De religião aceite a religião perseguida

 Jesus propôs uma nova religião, baseada em novos princípios: amor

e respeito pelos outros, igualdade entre todos e existência de um
Deus ÚNICO;
 Esta religião inicialmente foi aceite pelo romanos;

 Rapidamente as autoridades identificaram esta nova religião, uma

ameaça à ordem Romana porque:
 tinha uma religião politeísta;
 o culto ao imperador era obrigatório;
 era uma sociedade escravista.
 A recusa de prestar culto ao Imperador e aos deuses
tradicionais, levou alguns Imperadores como Nero e
Doiocleciano a mover intensas perseguições aos cristão.
  Muitos foram mortos, alguns devorados por
leões durante os espetáculos no Coliseu,
outros queimados ou crucificados,
tornando-se mártires;
 No entanto, a prática do culto continuava.
Escondidos em subterrâneos –
Catacumbas, os crentes mantinham viva a
fé e os rituais.

 Após a morte de Cristo, os apóstolos continuaram as

pregações, convertendo inúmeras comunidades de
pagãos;
 O fato de em todo o Império se falar o latim tornou
mais fácil a propagação da nova religião;
 Também a diáspora judaica contribuiu para este
processo, muitos judeus tinham aderido à nova religião;
 A rede de estradas, os intensos contactos
comerciais e a preponderância de cidades dinâmicas
e populosas propiciaram, também, a rápida difusão
das novas ideias.
Esta intolerância religiosa obrigou os cristãos a
praticar o seu culto em catacumbas ou em outros
lugares secretos:

Catacumbas de Roma.
COMO FOI O INÍCIO ?

MÁRTIRES:

IRMÃOS QUE PAGARAM COM A

VIDA SEU COMPROMISSO COM
CRISTO
COMO FOI O INÍCIO ?

· ESTEVÃO (APEDREJADO, JERUSALÉM, 34 DC).

· TIAGO, O APÓSTOLO (ESPADA, JERUSALÉM, 44 DC).

· FILIPE, O APÓSTOLO (CRUCIFICADO, FRIGIA, 54 DC).

· MATEUS (LANÇA, ETIÓPIA, 60 DC).

· TIAGO, IRMÃO DE JESUS (APEDREJADO, JERUSALÉM).

· MATIAS (APEDREJADO E DECAPITADO, JERUSALÉM).

· ANDRÉ (CRUCIFICADO, ÁSIA).

· MARCOS (FEITO EM PEDAÇOS, ALEXANDRIA).

COMO FOI O INÍCIO ?
· PEDRO (CRUCIFICADO, ROMA).

· PAULO (DECAPITADO, ROMA).

· JUDAS, O APÓSTOLO (CRUCIFICADO, ÁSIA, 72 DC).

· BARTOLOMEU (CRUCIFICADO, ÍNDIA).

· TOMÉ (LANÇA, ÍNDIA).

· LUCAS (ENFORCADO, GRÉCIA).

· SIMÃO, O ZELOTE (CRUCIFICADO, ÁFRICA, 74 DC).

· BARNABÉ (73 DC).

... E MUITOS OUTROS ! ATÉ HOJE !

O SER HUMANO PODE ESTAR
DISPOSTO A MORRER POR
AQUILO QUE ELE JULGA SER
VERDADE, MAS NINGUÉM ESTÁ
DISPOSTO A MORRER POR
AQUILO QUE ELE SABE QUE É
MENTIRA.
 “Em tudo somos atribulados, mas não
angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos,
mas não destruídos...
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui
excelente; não atentando nós nas coisas que
se vêem, mas nas que se não vêem; porque as
que se vêem são temporais, e as que se não
vêem são eternas” (2Coríntios 4:8-9 e 17-18).
 A HISTÓRIA DA

IGREJA NO

PRIMEIRO SÉCULO
DESTAQUES
O QUE ACONTECEU NO PRIMEIRO SÉCULO?

• OS ESCRITOS DO NOVO TESTAMENTO SÃO

COMPILADOS.

• O CRISTIANISMO SE ESPALHA.

• O INÍCIO DAS PERSEGUIÇÕES.

DETALHANDO UM POUCO MAIS…

• OS ENSINOS DE JESUS SÃO COLETADOS E

PRESERVADOS. OS ESCRITOS DO NOVO TESTAMENTO
SÃO COMPLETADOS.

