observado à garantia do equilíbrio econômico e financeiro (o Estado não pode
alterar a margem de lucro pactuado no contrato).
B- Rescisão Bilateral:
Substituir a Garantia;
C- Rescisão Unilateral:
Rescisão por motivo de interesse público: neste caso o Estado deve indenizar
(para que seja garantido o equilíbrio econômico e financeiro).
O STF no julgamento da ADC 16 entendeu que o Estado não responde pelos débitos
trabalhistas das empresas contratadas.
Advertência;
A Suspensão de contratar com o poder público impede que o sancionado contrate com
ente que aplicou a pena.
Recomposição de Preços: é a revisão de preços deve ocorrer toda vez que ocorrer um
aumento inesperado dos preços. Essas situações inesperadas são denominadas pela
teoria da imprevisão:
A- Subcontratação:
A administração pública contrata uma empresa e essa empresa contrata outra pessoa
para executar o contrato.
A Lei de licitações diz que essa subcontratação pode ser realizada de parte do contrato,
desde que esteja previsto no edital e no contrato, devendo essa subcontratação ser
autorizada pelo poder público.
B- Duração do contrato
Exceções:
P- Plano Pluri Anual pelo prazo máximo de quatro anos não coincidentes com a
legislatura;
Q- Contratos que gerem despesas nos serviços contínuos, pelo prazo máximo de 60
meses, desde seja prorrogado sucessivamente. Desde que seja autorizado pelo
administrador esse prazo poderá ser prorrogado por mais 12 meses desde que
devidamente justificado (totalizando 72 meses como medida extraordinária);
S- Alguns autores entendem que no caso dos serviços que não gerem despesa para a
administração pública, não ficam sujeitando a observância de credito orçamentário,
sendo o prazo de duração da execução estabelecido no contrato;
A- Rescisão Contratual:
Rescisão de pleno direito: ocorre por uma situação alheia a vontade das partes.
O regime diferenciado de contratações foi criado pela Lei 12.462/12, com a finalidade
de proporcionar uma maior eficiência nas contratações, para os principais eventos
esportivos que vão ser sediados pelo Brasil durante os próximos quatro anos (Copa do
Mundo, Copa das Confederações, Olimpíadas e Paraolimpíadas).
Apresentação de amostra.
Nos contratos de execução continuada o prazo de duração do contrato poderá ser até um
ano após o termino do último evento.
Suspenção de contratar com o poder público: essa sanção pode ser aplicada em até 5
anos.
69
4. RESPONSABILIDADE CIVIL
Exemplos mais famosos de interrupção do nexo causal são: a culpa exclusiva da vítima,
caso fortuito ou força maior.
A teoria adotada pelo Brasil e a do risco administrativo, que admite a exclusão dos
elementos caracterizadores da responsabilidade.
Dano nuclear;
Dano ocorrido a bordo de aeronaves que estejam no espaço aéreo brasileiro;
Danos ocorridos em virtude de terrorismo;
Dano ambiental.
Teoria do Risco Criado ou Suscitado: caso o Estado crie uma situação de risco, em
decorrência desse risco ocasione um dano, a responsabilidade do Estado será objetiva,
mesmo que não aja conduta direta de seus agentes.
Atenção: Toda vez que o Estado tem alguém ou alguma coisa em custódia caracteriza a
responsabilidade objetiva em virtude da caracterização do risco criado ou suscitado.
Fortuito interno: ocorre todas as vezes em que o Estado tem uma situação de risco e
ocorre uma situação não rotineira que vem ocorrer em decorrência da atividade de risco.
Devendo o Estado responder.
Exemplo: Uma “visita” de um preso que foi estuprada coletivamente durante uma
rebelião.
A reparação civil contra o estado prescreve em 3 anos, em razão do art. 206 do Código
Civil ser mais benéfica ao Estado.
Art. 1o-C da Lei 9494/97 “Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização
dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas
jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos”.
Exceção: Art. 5, inciso LXXV da CF/88 “o Estado indenizará o condenado por erro
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença”.
Exemplo: pedaço de um viaduto que caiu em um carro que transitava em uma avenida.
Exceção doutrinária: O estado responde por atos legislativos, caso uma lei ocasione
um dano direto a alguém, caso seja considerada inconstitucional.
Em Direito Administrativo a denunciação da lide não é obrigatória nos casos que existir
a possibilidade de ação de regresso em desfavor do agente público.
