4 Tributação de 5% a 10%
Órgãos de Regulação, Auto-Regulação, Fiscalização e de 10% a 20%
Participantes do Mercado
5 Compliance, Legal e Ética de 10% a 20%
Caro treinando,
Este é o material de estudo do programa de treinamento que vai preparar você para prestar o
próximo exame de Certificação ANBID – CPA 20.
Eu sou seu professor virtual e vou aparecer muitas vezes ao longo das apostilas para ajudá-lo,
chamando sua atenção para os pontos de maior importância, sugerindo discussões, fazendo
perguntas, enfim, utilizando diversos recursos para atingirmos, juntos, nosso objetivo final: sua
aprovação no próximo exame de certificação ANBID.
Detetive
Fique de olho no seu detetive. Ele indicará pontos que caíram nos exames passados e têm grande
chance de caírem novamente no próximo exame que você estará prestando.
5 Mini-simulados
Ao término de cada apostila será aplicado um mini-simulado para testar seu conhecimento sobre
o tema específico do programa.
A Parte 1 representa
de 10% a 15% do exame
METAS DE APRENDIZADO
(Continua)
O que é?
O valor dos bens intermediários não é computado no cálculo do PIB, visto que está
incluído dentro do valor dos bens finais.
Com o objetivo de computar o valor dos bens e serviços finais, soma-se o valor
adicionado em cada etapa de produção.
PIB Real: é o valor dos bens serviços medidos a preços constantes.Faça uma
analogia com seu salário : Seu salário anual nominal será a soma algébrica dos 12
meses do ano. Suponha R$ 1.000,00 x 12 = R$ 12.000,00.
Todavia este valor final de R$ 12.000,00 não é o valor Real de seus rendimentos
se levarmos em conta a inflação.
Imagine agora que a inflação média no ano foi de 5%. Logo seu salário real será :
R$ 12.000,00 menos 5% = R$ 11.400,00
O mesmo ocorrerá quanto quisermos saber o PIB real. Devemos deflacionar
(descontar a inflação) do período que estará sendo analisado.
Investimento: consiste nos bens adquiridos para uso futuro. Essa categoria divide-
se em duas subcategorias: investimento fixo das empresas (formação bruta de capital
fixo) e variação de estoques.
Variáveis investigadas
Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.
A Pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços,
domicílios e concessionárias de serviços públicos.
Metodologia
Os índices são calculados para cada região, através do cálculo da média aritmética
simples de preços do produto que, comparadas em dois meses consecutivos, resultam no
relativo das médias. A variável de ponderação do IPCA é o rendimento total urbano
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD/96).
Periodicidade
Mensal, o período de coleta do IPCA estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de
referência.
Divulgação
Aproximadamente 8 (oito) dias úteis após o término da coleta.
Composição
É composto pela média ponderada do IPA (60%), IPC (30%) e INCC (10%).
(veja ilustração no final desta página)
Quem calcula?
Ibre - Instituto Brasileiro de Economia da FGV - Fundação Getulio Vargas
Metodologia
Os pesos convencionados, representam a importância relativa de cada um desses
índices no cômputo da despesa interna bruta.
Periodicidade
Do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência.
Divulgação
Divulgado no último dia útil do mês de referência.
Como o dólar é a moeda mais negociada no país, quando se fala em PTAX , o termo
Utilização da Taxa PTAX
é logo associado à moeda norte-americana. O PTAX é a cotação oficial da moeda e é
Ela é utilizada para corrigir
definido através da média ponderada das negociações do dólar - no caso da moeda
os títulos federais,
norte-americana - no decorrer do dia.
contratos de swap e
futuros.
Digamos que, num determinado dia, é fechado um negócio entre duas instituições
no valor de US$ 10 milhões a cotação de R$ 1,90. Logo depois, é fechado outro
negócio de US$ 20 milhões a R$ 2,00. PTAX e a média ponderada dos dois negócios,
no caso R$ 1,9666. Acompanhe o cálculo:
(US$10milhõesxR$1,90) + (US$20milhõesxR$2)
Ptax = = R$1,9666
US$10milhões + US$20milhões
Esse cálculo é feito levando em conta as várias operações efetuadas durante o dia.
O PTAX serve com parâmetro em várias situações. Por exemplo, um título indexado
ao dólar paga a variação do dólar mais uma remuneração. Essa variação do dólar é
medida pela variação do Ptax contado a partir do dia da compra do papel até o PTAX
do dia da venda ou sua liquidação.
Importante salientar que o PTAX que serve de parâmetro para liquidar as operações
de swap, futuros, papéis do governo que vençam hoje, é a taxa que reflete as
operações de câmbio que ocorreram em D-1.
Suponhamos que a taxa PTAX de hoje seja R$ 1,9666 como no nosso exemplo
anterior, mas que ao se iniciar as operações de hoje no mercado spot, o dólar
apresentou forte alta, indicando que a nova PTAX referente às operações de hoje
ficará em torno de R$ 2,1557, por exemplo.
Taxa PTAX
É a informação oficial sobre a cotação das moedas estrangeiras no Brasil.
É utilizada também para corrigir os títulos federais indexados a taxa cambial,como
por exemplo a NTN-D, contratos de swap e futuros.
Taxa Selic Over - Taxa média das operações realizadas entre 2 instituições financeiras,
prazo de 1 dia, com lastro em títulos públicos federais;
COPOM divulga periodicamente a meta da taxa SELIC a ser praticada pelo mercado;
Corrige a LFT – Letra Financeira do Tesouro;
Calculada e divulgada diariamente pela SELIC – Serviço Especial de Liquidação e Custódia.
Foi criada com a intenção de ser uma taxa básica que daria referência para o mercado
a respeito de quais deveriam ser os juros praticados naquele mês.
O seu cálculo se baseia em uma média mensal ponderada da taxa prefixada dos CDB
de 30 instituições financeiras, excluindo-se sempre as duas de maior e menor taxa.
Para cada dia do mês - dia de referência, o Banco Central deve calcular e divulgar a
TBF - Taxa Básica Financeira, para o período de um mês, com início no próprio dia
de referência e término no dia correspondente ao dia de referência no mês seguinte.
Para cada TBF obtida, deve ser calculada a correspondente TR, pela aplicação de um
redutor "R". A taxa calculada considera o número de dias úteis do período de
referência em relação ao ano de 252 úteis. Atualmente, o cálculo da TR tem como
base o seguinte:
R = ( a + b X TBF / 100 )
TR – Taxa Referencial
Seu cálculo deriva da TBF – Taxa Básica Financeira, que é a taxa média paga pelos 30 maiores
bancos na captação de recursos através de CDBs;
É calculada e divulgada diariamente pelo Banco Central do Brasil;
É utilizada para corrigir os depósitos em Poupança antes do crédito dos juros de 0,5% ao mês.