• UMA NOVA GERAÇÃO DE LÍDERES SUCEDE AOS

APÓSTOLOS. APESAR DISSO, A EXPECTATIVA DE QUE O
SENHOR VOLTARÁ A QUALQUER MOMENTO CONTINUA
EM ALTA. “O FIM ESTÁ PERTO”.

• O EVANGELHO É LEVADO À UMA GRANDE PARTE DO

MUNDO CONHECIDO DO IMPÉRIO ROMANO; E ATÉ PARA
REGIÕES ALÉM DESTE.
RUÍNAS DE PELLA NA ATUALIDADE
• IGREJAS LOCAIS COMEÇAM NAS SINAGOGAS
JUDAICAS EM TODAS AS PARTES DO IMPÉRIO. O
CRISTIANISMO É VISTO, EM PRINCÍPIO, COMO PARTE DO
JUDAÍSMO.

• A IGREJA PASSA POR UMA FORTE CRISE PARA

ENTENDER-SE A SI MESMA COMO UMA FÉ UNIVERSAL,
E EM COMO RELACIONAR-SE COM AS SUAS RAÍZES
JUDAICAS.

• O CRISTIANISMO COMEÇA A SE DISTANCIAR DO

JUDAICO. UMA TRANSIÇÃO-CHAVE TOMA LUGAR
QUANDO DA REVOLTA DOS JUDEUS CONTRA A
AUTORIDADE ROMANA.

• NO ANO 70 OS CRISTÃOS NÃO TOMAM PARTE NA

REVOLTA E SE MUDAM PARA PELLA, NA JORDÂNIA.
•OS JUDEUS, REUNIDOS EM JAMNIA, CONFIRMAM O
CÂNON DAS ESCRITURAS HEBRAICAS. OS MESMOS
LIVROS SÃO RECONHECIDOS COMO AUTORITATIVOS
PELOS CRISTÃOS. ANO 90

• PERSEGUIÇÕES TESTAM A IGREJA. O HISTORIADOR

JUDEU FLÁVIO JOSEFO, EM SUA OBRA ANTIGUIDADES,
LIDA AO PÚBLICO MAIS TARDE NESSE SÉCULO,
PARECE EXPRESSAR SURPRESA PELO FATO DE OS
CRISTÃOS AINDA ESTAREM EXISTINDO.
• PRINCIPAIS PERSEGUIÇÕES INCLUEM NERO EM ROMA,
QUE ACUSA OS CRISTÃOS PELO INCÊNDIO
DEVASTADOR QUE ASSOLOU A CIDADE NO ANO 64. ELE
USA CRISTÃOS COMO TOCHAS HUMANAS PARA
ILUMINAR OS SEUS JARDINS.

• O IMPERADOR DOMICIANO ORDENA SER CULTUADO

COMO "SENHOR E DEUS". (51-96d.C)

• O LIVRO DE APOCALIPSE É ESCRITO DURANTE O

REINADO DELE, E PROCLAMA A CRISTO COMO O ÚNICO
DIGNO DO NOSSO CULTO.
Depois que os apóstolos morreram as igrejas continuaram
sendo atacadas doutrinariamente.
João, o último a morrer, nos primeiros cap. de Apocalipse
mostra os problemas das 7 igrejas da Ásia.
Outro problema: alguns homens, que se diziam cristãos,
assenhoraram-se da herança de Deus.

1
Pedro já advertira a respeito disso: “Apascentai o rebanho de
Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo
de exemplo ao rebanho” (I Pe 5.1,2).

Diótrefes, no tempo do apóstolo João, queria dominar a qualquer

custo uma igreja local.

“Escrevi à igreja; mas Diótrefes, que gosta muito de ser o mais

importante entre eles, não nos recebe" (3 Jo 9).
CONTEXTO EXISTENTE

PARA AS

PERSEGUIÇÕES AOS

CRISTÃOS...
CONTEXTO POLÍTICO...

• NO IMPÉRIO ROMANO AS RELIGIÕES APENAS ERAM

TOLERADAS QUANDO CONTRIBUÍAM PARA A
ESTABILIDADE DO IMPÉRIO.

