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REVISTA OLORUN, n.

56, novembro de 2017


ISSN 2358-3320 – www.olorun.com.br

A PRATICA DA FEITIÇARIA COMO ELEMENTO


FOMENTADOR DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.

Luiz L. Marins
www.luizlmarins.com.br

Outubro de 2017

RESUMO

Baseado em dados do IBGE 2010, o texto contesta a alegação de tese de “racismo


religioso” contra os afro-brasileiros, demonstrando que a maioria evangélica é negra,
contra uma minoria afro-brasileira embranquecida. No tema da intolerância religiosa, o
texto busca procurar o contraponto dos ataques evangélicos às religiões afro-brasileiras
mostrando, com dados, que tal intolerância não é “racismo religioso”, mas sim, um
movimento fundamentalista para combater “a obra do mal”. O texto mostra que é a prática
da feitiçaria praticada por alguns segmentos das religiões afro-brasileiras, que fomenta a
intolerância contra as religiões afro-brasileiras.

PALAVRAS CHAVES: Intolerância religiosa, feitiçaria, racismo, evangélicos, religiões


afro-brasileiras.
A prática da feitiçaria como elemento fomentador da intolerância religiosa - Luiz L. Marins

INTRODUÇÃO

Vem tomando corpo nas mídias sociais o conceito que a intolerância religiosa contra afro-
brasileiros se trata de “racismo religioso”, uma expressão impactante, mas, ao nosso ver,
sem fundamento. A lei 7716/89 regula sobre preconceito, discriminação, segregação e
intolerância raça, credo, etnia, cor, origem, de qualquer raça para qualquer raça, mas não
fala em “racismo religioso”.

Alguns líderes pretendem embasar como “racismo religioso”, o ato de intolerância


religiosa de evangélicos brancos contra afro-brasileiros negros, como se os dados do
IBGE 2010 não existisse, para contesta-los, mostrando que a maioria étnica nas religiões
evangélicas é afro descendente, enquanto que nas religiões afro-brasileiras, a branquitude
chega ao percentual de cinquenta por cento. Assim, discordamos, pois, da tese do
“racismo religioso” no caso dos ataques às religiões afro-brasileiras.

Mas se o ataque às religiões afro-brasileiras não é um “racismo religioso”, o que é? O que


o fomenta? Qual é seu embasamento?

Para responder estas questões analisaremos dois caminhos: a) o fundamentalismo


religioso evangélico; b) o combate à feitiçaria e à obra do mal.

A FINALIDADE DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

As religiões afro-brasileiras visam o culto aos orixás e a prática do bem. Os sacrifícios,


quando necessários, tem um objetivo de promover a limpeza espiritual, a cura, a
desamarração, a abertura de caminhos, a prosperidade, a proteção espiritual, o
restabelecimento da paz, promover a união, como também o louvor aos Orixás. Esta é a
finalidade das religiões afro-brasileiras.

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A prática da feitiçaria como elemento fomentador da intolerância religiosa - Luiz L. Marins

A finalidade das religiões afro-brasileiras cultuadores de orixá (Orixaísmo) é fazer o bem,


como ensina Mãe Menininha do Cantuá. Vejamos:

“Mãe Menininha do Gantois, uma biografia” (Nóbrega & Echeverria, 2006)

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Mais claro do que isso, impossível. As religiões afro-brasileiras têm por princípio, a
prática do bem, e não a feitiçaria. Mas então, porque são perseguidas?
RACISMO RELIGIOSO EXISTE?

A Lei 7716/89, que alguns chamam equivocadamente, ou propositalmente, de “Lei do


Racismo”, regula sobre o preconceito, a discriminação, a segregação por motivos de raça,
cor, credo, etnia, origem. Não fala em “racismo religioso”.

De acordo com o Dicionário Comentado da Língua Portuguesa, do professor Pasquale,


2009, p. 487, a palavra racismo significa:

Racismo (raça+ismo) sm. 1. Teoria que afirma a superioridade de certas


raças humanas sobre as demais; segregação. Prática de preconceito racial.

Imaginemos o seguinte cenário fictício:

“Fabrícia, branca, olhos azuis, bonita, cabelos lisos, longos e louros, entra
uma sala de estudos da faculdade vestida de branco, colares brancos de
Oxalá ao pescoço e alguns búzios ao longo do corpo.