Índice de Inflação É claro que o objetivo final de qualquer política econômica num sentido mais amplo é
Todo índice de melhorar o bem-estar da população que, necessariamente, requer crescimento da
inflação mostra o economia. Não há contradição, entretanto, em dizer que o Banco Central não deve se
comportamento médio comprometer com taxas de crescimento.
dos preços nos vários
setores da economia. O desafio essencial das políticas de estabilização é evitar o processo inflacionário, ou
seja, essa alta generalizada e persistente de preços que afeta o próprio funcionamento
da economia, pois torna ainda mais incertos os resultados das atividades produtivas e
das operações financeiras.
No Brasil, a meta para a inflação foi definida em termos da variação do Índice de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE. O IPCA, como o nome indica é um
índice de preços ao consumidor, em oposição a outros índices, como de atacado ou
gerais.
Dentre os índices ao consumidor, o IPCA foi escolhido por ser, à época da implantação
do regime de metas, dentre os dois índices com cobertura nacional que inclui em sua
amostra, domicílios com renda entre 1 e 40 salários mínimos.
No nosso sistema, o Banco Central dispõe de autonomia operacional, isto é, ele tem
liberdade para fixar a taxa SELIC e utilizar outros instrumentos de política monetária
como lhe convier para atingir a meta. A definição da meta, entretanto, não é decisão do
Banco Central, mas do Conselho Monetário Nacional.
A avaliação do Banco Central é feita ao final de cada ano. Considera-se que a meta foi
atingida caso a inflação observada ao final do ano se situe dentro do intervalo de
tolerância previamente estabelecido.
Caso não consiga cumprir a meta, o Presidente do Banco Central deve escrever uma
carta aberta justificando os motivos que levaram a isso, quais as medidas de política
monetária serão tomadas e em quanto tempo se espera que a inflação retorne à meta.
Open Market
O mercado aberto funciona com base numa rede nacional de negociadores de títulos
federais. Semanalmente, o Tesouro Nacional emite títulos, cujo montante, é leiloado
pelo Banco Central do Brasil às instituições financeiras participantes do sistema
financeiro nacional.
Redesconto
O mercado interbancário pode realizar operações para suprir suas necessidades normais
através do CDI – Certificado de Depósito Bancário. A utilização do redesconto da
autoridade monetária se restringe aos casos mais graves ou a valores que o sistema
não pode auto-financiar.
O redesconto tem um caráter punitivo já que opera com taxa de juros mais altas que as
praticadas pelo mercado.
Os efeitos do redesconto se fazem sentir no médio prazo já que os bancos que estão
utilizando essa assistência financeira procuram reformular suas posições em busca do
equilíbrio na liquidez.
Depósito Compulsório
Venda de títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira
moeda da economia que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos
meios de pagamento e da liquidez da economia.
Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma
expansão dos meios de pagamento que é a moeda dada em troca dos títulos. Com isso,
ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez.
A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa SELIC (taxa
média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no
Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre
Taxa SELIC
reuniões ordinárias do Comitê.
Uma das funções do
COPOM é determinar a
Se for o caso, o COPOM também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada ao
meta da taxa SELIC que
Presidente do Banco Central para alterar a meta para a taxa SELIC a qualquer
mede a taxa média dos
momento entre as reuniões ordinárias.
financiamentos diários
realizados no mercado
O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do
interfinanceiro com lastro
Brasil:
em títulos públicos
o presidente, que tem o voto de qualidade;
federais.
e os diretores de:
Política Monetária,
Política Econômica,
Estudos Especiais,
Assuntos Internacionais,
Normas e Organização do Sistema Financeiro,
Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e
Administração.
Também participam do primeiro dia da reunião os chefes de Departamentos do
Banco Central.
Essa taxa de juros básica, portanto, estabelece o custo que irá financiar o setor
produtivo, determinando um maior ou menor desenvolvimento econômico em
função de seu nível.
Taxa de juros muito elevada, por sua vez, estimula o investimento especulativo,
inibe o desenvolvimento econômico e compromete a oferta de emprego.
O ponto de partida para examinar a relação entre a moeda doméstica e a estrangeira deve ser o
mercado de câmbio, que é o local onde estes dois ativos são trocados.
As operações ali realizadas refletem a oferta e a demanda de cada uma das moedas. O preço da
mercadoria nele negociada é a taxa de câmbio.
No Memorando de Política Econômica enviado ao Fundo Monetário Internacional em 1999 o Banco Central
justifica eventuais intervenções no mercado para manter o câmbio próximo a um nível considerado de
equilíbrio.
O estabelecimento, em julho de 1999, da política de metas inflacionárias, juntamente com a avaliação, pelo
Banco Central, de que variações na taxa de câmbio constituem um fator importante na determinação da
inflação esperada, ampliou o leque de justificativas para intervenções no mercado de câmbio, a partir de
determinadas cotações, não explicitadas pelo governo.
Dessa forma, pode-se considerar a política cambial brasileira instaurada em 1999 situando-se entre um
Regime de Flutuação “suja” e um Regime de Câmbio Flutuante.
Como sabemos, o governo utiliza a emissão de títulos federais para captar recursos visando “fechar” seu
orçamento. Dessa forma, ele emite títulos de dívida e vende esses títulos no mercado para captar os recursos
financeiros que necessita.
Para satisfazer a necessidade de hedge cambial demandada pelo mercado, o governo emite títulos de dívida
corrigidas pela variação da taxa de câmbio do real (R$) frente ao dólar norte-americano – a NTN-D – Nota do
Tesouro Nacional série D.
Então, parte da dívida interna do governo, representada por todas as obrigações de dívida em Reais (R$), é
corrigida pela variação cambial. Maior ou menor quantidade desse tipo de operação na composição da dívida
interna reflete o nível de confiança do público no governo, demonstrando maior ou menor busca por
operações de hedge cambial.
= Esse componente adicional ao índice de correção é determinado por uma taxa de juros
e é denominado de CUPOM.
Variação O mercado define essa taxa de juros (cupom cambial) em função da expectativa da
Cambial variação da taxa de câmbio para que, no conjunto, obtenha um retorno esperado
Esperada equivalente ao custo do dinheiro.
Cupom
Cambial
Custo do Dinheiro (Selic)
Cupom =
Variação Cambial Esperada
A taxa de câmbio reflete uma rede de relações de causa e efeito por vezes difícil de
ordenar.
Quando a taxa de câmbio sofre uma desvalorização (ou seja, a moeda estrangeira fica
mais cara), todos os produtos importados ficam mais caros em reais. É uma pressão de
custos que, transferida aos preços dos bens e serviços que usam esses insumos
importados, causa inflação.
Por outro lado, se o objetivo da política econômica é preservar a estabilidade da taxa real
de câmbio, qualquer elevação da inflação pode gerar uma depreciação nominal da taxa
cambial.
