Sugeriu-se inicialmente que poderia haver uma discrepância entre a identidade virtual e a
identidade real de um indivíduo. Quando conhecida ou manifesta, essa discrepância estraga
a sua identidade social; ela tem como efeito afastar o indivíduo da sociedade e de si mesmo
de tal modo que ele acaba por ser uma pessoa desacreditada frente a um mundo não
receptivo.
A descoberta prejudica não só a situação social corrente, mas ainda as relações sociais
estabelecidas; não apenas a imagem corrente que as outras pessoas têm dele, mas também a
que terão no futuro; não só as aparências, mas ainda a reputação. (pag. 58)
A descoberta prejudica não só a situação social corrente, mas ainda as relações sociais
estabelecidas; não apenas a imagem corrente que as outras pessoas têm dele, mas também a
que terão no futuro; não só as aparências, mas ainda a reputação.(p. 88)
As identidades social e pessoal são parte, antes de mais nada, dos interesses e definições de
outras pessoas em relação ao indivíduo cuja identidade está em questão.(p. 91)
Ambivalência
Uma vez que em nossa sociedade o indivíduo estigmatizado adquire modelos de identidade
que aplica a si mesmo a despeito da impossibilidade de se conformar a eles, é inevitável que
sinta alguma ambivalência em relação a seu próprio eu.(p. 92)
Entretanto, as normas com que lida esse trabalho referem-se à, identidade ou ao ser, e são,
portanto, de um tipo especial. O fracasso ou o sucesso em manter tais normas têm um efeito
muito direto sobre a integridade psicológica do indivíduo: Ao mesmo tempo, o simples
desejo de permanecer fiel à norma - a simples boa vontade não é o bastante, porque em
muitos casos o indivíduo não tem controle imediato sobre o nível em que apóia a norma.
Essa é uma questão da condição do indivíduo, e não de sua vontade; é uma questão de
conformidade e não de aquiescência.(p. 109)