Na mesma sala estão quatro pessoas, sendo dois afrodescendentes cristãos,


evangélicos, um deles com a bíblia na mão.

Olham-na de forma a reprovar sua aparência e como se Fabrícia tivesse que


dar satisfações, prepotentemente, perguntam porque ela está vestida assim.

Fabrícia responde que é do candomblé, do orixá Oxalá, o deus da criação.


Eles entreolham-se e dizendo que o deus criador é Jeová, e que Oxalá é um
demônio disfarçado que quer usa-la para a prática do mal.

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Fabrícia retruca, diz que não, que na sua religião, Oxalá criou o mundo, e
conta-lhes a história da criação. Eles replicam abrindo a bíblia e leem para
ela o livro da Genesis.

Fabrícia responde, e reafirma que na religião dela o criador do mundo é


Oxalá. Então, um deles diz que Satanás a está usando para criar confusão
entre eles, e pedem para que se retire. Fabrícia diz que não sairá, e faz pé
firme.

Eles então, acintosamente, brutalmente a colocam para fora da sala, e


começam a orar e dizer: - “Queima Jesus toda obra do mal e da feitiçaria”.

Neste cenário fictício, perguntamos: Isto é racismo? Se é, quem praticou? Quem foi
vítima?

O quadro fictício onde apresentamos dois evangélicos afrodescendentes cristão apenas


visa estar de acordo com o último censo do IBGE 2010, o qual mostra que a maioria dos
evangélicos é hoje formada por pessoas de pele preta ou parda, no dizer do censo.

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A MAIORIA EVANGÉLICA É AFRO-DESCENDENTE

No quadro abaixo apresentamos um resumo dos quadros disponibilizados no site do


IBGE. Veja a imagem na próxima página:

Print do site IBGE - https://sidra.ibge.gov.br/tabela/2094#resultado

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Note que em 2010 o IBGE contabilizou 22.785.426 milhões somando-se pretos e pardos,
contra 18.867.446 de brancos. Portanto, a população evangélica é majoritariamente
afrodescendente.

A seguir forneceremos os prints quadro a quadro das telas do IBGE 2010, com os dados
utilizados:

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Como vimos, a população evangélica é na sua maioria de pretos e pardos. Demonstramos


com isso que o conceito de “racismo religioso” não cabe e não se aplica ao contexto da
intolerância contra as religiões afro-brasileiras. Tal só é defendido por interesses outros,
ou apenas por desconhecimento.

A OBRA DO MAL

Neste contexto, a palavra feitiçaria, será empregada como sinônimo da prática do mal.
Não cabe aqui discutir a etimologia da palavra e seus outros significados.

Se as religiões afro-brasileiras têm por objetivo a prática do bem, porque os evangélicos,


a confundem com a “obra do mal”? Para estes, tudo é a mesma coisa, pois, o rótulo da
feitiçaria, embora praticado por uma minoria, generaliza a todos os segmentos afro-
brasileiros.

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A prática da feitiçaria como elemento fomentador da intolerância religiosa - Luiz L. Marins

A prática da feitiçaria trabalha para o mal, por dinheiro, mas vem sendo ignorada por
aqueles que lutam contra a intolerância religiosa. Todos se vitimizam e encobrem tal
prática sob a alegação de “racismo religioso”, conceito que mal conseguem explicar.

É esta feitiçaria, a “obra do mal”, citada pelos evangélicos em seus cultos de exorcismos,
o verdadeiro motivo e a razão da intolerância religiosa generalizada contra todas as
religiões afro-brasileiras, que em sua maioria, visam a prática do bem, através dos Orixás.

A “obra do mal” é praticada por uma minoria afro-brasileira, com finalidades que não são
bem vistas por ninguém, nem pelos religiosos afros, nem pela Sociedade Civil. A feitiçaria
existe, e precisa ser debatida, porque é ela que fomenta esta intolerância.

Paralelamente, a omissão dos líderes religiosos afro-brasileiros em extirpar esta minoria


praticante da “obra do mal”, deixa a porta aberta para a intolerância generalizante contra
tudo e contra todos os devotos de orixá, que buscam apenas a prática do bem, a exemplo
da Mãe Menininha.