Sendo assim, no curto prazo, variações da taxa de câmbio por qualquer razão, tendem a
ser vistas como a causa da inflação. No longo prazo, entretanto, o nível da inflação -
determinada aqui pela qualidade das políticas monetária e fiscal - torna-se o fator
determinante da taxa de câmbio, ou o preço do dólar, uma vez que a taxa de câmbio real
(ou efetiva) costuma apresentar uma tendência à estabilidade ao longo do tempo.
Reservas Internacionais
Finalmente, em casos excepcionais o Governo pode lançar mão de linhas de crédito que
detemos junto ao FMI – Fundo Monetário InTernacional ou outros organismos multilaterais
de ajuda financeira.
Balança Comercial
Inclui basicamente as exportações (crédito) e as importações (débito) de mercadorias
Transações Correntes
Conta do Balanço de Pagamentos constituída da Balança Comercial, Balança de Serviços
e das Transferências Unilaterais. O resultado dessas três contas é o superávit/déficit das
Transações Correntes.
A Balança de Serviços registra as receitas e despesas de diversos tipos de transação,
destacando-se os transportes, os seguros, as viagens internacionais, os royalties, a
assistência técnica, os lucros e os juros da dívida externa.
As Transferências Unilaterais (ou donativos) compreendem os pagamentos e
recebimentos sem contrapartida de serviços, tais como doações, remessas de
imigrantes etc.
Conta de Capital
Contas que representam modificações nos direitos e obrigações de residentes no país
para com não residentes. Inclui:
Investimentos referentes ao capital de residentes aplicados no exterior
Transações Correntes
Balança Comercial Exportações menos Importações
Conta de Serviços Os itens mais significativos dessa conta são as despesas com o
pagamento de juros da dívida externa e as remessas de lucros e
dividendos do capital estrangeiro investidor no país.
Transferências Fluxo de recursos de entrada de remessas de brasileiros que
Unilaterais trabalham no exterior para o Brasil menos fluxo de recursos de
saída de estrangeiros para seus países de origem.
Balanço de Pagamentos
Transações Correntes Balança Comercial
Conta de Serviços
Transferências Unilaterais
Movimento de Capitais Empréstimos, financiamentos, investimento externo direto,
Autônomos amortização de empréstimos obtidos, reinvestimentos e capitais de
curto prazo.
Movimento de Capitais Inclui a conta de caixa do Banco Central, que mede a variação de
Compensatórios reservas internacionais (em moeda estrangeira) do país,
empréstimos de regularização e atrasados comerciais.
5
MA1
O PIB Produto Interno Bruto é o total de bens e serviços produzidos num país, em um ano,
independentemente da nacionalidade dos agentes econômicos que atuam.
O IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo - é o índice utilizado pelo Banco Central para o
acompanhamento das metas de inflação do governo. Calculado pelo IBGE, reflete a variação dos preços das cestas
de consumo das famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.
O IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado – é calculado pela FGV Fundação Getúlio Vargas e é composto
pelo IPA (60%), IPC (30%) e INCC (10%). Corrige a NTN-C Nota do Tesouro Nacional, série C.
A Taxa SELIC é a taxa básica da economia brasileira. Calculada e divulgada diariamente pela SELIC - Serviço
Especial de Liquidação e Custódia, reflete a taxa média dos negócios realizados entre instituições financeiras pelo
prazo de 1 (um) dia com lastro em títulos públicos federais.
A taxa DI é calculada e divulgada diariamente pela CETIP – Central de Custódia e Liquidação e reflete a taxa
média dos negócios realizados entre instituições financeiras pelo prazo de 1 (um) dia com lastro em título privado.
A TR – Taxa Referencial é calculada e divulgada diariamente pelo Banco Central do Brasil. Deriva da TBF (taxa
Básica Financeira) que é a taxa média paga pelos 30 maiores bancos na captação de recursos através de CDBs e
RDBs. Corrige os depósitos em poupança.
A PTAX e a taxa média ponderada das negociações de uma moeda estrangeira no decorrer de um dia. É calculada
pelo Banco Central do Brasil e é utilizada para corrigir os títulos federais (NTN-D), contratos de swap e futuros.
O cupom cambial é o rendimento em dólar, pago ao investidor que assume risco de investir em outra moeda (no
caso brasileiro, o real), bem como a taxa de juro paga nos títulos com correção cambial. A diferença entre a taxa
de juros interna e a desvalorização da taxa de câmbio do país equivale ao juro pago em dólar, ou seja, cupom
cambial.
O COPOM – Comitê de Política Monetária é composto pela Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, define a
meta da taxa SELIC e seu eventual viés e estabelece as diretrizes da Política Monetária.
Política Fiscal é a política de receitas e despesas do Governo. Envolve a definição e a aplicação da carga tributária
sobre empresas e pessoas físicas, e a definição dos gastos do Governo com base nos tributos arrecadados. Exerce
um forte impacto na política monetária.
Política Monetária é o conjunto de medidas que definem o controle da oferta de moeda e conseqüentemente das
taxas de juros, visando garantir a liquidez ideal para cada momento econômico. O executor dessas políticas é o
Banco Central e os instrumentos clássicos utilizados são o depósito compulsório, o redesconto e as operações de
open market.
Política Cambial é o conjunto de medidas tomadas pelo governo que afetam a formação da taxa de câmbio. É
diferente da política monetária por atuar mais diretamente sobre todas os fatores relacionados às transações
econômicas do país com o exterior.
O Balanço de Pagamentos é o resumo das transações ocorridas entre o país e o resto do mundo. Ele apresenta
duas grandes contas: o saldo em transações correntes, que se refere às transações de bens e serviços realizadas
pelos brasileiros com o exterior; e, o saldo de capitais que reflete o fluxo de moedas entre o país e o resto do
mundo.
Taxa Nominal
É a taxa que encontramos nas operações correntes, ou seja a taxa que é visível
aos participantes de uma transação. Exemplo: Contratos de empréstimos e
financiamentos, aplicações financeiras, etc.
Normalmente, vem escrita em um documento, como por exemplo, um contrato ou
título de crédito.
Podemos dividir o rendimento que ela proporciona em duas partes:
Taxa Nominal a primeira será a mera recuperação do poder de compra do investidor
Podemos também dizer remunerando-o pela inflação;
que, do ponto de vista
econômico, a Taxa a outra parte refere-se ao ganho acima da inflação que visa remunerar também o
Nominal de Juros (iN) é a risco de investimento. Chamamos esta segunda parte de rendimento real.
taxa na qual está embutida
iN = [(1 + iR) × (1 + INFL) − 1] × 100
Veja a fórmula:
a recomposição do poder de
compra do dinheiro,
baseado em um índice de
inflação, acrescido de uma
taxa de remuneração pelo
capital ou taxa real. Em que:iN = Taxa Nominal
iR = Taxa Real
INFL = Índice de Inflação
Exemplo 2: Dada uma taxa de juros real de 2,0% ao mês e um índice de inflação
de 0,5% ao mês, calcular a taxa nominal de juros.