73
A- Desapropriação Comum:
Prazos:
C- Desapropriação Rural:
Art. 186 da CF/88 “A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos
seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada
dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância
das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o
bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.”
Art. 185 da CF/88 “São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: I
- a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu
proprietário não possua outra; II - a propriedade produtiva. Parágrafo único. A lei
garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o
cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.”
Art. 243 da CF/88 “As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e
especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos
alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem
prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único. Todo e qualquer bem de
valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal
especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio
de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico
dessas substâncias.”
Consequências:
Prazo de caducidade:
Usufruir do bem: quando realiza um acordo que deu origem a entraga do dinheiro e a
entrega do bem.
Caso não ocorra o acordo, será necessário entrar com uma ação de desapropriação. A
qual será proposta pelo Poder Público expropriante.
76
Atenção: é perfeitamente possível alegar o vício de ilegalidade por meio de uma ação
ordinária requerendo a anulação da desapropriação.
Emissão provisória do bem: é a posse provisória do bem, requerida pelo poder público
e desde que seja concedida, deve ser realizado uma declaração de urgência e depois um
depósito do valor controverso, automaticamente o particular tem a possibilidade de
levantar 80% do valor depositado. Depois da declaração de urgência feita o Estado tem
o prazo máximo de 120 dias para efetuar o depósito e requerer a emissão provisória do
bem.
Correção monetária: atualização do valor moeda incide sobre o valor excedente com a
sentença que deverá ser realizado com índice da cardeneta de poupança.
Desapropriação por zona: é aquele pedaço desapropriado das áreas vizinhas ao terreno
desapropriado por necessidade de posterior extensão da obra e caso ocorra um
supervalorização dos terrenos vizinhos para que possa vender posteriormente, visando
efetuar o pagamento dos gastos decorrentes das obras.
Direito de extensão: o Estado pode desapropriar um terreno por parte, se essa área
remanescente não lhe servir o Estado devera ficar com a área toda e indenizar o
expropriado.
Retrocessão:
Exemplos:
Uma desapropriação foi realizada para construir uma escola, no entanto foi realizado
a construção de um hospital, porem justificadamente e motivadamente. Neste caso
por manter a busca pelo interesse público essa tredestinação é considerada lícita.
O Estado desapropriou um terreno para fazer um escola, a qual não foi construída.
Depois vendeu a um terceiro. O que caracteriza uma tredestinação ilícita ou
adestinação. Neste caso ocorreu uma tredestinação ilícita ou adestinação. Neste caso
surgiu a possibilidade do proprietário entrar com uma ação de regresso.
Retrocessão:
Art. 519 do Código Civil “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não
for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de
preferência, pelo preço atual da coisa.”
O art. 519 do Código Civil incluiu o direito de retrocessão no rol dos direito pessoais, o
qual determinada que o caberá ao expropriado apenas o direito de preferência. Podendo
ser acumulado com pedido de perdas e danos caso o direito de preferência seja
desrespeitado.
Observação: Não é possível que o Estado tome um bem do particular, ela apenas pode
restringir.
Exemplos: a limitação de construir na faixa de beira mar prédios com mais de quatro
andares.
B- Servidão: é um direito real que recai sobre bens imóveis, que dependem de registro
no Cartório de Registro de Imóveis. A ideia é ter um bem imóvel serviente a prestação
de um serviço de utilidade pública dominante, e a princípio possui caráter concreto
(permanente), ou seja, sem prazo determinado. Caso a servidão ocasione algum dano,
este deverá ser indenizado. A servidão interfere no direito absoluto.
Desaparecimento do bem;
Decisão Judicial;
Lei.
a) Obrigações de fazer:
O bem tombado móvel não pode sair do Brasil, salvo por um curto período de
tempo com autorização do poder público.
c) Obrigações de tolerar:
6. AGENTES PÚBLICOS
Agentes públicos é uma expressão mais ampla, e abarca toda e qualquer pessoa que atua
em nome do Estado, ou seja, toda e qualquer pessoa que atua em nome do Poder
Público.
A administração pública não precisa realizar concurso para contração dos servidores
temporários.
Segundo o STF cada ente deve ter sua lei específica definindo e regulamentando o
trabalho temporário.
80
b)Celetistas;
Porém nem todo servidor estatutário é estável ou pode adquirir estabilidade, pois os
detentores de cargos públicos podem ser detentores de cargos efetivos ou detentores de
cargos em comissão, e os cargos de comissão possuem livre nomeação e livre
exoneração, assim sendo, a estabilidade só pode ser adquirida pelos detentores de cargos
efetivos.
