DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Poder de polícia. 1. PM; Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca pessoal. 2. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca pessoal em mulheres. 3. Art. 249 do Código de Processo Penal.
4. Súmula Vinculante n.º 11 – STF, Art. 1º, inciso I, II
Condução das partes. e III; Art. 178 do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente.
5. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasilei-
Deslocamento para o local de ocorrência.
ro.
6. Desobediência (Art. 330), desacato (Art. 331) e
Resistência por parte da pessoa a ser resistência (Art. 329) todos do Código Penal).
abordada. 7. Art. 68 das Contravenções Penais (Decreto de Lei
n.º 3.688/41).
REVISADO EM:
NOME DO PROCEDIMENTO: Conhecimento da ocorrência.
REPONSÁVEL: Encarregado da guarnição.
REVISÃO:
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados da ocorrência.
2. Contato com a(s) pessoa(s) indicada(s) pelo Centro de Operações ou com o solicitante.
3. Manter a segurança da guarnição durante os atos de contato com o solicitante.
4. Posicionamento da guarnição e da viatura policial.
5. Que a guarnição tenha conhecimento se há envolvimento de armas na ocorrência.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Atender ao chamado do Centro de Operação ou do solicitante.
2. Coletar os dados a cerca dos fatos, local, características físicas, de vestuário do(s) envolvi-
do(s), sentido tomado e outros necessários, de maneira que possa saber sobre “O quê”,
“Quem”, “Onde”, “Quando”, “Por quê”, além de pontos de referência e dados particulares do
local.
3. Uso exclusivo do “código Q”, alfabeto da ONU e algarismos nas comunicações com o Centro
de Operações.
4. Atender ao solicitante a pé e em via pública, desembarcado da viatura e em situação de segu-
rança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial obtenha todos os dados necessários ao conhecimento da natureza da ocorrên-
cia e seu grau de risco, a fim de atendê-la com segurança, eficiência e profissionalismo.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o rádio estiver com problemas de transmissão, procure outro local de preferência mais alto
e livre de obstáculos como: prédios, túneis, etc.
2. Caso haja dificuldades de comunicação entre o Centro de Operações e uma determinada via-
tura, outra guarnição poderá servir de ponte de comunicações entre eles.
3. Havendo dúvidas quanto à veracidade dos dados, ir para a ocorrência preparado para o grau
máximo de risco possível, solicitando o apoio necessário ao Oficial Ronda da OPM.
4. Havendo impossibilidade de contato com o Centro de Operações, fazer uso de um telefone
mais próximo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Informações incorretas quanto aos dados da ocorrência.
2. Coleta insuficiente dos dados.
3. Uso do rádio fora da técnica de comunicação.
4. Falta de segurança durante a coleta de dados, quando junto ao solicitante.
ESCLARECIMENTOS
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do itinerário até o local de ocorrência.
2. Deslocamento de viatura para o local de ocorrência, utilizando luminosos: farol, giroflex, sire-
ne, conforme necessidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar o local de origem e o local onde deseja chegar, fazendo uso de GPS ou guia da ci-
dade se for o caso.
2. Traçar itinerário para o local da ocorrência, bem como, os caminhos alternativos (auxílio do
guia, se necessário).
3. Ligar dispositivos de luz intermitente (“high-light”), faróis baixos; se em serviço de urgência, a
sirene também deve ser acionada.
4. Utilizar velocidade compatível com a via e a segurança do trânsito.
5. Deslocar-se pela faixa da esquerda da via, sempre que estiver em serviço de urgência.
6. Não cometer infrações de trânsito, sem motivo e segurança real.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Chegada ao local com segurança e no menor tempo possível.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Havendo problemas nos dispositivos luminosos ou sonoros, reduzir a velocidade.
2. Registrar em documentação própria tais alterações dos equipamentos, informando de imediato
ao CPU/Oficial Ronda para providências necessárias.
3. Ocorrendo a falta do guia de endereços na viatura e havendo dúvidas quanto ao itinerário,
buscar informações junto ao Centro de Operações ou transeuntes locais.
4. Se for possível, optar por um caminho alternativo.
5. Se houver algum acidente ou incidente mecânico com a viatura durante o deslocamento, o PM
deve informar ao Centro de Operações para que acione o CPU/Oficial Ronda e solicitar que a
ocorrência seja redistribuída para outra viatura.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Velocidade elevada, colocando em risco a guarnição e demais pessoas no trânsito.
2. Velocidade incompatível com a via no deslocamento.
3. Falta de atenção, deixando de usar os recursos sonoros e luminosos disponíveis.
4. Escolher inadequadamente o itinerário.
5. Anotar o endereço errado.
6. Não se acercar dos dados mínimos e necessários ao atendimento da ocorrência.
7. Alertar motoristas e pedestres distraídos, de forma escandalosa e através de gestos e gritos
para que deem passagem à viatura.
8. Juntamente com o comandante da guarnição, deixar de, no trajeto, observar os dados passa-
dos, considerando a possibilidade de deparar com os suspeitos.
ESCLARECIMENTOS
Melhor itinerário: é aquele pelo qual a viatura poderá chegar ao local de ocorrência
com rapidez e segurança, evitando congestionamentos e pistas, cujas más condições de conserva-
ção poderão danificar a viatura ou aumentar o risco do deslocamento.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Primeiros contatos com os indicados na ocorrência.
2. Posicionamento adequado da viatura no local.
3. Confirmação dos dados obtidos referentes à ocorrência.
4. Verificação da necessidade de reforço policial.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicione a viatura em local visível e seguro, com o equipamento de luz intermitente ligado,
mostrando à comunidade local a presença ostensiva da PM tanto no período noturno como no
diurno.
2. Confirmar a ocorrência irradiada através de indícios presentes no local.
3. Observar pessoa(s) segundo as características e atitude(s) apontada(s) pelo Centro de Ope-
rações ou solicitante(s).