⎡⎛ 1 + 0,0714 ⎞ ⎤
iR = ⎢⎜⎜ ⎟⎟ − 1⎥ × 100 iR = 3,80% ao mês
⎣⎝ 1+ 0,0322 ⎠ ⎦
Regime de Capitalização No regime de capitalização simples a taxa de juros incide apenas sobre o
Simples. capital inicial, portanto a taxa de juros será aplicada sempre sobre o mesmo
Os juros são gerados e por capital pelos seus diversos períodos.
conseguinte aplicados
exclusivamente pelo capital Exemplo: Uma aplicação de R$100 feita por 3 meses a uma taxa de 2% ao mês.
inicial investido. Qual o rendimento acumulado no final de 3 meses?
0 1 2 3 meses
Juro = 2 Juro = 4 Juro = 6
Capital = 100 Capital = 100 Capital = 100
Montante = 102 Montante = 104 Montante = 106
Regime de Capitalização
Composto
Neste regime de
capitalização, os juros são Já no regime de capitalização composto a taxa incide sobre o capital inicial
formados ao final de cada acrescido dos juros do período anterior, ou seja, os juros de cada período são
intervalo unitário de gerados pela aplicação de sua taxa sobre a soma do capital anterior e seu
tempo. respectivo juro.
São gerados pelo montante
(principal + juros anterior) Observe o fluxo de caixa do exemplo abaixo:
existente no início de cada
intervalo.
0 1 2 3 meses
Taxa Equivalente
Duas taxas são equivalentes quando, considerados o mesmo prazo e o mesmo
capital, produzem o mesmo montante, no regime de capitalização composto
Taxa Equivalente de juros.
Regime de Capitalização
Composto ⎡ quero ⎤
⎢ tenho ⎥ iq = taxa que eu quero
⎢⎛ i ⎞ ⎥ it = taxa que eu tenho
iquero = ⎢⎜1 + ⎟ − 1⎥ × 100 q = prazo que eu quero
⎢⎝ 100 ⎠ ⎥
⎢ ⎥ t = prazo que eu tenho
⎢⎣ ⎥⎦
⎡ 1 ⎤
Exemplo: Dada a taxa ⎢ 12 ⎥
de 12% ao ano, ⎢⎛ 12 ⎞ ⎥
imensal = ⎢⎜1 + ⎟ − 1 ⎥ × 100 = 0,95 %
calcular a taxa mensal. ⎢⎝ 100 ⎠ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ ⎥⎦
Taxa Proporcional Neste caso podemos dizer que as taxas de 0,95% ao mês e 12% ao ano são
Regime de Capitalização equivalentes, pois aplicadas sobre o mesmo valor pelo mesmo período (1 mês)
Simples produzirão o mês resultado, no regime de capitalização composto.
Taxa Proporcional
Duas taxas são proporcionais quando, considerados o mesmo prazo e o mesmo
capital, produzem o mesmo montante, no regime de capitalização simples de
juros.
⎡⎛ 12 ⎞ ⎛ 1 ⎞⎤
imensal = ⎢⎜ ⎟ × ⎜ ⎟⎥ × 100 = 1,00%
⎣⎝ 100⎠ ⎝ 12⎠⎦
Neste caso podemos dizer que a taxas de 1,00 % ao mês e 12% ao ano são
proporcionais, pois quando aplicadas sobre o mesmo valor pelo mesmo período
(1 mês) produzirão o mês resultado, no regime de capitalização simples.
1 2 3 4
(coluna 2/$135) Prazo Médio
Período Cupons Ponderação Coluna 3 x 1
meses ($)
1 5 0,0370 0,0370
Neste exemplo, um fluxo de 2 5 0,0370 0,0740
caixa de 7 meses apresenta 3 5 0,0370 0,1110
um prazo médio ponderado
de 6,2230 meses. 4 5 0,0370 0,1480
5 5 0,0370 0,1850
6 5 0,0370 0,2220
7 105 0,7780 5,4460
Total 135 1 6,2230 meses
30 30 30 30
Neste exemplo, um fluxo de
caixa de 4 meses apresenta 1
um prazo médio ponderado 0
de 2,50 meses.
0
1 2 3 4
(coluna 2/$120) Prazo Médio
Período Cupons Ponderação Coluna 3 x 1
Meses ($)
1 30 0,25 0,25
2 30 0,25 0,50
3 30 0,25 0,75
4 30 0,25 1,0
Total 120 1 2,50 meses
Você deve ter percebido que cada um destes 3 títulos têm fluxo de caixa diferente,
inclusive com vencimento ou maturidade (maturity) diferentes.
Esta relação entre prazo médio e maturidade é o ponto importante deste item.
Para gestores tanto o prazo médio ponderado como o prazo final do título, ou sua
maturidade, têm muita importância em composição de carteiras.
O prazo médio ditará o fluxo de caixa da carteira enquanto o prazo final trará uma
visão mais analítica de quando estes fluxos de caixa ocorrerão.
Você terá oportunidade de ter contato com estes conceitos em nossos módulos de
Renda Fixa e Gestão de Risco, quando estaremos tratando de conceitos mais complexos
destes títulos.
Como já vimos, títulos de renda fixa e até mesmo projetos e outros tipos de investimentos
apresentam fluxos de caixa nas mais diversas formas.
É praticamente impossível olharmos para estes fluxos e dizer qual sua taxa de retorno. O
conceito de TIR ou Taxa Interna de Retorno é um dos mais importantes instrumentos para
esta avaliação.
- 90,20
Utilizando-se uma calculadora, do tipo HP 12C, chegaremos a uma TIR para este
fluxo de 30%.
Vamos agora ao primeiro conceito de que a TIR, que aplicada a cada parcela
deste fluxo fará com que cheguemos a zero, ou seja o valor presente das
parcelas é 90,20 que confrontados aos (– 90,20) iniciais resultada-se em zero.
2 30 17,75
1 10 9,09
Valor das Parcelas 2 20 16,53
VP =
⎛ 10 ⎞
⎜1 + ⎟ 3 30 22,54
⎝ 100 ⎠
4 100 68,30
Total 116,46
Neste caso também cada parcela foi trazida a valor presente à taxa de 10%.
Concluímos que para se obter um retorno de 10% neste fluxo caixa, podemos
pagar, no máximo, $ 116,46.
Então, se você escolhe algo, se você obtém algo, normalmente terá que abandonar algo. E isso
que é “desistido”, sacrificado ou do que se abre mão, refere-se justamente ao custo de
oportunidade.
É interessante notar que quando escolhemos algo, temos a tendência a olhar apenas para aquilo
que foi obtido com a escolha, não atentando para os benefícios que foram sacrificados pelo fato de
não se ter escolhido outras alternativas.
O conceito de custo de oportunidade está sempre presente quando a aceitação de uma alternativa
exclui outras. Assim, “representa o custo de oportunidade ou quanto um investidor, por exemplo,
sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de
outra.”
Exemplificando: Dentre várias alternativas de investimentos, suponhamos que a mais óbvia e fácil
seja aplicar recursos em um Fundo de Investimento DI de curto prazo, mas que em função de uma
melhor remuneração opte-se por um fundo Multi-Mercado.
Neste caso podemos dizer que o Custo de Oportunidade do dinheiro é a taxa de CDI – que foi
preterida em detrimento de um rendimento melhor para o investimento.
Vamos aqui fazer uma diferenciação do que é: Taxa livre de risco de Ativos livre de risco.
A primeira propriedade da taxa livre de risco é que seu retorno deve ser completamente não
correlacionado com o de outros ativos presentes na economia o que, na prática, não se mostra
muito fácil de se conseguir.
Nos EUA aproximações razoáveis para esta situação seriam os retornos das Letras do Tesouro
(Treasury Bills) e outros títulos do Governo Federal Americano de 10 e 30 anos de duração.
Outra questão fundamental ainda para o que se pode chamar de taxa livre de risco está
relacionada ao risco de liquidez de um título e risco de crédito de seu emissor.
Neste ponto focamos nossa discussão para Ativos livres de risco, ou seja papéis com grande
liquidez de mercado e que seu emissor não represente risco de crédito.
Desta forma, para se enquadrar em Ativos livres de risco (mercado, crédito e liquidez) os mesmos
deveriam satisfazer as seguintes condições:
“O investidor sabe exatamente o valor que receberá no final do prazo do investimento, seja este
investimento indexado ou não a um índice econômico ou financeiro.”
Citamos como exemplo no caso brasileiro, a taxa de CDI (Certificado de Depósito Interbancário),
no período de abrangência do Plano Real, que vai de janeiro de 1995 à dezembro de 2002, onde,
apesar do longo período de análise a taxa livre de risco(CDI) superou em 45,63 pontos
percentuais o retorno do Ibovespa.
Normalmente as taxas livre de risco são utilizadas como custo de oportunidade para
investimentos. Lembra-se deste conceito no item anterior?
2.8.1 – Conceito
O Custo de Capital é estimado em um dado momento. Ele reflete o custo médio futuro
dos fundos por um longo prazo, com base nas melhores informações disponíveis. Esse
enfoque é coerente com a utilização do custo de Capital para decisões de investimentos
financeiros a longo prazo.
Ativos Passivos
Aplicação de Recursos Fontes de Recursos
Circulante Circulante
Fornecedores
Aplicações Financeiras Salários
Duplicatas a Receber
Estoques
Longo Prazo Fontes de
Empréstimos Capital
Permanente
Patrimônio Liquido
Máquinas e Equipamentos Ações Preferenciais
Edifícios Ações Ordinárias
Nosso cálculo para fontes de capital estará focado nos empréstimos de longo prazo e
Patrimônio Líquido.
Para este efeito teremos que calcular o custo de cada fonte específica de financiamento.
Vamos iniciar pela mais fácil que são os empréstimos de longo prazo.
Por definição, os juros pagos por esta fonte são dedutíveis do Imposto de Renda, logo seu
custo final deverá levar isto em consideração através da seguinte fórmula:
Custo de Capital = Taxa de Juros x (1 – alíquota de IR)
Assim sendo, um empréstimo que tem sua taxa de juros efetiva anual de 20%,
considerando-se uma alíquota de IR de 30%, deverá ser considerado para efeito de custo
de capital:
Custo de Capital = 0,20 x (1 – 0,30) = 0,14 ou 14% ao ano.
7,50
D CAP. =
15% de 50 CAP . = = 16,66%
CAP. = = = 45
M−C 50- 5
Em outras palavras imagine agora uma emissão de ações ordinárias cujo crescimento
esperado seja de 10% ao ano, cujo valor da ação de mercado seja de R$ 60,00 com
= R$ 6 e dividendos esperados de 12%. Observe a formula de
custos de emissão de
cálculo, onde:
D 12% de 60 7,20
CAP. = xF = CAP. = = CAP . = = 0,1333 % x 1,10 = 14,66%
M−C 60- 6 54
Podemos agora calcular o custo médio ponderado de capital baseado nas premissas
anteriores e imaginando uma proporção para as 3 fontes de capital aqui
especificadas. Confira:
Empréstimos de 50% 14 7
Longo Prazo
Apesar da estrutura de capital ser uma das áreas mais complexas na tomada de
decisões financeiras devido ao seu inter-relacionamento com outras variáveis de
decisões financeiras, uma determinada estrutura de capital pode maximizar os
lucros da empresa e servir como excelente ferramenta de alavancagem financeira.
Exemplo
Seu cliente comprou um CDB cujo valor de aplicação foi de R$ 25.000, tendo
resgatado
R$ 28.000, 6 meses depois. A rentabilidade da operação foi de 12% no período.
⎛ 28.000 ⎞
rentabilid
ade= ⎜ − 1⎟ ×100= 12%
⎝ 25.000 ⎠
Por outro lado, podemos optar por investimentos que buscam atrelar sua rentabilidade
a determinado benchmark, como por exemplo os Fundos DI de Curto Prazo.
Neste caso, estamos trocando conhecimento prévio da rentabilidade (taxa pré de 15%
ao ano, por exemplo) por uma possível proteção quanto a oscilações de taxas de juros
de mercado, pois neste caso a rentabilidade deste investimento estará ligada a taxa
DI. Exemplo: rentabilidade esperada de 90% da taxa DI.
Momento atual
Rentabilidade observada
Rentabilidade esperada
Retorno Esperado
Retorno esperado está ligado a expectativas futuras de ganhos e atrelados a um
Rentabilidade benchmark de mercado, tal como, taxa de inflação, SELIC, IBOVESPA, etc.
Esperada
Expectativa de A decisão de investir em ativos de risco, por exemplo, em busca de maior retorno e,
ganho relativo a normalmente, determinado em função de um prêmio acima da taxa de juros considerada
um determinado livre de risco para compensar o risco ao qual o investidor estará exposto.
parâmetro.
Assim, o investidor não sabe em termos nominais ou absolutos quanto vai ganhar. Mas
espera ganhar, por exemplo, 6% acima da taxa de juros livre de risco.
A Taxa Real indica qual foi o ganho que o investidor teve efetivamente no seu investimento depois de
excluído o índice da inflação.
No Regime de Capitalização Simples os juros são gerados e, por conseguinte, aplicados exclusivamente pelo
capital inicial investido.