Impossível negar que a prática da feitiçaria não existe. Basta uma rápida pesquisa no
YouTube para mostrar que o contrário, como mostramos no link abaixo:
https://www.youtube.com/results?search_query=exu+matar+destuir+inimigos

Lembrando que a palavra Exu aqui nada tem a ver com a divindade Ioruba Èsù orixá
mensageiro comunicação. O leitor terá discernimento suficiente para entender a diferença:

Apenas como exemplo, forneceremos os títulos de alguns vídeos que aparecem nesta
busca que ensinam a “obra do mal”. Todos os vídeos abaixo citados foram acessados em
29/09/2017. Seguem:

• Simpatia do relógio para matar e destruir a vida do inimigo com exú. Canal de
João Batista de Freitas, publicado em 01/02/2017.
• Simpatia na cabeça da galinha para matar e destruir inimigo com exú sete
catacumbas. Idem, publicado em 04/08/2016.

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• Simpatia para destruir um inimigo na macumba, com exu ventania. Canal de Pai
Francisco Borges Oficial, publicado em 15/07/2015
• Feitiço para destruir um inimigo com exu da morte. Mãe Solange de Oxum
Luciferiana, publicada em 22/07/2017
• E muitos outros ...

O VÍDEO DE PAI LELÉ

O portal Leia Ja (http://www.leiaja.com/) publicou em vídeo uma entrevista do Pai Lelé,


cujo depoimento vem de encontro ao nosso texto, confirmando nossa fala.

Pai Lelé fala, sem nenhum constrangimento, e até com certo orgulho, dos trabalhos que
faz para o mal. Em alguns momentos chega a mostrar certo remorso, mas mantém-se firme
na descrição de seu trabalho da “obra do mal”. Pela profundidade da fala, faremos, a
seguir, a transcrição completa do vídeo:

Transcrição do vídeo do Pai Lelé

00:00
Abertura Leia Já

00:06
Eu faço trabalho do mal porque o povo vem me procurar, né, pra fazer o mal.

00:10
Então, si tô no mundo, eu tenho que fazer o mal e o bem.

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00:16
Me arrependo, porque eu tenho filhos, né. Então os filhos podem pagar por
mim.

00:20
Mas, se eles me procuram, e tão me pagando pra isso, eu tenho que fazer
mesmo. É a minha função, é o meu trabalho. É só se agarrar com Deus no
céu e o diabo na Terra.

00:33
Mando comprar o caixão, um caixão que vende no mercado, né, aí trabalha
com azougue, pimenta da costa, areia, pó de abuso, pó infernal, o enxofre,
tudo isso, pimenta malagueta bastante, azeite de dendê, e o azeite de
carrapato.

00:52
Só que não mato gente. Não pego uma peixeira para tirar os órgãos das
pessoas não. A gente mata animal. A gente mata bode, a gente mata boi, mata
galinha, pinto.

00:53
E o trabalho serve para matar a pessoa, por isso que aqui eu estou dentro do
quarto do Exú, são os diabos da casa, os diabos que a gente trabalha e a
gente confia, no sangue que a gente dá a ele, em cima dele, pra resolver os
problema.

01:21
Cobro de oito a nove mil, porque, ele está pedindo pra matar, então, se tá
pedindo pra matar, é porque tem dinheiro, porque não quer contratar uma
pessoa pra matar, senão vai preso; então pede pra gente trabalhar pro mal,
então, pagando a gente, aí a gente faz por esse preço.

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01:45
É uma casa de negócio, uma casa de dinheiro, uma casa que entra dinheiro e
sai;

01:50
Aqui a gente também tem muita coisa, aqui a gente tem nossas coisas, cultura
que a gente paga aqui, ajuda os próximo, as pessoa que vem; então, a gente
aqui ganha dinheiro, e gasta muito mais do que ganha.

02:04
Porque a minha casa é um cen... é, uma casa cultural; e é uma casa de
negócio, de trabalho.

02:10
Encerramento Leia Já

O leitor que desejar assistir o vídeo, por favor, acesso o link nas referências, em LEIA JÁ.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mostramos que a finalidade das religiões afro descendentes é a prática do bem, na qual
tomamos como exemplo ninguém menos que a Mãe Menininha do Cantuá.