4. Constatar o número de pessoas envolvidas e espectadores.
5. Julgar a necessidade de pedir reforço, não agindo até que o tenha disponível, se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ocorrência irradiada seja confirmada.
2. Que a viatura patrulhe em condições ideais de segurança, até que a(s) pessoa(s) em atitu-
de(s) suspeita(s) seja(m) identificada(s) e devidamente abordada(s), se for o caso.
3. Que o policial tenha plena consciência do número de pessoas envolvidas, observando se es-
tão armadas ou não.
4. Que sejam obtidos dados precisos para melhor conduta policial na ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se a ocorrência irradiada não corresponder à constatação, cientificar ao Centro de Operações
sobre tal situação.
2. Se constatar que o número de pessoas envolvidas é maior do que o esperado e anunciado pe-
lo Centro de Operações ou solicitante(s), solicitar imediatamente o reforço policial, protegen-
do-se suficientemente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Fixar-se rigidamente nas informações recebidas do Centro de Operações ou solicitante(s) e
não levar em consideração as possíveis variações que possam existir.
2. Desconsiderar o possível grau de periculosidade da ocorrência, agindo com desatenção, apa-
tia e sem técnica, conforme figura 1.1.
3. Patrulhar de forma insegura, não possibilitando a visualização da(s) pessoa(s) a serem abor-
dadas.
4. Deixar de considerar as vulnerabilidades do local de ocorrência.
5. Permitir que pessoa(s) supostamente armada(s), envolvida(s) na ocorrência, permaneça(m)
nesta condição sem ser(em) verificada(s).
6. Deixar de dar a devida atenção a(s) pessoa(s) envolvida(s) (solicitante(s)), mesmo que a(s)
pessoas em atitudes suspeita(s) não esteja(m) pelo local.
ESCLARECIMENTOS
Local visível e seguro: é aquele local visível a todos e que propicie retirada rápida
da guarnição, se for o caso.
Local íngreme: considerar que numa subida ou descida acentuada, uma surpresa
pode dificultar a reação de defesa, por isso, o patrulheiro deve progredir no terreno
pelas laterais, mais próximo dos abrigos.
ILUSTRAÇÃO
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento da(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s).
2. Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais de serviço, de ter-
ceiro(s) ali presente(s) e da(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s).
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Identificar visualmente a(s) pessoa(s) que se encontra(m) em atitude(s) suspeita(s) ou em lo-
cal que desperte suspeita(s), sob o aspecto da Segurança Pública.
2. Observar se o local possui grande circulação de pessoas, para que não haja riscos a terceiros.
3. Verificar se a iluminação do local é adequada.
4. Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam acompanhando a(s)
pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) ou dando-lhes cobertura à distância.
RESULTADOS ESPERADOS
1. A identificação da(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s), as quais deve(m) ser abordada(s).
2. Análise adequada do ambiente, a fim de que a abordagem seja feita no melhor domínio possí-
vel dos fatores de risco, próprios da atividade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o local não for adequado para a abordagem, evitar fazê-lo, até que seja possível uma ação
com segurança.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de observar a(s) pessoa(s) que esteja(m) em atitude(s) suspeita(s), o que impedirá a
ação preventiva da polícia na questão da Segurança Pública.
2. Escolher local impróprio para a abordagem.
ESCLARECIMENTOS
Figura 1.3
Taxista sinalizando passageiros suspeitos
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Comando verbal do PM comandante para que a(s) pessoa(s) suspeita(s) se submeta(m) à
abordagem.
2. Aproximação à(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s).
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Os policiais militares, mínimo dois (um na função de cobertura, enquanto o outro executa a
aproximação e a busca pessoal), antes de se aproximarem da(s) pessoa(s) em atitude(s) sus-
peita(s), devem certificar-se das condições de segurança do ambiente.
2. A aproximação a ela(s) não deve exceder a distância de cinco metros.
3. O policial militar encarregado (comandante da guarnição) da verbalização através de um co-
mando de voz firme, alto e claro, declina as seguintes palavras: “Parado(s)! Polícia!”; determi-
nando ao(s) abordado(s) para o posicionamento de busca pessoal, (vide POP 2.01.06).
4. Com o armamento na posição de pronto-alto – Manual do Operador de Segurança Pública,
2009, p.47 – as armas devem estar empunhadas, em posição sul; depois da primeira verbali-
zação e persistindo a desobediência por parte da(s) pessoa(s) abordada(s), insistir verbalmen-
te para o cumprimento das determinações legais, adotando o escalonamento do uso da força,
tendo por princípios a continuidade da posição sul.
5. De forma simples e clara, deve ser determinado para que o(s) abordado(s) se dirija(m) à área
de segurança, onde será realizada a busca pessoal, reduzindo ao máximo o potencial de rea-
ção ofensiva do(s) abordado(s).
6. Enquanto isso, o PM encarregado da cobertura deverá posicionar-se a em relação ao en-
carregado da busca pessoal, mantendo-se a uma distância de aproximadamente dois metros,
evitando ter o outro componente da guarnição em sua linha de tiro, devendo observar atenta-
mente as pessoas envolvidas, durante toda abordagem.
7. O policial encarregado da busca pessoal determina: “Mãos na nuca, fique(m) de costas para
mim, cruze os dedos, afaste(m) os pés (aproximadamente )”, coldreando a sua arma.
8. Enquanto isso, o policial encarregado da cobertura deverá posicionar-se a (noventa graus)
em relação ao encarregado da busca pessoal, mantendo-se a uma distância de aproximada-
mente , evitando ter o parceiro em sua linha de tiro e deverá olhar atentamente para a(s)
pessoa(s), chamando sempre a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo
sua vigilância às mãos e à linha da cintura do(s) abordado(s), bem como, às imediações da
área de segurança, durante toda a abordagem.