No Regime de Capitalização Composto os juros são formados ao final de cada intervalo unitário de tempo.
São gerados pelo montante (principal + juros anterior) existente no início de cada intervalo.
A Taxa é dita Equivalente no Regime de Capitalização Composto e a Taxa é dita Proporcional no regime de
capitalização simples.
PU - Preço Unitário- é o valor presente de um título calculado a partir de seu valor de resgate. As variáveis
que afetam seu preço são:
Taxa de juros (desconto)
Prazo a decorrer
Os títulos “zero cupom” são negociados com deságio e não pagam cupom de juros. O prazo médio é igual ao
prazo de maturidade do título.
Custo de oportunidade representa quanto um investidor, por exemplo, sacrificou em termos de remuneração,
por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de outra.
Taxa livre de risco - o investidor sabe exatamente o valor que receberá no final do prazo do investimento,
seja este investimento indexado ou não a um índice econômico ou financeiro. Pressupõe inexistência de risco de
crédito, mercado e liquidez.
Podemos definir alavancagem financeira como sendo o grau de utilização de títulos de renda fixa
(normalmente empréstimos) na estrutura de capital da empresa. A maneira pela qual a empresa organiza sua
necessidade de capital é chamada estrutura de capital da empresa e indica a proporção de financiamento com
capital próprio e capital de terceiros de curto e longo prazo.
Estaremos agora revisando alguns conceitos básicos de estatística que serão úteis para o
entendimento de vários pontos de nosso programa.
Vamos então encará-lo como sendo uma importante preparação, principalmente, para o
ultimo módulo de nosso curso que tratará de Gestão de Risco e Medidas de Performance.
Bom estudo!
São medidas que localizam o centro de uma amostra, sendo as três mais populares, a
média, a mediana e a moda.
3.1.1 - Média
Exemplo:
Imagine que você queira determinar o valor médio das casas de uma determinada rua
cujos valores estão abaixo descritos:
Casa 1 - $ 125.000,00
Casa 2 - $ 150.000,00
Casa 3 - $ 135.000,00
Casa 4 - $ 120.000,00
Casa 5 - $ 140.000,00
Casa 6 - $ 110.000,00
Casa 7 - $ 1.000.000,00
Casa 8 - $ 100.000,00
Casa 9 - $ 100.000,00
A média será a soma dos valores destas casas ($ 1.980.000,00) dividido pelo número de
casas (9), que será de $ 220.000,00.
O que acontece é que a média, apesar de ter como característica levar em conta todos
elementos da amostra é muito sensível a valores muito grandes ou muito pequenos. No
caso do exemplo foi o valor $ 1.000.000,00 que inflacionou a média.
3.1.2 – Mediana
casas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 média
valores 100 100 110 120 125 135 140 150 1000 220
mediana
Apenas uma dica: se a amostra total resultar em um número par, a mediana será
a média aritmética dos dois elementos centrais desta amostra.
3.1.3 - Moda
Para um conjunto de dados define-se moda como sendo: o valor que surge com
mais freqüência. É uma medida muito utilizada por sindicatos para se obter o salário
representativo de uma categoria.
casas 1 2 3 4 5 6 7 8 9
valores 100 100 110 120 125 135 140 150 1000
Primeira 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Dispersão Amostra
Como você percebe, a
idade média destas
três amostras é
comum a todas =
32,5. Segunda 20 30 35 45
Contudo a dispersão Amostra
de seus dados é bem
diferente, concorda?
Terceira 5 10 55 60
Amostra
3.2.1 – Variância
Eleva-se ao quadrado
Por que elevamos ao quadrado estas diferenças?
TABELA NÚMERO 1
N X(i) Média (x – média) (x – média)²
idades
Por que elevamos os 1 5 32,5 - 27,5 756,25
resultados as diferenças ao 2 10 32,5 - 22,5 506,25
quadrado?
3 15 32,5 - 17,5 306,25
Respondendo nossa
4 20 32,5 - 12,5 156,25
pergunta da página
anterior: Perceba que, caso 5 25 32,5 - 7,5 56,25
não elevássemos as 6 30 32,5 - 2,5 6,25
diferenças dos dados em
relação à média ao 7 35 32,5 + 2,5 6,25
quadrado, as diferenças 8 40 32,5 +7,5 56,25
positivas seriam anuladas
9 45 32,5 +12,5 156,25
pelas negativas, resultando
em variância Zero. 10 50 32,5 +17,5 306,25
11 55 32,5 +22,5 506,25
12 60 32,5 +27,5 756,25
Total 32,5 Zero 3.575
Variância = 3575/12 = 297,92
TABELA NÚMERO 2
N X(i) Média (x – ( x – média )²
idades média)
1 20 32,5 -12,5 156,25
2 30 32,5 -2,5 6,25
3 35 32,5 +2,5 6,25
4 45 32,5 +12,5 156,25
Total 32,5 Zero 325
Variância = 325/4 = 81,25
TABELA NÚMERO 3
N X(i) Média (x – média) ( x – média )²
idades
1 5 32,5 -27,5 756,25
2 10 32,5 -22,5 506,25
3 55 32,5 +22,5 506,25
4 60 32,5 +27,5 756,25
Total 32,5 2.525
Variância =2525/4 = 631,25
1. Amostras de dados com médias iguais podem ter um nível de dispersão muito diferente.
2. O resultado obtido pelas variâncias de nossas três amostras demonstrou isto claramente,
as amostras mais dispersas foram as que tiveram maiores variâncias.
3. Se observarmos com cuidado as três tabelas da página anterior, podemos perceber que
elevamos ao quadrado todas as diferenças de seus elementos em relação a sua média. Por
que será?
6. Isto, porém, provoca um efeito na variância que é o que chamamos de forma “não
organizada” de vermos uma dispersão. A unidade de medida da variância não é a
mesma da média.
7. Precisamos então encontrar uma medida mais organizada para observarmos esta
dispersão. Confira o próximo ponto.
Desvio padrão =
81,25 = 9,01anos
Terceira Amostra: Variância = 631,25
Desvio padrão =
631,25 = 25,12 anos
Em primeiro lugar sabemos que os três grupos de pessoas analisadas têm a mesma idade média ou
seja 32,5 anos.
Sabemos também que a dispersão das idades destas pessoas em relação à média é bem diferente
para os três grupos. Vamos então analisar seus Desvios Padrões.
Primeira 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
17,16 anos
Amostra
Terceira 5 10 55 60
25,12 anos Amostra
a) Na primeira amostra temos que a idade média é de 32,5 anos e seu desvio é de 17,16 anos. Isto
significa que o desvio médio em relação a esta média é de 17,16 anos para mais e para menos
em relação aos 32,5 anos. Desta forma, é de se esperar que, na média, a idade desta primeira
amostra fique assim:
b) Para a segunda amostra é de se esperar que a idade média situe-se entre 23,49 anos (32,5 –
9,01) e 41,51 anos (32,5 + 9,01)
c) Para a terceira amostra é de se esperar que a idade média situe-se entre 7,38 anos
(32,5 – 25,12) e 57,62 anos (32,5 + 25,12)
Percebemos que a mostra número três tem a maior dispersão dentre todas.
Observação Final:
Da mesma forma que a média, o desvio padrão é uma medida pouco resistente, pois é
influenciado por valores muito grandes ou muito pequenos (o que seria de esperar já que seu
cálculo que é derivado da variância é baseado nas diferenças entre os dados e sua média).
Assim, se a distribuição dos dados for bastante enviesada, isto é, com valores extremos elevados,
não é conveniente utilizar a média como medida de localização, nem o desvio padrão como
medida de variabilidade.
Estas medidas só dão informação útil, respectivamente sobre a localização do centro da
distribuição dos dados e sobre a variabilidade, se as distribuições dos dados forem
aproximadamente simétricas, cujo conceito você entenderá a seguir.
O que você achou do desvio padrão como medida de dispersão, não é muito mais de ser
analisado do que a variância?
Pois bem, para o estudo de Gerenciamento de Risco o Desvio Padrão será uma de nossas
principais medidas estatísticas, por isso vale a pena entendê-la muito bem.
Uma distribuição de dados dita como normal possui uma importante propriedade: seus
dados possuem uma classe média predominante e as outras classes se distribuem à
volta desta de forma aproximadamente simétrica e com freqüência a decrescer à
medida que se afastam da classe média, da seguinte forma:
Imagine um grupo de 100 pessoas onde a idade média é de 30 anos, sendo seu desvio
padrão de 10 anos. Desta forma teríamos a seguinte situação:
Simetria
Significa que os dados -
negativos e positivos - estão
distribuídos de forma
igualmente proporcionais
em torno da média.
Imagine que você tenha 100 dados que queira organizá-los na chamada
distribuição de freqüência. O eixo vertical determinará a quantidade de vezes que
o dado apareceu e o eixo horizontal mostrará a característica do intervalo da
amostra inclusive com sua média. Observe:
40 Freqüência
Quantidade de vezes
em que o dado apareceu.
30
20
21 24 27 30 33 36 39
Imagine que tenhamos 100 pessoas com idade média de 30 anos, com desvio padrão de 10
anos, cuja amostra resultou em uma distribuição normal.
Desta forma, quando falamos em 95% de intervalo de confiança, estaremos falando que,
aproximadamente 95% desta amostra terá pessoas entre 10 e 50 anos, isto porque, se a
média é 30 anos e 95% de intervalo de confiança, representa 2 desvios padrões, teremos
que adicionar e tirar 20 anos de cada lado desta média para saber sua amplitude.
Por dedução sabemos que este intervalo de confiança terá 95% de chances de conter um
valor que se desvie da média na proporção de até dois desvios padrões.
Suponha que uma pesquisa de opinião predissesse que, se a eleição ocorresse hoje, o
Partido Político XYZ teria 60% dos votos.
O responsável pela pesquisa associou à mesma um nível de confiança de 95%. Isto quer
dizer que imagina-se que o partido XYZ poderá ter algo em torno de 57% a 63% dos votos,
ou seja 5% de erro dos 60% dos votos que resultam em 3% , devem adicionados e tirados
do percentual esperado de votos.
Dado duas séries de dados, existirão várias medidas estatísticas que podem ser usadas
Covariância para analisar como as duas séries se movem através do tempo.
Seu sinal, positivo ou
negativo, indica o tipo As duas mais largamente usadas são: a correlação e a covariância.
de relação entre duas
séries de dados. Para duas séries de dados, X (X1, X2,.) e Y(Y1,Y2,.), a covariância fornece uma medida
não padronizada do grau no qual elas se movem, e é estimada tomando o produto dos
desvios da média, para cada variável, em cada período.
Veja abaixo a hipótese de preços de duas ações: Sadia (Série A) e Perdigão (série B)
1. A Série “A” é uma série da dados que em 100% do tempo está em direção
ascendente, começando com 10 e terminando com 35, sempre em intervalos de 5.
2. A Série “B” também é uma série de dados que, em praticamente 100% do tempo,
(todos, exceto um), está em direção ascendente.
Vamos ver se o diagrama abaixo ajuda você a fixar melhor os conceitos aqui explicados.
-1 - 0,5 0 +0,5 +1
• Perceba que a correlação hipotética das nossas duas ações (Sadia e Perdigão), ficou em
0,96, ou seja, bem próxima a +1.
• Agora imagine se ocorresse o contrário, se elas tivessem correlação negativa (enquanto
uma sobe de preços a outra cai), que efeito isto teria em uma carteira de ações?
• Voltaremos a este assunto e falaremos de sua aplicação na Apostila de Gestão de Risco.
Será um número sempre positivo, variando de zero até 1, e demonstra quão forte é a
relação entre duas variáveis, sendo 0 a mais fraca e 1 a mais forte.
É muito utilizada nas operações de proteção, conhecidas como “hedging” para sabermos
qual o grau de proteção que estamos atingindo, ou sua eficácia.
Exemplo:
1) Suponha que você tem uma posição da ação “A” e queira fazer uma operação de
proteção utilizando o índice Bovespa.
2) Suponha também que o coeficiente de correlação entre esta ação e o Ibovespa seja
0,8, ou seja, em 80% das vezes que o preço da ação sobe ou cai, o mesmo ocorre com o
índice Bovespa.
Assim sendo:
64% da variação dos preços da ação “A” pode ser explicada pela variação do Ibovespa.
Cabe agora ao analista concluir se, com o coeficiente R2 de 0,64, a operação fornece o
nível de proteção adequado.
A média tem como característica levar em conta todos os elementos da amostra e é muito sensível a valores
muito grandes ou muito pequenos.
A mediana é representada pelo elemento central de uma série de dados sendo que metade da amostra estará
de seu lado direito e a outra metade de seu lado esquerdo.
Para um conjunto de dados define-se moda como sendo o valor que surge com mais freqüência.
O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores positivos e quanto maior for, maior será a
dispersão dos dados. Trata-se da raiz quadrada da variância.
Uma distribuição normal possui uma importante propriedade: seus dados possuem uma classe média
predominante e as outras classes se distribuem à sua volta de forma aproximadamente simétrica e com
freqüência a decrescer à medida que se afastam da classe média.
Um intervalo de confiança é uma faixa ou a extensão de valores ou dados que representa a probabilidade de
conter um determinado parâmetro estatístico a ser estimado para um conjunto de dados representados por uma
distribuição normal.
A covariância fornece uma medida não padronizada do grau no qual duas séries de dados se movem, e é
estimada tomando o produto dos desvios da média, para cada variável, em cada período.