Esclarecemos que a Lei do Preconceito não fala em “racismo religioso”. O cenário fictício
de negros evangélicos praticando o preconceito e a intolerância religiosa contra uma
branca do candomblé reflete o real cenário de uma maioria evangélica negra, segundo o
censo do IBGE 2010, e conforme os quadros que juntamos ao texto.

Vimos que o fundamentalismo existe em todas as religiões, e que ele, por si só, não é uma
exceção aos evangélicos ou qualquer outra religião, pois toda religião precisa ter seu
fundamento, que precisa ser seguido à risca, e isto, é fundamentalismo.

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A prática da feitiçaria como elemento fomentador da intolerância religiosa - Luiz L. Marins

No importante tópico sobre “obra do mal”, demonstramos com os vídeos do youtube e


principalmente, com a entrevista do Pai Lelé, as práticas da feitiçaria nos quais fica claro
que são estas práticas para matar, adoentar, causar brigas e separações, o real motivo da
perseguição e intolerância religiosa generalizante contra todos os segmentos das religiões
afro-brasileiras, atingindo até mesmo os líderes afro-brasileiros, como podemos ver na
imagem abaixo, publicada pela página Iwe Imo, no Facebook os comentários negativos
de evangélicos sobre Mãe Stella de Oxóssi, em uma reportagem publicada no G1.
Globo.com, sobre seu novo canal no Youtube.

Assim, a Sociedade Civil, ao entender equivocadamente, que as religiões afro-brasileiras


fazem somente “a obra do mal”, a única forma que encontram para defender-se por vias
legais, é apresentando projetos de leis para proibir os sacrifícios de animais. Ainda que se
alegue inconstitucionalidades, tais leis, se um dia aprovadas, afetarão a todos, mas, os
mais prejudicados será a maioria afro-brasileira do bem. Cabe aos líderes afro-religiosos
esclarecerem a opinião pública e lutarem internamente contra estas práticas de feitiçarias,
abrindo-se para a Sociedade Civil e mostrando que a religião de Orixá é uma religião do
bem.

Se queremos que a sociedade respeite as religiões afro-brasileiras, devemos começar por


limpa-las estas práticas nocivas praticadas por uma minoria, mas que nos generaliza e
atinge a todos.

Comentários como esses atingindo uma matriarca das religiões afro-brasileiras mostram
a visão distorcida que a Sociedade tem das religiões afro-brasileiras, influenciadas que
são pela “obra do mal” citadas neste texto, pois a prática da feitiçaria, embora minoritária,
generaliza a todos.

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A prática da feitiçaria como elemento fomentador da intolerância religiosa - Luiz L. Marins

Imagem: Ìwé Ìmò – Candomblé sem segredos - Facebook

Quem é de Òrìsà não pratica o mal.


Lembre-se disso.

Àse a todos!

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REFERÊNCIAS

G1, Globo.com. Após criar app, Mãe Stella lança canal e se torna uma das youtubers
mais velhas do Brasil: “Meu tempo é agora”. Acessado em 04/10/2017. Disponível em:
https://g1.globo.com/bahia/noticia/apos-criar-app-mae-stella-lanca-canal-e-se-torna-
uma-das-youtubers-mais-velhas-do-brasil-meu-tempo-e-agora.ghtml

ÌWÉ ÌMÒ. Mãe Stella sofre intolerância religiosa na Internet. Facebook. Acessado em
15/10/2015. Disponível em:
https://www.facebook.com/candomblesemsegredos/posts/1663365053726358

LEI 7716/89. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Casa Civil
do Planalto do Governo. Acessado em 30/09/2017. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7716compilado.htm

LEIA JÁ. Entrevista com Pai Lelé. Site Leia Já, (http://www.leiaja.com). Acessado em
15/10/2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o_8Si5f4QcY

PASQUALE, Professor. Dicionário Comentado da Língua Portuguesa. Gold Editora &


Editora Melhoramentos, Barueri, 2009.

PMSP. Diversidade étnica-racial e pluralismo religioso na cidade de São Paulo. Edição


Secretaria Municipal de Igualdade Racial, dez. 2016, gestão do Prefeito Fernando Hadad.
Acessado em 09/09/2017. Disponível em:
http://www.capital.sp.gov.br/arquivos/pdf/diversidade-etnico-racial-e-pluralismo-
religioso-no-municipio-de-sao-paulo.pdf

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