A estabilidade é uma garantia onde o servidor só pode perder o cargo nas hipóteses que
a lei estabelece.
Para adquirir estabilidade exige dois requisitos básicos (tempo e eficiência): 03 anos de
efetivo exercício, sendo o servidor aprovado por uma avaliação especial de desempenho
(o STF vem entendendo que se passados os 03 anos e a Administração não fizer a
avaliação, o servidor adquire estabilidade).
Para perder a estabilidade tem que estar prevista em três hipóteses constitucionais:
Além desses, o art.169 da CF, prevê a perda do cargo do servidor estável por motivo de
cortes de gastos:
3º- Exoneração dos estáveis). O servidor estável que for exonerado por corte de gastos
tem direito de receber uma indenização que corresponde a uma remuneração para cada
81
ano de serviço prestado, além disso ele tem direito que o cargo dele seja extinto por pelo
menos 04 anos (ou seja, ninguém pode ocupar o cargo extinto).
Art. 5o da Lei 8.112/90 “São requisitos básicos para investidura em cargo público: I -
a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as
obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para
o exercício do cargo; V - a idade mínima de dezoito anos; VI - aptidão física e mental.
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos
estabelecidos em lei. § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito
de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. § 3o As
universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão
prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com
as normas e os procedimentos desta Lei”.
O servidor que é nomeado e não toma posse não pode ser exonerado, passados os 30
dias sem tomar posse, torna sem efeito o ato de nomeação, voltando a ficar vago o
cargo. A posse pode ser feita por procuração específica.
c) Reingresso:
82
Reintegração: Volta do servidor público que havia sido demitido quando é anulado
o ato de demissão (por via administrativa ou judicial), a reintegração gera o direito
de ser indenizado por tudo que ele deixou de ganhar. Mesmo que o cargo antigo
tenha sido ocupado, o servidor público demitido voltará para o seu cargo de origem,
e o terceiro que estava no seu lugar será reconduzido para o cargo de origem dele,
que se estiver ocupado, o terceiro será aproveitado em outro cargo compatível com o
dele, e se não tiver cargo vago compatível, o terceiro ficará em disponibilidade.
Recondução: Volta do servidor público ao cargo anterior (só para servidor estável).
6.3 Vacância
Vacância é a desocupação do cargo, o cargo que estava ocupado volta a ficar vago.
Hipóteses:
1) Falecimento;
2) Aposentadoria;
3) Demissão (tem caráter punitivo) e Exoneração (sem caráter punitivo);
4) Promoção;
5) Readaptação;
6) Posse em cargo inacumulável (quando o servidor ocupa um outro cargo que não é
acumulável com o primeiro, vagando o primeiro).
Não é possível acumular cargos nem empregos, sejam eles da Administração Direta ou
Indireta, federais, estaduais, distritais ou municipais.
Exceções:
de professor;
d) Um cargo efetivo + cargo de vereador;
e) juiz + professor;
f) Promotor/procurador do MP e professor.
Para que a acumulação seja lícita, deve haver compatibilidade de horários e deve ser
respeitado o teto remuneratório do art.37, XI da CF (ninguém no serviço público pode
ganhar mais do que o Ministro do STF), ou seja, os dois cargos somados não podem
ultrapassar esse teto.
AULA 6.1
Redistribuição:
VencimentoS = Remuneração
A remuneração é irredutíveis.
Pagamento por meio de subsídios: forma de pagamento feita ao servidor por meio de
parcela única, não se confunde com remuneração. Forma mais democrática de
pagamento, pois não engana o contribuinte.
Para algumas carreiras é obrigatória a implantação do subsídio, para todas as outras são
facultativas, são estas:
1) Agentes políticos;
2) Polícia;
3) Membros do Tribunal de Contas;
4) Advocacia Pública;
4) Defensoria Pública.
Como regra não é possível descontar da remuneração ou subsídio do servidor, salvo nos
casos de previsão legal ou decisão judicial.
b) Em caso de desligamento do servidor, terá 60 dias para pagar o débito, sob pena de
inscrição na dívida ativa.
O servidor que pratica uma única infração, pode ser punido três vezes, pois surge a
possibilidade de sanção na esfera penal, administrativa e civilmente. Pois as três esferas
são independentes entre si.
Exceção: Se o agente foi absolvido na esfera penal por inexistência do fato ou por
ausência de autoria, necessariamente ele vai ter que ser absolvido na esfera civil e
administrativa.