A correlação é a medida padronizada da relação entre duas variáveis. Ela é calculada com base na
covariância.
Uma correlação próxima a zero indica que as duas variáveis não estão relacionadas.
Uma correlação positiva indica que as duas variáveis se movem juntas, sendo a relação mais forte
quanto mais a correlação se aproxima de 1.
Uma correlação negativa indica que as duas variáveis se movem em direção oposta, sendo que a
relação fica mais forte quanto mais próxima de menos 1 ela ficar.
Criado em 1979 pela ANDIMA em parceria com o Banco Central, o SELIC é um sistema
eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações
realizadas com títulos públicos, garantindo segurança, agilidade e transparência aos
negócios.
SELIC
Sistema eletrônico
Na década de 70, as operações financeiras implicavam o manuseio e a movimentação
que custodia e liquida
física desses títulos, com grande risco de fraude e extravio.
as operações com
títulos públicos
A partir do SELIC, títulos e cheques foram substituídos por simples registros eletrônicos,
federais.
gerando enorme ganho de eficiência, já que as operações são fechadas no mesmo dia em
que ocorrem.
Você vai aprender as características dos principais títulos públicos federais liquidados e custodiados pelo
SELIC na Parte 2 deste programa de treinamento. Aguarde!
O que a Taxa SELIC Over tem a ver com esse Sistema de Liquidação e Custódia? Tudo a
ver!
A taxa SELIC Over é a taxa média dos negócios realizados entre duas instituições
financeiras, pelo prazo de 1 dia, com lastro em títulos públicos federais. Como todas as
operações são liquidadas através deste sistema eletrônico, é ele que apura e divulga
essa taxa diariamente.
Você vai aprender as características dos principais títulos privados liquidados e custodiados pela CETIP
na Parte 2 deste programa de treinamento. Aguarde!
Pois bem, ela é a taxa média dos negócios realizados entre duas instituições financeiras, pelo prazo de 1
dia, com lastro em CDI que, sendo um título privado, tem sua liquidação e custódia processada através da
CETIP. Como todas as operações são liquidadas através deste sistema eletrônico, é ela que apura e divulga
essa taxa diariamente.
Clearings de Pagamentos
Segurança na Liquidação
Uma das condições necessárias ao perfeito funcionamento dos mercados financeiro e de capitais é a
crença de seus participantes de que seus ganhos serão recebidos e de que suas operações de
compra e venda serão liquidadas nas condições e no prazo estabelecidos.
5.1 Benchmark
Você conheceu no item 1.1 desta apostila, que se inicia na página 8, os principais
indicadores do mercado de Renda Fixa.
Volte, se necessário, para recordar o conceito de cada uma delas. O comentário
importante que podemos acrescentar é que esses indicadores são utilizados como
benchmark de diversas operações no mercado financeiro.
A taxa DI, por exemplo, é benchmark dos conhecidos Fundos de Renda Fixa DI;
O IGP-M é o benchmark dos Fundos IGP-M e de alguns Fundos Multi-índices;
A Taxa PTAX é adotada por muitos Fundos Cambiais para o cálculo do valor da cota.
Sua relevância advém do fato do Ibovespa retratar o comportamento dos principais papéis
negociados na BOVESPA e também de sua tradição, pois o índice manteve a integridade de
sua série histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação em
1968.
Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então,
considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de
proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do
valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações
recebidas em bonificação).
Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também
o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o
retorno total de suas ações componentes.
Finalidade
Representatividade do Ibovespa
• Em termos de liquidez
As ações integrantes da carteira teórica do Índice Bovespa respondem por mais de
80% do número de negócios e do volume financeiro verificados no mercado à vista
(lote-padrão) da BOVESPA.
Transparência
Uma metodologia de cálculo simples, com seus dados à disposição do público investidor,
assegura uma grande confiabilidade ao Índice Bovespa. Isto pode ser constatado pela
chancela do mercado, traduzida pelo fato do Ibovespa ser o único dos indicadores de
performance de ações brasileiras a ter um mercado futuro líquido (um dos maiores
mercados de contrato de índice do mundo).
A carteira teórica do Ibovespa é composta pelas ações que atenderam cumulativamente aos
seguintes critérios, com relação aos doze meses anteriores à formação da carteira:
estar incluída em uma relação de ações cujos índices de negociabilidade somados
representem 80% do valor acumulado de todos os índices individuais;
apresentar participação, em termos de volume, superior a 0,1% do total;
ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.
Uma ação selecionada para compor a carteira só deixará de participar quando não conseguir
atender a pelo menos dois dos critérios de inclusão anteriormente indicados.
Deve-se ressaltar que companhias que estiverem sob regime de concordata preventiva,
processo falimentar, situação especial ou sujeitas a prolongado período de suspensão de
negociação não integrarão o Ibovespa.
Vigência da Carteira
A carteira teórica do Ibovespa tem vigência de quatro meses, vigorando para os períodos de
janeiro a abril, maio a agosto e setembro a dezembro.
Ajustes do Índice
De forma a medir o retorno total de sua carteira teórica, o Índice Bovespa será ajustado
para todos os proventos distribuídos pelas companhias emissoras das ações integrantes de
seu portfólio.
Apresentação
O IBrX - Índice Brasil é um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica
composta por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA, em termos
de número de negócios e volume financeiro. Essas ações são ponderadas na carteira do
índice pelo seu respectivo número de ações disponíveis à negociação no mercado.
b) terem sido negociadas em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos doze meses
anteriores à formação da carteira.
Cumpre ressaltar que companhias que estiverem sob regime de concordata preventiva,
IBrX processo falimentar, situação especial, ou ainda que estiverem sujeitas a prolongado
Mede o retorno de período de suspensão de negociação, não integrarão o IBrX.
uma carteira teórica
de ações composta Critérios de Exclusão
pelas 100 ações mais Uma ação será excluída do índice, nas reavaliações periódicas, quando deixar de atender
negociadas do aos critérios de inclusão.
mercado.
Se, durante a vigência da carteira, a empresa emissora entrar em regime de concordata
preventiva ou falência, as ações de sua emissão serão excluídas da carteira do índice.
Vigência da Carteira
A carteira teórica do índice terá vigência de quatro meses, vigorando para os períodos de
janeiro a abril, maio a agosto e setembro a dezembro.
Ao final de cada quadrimestre a carteira será reavaliada, utilizando-se os procedimentos e
critérios integrantes desta metodologia.
Ajustes no Índice
Quando da distribuição de proventos por empresas emissoras de ações pertencentes ao
índice, efetuar-se-ão os ajustes necessários de modo a assegurar que o índice reflita não
somente as variações das cotações da ação, como também o impacto da distribuição dos
proventos.
Em função desta metodologia, o IBrX - Índice Brasil é considerado um índice que avalia o
retorno total ("total return") das ações componentes de sua carteira.