9. Antes de iniciar a aproximação ao abordado a ser submetido à busca pessoal, o policial coloca
sua arma no coldre e o abotoa, a fim de evitar que o revistado tenha fácil acesso ao armamen-
to policial.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ação policial seja respeitosa, segura e eficaz.
2. Que toda(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s), sob os parâmetros da Segurança Pública, se-
ja(m) abordada(s).
ESCLARECIMENTOS
Escalonamento do uso da força: O policial militar quando na ação policial tem que
tomar como premissa que, se desde o início já empregar o máximo de força possível, posteriormente
ficará mais difícil retroceder, ensejando o emprego desnecessário de armas, equipamentos, desen-
tendimentos e constrangimentos entre os policiais e as pessoas a serem submetidas à ação policial.
Desta forma, o policial deverá escalonar o uso da força, a fim de que, em havendo desobediência
e/ou resistência por parte da pessoa a ser submetida à ação policial, possa agir proporcionalmente,
utilizando-se dos meios à sua disposição.
Figura 1.4
Arma na posição sul.
REVISADO EM:
NOME DO PROCEDIMENTO: Busca Pessoal.
RESPONSÁVEL: Policial Militar responsável.
REVISÃO:
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Encontrar pessoa(s) que se disponha(m) a servir como testemunha(s).
2. Encontrar objetos ilícitos e que ameacem à integridade física dos policiais.
3. Agradecer a colaboração da(s) pessoa(s) revistada(s).
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. O policial militar cobertura deve estar sempre atento.
2. Antes de iniciar a aproximação ao abordado a ser submetido à busca pessoal, o policial coloca
sua arma no coldre e o abotoa, a fim de que tenha as mãos livres e poder de reação em caso
de resistência física.
3. Adotar a seguinte sequência:
a) Segurar firmemente, durante toda busca pessoal, as mãos com os dedos cruzados da pes-
soa a ser submetida à busca pessoal;
b) Posicionar-se firmemente, de forma que o lado da arma sempre seja o mais distante da
pessoa revistada, ou seja, se destro - pé esquerdo à frente ou vice-versa (em qualquer caso
posicioná-lo junto ao calcanhar respectivo revistado, somente trocando as mãos que segu-
ram as mãos do revistado, para revistá-lo lateralmente.
c) Escolher primeiro o lado a ser revistado e, através de uma sequência ascendente ou des-
cendente, priorizar a região do tronco (peito e abdômen) para depois verificar os membros
inferiores do respectivo lado.
d) Caso seja detectado algum objeto ilícito durante a busca pessoal ou constado flagrante deli-
to, imediatamente: separar e colocar na posição de joelhos, a(s) pessoa(s), a fim de que se-
ja(m) algemadas, conforme POP respectivo, e iniciada uma busca pessoal mais minuciosa,
ou ainda se for o caso, conduzi-la(s) ao interior da viatura.
4. Relacionar os objetos ilícitos encontrados.
5. Requisitar ao revistado sua identificação por meio de seus documentos e conferir sua autenti-
cidade.
6. Anotar seus dados pessoais.
7. De posse dos dados pessoais do revistado, se ainda houver dúvidas, ir até a viatura e através
da rede-rádio, solicitar ao Centro de Operações que pesquise seus antecedentes criminais.
8. Após a constatação do flagrante delito em relação à(s) pessoa(s) abordada(s) buscar, efeti-
vamente, arrolar e qualificar testemunhas que possam ser devidamente convocadas a depor a
respeito dos fatos, devendo as exceções estarem plenamente justificadas.
9. É conveniente fazer perguntas ao revistado, tais como: “Você foi agredido pelos policiais?”;
“Seus objetos pessoais estão todos aí ?”; “Sumiu algum pertence ?”.
10. Após a busca pessoal, se verificado que o revistado é pessoa idônea e que não possui ante-
cedentes criminais, tampouco está em posse de objetos ilícitos, explicar a finalidade da abor-
dagem.
11. Colocar-se à disposição e agradecer a cooperação.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os direitos e a integridade física do(s) revistado(s) sejam preservados.
2. Que, tão logo seja constatado flagrante delito, em relação à(s) pessoa(s) abordadas, sejam al-
gemadas e presas.
3. Que todo objeto ilegal portado pelo(s) revistado(s) seja detectado e apreendido.
4. Que o(s) revistado(s) seja(m) identificado(s) e seus antecedentes criminais pesquisados, bem
como seus documentos conferidos quanto à veracidade e autenticidade.
5. Que pessoas fugitivas da justiça e/ou condenadas sejam presas.
6. Que a população reconheça o grau de respeito e profissionalismo manifestos na ação policial.
ESCLARECIMENTOS
Evitar apalpações, pois objetos podem deixar de ser detectados, contudo, elas devem
ser utilizadas para verificações externas de bolsos em geral. Não se deve introduzir a mão no bolso
do revistado, mas sim, apalpá-lo externamente, pois ele pode conter agulhas ou objetos cortantes
contaminados, os quais podem vir a infectar o policial militar com diversas e graves doenças.
Como já foi dito, a região da cintura abdominal deve ser sempre priorizada, pois dá
fácil acesso ao armamento possivelmente portado pela pessoa.
Figura 1.5
Sequência para executar a busca pessoal em pessoas com atitude suspeita
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados, apreensão de objetos, arrolamento de testemunhas.
2. Apresentação da ocorrência, na repartição pública competente.
3. Colocação das algemas no(s) infrator(es) da lei.
4. Embarque das partes na viatura.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Proceder busca pessoal, conforme POP n.º 2.01.06.
2. Algemar, conforme POP respectivo.
3. Auxiliar o embarque na viatura, de forma que o conduzido não venha a se auto-lesionar em
portas ou janelas da viatura.