• O CRISTIANISMO EXIGIA SUPREMA LEALDADE

MORAL E ESPIRITUAL A CRISTO, COLOCANDO CÉSAR
EM SEGUNDO PLANO. OS CRISTÃOS SE RECUSAVAM
A OFERECER INCENSO NOS ALTARES DEVOTADOS
AO IMPERADOR.

• AOS OLHOS DOS ROMANOS OS CRISTÃOS ERAM

DESLEAIS.
CONTEXTO RELIGIOSO...

• OS ROMANOS NÃO SE OPUNHAM A ADORAR NOVOS

DEUSES, DESDE QUE SE SUBORDINASSEM À
PRIMAZIA DA RELIGIÃO DO ESTADO.

• A ADORAÇÃO DOS ROMANOS ERA MECÂNICA E

EXTERNA.

• OS CRISTÃOS NÃO ADORAVAM AS VÁRIAS

DIVINDADES, NÃO TINHAM ÍDOLOS E SEU CULTO ERA
ESPIRITUAL E INTERNO E, POR CAUSA DISSO, ERAM
VISTOS COMO ATEUS.
CONTEXTO SOCIAL...

• O EVANGELHO AVANÇAVA PRINCIPALMENTE ENTRE OS POBRES,

PREGANDO A IGUALDADE DE TODOS OS HOMENS EM CRISTO
(COLOSSENSES 3:9-11).

• ISSO TRAZIA DESPREZO E MEDO POR PARTE DOS LÍDERES DA

ARISTOCRACIA.

• OS CRISTÃOS NÃO PARTICIPAVAM DOS FREQÜENTES

AJUNTAMENTOS PAGÃOS NOS TEMPLOS, TEATROS E LUGARES
DE RECREAÇÃO.

• SEU INCONFORMISMO COM OS PADRÕES SOCIAIS VIGENTES

LHES TROUXE GRANDE ANTIPATIA, LEVANDO OS PAGÃOS A
CHAMÁ-LOS DE INIMIGOS DA RAÇA HUMANA.

• O SIGILO DOS CULTOS CRISTÃOS SUSCITOU UMA SÉRIE DE

BOATOS (INCESTO, CANIBALISMO, PRÁTICAS DESUMANAS, ETC).
CONTEXTO ECONÔMICO...

• POR TRÁS DAS VÁRIAS RELIGIÕES PAGÃS, OPERAVA

UMA LUCRATIVA MÁQUINA ECONÔMICA.

• ESSA MÁQUINA, IMPORTANTE PARA A ECONOMIA DO

IMPÉRIO, ESTAVA SENDO SERIAMENTE AMEAÇADA
PELOS CRISTÃOS (ATOS 19:24-27).
 AS DEZ PRIMEIRAS PERSEGUIÇÕES
1. Nero, 67 d.C 2. Domiciano, 81 d.C 3. Trajano, 108 d.C

4. Marco Aurélio, 5. Severo, 6. Maximino,

162 d.C 192 d.C 235 d.C
 7. Décio, 249 d.C 8. Valeriano, 257 d.C

9. Aureliano, 274 d.C 10. Diocleciano, 303 d.C

2
PERSEGUIÇÕES DO PRIMEIRO SÉCULO

• A PRIMEIRA DAS PERSEGUIÇÕES GENERALIZADAS DE

ROMA CONTRA A IGREJA FOI QUANDO NERO ERA O
IMPERADOR.

• NERO SE DEIXOU LEVAR POR SEUS SONHOS DE

GRANDEZA E PODER, LEVANDO O POVO A ESPERAR
PELO PIOR.

• NA NOITE DE 18 DE JULHO DE 64 DC, UM GRANDE

INCÊNDIO COMEÇOU EM ROMA. O POVO SUSPEITOU
QUE O PRÓPRIO IMPERADOR ERA O RESPONSÁVEL.
PERSEGUIÇÕES DO PRIMEIRO SÉCULO

• NERO COLOCOU A CULPA NOS CRISTÃOS E ESTES

FORAM ALVOS DE INTENSA CRUELDADE.

• APÓS UM PERÍODO DE INTENSA PERTURBAÇÃO

SOCIAL NO IMPÉRIO COM A MORTE DE NERO, COUBE
AO IMPERADOR DOMICIANO, QUE SUBIU AO PODER EM
81 DC, A FAMA DE TORNAR A PERSEGUIR OS CRISTÃOS.
AÇÕES DO ESTADO ENTRE 100 E 380 DC

• TRAJANO, QUE GOVERNOU ENTRE 98 E 117 DC, ESTABELECEU

AQUELA QUE PASSARIA A SER A POLÍTICA OFICIAL DO ESTADO
EM RELAÇÃO À IGREJA:

• (I) O ESTADO NÃO DEVERIA GASTAR RECURSOS CAÇANDO OS

CRISTÃOS;

• (II) SE ALGUÉM FOSSE DENUNCIADO E ADMITISSE A

ACUSAÇÃO POR TRÊS VEZES (NÃO INVOCANDO OS DEUSES,
NÃO ADORANDO O IMPERADOR E NÃO AMALDIÇOANDO A
CRISTO) DEVERIA SER MORTO.
• NESSA ÉPOCA, A IGREJA PASSOU A VIVER O PROBLEMA DOS
“ESPONTÂNEOS” : CRISTÃOS QUE SE AUTO-ACUSAVAM
PERANTE AS AUTORIDADES ROMANAS. MUITOS DESSES
NEGARAM A FÉ.

• A PERSEGUIÇÃO AUMENTOU COM O GOVERNO DE MARCO

AURÉLIO (161 A 180 DC), DESEJOSO DE RESTAURAR OS DEUSES
ANTIGOS. BUSCOU CASTIGAR OS CRISTÃOS PELA
“OBSTINAÇÃO” DELES.

• SÉTIMO SEVERO (193 A 211 DC) PROCUROU ESTABELECER

UMA POLÍTICA RELIGIOSA SINCRETISTA, FUNDINDO TODAS AS
RELIGIÕES NO CULTO AO “SOL INVICTO”.

• JUDEUS E CRISTÃOS, QUE SE OPUNHAM A TAL POLÍTICA,

VOLTARAM A SER PERSEGUIDOS (CONFORME A POLÍTICA DE
TRAJANO). TODA CONVERSÃO ERA PUNIDA COM A MORTE.
• APÓS UMA PERSEGUIÇÃO DEBAIXO DO IMPERADOR MAXIMINO
(235 A 238 DC), A IGREJA PASSOU NOVAMENTE A TER RELATIVA
PAZ.

• ENTRE 249 E 311 DC A PERSEGUIÇÃO SE INTENSIFICOU.

• DÉCIO, IMPERADOR ENTRE 249 E 251 DC, BUSCOU RESTAURAR

A DECADENTE GLÓRIA DE ROMA. AMEAÇADO NAS FRONTEIRAS
PELOS BÁRBAROS, E ASSOLADO POR SÉRIAS CRISES
ECONÔMICAS, PROCUROU O FAVOR DOS ANTIGOS DEUSES
ROMANOS.

• OS CRISTÃOS PASSARAM A SER PERSEGUIDOS NÃO SOMENTE

POR RUMORES E OBSTINAÇÃO, MAS PORQUE DÉCIO
ACREDITAVA QUE OS PROBLEMAS TINHAM SURGIDO PELO
ABANDONO DAS VELHAS TRADIÇÕES.
• A PERSEGUIÇÃO FOI DIFERENTE DAS ANTERIORES: DÉCIO
PROCURAVA FAZER “APÓSTATAS”, E NÃO “MÁRTIRES”,

• ATRAVÉS DE AMEAÇAS E TORTURAS. A IGREJA PASSOU A

CONVIVER COM O PROBLEMA DOS “CAÍDOS” (QUE SUCUMBIAM
À TORTURA, NEGANDO A FÉ).

• OS QUE RESISTIAM ERAM CHAMADOS DE “CONFESSORES”,

TIDOS EM GRANDE HONRA PELOS IRMÃOS (ATÉ ENTÃO, OS QUE
NÃO NEGAVAM A FÉ ERAM MORTOS).

• O PROBLEMA ESTAVA EM SE A IGREJA DEVERIA, OU NÃO,

RECEBER OS “CAÍDOS”.
• APÓS UMA PERSEGUIÇÃO SOB O IMPERADOR VALERIANO (257
A 260 DC), A IGREJA TEVE CERTA PAZ. ENTRETANTO, COM A
SUBIDA DE DIOCLECIANO (284 DC) UMA NOVA ONDA DE
PERSEGUIÇÃO ACONTECEU.

• A PERSEGUIÇÃO PARECE TER SE INICIADO NO EXÉRCITO (POR

VOLTA DE 295 DC).

• VÁRIOS CRISTÃOS SE NEGARAM A FAZER PARTE DO

EXÉRCITO ROMANO, OU TENTARAM ABANDONAR A TROPA (POR
PACIFISMO E PELO CARÁTER PAGÃO DE VÁRIAS CERIMÔNIAS
MILITARES).
A questão religiosa surge no Império Romano em meados do século 3.
Sucessivos imperadores, preocupados em manter a ordem das instituições
e em restabelecer a unidade moral do Império, favoreceram o culto do Sol
em detrimento do tradicional politeísmo. Esse culto do „Sol Invictus‟ reunia
sob uma mesma identidade as divindades tradicionais e as divindades
orientais.

O imperador Aureliano, no poder de 270 a 275, fez do culto solar a religião de

Estado. O próprio imperador se apresentava como a emanação do deus sobre
a terra e por isso reivindicava ser adorado como uma divindade.

Diocleciano, no poder de 293 a 305, quis ir mais longe: reforçar a coesão

cultural e política do Império. Em decorrência, seu reinado foi marcado por
violentas perseguições aos cristãos que recusavam submeter-se ao culto
imperial. O imperador obrigou os cristãos a escolher entre a retratação e o
“martírio”.
 Do ano 270 até 370, foram criados os altares nas igrejas (ANTES
NÃO EXISTIAM), altares cada vez mais suntuosos e com
recursos "extraídos" dos fiéis.

A palavra grega para peixe é ICHTHUS e as suas cinco letras formam o

acrônimo grego com a frase:

Iesus Christus Theou Yicus Soter, que quer dizer: Jesus Cristo filho de Deus
Salvador.

O desenho de um peixe tornou-se símbolo dos primeiros cristãos que, em

tempos de perseguição, o usavam como sinal secreto da fé.

Onde, para um cristão identificar se uma outra pessoa era irmão na fé,
desenhava um arco na areia. Se a outra pessoa era cristã, desenhava o arco
ao contrário, formando assim, o desenho de um peixe.

Com o passar dos anos a figura do peixe associou-se então ao Cristianismo

• Sabe-se que os emblemas cristãos mais antigos - antes da representação
da aparência corporal de Jesus - foram o Carneiro, o Bom Pastor e o
Peixe. A origem deste último emblema, que tanto embaraçou os
arqueólogos, torna-se, assim, compreensível. Todo o segredo repousa no
fato, facilmente perceptível, de que, ao passo que na Cabala o Rei
Messias é chamado de "Intérprete ou Revelador do Mistério e mostrado
como a quinta emanação, no Talmude - por razões que explicaremos
agora -, o Messias é muito frequentemente designado como "DAG" ou
Peixe.
• Trata-se de uma herança dos caldeus e tem relação - como o próprio
nome indica - com o Dagon babilônio, o homem-peixe, que foi o instrutor e
o intérprete do povo, a quem ele apareceu. Abarbanel explica o nome,
dizendo que o sinal de sua vinda (do Messias) "é a conjunção de Saturno
e Júpiter no signo de Pisces".
• Em consequência, na medida em que os cristãos queriam a todo preço
identificar o seu Cristos com o Messias do Velho Testamento, eles o
adotaram tão prontamente, que se esqueceram de que a sua verdadeira
origem datava de uma época bastante anterior ao Dagon babilônico. Para
termos uma ideia da extensão em que os cristãos primitivos confundiam o
ideal de Jesus com qualquer dogma cabalístico, basta consultar a
linguagem com que Clemente de Alexandria se dirigiu a seus irmãos em
religião.
ACRÓSTICO

3
PERSEGUIÇÕES DO PRIMEIRO SÉCULO

A “Grande Perseguição” começou em 299 com a exclusão do exército de soldados

batizados. Posteriormente, de fevereiro de 303 a fevereiro de 204, quatro éditos
imperiais, que levaram o horror aos cristãos, ordenavam a queima dos livros
santos e de arrasar com as igrejas em todo o Império.

A perseguição atingiu seu paroxismo com um édito de 304 que prescrevia um

sacrifício geral em todo o Império, sob pena de morte ou condenação a trabalhos
forçados nas minas. Os funcionários locais executavam o édito com um zelo
relativo. Desejoso de se reconciliar com os cristãos, o imperador Galério, doente,
assina em seu leito de morte um primeiro édito de tolerância em 30 de abril de 311.
• FOI PUBLICADO UM EDITO CONTRA OS CRISTÃOS EM 303 DC,
ORDENANDO A DESTRUIÇÃO DE TODOS OS EDIFÍCIOS E LIVROS
SAGRADOS. ESTA LEI MAIS TARDE TROUXE NOVO PROBLEMA
PARA A IGREJA, NA FORMA DA “CONTROVÉRSIA DONATISTA”
(COMO OS “TRAIDORES”, QUE ENTREGARAM OS LIVROS
SAGRADOS, DEVERIAM SER TRATADOS).

• DIOCLECIANO, DOENTE, ABDICOU EM 304 DC. GALÉRIO

TORNOU-SE UM DOS “AUGUSTOS”, APÓS UMA LUTA PELO
PODER.

• DEPOIS DE PERSEGUIR OS CRISTÃOS POR TODA SUA VIDA,

POUCO ANTES DE MORRER GALÉRIO PROMULGOU O FAMOSO
“EDITO DE TOLERÂNCIA” (30 DE ABRIL DE 311 DC), QUE PÔS FIM
À MAIS CRUEL, E PRATICAMENTE ÚLTIMA, DAS PERSEGUIÇÕES
QUE O IMPÉRIO ROMANO MOVEU CONTRA A IGREJA.
O Édito de Milão suspendeu as interdições que pesavam sobre a
comunidade cristã. As igrejas locais tiveram devolvidos os bens
sequestrados, mesmo aqueles que haviam sido vendidos a particulares.

O cristianismo seduzia menos pelo conceito de um Deus único e

transcendental que por seus preceitos novos de amor fraternal e de
igualdade entre todos os seres humanos, para além das barreiras étnicas,
sociais ou de gênero.

Com a fundação da “Nova Roma” – Constantinopla, o imperador buscou

excluir toda a presença do paganismo. Só o cristianismo teria direito de
reconhecimento formal. Em Roma, Constantino se empenhou na
construção da Basílica de São Pedro.
O Édito de Tessalônica, também conhecido como Cunctos
Populos ou De Fide Catolica foi decretado pelo Imperador
romano Teodósio I a 27 de fevereiro de 380 d.C. pelo qual
estabeleceu que o cristianismo tornar-se-ia, exclusivamente,
a religião de estado, no Império Romano, abolindo todas as
práticas politeístas dentro do império e fechando templos
pagãos.
 ANO 100 DC: DUAS GERAÇÕES DEPOIS
DE CRISTO

PERCENTAGEM DE CRISTÃOS: 0.6%

ETINIAS NA IGREJA: OUTRAS: 70%; BRANCA: 30%;

EVANGELIZAÇÃO: 28% DO MUNDO

ESCRITURAS: 6 IDIOMAS

TOTAL DE MÁRTIRES DESDE 33 DC: 25.000 (1.2% DO

TODOS OS CRISTÃOS; 370 POR ANO)
• OS PRIMEIROS ATAQUES À IGREJA NÃO VIERAM POR
PARTE DOS ROMANOS, MAS DOS JUDEUS, CRENDO
QUE, ASSIM FAZENDO, ESTARIAM SERVINDO A DEUS
(JOÃO 16:1-3).

• MAIS TARDE, QUANDO O CRISTIANISMO TORNOU-SE A

RELIGIÃO DOMINANTE, A SITUAÇÃO SE INVERTEU.

• MOTIVADOS PELAS HISTÓRIAS DE PERSEGUIÇÕES,

MUITOS DESENVOLVERAM UM SENTIMENTO ANTI-
JUDAICO, LEVANDO A MATANÇAS DE IGUAL
CRUELDADE.
 Períodos da História da Igreja
1. Era de Jesus e dos Apóstolos (30-100)
2. Pais da Igreja – (30-460)
3. Império Cristão (304-476)
4. Reforma e Contra Reforma (1517)
5. Restauração e Plenitude do Evangelho
(1517 até hoje)