O servidor que deve ao erário tem que fazer o ressarcimento, que se estende aos
herdeiros e sucessores do servidor falecido, nos limites da herança.
86
7. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Existe uma existe uma discussão acerca da lei de improbidade administrativa por
dois motivos:
Inconstitucionalidade Material:
Inconstitucionalidade formal:
Constituição”, disse. No mesmo sentido votaram os ministros Ayres Britto, Gilmar Mendes, Celso de
Mello e Cezar Peluso, que juntamente com os ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia,
formaram a maioria vencedora.
Aspecto material
Durante o julgamento, os ministros comentaram que o exame da constitucionalidade material da Lei de
Improbidade Administrativa, ou seja, questionamentos quanto ao próprio texto da norma, será tratado no
julgamento da ADI 4295, ajuizada pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN).
As sanções previstas na lei de improbidade possuem natureza civil, que será aplicada
por meio de uma ação civil pública por ato de improbidade.
O Agente público pode ser punido na esfera penal, administrativa e civil. Sendo que as
sanções de natureza administrativa serão aplicadas de acordo com seu regime
administrativo que o rege.
As sanções impostas pela lei de improbidade administração podem ser cumulada com as
sanções penais e administrativas, sem prejuízo destas últimas.
Sanções:
Perda de bens adquiridos com a Perda de bens adquiridos Não há perda de bens.
vantagem obtida ilicitamente. com a vantagem obtida
ilicitamente.
Multa que pode ser acrescida Multa que pode ser Multa de até 100 vezes o valor
em até 3 vezes o valor do dano acrescida em até 2 vezes o da remuneração do servidor.
causado. valor do dano causado.
Obs: não recebendo
remuneração o STJ entende que
o valor será calculado com base
no salário mínimo.
Suspensão dos direitos públicos Suspensão dos direitos Suspensão dos direitos
pelo prazo de 8 a 10 anos. públicos pelo prazo de 5 a 8 públicos pelo prazo de 3 a 5
anos. anos.
Obs: se a sentença silenciar o
prazo a ser aplicado será o menor.
Procedimento de investigação:
Procedimento processual:
Sujeito ativo: Pessoa Jurídica lesada. ente que receba recursos públicos ou Ministério
Público.
Atenção: Caso o Ministério Público promova a ação a pessoa lesada deve ser intimada.
Caso a pessoa lesada prova a ação o Ministério deverá atuar como fiscal da lei.
Sujeito passivo: Sujeito que lecionou o patrimônio público ou aquele que benefício ou
participou do ato.
Observação: Não existe previsão infra constitucional do foro privilegiado para as ações
de improbidade administrativa. No entanto, o STF e o STJ têm entendido que no caso
de ação de improbidade em fase de membros da magistratura a competência será do
Tribunal, visando preservar a hierarquia funcional.
93
Art. 17 da Lei de Improbidade “A ação principal, que terá o rito ordinário, será
proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta
dias da efetivação da medida cautelar.§ 1º É vedada a transação, acordo ou
conciliação nas ações de que trata o caput. § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso,
promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio
público. § 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público,
aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho
de 1965. § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. § 5o A propositura da ação
prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. § 6o A ação será instruída com
documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de
improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de
qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições
inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. § 7o Estando a inicial em
devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para
oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e
justificações, dentro do prazo de quinze dias. § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no
prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da
inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da
via eleita. § 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar
contestação. § 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de
instrumento. § 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação
de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. § 12. Aplica-se
aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o
disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal”.
Sentença:
Prescrição:
94
11.1 Conceitos
Domínio Público:
Bens Públicos:
11.2 Classificações
Quanto à destinação:
Bens de uso comum: são aqueles bens destinados a serem utilizados pela população em
geral. A utilização normal destes bens não depende de autorização do Poder Público.
Exemplo: Praças.
Bens de uso especial: são aqueles bens destinados a serem utilizados pelos próprio ente
público no exercício de suas atividades corriqueiras.
Bens dominicais: são bens públicos porque pertencem ao poder públicos, mas não
possuem nenhuma finalidade pública.
Art. 99. III do Código Civil “os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma
dessas entidades”.
Observações:
Bens afetados: aqueles que possuem uma destinação especifica atrelados ao interesse
público.
96
Bens não afetados: são aqueles bens que não possuem nenhuma destinação especial,
não é utilizado para buscar o interesse público.