4. Reunir dados e partes da ocorrência, inclusive testemunhas.
5. Verificar qual o distrito policial, comum ou especializado, ou outro órgão competente (Polícia
Federal, Juizado da Infância e Juventude, JECrim, etc.) responsável pela respectiva área.
6. Deslocar-se para a repartição pública competente.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas envolvidas estejam identificadas e revistadas, conforme POP respectivo.
2. Que os infratores da lei já estejam algemados, conforme POP respectivo.
3. Que as pessoas embarcadas na viatura não sejam lesionadas em virtude do embarque.
4. Que todos os dados necessários sejam obtidos e registrados.
5. Que as testemunhas sejam conduzidas, separadamente do(s) infrator(es) da lei.
6. Que todos os objetos, instrumentos de crime sejam apreendidos e apresentados à autoridade
correspondente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Havendo dúvidas quanto à repartição pública competente para o atendimento da ocorrência,
solicitar esclarecimentos do Centro de Operações.
2. Se alguma das pessoas envolvidas estiver lesionada, arrolar testemunha do fato e providenci-
ar socorro.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de reunir os dados necessários à apresentação da ocorrência.
2. Deixar de apresentar partes à repartição pública competente (testemunhas, vítimas, autor).
3. Não algemar infrator(es) da lei para colocá-lo(s) no interior da viatura.
4. Não providenciar socorro à(s) pessoa(s) lesionada(s).
5. Deixar de apresentar instrumentos ou objetos ligados à ocorrência.
6. Conduzir na mesma viatura o(s) infrator(es) da lei e as demais partes.
ESCLARECIMENTOS
Figura 1.7a
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Narração da ocorrência de forma clara, precisa e concisa.
2. Constar identificação correta de testemunhas, solicitante e infrator no boletim de ocorrência
(BO).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Organizar todos os dados da ocorrência, antes de sua apresentação ao órgão competente.
2. Informar à autoridade policial judiciária de plantão ou JECrim, a cerca de “O quê...?”,
“Quem...?”, “Quando...?”, “Onde...?”, “Como...?”, “Por quê...?”. Nos casos de infração de me-
nor potencial ofensivo, orientar as partes quanto ao seu comparecimento ao JECrim.
3. Informar também a cerca do que constatou no local; as consultas feitas e seus resultados.
4. Esclarecer se o local foi preservado e da necessidade ou não de perícias no local.
5. Apresentar as partes e os objetos apreendidos (se houver).
6. Soltar as algemas somente após entrega definitiva do(s) infrator(es) da lei para o responsável
da repartição pública competente, se o infrator estiver algemado.
7. Antes do desembarque do suspeito apreendido ou preso, o comandante da guarnição deverá
realizar uma prévia sobre os fatos com a autoridade da repartição pública recebedora.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Compreensão dos fatos pela autoridade policial judiciária de plantão ou JECrim.
2. Que todos os dados e partes sejam apresentados.
3. Que os objetos apreendidos sejam apresentados.
4. Que o local de ocorrência seja preservado se for o caso.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se algum dado relevante da ocorrência for omitido, que ele seja alcançado a tempo.
2. Se alguma parte importante não estiver presente, que seja tentada sua localização.
3. Se algum objeto envolvido na ocorrência não foi apresentado, que sejam esclarecidos os mo-
tivos e que, se for o caso, seja tentada sua localização.
4. Esclarecer os motivos pelos quais testemunhas puderam ou não ser arroladas.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de fornecer informações indispensáveis a apresentação da ocorrência a autoridade po-
licial judiciária ou JECrim.
2. Envolver-se emocionalmente durante e na apresentação da ocorrência.
3. Deixar de apresentar objetos apreendidos.
4. Permitir que o(s) infrator(es) da lei permaneça(m) desalgemado(s) durante a apresentação da
ocorrência, se for o caso.
5. Não apresentar qualquer justificativa plausível à não apresentação de testemunha(s) da ocor-
rência.
ESCLARECIMENTOS
REVISADO EM:
NOME DO PROCEDIMENTO: Encerramento da ocorrência.
REPONSÁVEL: Policial Militar condutor da ocorrência.
REVISÃO:
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Encerrar a ocorrência junto ao Centro de Operações para registro dos dados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Encerrar a ocorrência junto ao Centro de Operações, transmitindo basicamente o nome da au-
toridade de polícia judiciária de plantão ou JECrim (se for o caso) e a(s) providência(s) adota-
das.
2. Anotar o horário de término passado pelo Centro de Operações (o n.º do BO/PM e horário ini-
cial normalmente já foram passados no início da ocorrência).
3. Ao término do serviço entregar o BO/PM no serviço de dia da OPM ou Centro de Operações
(COPOM), se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ocorrência seja encerrada no Centro de Operações, tão logo tenha sido concluída.
2. Que o oficial de serviço esteja ciente do encerramento da ocorrência.
3. Que os dados da ocorrência estejam devidamente registrados, tanto nos documentos internos,
quanto na repartição pública competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Havendo dúvidas quanto ao registro dos dados da ocorrência, saná-las de imediato junto às
partes e/ou a autoridade de polícia judiciária de plantão ou JECrim.
2. Havendo uma quantidade de dados muito grande a serem passados para o Centro de Opera-
ções, fazê-lo via telefone, deixando a rede-rádio livre.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial militar deixar de encerrar a ocorrência junto ao Centro de Operações.
2. O policial militar registrar a ocorrência de forma incompleta.
3. O policial militar deixar de entregar a documentação devida, ao término do serviço ou no mais
rápido período.
4. O policial militar deixar de informar o oficial CPU/Oficial Ronda sobre o encerramento.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Poder de polícia. 1. PM; Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca pessoal. 2. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca pessoal em mulheres. 3. Art. 249 do Código de Processo Penal.
4. Súmula Vinculante n.º 11 – STF, Art. 1º, inciso I, II
Condução das partes. e III; Art. 178 do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente.
5. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasilei-
Deslocamento para o local de ocorrência.
ro.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei.
2. Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais de serviço, de ter-
ceiros ali presentes e da(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s).
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Identificar visualmente a(s) pessoa(s) que se encontra(m) infratora(s) da lei.
2. Observar se o local possui grande circulação de pessoas, para que não haja riscos desneces-
sários a terceiros.
3. Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam acompanhando a(s)
pessoa(s) infrator(as) da lei ou dando-lhes cobertura à distância.
RESULTADOS ESPERADOS
1. A identificação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei que deve(m) ser abordada(s).
2. Análise adequada do ambiente para que a abordagem seja feita com o melhor domínio possí-
vel dos fatores de risco, próprios da atividade policial.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o local não for mais adequado à abordagem evitar fazê-lo até que seja possível, uma ação
com maior segurança.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de observar a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei, o que impedirá uma ação preventiva e/ou
repressiva imediata da polícia na questão da Segurança Pública.
2. Escolher local impróprio para a abordagem.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Comando verbal do policial para que a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei se submeta(m) à abor-
dagem.
2. O procedimento de busca pessoal na(s) pessoa(s) infratora(s) da lei.
3. Prisão da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Os policiais militares, antes de se aproximarem da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei, devem certi-
ficar-se das condições de segurança do ambiente.
2. O comandante da equipe deverá observar o risco extremado antes de iniciar a verbalização,
reduzindo ao máximo o potencial de reação e ofensivo do abordado,
3. A aproximação não deve exceder uma distância aproximada de (cinco metros).
4. Os policiais-militares devem manter as armas empunhadas, com o dedo fora do gatilho, “téc-
nica - pronto baixo”; sendo que um dos policiais desempenhará a função de cobertura, en-
quanto o outro executará a aproximação, uso de algemas e busca pessoal (vide POP 2.01.06).
5. Através de um comando de voz firme, alto e claro, o comandante da equipe declinará as se-
guintes palavras: “Polícia! Deitado! No chão!”.
6. Diante de um infrator da lei empunhando uma arma, o policial deve ordenar: “Polícia, solte a
arma!”, (sempre visualizando as mãos dos abordados), insistindo tantas quantas vezes forem
necessárias, a fim de que o policial esteja amparado pelo instituto da legítima defesa, caso ha-
ja a tentativa por parte do infrator da lei em apontar a arma para os policiais, empregar-se-á a
técnica do terceiro olho, em seguida o disparo de arma de fogo por parte do policial caso a
agressão injusta seja iminente.
7. O policial encarregado da busca, só iniciará a aproximação após o cumprimento das determi-
nações do comandante da equipe aos infratores da lei, sendo que estes deverão se encontrar
na posição adequada para aproximação.
8. Antes de iniciar a aproximação à(s) pessoa(s) infratora(s) da lei, o policial que fará a busca
pessoal coloca sua arma no coldre devendo abotoá-lo.
9. Os policiais devem manter especial atenção às mãos do(s) abordado(s) durante toda a abor-
dagem.
10. O policial encarregado da cobertura deverá posicionar-se a (noventa graus) em relação ao
encarregado da busca pessoal, arma na posição de pronto baixo, evitar ter o encarregado da
busca em sua linha de tiro e olhar atentamente para o(s) abordados(s), chamando sempre a
atenção, não perdendo sua vigilância durante toda a ação.
11. Os infratores da lei primeiramente deverão ser algemados conforme POP 1.02, em seguida
será procedida busca pessoal, devendo obrigatoriamente procurar arma de fogo, em primeira
instância, posteriormente qualquer objeto relacionado com práticas delituosas tais como: en-
torpecentes; documentos não pertencentes ao revistado e o que achar suspeito.
12. A princípio, o policial militar deve preferir o uso de força não letal. A arma de fogo só pode ser
usada em condições de extrema necessidade, face à agressão de grande potencial lesivo à in-
tegridade física e à vida dos policiais, praticada pelo(s) abordado(s) ou seu(s) comparsa(s).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que toda(s) pessoa(s) infratora(s) da lei seja(m), sob os parâmetros da Segurança Pública,
abordada(s), algemada(s), submetida(s) à busca pessoal e devidamente conduzida(s).
2. Que a ação policial seja coordenada, segura e eficaz.
3. Proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s) infrato-
ra(s) da lei.
ILUSTRAÇÕES
Figura 2.1
Figura 2.3
Figura 2.5
Figura 2.6
Figura 2.8
Figura 2.9
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Poder de polícia. 1. PM; Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca pessoal. 2. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca pessoal em mulheres. 3. Art. 249 do Código de Processo Penal.
4. Súmula Vinculante n.º 11 – STF, Art. 1º, inciso I, II
Condução das partes. e III; Art. 178 do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente.
5. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasilei-
Deslocamento para o local de ocorrência.
ro.
6. Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Decreto
Fiscalização do veículo e do condutor.
de Lei 667/69 Artigo 3º letra a.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem.
2. Desocupação do veículo pela(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à busca pessoal.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. A Equipe visualiza a(s) pessoa(s) no interior do veículo em atitude suspeita, solicita apoio
quando necessário. Exemplo: inferioridade numérica.
2. A Equipe determina que seu condutor pare através de um toque de sirene, uso do giroflex, um
sinal de farol ou um comando verbal.
3. A viatura é parada a uma distância de três a cinco metros, imediatamente atrás, alinhando o
farol direito da viatura entre a placa traseira e o farolete esquerdo do veículo abordado, con-
forme figura 3.1.
4. Com o armamento na posição 4 (Manual do Operador de Segurança Pública, 2009, p.47), so-
mente o Comandante realiza o semi desembarque (Apostila do 1º Curso de Patrulhamento Tá-
tico Motorizado, 2009, p.28), o motorista engaja sua arma na posição 4 pelo para-brisa da via-
tura permanecendo com o motor em funcionamento e giroflex ligado. No primeiro momento da
abordagem, o Comandante da equipe verbaliza: “Polícia, atenção motorista! Desligue o veícu-
lo e desça com as mãos para cima!”. Conforme figura 3.2.
5. O Comandante da equipe irá determinar primeiro ao motorista e depois para cada passageiro
que: “Venha para trás do veículo e permaneça com as mãos para cima!”. Em seguida: “Vire-se
de costas, abra as pernas e olhe para frente!”.
6. Quando o(s) indivíduo(s) estiver(em) posicionado(s) corretamente, os policiais desembarcarão
e fecharão as portas da viatura e posicionar-se-ão alinhados com o eixo dianteiro da viatura e
ligeiramente à retaguarda dos abordados, conforme figura 3.3.
7. Neste momento, o Motorista da equipe permanecerá na segurança em relação ao(s) indiví-
duo(s) abordado(s), enquanto o Comandante da equipe verificará o interior do veículo de for-
ma a visualizar se ficou ou não algum indivíduo no interior do mesmo, conforme figura 3.4.
8. Após a verificação, o Motorista da viatura procederá à busca pessoal enquanto o Comandante
ficará responsável pela segurança. Durante a busca somente a equipe se movimenta, confor-
me figura 3.5.
9. Após o término da busca pessoal, o Comandante da equipe irá determinar que o(s) aborda-
do(s) posicione(m)-se na calçada, ao lado do veículo, momento em o motorista da viatura al-
cança a chave e passa para o motorista do veículo para que este apenas destrave o porta-
malas. Após o motorista do veículo se dirigir a um local seguro o motorista da viatura realiza a
abertura e a varredura do porta-malas de forma segura sem que nenhum dos abordados ou o
Comandante da equipe cruzem a linha de tiro, conforme figura 3.6.
10. Após o término da varredura do porta-malas, o Comandante da equipe permanecerá com o(s)
abordado(s) na calçada, ao lado do veículo e o motorista da viatura realizará a revista do veí-
culo e perímetro, sendo que o motorista do veículo acompanha visualmente a busca realizada
pelo motorista da viatura, conforme figura 3.7.
11. Após a busca no veículo, será solicitada a documentação pessoal dos abordados e do veículo.
A documentação será recolhida e checada pelo Motorista da equipe.
12. Durante a checagem, o Comandante realizará a entrevista aos indivíduos abordados.
13. Encerrando, o Motorista da equipe, entregará toda a documentação ao Comandante, que irá
proceder à devolução a(os) seu(s) respectivo(s) proprietário(s).
14. Nos casos regulares, o Comandante, procederá à liberação do(s) abordado(s), aguardando a
saída do(s) mesmo(s) do local.
ESCLARECIMENTOS
Escalonamento do uso da força: O policial militar quando na ação policial tem que
tomar como premissa que, se desde o início já empregar o máximo de força possível, posteriormente
ficará mais difícil retroceder, ensejando o emprego desnecessário de armas, equipamentos, desen-
tendimentos e constrangimentos entre os policiais e as pessoas a serem submetidas à ação policial.
Desta forma, o policial deverá escalonar o uso da força, a fim de que, em havendo desobediência
e/ou resistência por parte da pessoa a ser submetida à ação policial, possa agir proporcionalmente,
utilizando-se dos meios à sua disposição.
Figura 3.4
Varredura do veículo.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem.
2. Desocupação do veículo pela(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à busca pessoal.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. A Equipe visualiza a(s) pessoa(s) no interior do veículo em atitude suspeita, solicita apoio
quando necessário. Exemplo: inferioridade numérica.
2. A Equipe determina que seu condutor pare através de um toque de sirene, uso do giroflex, um
sinal de farol ou um comando verbal.
3. A viatura é parada a uma distância de três a cinco metros, imediatamente atrás, alinhando o
farol direito da viatura entre a placa traseira e o farolete esquerdo do veículo abordado, con-
forme figura 3.1.
4. Com o armamento na posição 4 (Manual do Operador de Segurança Pública, 2009, p.47), o
Comandante e Patrulheiro 1 (P1) realizam o semi desembarque (Apostila do 1º Curso de Pa-
trulhamento Tático Motorizado, 2009, p.28), o motorista engaja sua arma na posição 4 pelo pa-
ra-brisa da viatura permanecendo com o motor em funcionamento e giroflex ligado. No primei-
ro momento da abordagem, o Comandante da equipe verbaliza: “Polícia, atenção motorista!
Desligue o veículo e desça com as mãos para cima!”. Conforme figura 3.8.
5. O Comandante da equipe irá determinar primeiro ao motorista e depois para cada passageiro
que: “Venha para trás do veículo e permaneça com as mãos para cima!”. Em seguida: “Vire-se
de costas, abra as pernas e olhe para frente!”.
6. Quando o(s) indivíduo(s) estiver(em) posicionado(s) corretamente, os policiais desembarcarão
e posicionar-se-ão alinhados com o eixo dianteiro da viatura e ligeiramente à retaguarda dos
abordados, exceto o motorista da viatura que a partir deste momento desembarcará e será o
responsável pela segurança do perímetro da abordagem, posicionando-se à retaguarda da
abordagem, conforme figura 3.9.
7. Neste momento, o Patrulheiro 1 (P1) permanecerá na segurança em relação ao(s) indivíduo(s)
abordado(s), enquanto o Comandante da equipe verificará o interior do veículo de forma a vi-
sualizar se ficou ou não algum indivíduo no interior do mesmo, conforme figura 3.10.
8. Após a verificação, o Patrulheiro 1 (P1) procederá à busca pessoal enquanto o Comandante
ficará responsável pela segurança. Durante a busca somente a equipe se movimenta, confor-
me figura 3.11.
9. Após o término da busca pessoal, o Comandante da equipe irá determinar que o(s) aborda-
do(s) posicione(m)-se na calçada, ao lado do veículo, momento em que o Patrulheiro 1 (P1) da
viatura alcança a chave e passa para o motorista do veículo para que este apenas destrave o
porta-malas. Após o motorista do veículo se dirigir a um local seguro o Patrulheiro 1 (P1) da
viatura realiza a abertura e a varredura do porta-malas de forma segura sem que nenhum dos
abordados ou componentes da equipe cruzem a linha de tiro, conforme figura 3.12.
10. Após o término da varredura do porta-malas, o Comandante da equipe permanecerá com o(s)
abordado(s) na calçada, ao lado do veículo e o Patrulheiro 1 (P1) da viatura realizará a revista
do veículo e perímetro, sendo que o motorista do veículo acompanha visualmente a busca rea-
lizada pelo Patrulheiro 1 (P1) da viatura, conforme figura 3.13.
11. Após a busca no veículo será solicitada a documentação pessoal dos abordados e do veículo.
A documentação será recolhida e checada pelo Patrulheiro 1 (P1) da equipe.
12. Durante a checagem, o Comandante realizará a entrevista aos indivíduos abordados.
13. Encerrando, o Patrulheiro 1 (P1) da equipe, entregará toda a documentação ao Comandante,
que irá proceder à devolução a(os) seu(s) respectivo(s) proprietário(s).
14. Nos casos regulares, o Comandante, procederá à liberação do(s) abordado(s), aguardando a
saída do(s) mesmo(s) do local.
Figura 3.7
Figura 3.8
Semi desembarque.
Figura 3.9
Desembarque.
Figura 3.13
Busca no veículo.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Poder de polícia. 1. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca pessoal. 2. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca pessoal em mulheres. 3. Art. 249 do Código de Processo Penal.
4. Súmula Vinculante n.º 11 – STF, Art 1º, inciso I, II
Condução das partes. e III; Art. 178 do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente.
Deslocamento para o local de ocorrência. 5. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
6. Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Decreto
Fiscalização do veículo e do condutor. de Lei 667/69 Artigo 3º letra a, cc Decreto de Lei
616/74 Artigo 3º parágrafo único, inciso II.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Impacto da chegada para a abordagem.
2. Desocupação do veículo pela(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à busca pessoal.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. A equipe visualiza o veículo ocupado por infrator(es) da lei e, imediatamente, solicita apoio ao
CIOPS/COPOM, a fim de que sejam realizados o acompanhamento e cerco do veículo, se ne-
cessário,(conforme POP 3.04 e 3.05). Atentar para possibilidade de refém no interior do auto-
móvel solicitando o apoio da unidade especializada.
2. O veículo é então acompanhado pela equipe que, durante o deslocamento, vai transmitindo
via rádio ao CIOPS/COPOM as sucessivas posições ocupadas pelo veículo alvo e o sentido
de sua trajetória, afim de que seja realizado o cerco, conforme a necessidade.
3. Confirmado o apoio solicitado, e verificado o local adequado para a interceptação, realizar a
aproximação pela retaguarda do veículo alvo dando ordem de parada, através dos dispositivos
sonoros e luminosos de alerta (sirene e giroflex) ou comando verbal.
4. A viatura deve ser parada a uma distância de três a cinco metros, imediatamente atrás do veí-
culo alvo, conforme figura 3.1. Se houver uma segunda viatura em apoio a mesma se posicio-
na à retaguarda e na diagonal em relação à primeira, bloqueando o fluxo de pedestres e veícu-
los no local da abordagem.
5. Com o armamento na posição 4 (Manual do Operador de Segurança Pública, 2009, p.47), a
equipe realiza o semi desembarque (Apostila do 1º Curso de Patrulhamento Tático Motoriza-
do, 2009, p.28), o motorista engaja sua arma na posição 4 pelo para-brisa da viatura perma-
necendo com o motor em funcionamento e giroflex ligado, conforme figura 3.8.
6. O Comandante da equipe irá determinar primeiro ao motorista e depois para cada passageiro
verbalizando: “Polícia, atenção motorista! Desligue o veículo e desça com as mãos para ci-
ma!”. Quando a pessoa atingir a metade da distância entre o veículo e a primeira viatura, o
comandante determina: “Deite-se no chão com os braços estendidos e com as palmas das
mãos voltadas para cima!”.
7. Quando o(s) indivíduo(s) estiver(em) posicionado(s) corretamente, (deitados um ao lado do
outro) os policiais desembarcarão e fecharão as portas da viatura e posicionar-se-ão alinhados
com o eixo dianteiro da viatura e ligeiramente à retaguarda dos abordados, conforme figura
4.1.
8. Neste momento, o Patrulheiro 1 (P1) permanecerá na segurança em relação ao(s) indivíduo(s)
abordado(s), enquanto o Comandante da equipe verificará o interior do veículo de forma a vi-
sualizar se ficou ou não algum indivíduo no interior do mesmo, conforme figura 4.2.
9. Após a verificação, o Patrulheiro 1 (P1) irá recolocar sua arma coldre e procederá a algema-
ção e a busca pessoal nos abordados ainda deitados, enquanto o Comandante ficará respon-
sável pela segurança. Durante a busca somente a equipe se movimenta, conforme figura 4.3.
10. Após o término da busca pessoal, o Comandante da equipe irá determinar que o(s) infrator
(es) seja (m) posicionado (s), no compartimento de presos, logo após o Patrulheiro 1 (P1) al-
cança a chave e abre o porta-malas e realiza a varredura do mesmo de forma segura sem que
nenhum dos abordados ou integrante da equipe cruze a linha de tiro.
11. Após o término da varredura do porta-malas, o Comandante da equipe permanecerá ao lado
do veículo e o Patrulheiro 1 (P1) realizará a revista do veículo e perímetro.
12. Após a busca no veículo serão identificados os autores e recolhidas as demais provas. A equi-
pe irá conduzir os infratores solicitando apoio se necessário.
DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Poder de polícia. 1. PM; Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Comentário: Compete às Polícias Militares dos Estados e Distrito Federal: inciso III -
executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão ou
entidades executivas de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agen-
tes credenciados; e vide anexo I do CTB: “ Policiamento Ostensivo de Trânsito – função exercida pe-
las Policias-Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública
e de garantir obediência às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação e
evitando acidentes”. Lembrar que a competência para execução da fiscalização pelo Policial Militar de
veículos e condutores, independe de celebração de convênio, sendo atividade “de ofício”. (Decreto de
Lei 667/69 Artigo 3º letra a). Os fundamentos legais da abordagem policial para busca pessoal ou re-
vista em veículo estão previstos no parágrafo 5º, artigo 144, da Constituição Federal, os artigos 240 a
250 do Código de Processo Penal. Devemos observar, ainda, princípios como: Discricionariedade da
Atividade de Polícia, Poder de Polícia, Presunção de Legitimidade e Auto-Executoriedade.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Acompanhamento da vistoria pelo proprietário do veículo.
2. Primeiramente verificar a possibilidade de localização de armas e drogas, depois irregularida-
des no veículo.
3. Identificação e inspeção da numeração do chassi estampado em partes específicas da carro-
ceria do veículo, conferindo-a com o documento.
4. Possível reação do proprietário e demais indivíduos abordados.
5. Verificação do porta-malas do veículo.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Antes do início da vistoria o comandante da guarnição deverá solicitar as documentações per-
tinentes (pessoal e do veículo), do proprietário e demais ocupantes do veículo (se houver), in-
formar que será realizada uma vistoria no interior do veículo e perguntar se há objetos de va-
lor, carteira, talões de cheques, entregando-os prontamente ao proprietário, bem como, inquiri-
lo se há armas ou qualquer objeto ilícito no veículo.
2. O comandante da guarnição permanece com o proprietário e demais abordados (se houver),
todos com as mãos para trás do lado da guia da calçada de frente para rua de forma a visuali-
zar(em) a vistoria no veículo, permanecendo o comandante de forma a visualizar a região peri-
férica, distante aproximadamente dois metros para o acompanhamento da vistoria a ser reali-
zada pelo outro policial.
3. O outro policial inicia a vistoria externa na seguinte ordem (sentido anti-horário): porta dianteira
direita (deixando-a aberta durante toda a vistoria de forma que o proprietário acompanhe com
os olhos o que esta sendo feito), lateral traseira direita, passa pela frente do veículo, porta di-
anteira esquerda, devendo retirar as chaves (caso esteja na ignição), abrir o capô, lateral tra-
seira esquerda, traseira (porta-malas) e capô, observando:
a) Avaria: para verificar a ocorrência ou não de acidente de trânsito recente.
b) Se a suspensão traseira encontrar-se rebaixada, dando a ideia de se ter algum peso no por-
ta-malas, solicitar a sua abertura pelo proprietário, o policial vistoriador, posiciona-se à late-
ral do veículo com as armas na posição sul o comandante da guarnição também com arma
na posição sul, determina que o proprietário do veículo, destranque o porta-malas e retorne
para a calçada e permaneça com as mãos para trás, subsequentemente o policial vistoria-
dor abre o porta-malas, enquanto o comandante da guarnição posiciona-se com sua arma
na posição de pronto baixo.
c) Outras peculiaridades externas como: falta ou adulteração da numeração do chassi no vidro
do veículo, lacre rompido da placa, contornos irregulares das perfurações da placa, perfura-
ções na lataria por disparos de arma de fogo, estando o veículo sujo, marcas de dedos nas
entradas de ar, etc.
4. O veículo deve ser dividido imaginariamente em seis partes de vistoria externa, sendo:
1 - porta dianteira direita.
2 - porta e/ou lateral traseira direita, nunca colocando todo o corpo dentro do veículo.
3 - porta dianteira esquerda.
4 - porta e/ou lateral traseira esquerda, nunca colocando todo o corpo dentro do veículo.
5 - porta-malas.
6 - capô.
Obs.: caso o porta-malas esteja conforme apontado no item 3b deverá o mesmo ser verificado
primeiro conforme descrito no item 8.
5. Procedendo-se de forma idêntica em todas as portas, ao começar pela dianteira direita, o poli-
cial vistoriador realizará a vistoria interna como segue:
a) Levantar o vidro (se estiver abaixado) e colocar uma folha de papel atrás da numeração do
chassi, gravada no vidro e conferir o número existente com o do documento.
b) Abrir a porta ao máximo e verificar nos cantos se há a existência ou não de pintura encober-
ta do veículo.
c) Chacoalhar levemente a porta, a fim de verificar, pelo barulho, se não existe algum objeto
ESCLARECIMENTOS
Figura 5.1
Vistoria externa e divisão do veículo.
Figura 5.2
Suspenção traseira encontra-se rebaixada: porta-malas com excesso de peso.
Figura 5.4
Figura 5.5
Figura 5.6
Vistoria do porta-malas: vistoriar o porta-malas após o proprietário tê-lo aberto.
MODELO - I
Proprietário CNH N.º Placa do Veículo Local da Abordagem Data Assinatura do Proprietário
MODELO - II
Proprietário CNH N.º Placa do Veículo Local da Abordagem Data Assinatura do Proprietário
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ANEXO - II
MODELO - I
Ficha de Abordagem
_________________________ _________________________
Proprietário Te (I)
_________________________ _________________________
Comandante da guarnição Te (II)
MODELO - II
Ficha de Abordagem
_________________________ _________________________
Proprietário Comandante da guarnição
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