Observação:
Afetar o bem: determinar uma destinação pública. O simples uso afeta o bem.
Desafetar: retirar a destinação pública. A desafetação deve ser realizada por meio
formal, ou seja, por meio de lei.
Exceção: Os bens de uso especial podem ser desafetados por fato da natureza.
Concessão de uso para fins de moradia: somente se concede uma vez na vida para
uma pessoa.
Concessão real de uso: É regulamentada pelo Decreto 271/67. Pode ser realizada
por prazo indeterminado e pode ser realizado na modalidade concorrência.
Impenhorabilidade;
Alienabilidade condicionada: os bens públicos podem ser alienados desde que seja
respeitado a legislação (desafetação, verificação do interesse público, avaliação
previa e licitação).
Art. 20 da CF/88 “São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe
vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras,
97
A Conceituação de serviço público deve ser mais restrita e quando se pensa em serviço
público se faz necessário a caracterização de três elementos. Os quais são:
Uma obra pública não pode ser confundida como serviço público porque possui
começo, meio e fim – Já o serviço e prestado continuamente;
Também não se pode confundir serviço público com Poder de Polícia – O qual é
uma restrição dos direitos individuais e não uma comodidade;
Exploração da Atividade Econômica não pode ser considera como serviço público –
Em razão de ser regida pelo Direito Privado, ainda que tenha como finalidade o
interesse público.
A descentralização dos Serviços Públicos podem ser realizada sob duas formas:
Serviços Exclusivos Indelegáveis: são aqueles serviços que somente o Estado pode
prestar diretamente;
Serviços Exclusivos Delegáveis: são aqueles serviços que podem ser delegados a
outras entidades;
Serviços Públicos Não Exclusivos de Estado: São serviços que o Estado presta e
que o Particular também podem prestar sem necessidade de delegação;
E- Delegação Contratual:
Previsão Constitucional:
Art. 175 da CF/88 “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas
concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu
contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política
tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado”.
Contrato de Concessão:
Espécies de Concessão:
Concessão Simples:
Contrato:
Partes:
Exemplo:
Cláusulas Exorbitantes:
Rescisão Unilateral:
Mínimo de 5 anos;
Máximo de 35 anos;
Compartilhamento de riscos:
O Estado deve responder solidariamente pelos danos causados pela parceria público
privada. Visando a diminuição de custos.
Permissão:
Deve ser precedido de licitação, sendo que a modalidade será determinada pelo
valor do contrato;
F- Consórcios Públicos:
13.
14.1 Sistemas
Somente o Poder Judiciário produz coisa julga, ou seja, a matéria não pode ser mais
discutida.
Art 5, XXXV da CF/88 “ a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito”.
Art. 75 da CF/88 “As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à
organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas
respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros”.
Controle de legalidade: tem por objetivo analisar a adequação do ato com a lei;
A impetração do MS somente pode ser realizada pelo prazo de 120 dias, contado a partir
da ciência do ato praticado a ser impugnado.
Não cabe MS contra lei em tese, atos de gestão comercial práticados pelos dirigentes
das SEM e das Empresas Públicas.
Ação Ordinária Anulatória: regulamentada pelo CPC. Visa impugnar um ato que
viole o interesse de um particular.
Legitimidade: Cidadão.
Ação Civil Pública: visa impugnar um ato que viole o interesse da coletividade.
Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas
Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicar aos
responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou
entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada
ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder
competente sobre irregularidades ou abusos apurados. § 1º - No caso de contrato, o ato
de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. § 2º - Se o Congresso Nacional ou o
Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no
parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. § 3º - As decisões do Tribunal de
que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. § 4º - O
Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de
suas atividades”.
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I- Instauração do processo:
Produção de provas;
Relatório.
III- Julgamento:
Impedimento:
Suspeição:
Dever de motivação:
Art. 50 da Lei Nº 9.784/99 “Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem
direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III -
decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou
declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos
administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar
jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de
ato administrativo. § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo
consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. §
2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico
que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou
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Recurso – reconsideração: deve ser respondido pelo prazo de cinco dias, caso a
autoridade coatora não faça reconsideração deverá encaminhar para autoridade superior.
E- Revisão: não existe previsão de prazo, desde que sejam apresentados novos fatos a
serem discutidos naquele processo.
Observação: na revisão a situação do sujeito que solicita não pode ser prejudicada.
F- Contagem de prazos: