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O Nosso Descanso

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O Shabat – O Nosso Descanso

PORQUE OBSERVAR O SHABAT?

Para responder a esta pergunta, primeiramente iremos estudar a palavra Shabat tem
relação com as palavras, descanso, sétimo, sétimo dia, que é em relação à palavra do
Eterno que diz que Ele fez o mundo em seis dias e no sétimo Ele descansou. O mais
interessante é que D’us trabalhou seis dias e descansou. O homem foi feito no sexto dia e
descansou no sétimo, dando a entender que para trabalhar, o homem precisa primeiro estar
descansado, ter primeiro a confiança no Eterno.
A palavra“Shabat”significa, no hebraico, cessar, desistir, descansar. Como substantivo,
quer dizer o dia da semana chamado Sábado, que é o sétimo dia. É interessante observar
outras palavras no hebraico que possuem a mesma raiz “shev ou shav”, que no alfabeto
representa-se pelas letras “shin” e “bet”. Assim, a palavra “shevat” significa o número
sete; “Shiviim”, setenta; “shebii”, “shavua” significa período de sete, semana, ou Festa
das sete semanas, Shavuot, conhecida como a Festa de Pentecostes. O número sete, na
Bíblia, aponta para algo que é perfeito, eterno, pleno, completo, absoluto. Desta raiz
advém, também, a palavra “shabá”, que significa jurar, conjurar. É interessante, também,
notar que, na língua hebraica, muitos antônimos são formados pelo mesmo radical. Na
minha opinião, dá a entender que possa ter havido um propósito do Eterno em chamar
nossa atenção para o sentido oposto. Assim, no hebraico, a palavra “shavar” significa
comprar, adquirir, enquanto shabat significa descansar, parar, cessar algo que se estava
fazendo; justamente o contrário de comprar, adquirir, trabalhar, verbos estes que denotam
uma atividade dinâmica, e não de descanso, repouso.
O número sete, na Bíblia, aponta para algo que é perfeito, eterno, pleno, completo,
absoluto. Desta raiz advém, também, a palavra “shabá”, que significa jurar, conjurar. É
interessante, ainda, notar que na língua hebraica muitos antônimos são formados pelo
mesmo radical. Em minha opinião, dá a entender que possa ter havido um propósito divino
em chamar nossa atenção para o sentido oposto.

O Shabat segundo a própria Bíblia:


1. Lugar, no Livro de Genesis, versículo 3 do capítulo 2, diz o próprio D´us:
“Abençoou D’us o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a
obra que criara e fizera...” Deste versículo, aprendemos que o shabat é um dia
abençoado. Ou seja, abençoar na língua hebraica significa conceder autoridade e

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poder para que alguém seja bem-sucedido e próspero, fecundo e fértil. Então, o
shabat é um dia no qual recebemos esta bênção do próprio D’us;
2. é um dia santificado, ou seja, separado dos demais dias. Isto é, ele não foi feito
para ser igual à segunda, terça ou quarta-feira, etc. A lembrança e o objetivo
central, quando lermos todos os versículos que mencionam o shabat, é buscar e
refletir a própria santidade de D’us. Afinal, fomos criados a Sua imagem e
semelhança. Com isto, estamos proclamando, indiretamente, que reconhecemos
pela fé que não viemos da evolução de um chipanzé, mas, fomos criados por D’us,
sendo superior a todos os demais animais e, por isso, reconhecemos o shabat como
o dia do descanso de obras e seres que foram criados por D’us;
3. Terceiro, é também um dia de descanso. Sabemos, pelas Escrituras, que o homem
é constituído de um espírito, alma e corpo. Após seis dias de trabalho, é lógico e
claro que todos nós que trabalhamos estamos exaustos. Quer do trabalho que exige
mais do corpo e dos músculos ou daquele tipo de trabalho que exige mais da alma
(mente, raciocínio, memória) ou até mesmo daquele outro tipo que requer mais
adrenalina e tensão, como um piloto de avião ou um controlador de vôo, ou
mesmo, daquele estresse de um analista do mercado financeiro. Assim, D’us
reservou um dia para este descanso pleno (qualidade de vida), no qual abstraimo-
nos das atividades profissionais e nos concentramos na Palavra de D’us, que nos
alimenta o Espírito. Pois, pelo espírito tomamos consciência de D’us, pela alma
do mundo psicológico e pelo corpo do mundo material. Como uma bateria de
celular que necessita de ser de tempo em tempo recarregada, o homem precisa ser
“recarregado” do Espírito de D’us. Quanta ansiedade, estresse e cansaços
poderiam ser evitados se tirássemos um dia de descanso na semana? Para esse
descanso, D’us incluiu até os animais domésticos, a fim de se beneficiarem dessa
bênção, que zelo!
4. Yeshua, Jesus, é o Senhor do Shabat, diz o evangelista Mateus: “... Porque o filho
do Homem até do shabat é Senhor...”(Mt12:8) No livro de Marcos, Yeshua diz:
...”O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado...”
(Marcos 2:27-28). Só este motivo, Jesus, o Senhor do Shabat, já seria para nós um
bom exemplo. Ou seja, seguimos Aquele que é dono e que também guardava o
shabat em obediência ao seu Pai. Jesus ensinava e corrigia o povo judeu quanto a
maneira correta de guardar este dia com boa ação e alegria, abolindo todo e
qualquer tipo de legalismo, tradicionalismo e má interpretação que alguns fariseus
tinham ou faziam neste dia. Shabat não é para ser peso para o homem, uma
proibição, mas uma revelação profunda da fé e do zelo para com as coisas do
Nosso Pai, Nosso Rei, Avinu malkeinu.
5. É um memorial da criação divina. Neste dia de shabat exercitamos a nossa fé, pois
cremos que D’us nos criou para obedecermos seus mandamentos. Assim, o
sábado, segundo as Escrituras, é um memorial de toda a obra que D’us fizera. Isto
é muito e muito lógico. Assim, o sábado fala do passado, do presente, e fala
também do futuro, como veremos a seguir. Ele fala da Redenção Universal que
virá, o “Tikun Olam”, como diz a bíblia. D’us quer que entendamos este tempo
Dele, pois o tempo é para nós. Ele não precisa de um tempo para a redenção de
todas as coisas. Ele já determinou tudo e está no controle e soberania de todas as
coisas. Em Êxodo 16:26-30, vemos mais detalhes do que relatamos até aqui,
quando D’us enviava uma porção dobrada do pão (maná) no sexto dia, para que o

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homem ficasse isento de recolher alimento no shabat e tivesse tempo de culto e


adoração para Ele;
6. Shabat é o quarto mandamento (mitzvá) do decálogo dado por D’us. Mandamento
é algo muito sério, pois a lei de D’us apresenta-se sob a forma de mandamentos
(mitzvot), estatutos (huquim) e ordenanças (mishpatim). Mandamento é algo que
vem de D´us para o homem, e este o obedecendo, o devolve a D´us. Notemos que
na língua hebraica há uma distinção bem diferenciada destas palavras e que elas
não são meros sinônimos. Dessa forma, enquanto o dízimo ou as festas bíblicas
ou as regras alimentares estão na classificação de estatutos; as leis indenizatórias
e trabalhistas são exemplos de ordenanças ou preceitos. Já o shabat está no
contexto de um mandamento. Sempre há uma conseqüência quando falhamos com
os mandamentos de D’us. Basta pensar um pouco nas pesadas conseqüências de
quem mata, furta, adultera, etc. Isto também acontece para os estatutos e
ordenanças, pois geram conseqüências pelo descumprimento, porém, bem mais
brandas. Ou seja, deixamos simplesmente de receber as bênçãos que D’us tem
para todo aquele que obedece e cumpre a Palavra Dele;
7. O Shabat é o dia de a família estar reunida. Analisando o quarto mandamento,
vemos: “...Lembra-te do dia do sábado para o santificar... Neste dia não fareis
trabalho algum, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem teu animal, nem
o estrangeiro..”.(Ex20:8-11). Estes versículos nos mostram que D’us quer toda a
família reunida. Por isso, dizemos que o shabat também é o dia da família e
daqueles que estão ao nosso redor. Com certeza, se toda família pudesse ter um
dia reunião, comendo juntos à mesa, estaria muito melhor em termos de amor,
bom relacionamento e união;
8. Sábado é um sinal de D’us para com a Casa de Israel. Observemos o que diz o
versículo abaixo: “...Certamente guardareis os meus sábados; porquanto isto é um
sinal entre Mim e vós pelas vossas gerações... Porque eu sou o Senhor que vos
santifica...”( Ex 31:13). Vejam que tomar o shabat como um sinal só é válido para
o povo judeu e não para o gentio crente. Mas, como o gentio crente em Cristo foi
enxertado na “Oliveira” que é o Israel espiritual (judeus e gentios crentes em
Jesus), este também tem o direito à esta bênção. Há aqui outro detalhe de suma
importância. Em vários versículos da Bíblia que fazem menção ao sábado é usado
o verbo “Shemar” no sentido de guardar, obedecendo este mandamento do shabat,
referindo-se aos filhos de Israel, ou seja, é um mandamento dado ao povo hebreu,
como já dito. Por exemplo, temos o versículo citado acima. Mas, no decálogo, que
foi dado também para toda humanidade, D’us emprega o verbo “Zacor”, que quer
dizer “Lembrarse”. Assim, podemos dizer que D’us quer a humanidade se
lembrando do sábado, santificandoo e descansando nele. Mas, para o povo de
Israel, além destes princípios, D’us quer que o sábado seja um SINAL do pacto
eterno entre o povo hebreu e o próprio D’us. Lembremo-nos que, por Cristo, os
gentios foram enxertados neste Pacto;
9. O Shabat é um dia festa e alegria. Isto mesmo, um dia de festa! Em Levítico 23:2-
3, temos o shabat como uma festa semanal, porém, uma convocação solene.
Portanto, é uma festa de alegria e, por isso, não se jejua no sábado (salvo
exceções). Se temos um dia dedicado para adorar, louvar e estudar a santa Palavra
do Senhor, não pode haver espaço para nenhuma tristeza. Claro que isto não
invalida que D’us seja adorado em qualquer outro dia da semana, mas, no sábado,
temos uma festa;

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10.Yeshua, como bom judeu, zeloso para com a lei, guardava o Shabat estudando as
porções da Torá e os livros do Profeta (Parashá e Haftará). Em Lucas 4:16-17 “...
Chegando a Nazaré onde fora criado, entrou na sinagoga no dia de sábado,
segundo o seu costume, e levantou-se para ler ( a Torá e a Haftará). Foi-lhe
entregue o livro do profeta Isaías achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do
Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar as boas novas aos
pobres...” ( Isaias 61:1)- Pela antiga tradição judaica, bem antes de Yeshua, os
judeus, a cada sábado, reuniam-se nas sinagogas para estudar a Parashiot (as
porções da Torá) e as Haftarot (os textos dos profetas);
11.Motivo pelo qual guardamos o shabat é que os apóstolos e discípulos de Yeshua,
judeus e não judeus, guardavam e estudavam a Torá e a Haftará também, e isto
durou até o século VI d.C., quando o Papa católico Gregório aboliu de vez o
shabat, trocando-o pelo domingo (“Dominus Dei”), “dia do Senhor”. Longos
foram os anos para que se tirassem e abolissem a guarda do shabat do meio dos
cristãos dos primeiros séculos. Vejamos, como exemplo, só dois textos de Atos
dos Apóstolos. Paulo, estando em Antioquia “... entrou numa sinagoga, no dia de
sábado, sentaram-se. Depois de ler a Lei (Torá) e os Profetas (Haftarot), os chefes
da sinagoga...” (At 13:14) “... quando foram saindo rogavam para que estas
palavras fossem repetidas no sábado seguinte... No sábado seguinte reuniu-se
quase toda a cidade... (At 13:42 e 44). Portanto, era costume da igreja primitiva
guardar o sábado para estudar a Palavra de D’us, a Torá. Vejamos agora outro
texto de Atos, onde judeus e não judeus guardavam o shabat para estudar a palavra.
Paulo estava em Corinto na Grécia “... ele discutia todos os sábados na sinagoga
e persuadia a judeus e gregos...”( Atos 18:4) Aqui temos claramente judeus e
gregos (gentios crentes) praticando a guarda do shabat;
12.O motivo para a guarda e observância do Shabat é, para mim, uns dos grandes
motivos, pois obedecer a guarda do shabat é um ATO PROFÉTICO, ou seja, um
ato de fé, uma alusão ao reino milenar, o reino onde Yeshua, juntamente com
judeus e gentios salvos, estarão reinando com o Rei dos reis. A palavra“ato
profético” em si significa fazer algo por fé, simbolizando ou gerando a existência
de algo. Por exemplo, quando fazemos a ceia com pão e vinho, estamos, segundo
o apostolo Paulo, dizendo que Yeshua morreu, ressuscitou e que Ele voltará. Ou
seja, esta cerimônia é um bom exemplo do que é um ato de fé. Outro bom exemplo
é a celebração das festas bíblicas, pois se extrairmos delas a fé, as mesmas não
teriam sentido algum para nós e não passariam de um simples memorial. O Texto
de Hebreus diz: “..., portanto, resta ainda um repouso shabático para o povo de
D’us...” (Hb 4:9). O contexto fala do descanso, do reino de D’us chegado à terra
por meio da segunda vinda do Messias Yeshua. O livro de Apocalipse (19:7 e
20:6) fala deste milênio e deste reino. O autor de Hebreus ainda nos exorta a nos
esforçarmos para entrar neste descanso (shabat) do Senhor. Se compararmos o
shabat com a Lei do dízimo (um estatuto), veremos que o dízimo aparece em todo
o Antigo Testamento, mas não está ordenado ou endossado no Novo Testamento
como Lei, mas, simplesmente, como bênção para quem for fiel e obediente a este
bom e eficaz estatuto. É um ato de amor. O dízimo é um estatuto judaico muito
bem entendido pelos crentes em Jesus e tal entendimento é muito bom. Mas, se
analisarmos bem o mandamento (Mitzvá) do shabat, veremos que o Shabat nos
foi dado anteriormente à Lei, durante o período da Lei, após a Lei (Isaias 56 é um
bom exemplo dos estrangeiros entre os judeus guardando o shabat e recebendo

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bênçãos) e, mais importante ainda, no Novo Testamento, onde há mais cita- ções
sobre o shabat do que o Antigo; o que nos prova a confirmação do propósito de
D’us para que todos nós cresçamos em fé e em verdade, profetizando juntos “Os
dias vindouros” (Acharit Haamim), quando todos os eleitos estaremos na presença
do Senhor.
13.Eu poderia dizer que pelo fato de Jesus ter ressuscitado no domingo, no primeiro
dia da semana, não é argumento válido para anular mais de centenas de citações
que a bíblia menciona sobre o shabat. Yeshua não poderia ressuscitar, como judeu,
num dia sábado, de descanso absoluto para os judeus. Ninguém saía de suas casas.
Assim, Yeshua foi obediente até nisso, quando ressurgiu no primeiro dia da
semana. Seria muito estranho um filho tão obediente, com a mesma natureza
divina, mudar um mandamento ou qualquer outro ordenado por Seu Pai. Não
seria? Que cada um de nós crentes em Jesus, judeus ou não, possamos ter um
entendimento mais pleno e completo do dia do Senhor, não com legalismos,
proibições ou por tradições, mas por revelação. Quem não tem a revelação do
shabat, não merece as bênçãos do shabat, dizem os sábios estudiosos da bíblia.
Que cada um possa receber com amor este ensinamento bíblico que foi tirado do
nosso meio por decreto, mas que ele volte rápido, mas não por meio de outro
decreto humano, mas sim, como revelação e amor do que ele representa: a história
passada, presente e futura da redenção total do homem e a chegada do Messias e
do Reino de D’us. É disso tudo que fala o Shabat.

Rabino Messiânico Marcelo M. Guimarães.

tB'v;
tbs
Neste momento iremos viajar nesta palavra tão linda.
Shabat em paleo-hebraico é:

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tbv
O significado oculto de shabat é:

1. v – Shin – dente, boca, comer


2. b – Bet – casa, família
3. t – Tav – sinal, cruz (Yeshua)

Resumindo:

1. Comer em casa com a família, celebrando e descansando em Yeshua;


2. Comer em casa com a família, celebrando e descansando na Palavra;
3. Comer em casa, em família, com Yeshua.

Significado de descansar:

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Verbo:
1.
regência múltipla
livrar(-se) de atividade cansativa ou de estado de fadiga.
"d. a vista".
2.
transitivo direto, bitransitivo e intransitivo.
proporcionar ou obter tranquilidade; livrar(-se) de apreensão, receio, preocupações;
acalmar(-se), serenar(-se).

Sinônimos: repousar, relaxar, desfadigar, folgar, tranquilizar, confiar.

Analisando os significados e sinônimos, tanto no hebraico, quanto na língua portuguesa,


vemos que enquanto nós descansamos no Eterno e na sua Palavra, o Eterno descansa em
nós! Qual o sentido desta expressão: “O Eterno descansa em nós”? Enquanto nós
descansamos, sentimos relaxados e confiamos no Eterno, o Eterno quer confiar em nós,
confiar a sua Vontade, sentir relaxado conosco em relação à sua Palavra; D’us deu as suas
mitzvot a nós e ele fez isso porque confiou em nós. Agora, vamos a uma pergunta: Será
que D’us tem confiado em nós nestes últimos dias?

Shabat Shalom
Shabat Shalom é uma expressão hebraica utilizada pelos judeus como uma saudação
durante o Shabat (o 7º dia da semana, correspondente ao sábado).
Literalmente, Shabat Shalom significa “Sábado de Paz”, mas também pode ser
interpretado como “paz no seu descanso semanal”, e costuma ser usado entre os judeus
durante o período do Shabat, que começa ao pôr-do-sol de sexta-feira e termina no pôr-
do-sol de sábado.
De acordo com a Bíblia, o shabat (sábado) é considerado o “dia do descanso” e é dedicado
exclusivamente ao equilíbrio da harmonia das famílias com Deus. Todas as obrigações
profissionais e financeiras devem ser evitadas durante o shabat. Atualmente os judeus e
muitos cristãos "guardam o sábado", o que significa que não trabalham e dedicam o dia
para Deus.
O termo shalom é bastante comum em cumprimentos e saudações hebraicas, significando
literalmente “paz”. Curiosamente, esta palavra hebraica se originou a partir do árabe
salaam, que também possui o mesmo significado: “paz”.

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OBSERVANDO O SHABAT EM SUA CASA!

Quando pensamos em celebrarmos o Shabat em nosso lar, devemos compreender que


devemos nos esmerar em fazê-lo com apreço e muita dedicação, daí é de suma
importância nos anteciparmos nos preparativos, e em como nos desligarmos do mundo
exterior, nosso dia a dia, para que ele seja santo e precioso em todos os sentidos! O Erev
Shabat- é a véspera do Shabat, que tem seu início ao entardecer de sexta feira, nele
expressamos nosso amor a Yeshua, com uma bela mesa com toalha festiva geralmente
branca, pães conhecidos como as chalot (pronuncia-se rralot), relativo a pães, trançados
especiais, luzes de Shabat que marcarão o início e o fim do Shabat, que podem ser velas
de Shabat neutras ou castiçais com pavio e azeite, vinho para o Kidush, a celebração de
nossa aliança com o Eterno!

O QUE PRECISAMOS PARA CELEBRAR O SHABAT?


RESUMO

Primeiramente, a Kavaná, verdadeira intenção no coração, depois a disposição de preparar


em família, a festa! Para este dia… uma casa limpa e ornamentada, uma mesa, com os
elementos principais para que a aliança com D’us em Yeshua seja renovada! Os elementos
constam de vinho, taça para o Kidush, dois pães trançados, travessa para colocar os pães
que pode ser de madeira, pedra ou vidro, luzes que podem ser duas velas brancas ou taças
com pavios e azeite, e uma mesa para o memorial com toalha branca festiva e claro as
flores para adornar a festa. Lembrando que nas celebrações das festas, Yeshua é também
um convidado! Diz a tradição oral, que dois anjos vêm ver tudo, como está a nossa mesa
e a celebração!
A alegria na celebração é uma ordem divina, neste momento, temos as orações e leitura
de Salmos, e de uma porção que fala do Shabat, podemos contar com o auxílio do Sidur
Judaico Messiânico para o Shabat (você adquire no site do Ministério Ensinando de Sião),
o Kidush, um jantar, louvor e a bênção!
A mesa e uma toalha branca;
As luzes do Shabat, no qual será pronunciado a bênção pela mulher do lar;

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Uma taça para o Kidush- onde colocamos vinho fervido e onde uma bênção é declarada
pelo homem do lar;
Os dois pães trançados, polvilhado com gergelim ou sementes de papoula, e sobre os
mesmos recitamos, uma bênção;
Jantar festivo, que deve constar pelo menos, os dois pães de Shabat;
E bom descanso! E não esqueça que devemos buscar o Eterno neste dia tão memorável.
“E relacionar uns com os outros com a família” (Joel)!

O MITZVAH DE TZEDEKAH

O sábado começa com uma oferta para os pobres. Isto é conhecido como
a mitsvá de tsedacá (o mandamento de fazer o bem). Cada membro da
família coloca uma quantidade de dinheiro na Caixa de Tzedakah a ser
dado por uma causa de caridade. Esta é uma oportunidade valiosa para
toda a reunião para apresentar e desenvolver o espírito de dar,
especialmente nas crianças. É justo que um pouco antes de acender as
velas e entrar na bênção do HaShem que nós mostramos a nossa vontade
de ser uma luz para o mundo por ser uma bênção para outros. Esta oferta pode ser sempre
acompanhada por uma oração especial.

Baruch Ha’Shem!

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O Shabat e a Noiva
O famoso Rabino Shelomô Alkabets foi muito feliz
quando compôs a belíssima canção Lechá Dodi, entoada
para dar as boas-vindas à Rainha Shabat, que não é outra
coisa senão a própria Era Messiânica. Isso mesmo, a
Rainha Shabat é a Era Messiânica profetizada pelos
profetas do Tanach, bem como através de todas as
celebrações de Shabat, no decorrer de todos os tempos
pelos israelitas. Uma era em que o ַ‫מָּ ִשׁיח‬, Mashiach
vencerá todos os seus inimigos e finalmente reinará em Yerushalaim, sobre o trono de seu
pai, o rei David e sobre todas as nações. Aqueles que já receberam o ַ‫מָּ ִשׁיח‬, Mashiach
também já desfrutam antecipadamente dessa Rainha Shabat ou dessa Era Messiânica, a
qual também podemos dizer que é o verdadeiro ‫שבת שלום‬, SHABAT SHALOM ou
descanso pacífico, o reino do ַ‫מָּ ִשׁיח‬, Mashiach. E assim como o corpo do ser humano
precisa de descanso para refazer suas forças, assim
também a sua alma precisa de descansar do peso de
seus pecados. E isso nos faz lembrar do que ַ‫יֵשׁוּﬠ‬,
Yeshua falou:
"Vinde a mim todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração; e encontrareis descanso (SHABAT) para
vossas almas”. (Mt 11:28,29).

Portanto, o Shabat simboliza o descanso ou repouso descrito nesses textos abaixo:

"Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso... E a quem jurou que não
entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes?" (Hebreus 3:11,18).

"Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso, tal como disse: Assim
jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora as suas obras estivessem
acabadas desde a fundação do mundo; pois em certo lugar disse ele assim do sétimo dia:
E descansou D'us, no sétimo dia, de todas as suas obras; e outra vez, neste lugar: Não
entrarão no meu descanso. Visto, pois, restar que alguns entrem nele, e que aqueles a
quem anteriormente foram pregadas as boas novas não entraram por causa da
desobediência, determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, depois de tanto
tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos
corações. Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso
de outro dia. Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de D'us. Pois aquele
que entrou no descanso de D'us, esse também descansou de suas obras, assim como D'us
das suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso, para
que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência." (Judeus Messiânicos - Hebreus
4:3-11).

‫שׁיר הַ ִשּ ִירים‬,
ִ Shir ha Shirim, Cântico dos Cãnticos de Salomão fala do relacionamento que
havia entre ele, o rei e sua amada, uma mulher sulamita, mas também fala, numa
linguagem poética, sobre o ַ‫מָּ ִשׁיח‬, Mashiach e sua ‫קְ ׅהלָה‬, Kehilah ou sobre o noivo e a noiva.

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É interessante notar que o livro de Cântico dos Cânticos, no capítulo 5:1-7 apresenta a
noiva sem condições de se apresentar ao noivo, por ela ainda não estar preparada, isto é,
vestida com suas vestes nupciais e adornada com os devidos adornos (Yeshaiahu, Isaías
61:10; 62:5; Yermiahu, Jeremias 2:32).
Confiram abaixo:
"Venho ao meu jardim, minha irmã, noiva minha, para colher a minha mirra com o meu
bálsamo, para comer o meu favo com o meu mel, e beber o meu vinho com o meu leite.
Comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados. Eu dormia, mas o meu coração velava.
Eis a voz do meu amado! Está batendo: Abre-me, minha irmã, amada minha, pomba
minha, minha imaculada; porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos
das gotas da noite.
Já despi a minha túnica; como a tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei
a sujar? O meu amado meteu a sua mão pela fresta da porta, e o meu coração estremeceu
por amor dele. Eu me levantei para abrir ao meu amado; e as minhas mãos destilavam
mirra, e os meus dedos gotejavam mirra sobre as aldravas da fechadura. Eu abri ao meu
amado, mas ele já se tinha retirado e ido embora. A minha alma tinha desfalecido quando
ele falara. Busquei-o, mas não o pude encontrar; chamei-o, porém ele não me respondeu.
Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me, feriram-me;
tiraram-me o manto os guardas dos muros." (Shir ha Shirim, Cantares 5:1-7).

 O noivo visita o seu jardim, pode significar o retorno do Mashiach a Terra, para
encontrar-se com sua noiva nos ares (I Tessalonicenses 4:17), quando do
arrebatamento da mesma.
 A noiva dormia, pode significar que uma parte da Kehilah de Yeshua ao tardar o
noivo, ela então adormece espiritualmente, isto é, perde o fervor do primeiro amor
(Revelação, Apocalipse 2:4) e dorme, como as cinco virgens loucas da parábola
das dez virgens proferida por, ַ‫יֵשׁוּﬠ‬, Yeshua.
 A noiva estar despida de suas vestes, pode significar que essa parte da Kehilah de
Yeshua se despiu do seu caráter justo e santo, parecido com o de ‫אַ ְב ָרהָ ם‬, Avraham,
com o de ‫יִ צְ חָ ק‬, Itzchac e com o do ַ‫מָּ ִשׁיח‬, Mashiach. Enfim, que ela se despiu de
suas vestes espirituais de justiça e santidade, mas que precisa se revestir das
mesmas, do contrário quando o noivo voltar ela estará se arriscando a não ser
arrebatada, conforme ocorreu com as cinco virgens loucas da parábola já
mencionada.
 A noiva não querer sujar mais seus pés, pode significar que essa parte da Kehilah
de Yeshua tenha enriquecido na dimensão material e consequentemente desfruta
de muita glória, exaltação diante dos homens. E por isso mesmo ela não quer
anunciar mais a salvação aos pobres, pois não deseja se misturar mais com gente
humilde, porque esse tipo de gente não tem nada de valor material para lhe
oferecer e o seu dízimo é de valor insignificante. Mas que na dimensão espiritual
essa parte da Kehilah de Yeshua tenha empobrecido (Revelação, Apocalipse 3:14-
22) para com D'us.
 A noiva clamou pelo noivo, mas ele já tinha ido embora, pode significar que isso
também ocorrerá com essa parte da Kehilah de Yeshua, assim como acorreu com
as cinco virgens loucas, as quais também clamaram, mas já era tarde demais.
 A noiva percorreu a cidade em busca do noivo, mas não o encontrou, de novo
pode significar que essa parte da kehilah de Yeshua procurará por ele após o
arrebatamento, mas também não o encontrará.

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 E por último, o fato da noiva ter sido espancada pelos guardas, pode significar que
essa parte da Kehilah de ַ‫יֵשׁוּﬠ‬, Yeshua passará pela tribulação. E
consequentemente aqueles que pertencerem a ela serão perseguidos, torturados e
alguns até mortos (Revelação, Apocalipse 6:9-11; 7:9,13,14) pelo governo do
antimashiach.

Isso nos mostra dois tipos de seguidores do ַ‫מָּ ִשׁיח‬, Mashiach:


1. Aqueles que ouvem as palavras de ַ‫יֵשׁוּﬠ‬, Yeshua e as obedecem.
2. E aqueles que ouvem as suas palavras, mas não as obedecem.

Vejam esses textos da ‫הַ בְּ ִרית הַ חֲדָ שָׁ ה‬, HaBrit ha Chadashah, Nova Aliança, que falam do
relacionamento entre o noivo e a noiva: Matitiahu, Mateus 9:15; 25:1-13; I Keipha, I
Pedro 3:3,4 e Revelação, Apocalipse 21:2,9; 22:17.
O ַ‫מָּ ִשׁיח‬, Mashiach quer se casar sim, mas apenas com uma autêntica jovem parente de
‫אַ בְ ָרהָ ם אָ בִ ינוּ‬, Avraham Avinu, nosso Pai Abraão, e que o caráter dela seja parecido com o
dele. ‫יֵשׁוּ ַﬠ‬,Yeshua não se casará com alguma moça que tenha seu caráter parecido com o
das filhas dos cananeus (Bereshit, Gênesis 24:1-4), no tempo em que ‫אַ ְב ָרהָ ם‬, Avraham,
Abraão buscava uma noiva para seu filho ‫יִ צְ חָ ק‬, Itzchac, Isaac. Portanto, ַ‫יֵשׁוּﬠ‬, Yeshua virá
buscar uma noiva que seja parente genuína de Avraham, não por ela ter apenas o DNA
físico, mas principalmente por ter o DNA metafísico do patriarca (ler Romanos 11), o
qual qualifica essa noiva não apenas como uma parente genuína de Avraham, mas também
como uma verdadeira filha de D'us (Romanos 8:15-17; 9:4; Gálatas 3:6,7,26; 4:5, etc.)
pela fé nele, no ‫מָּ ִשׁיחַ יֵשׁוּ ַﬠ‬,Mashiach Yeshua.

E todos aqueles que já desfrutam da Rainha Shabat (Noiva Shabat) ou da Era Messiânica,
por receberem o Mashiach, se tornaram também na gloriosa noiva d'Ele, a Kahal ou a
grande companhia de redimidos pelo Seu precioso sangue.

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O Shabat – O Nosso Descanso

O SHABAT EM NOSSO LAR

Lembre-se, o Shabat nunca é para ser legalista. Podemos nos sentir livres para adicionar
toques especiais durante toda a celebração que o tornam único e memorável para a
família.

Luzes de Shabat
São duas luzes, podendo ser colocadas em castiçais próprios,
velas brancas, trazendo-nos a memória, o “lembrar” – Zachor –
e “observar” – Shamor” o dia de Shabat (Exôdo 20;
Deutoronômio 5, 12).
‫זכור את־יום השבת לקדשו‬
ZAKHOR 'ET-YOM HÁ’SHABAT LEKADSHO
Lembra-te do shabat para santificá-lo

‫שמור את־יום השבת לקדשו‬


SHAMOR 'ET-YOM HÁ’SHABAT LEKADSHO
Guarda o shabat para santificá-lo

 Uma mulher casada deve acender duas velas. Em algumas comunidades


costuma-se acrescentar uma vela a mais para cada filho (a), mesmo quando a
filha a acende por si só.
 Meninas, a partir do momento em que compreende o significado do Shabat e sabe
recitar as bênçãos (aproximadamente, aos três anos de idade), e moças solteiras
acendem uma só vela, antes da mãe. Caso um homem more sozinho, ou sua esposa
e filha estejam ausentes, ele deve acender as velas com as respectivas bênçãos.
 Acenda as velas dezoito minutos antes do pôr-do-sol.
 Depois que a mulher recita a bênção, ela introduziu o Shabat. A partir desse
momento ela não pode fazer nenhuma atividade que seja proibida no Shabat.
 As velas e castiçais não podem ser movidos até a conclusão do Shabat. 
Lâmpadas elétricas podem ser usadas como vela do Shabat onde não é possível
acender uma chama, como num hospital.

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O Shabat – O Nosso Descanso

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLAM,


ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV, VETSIVÁNU
LEHADLIC NER SHEL SHABAT.
Bendito sejas Tu, Eterno, nosso D-us, Rei do Universo, que nos
santificaste com os Teus mandamentos e nos ordenaste acender a vela
de Shabat.

Zemirot

Uma declaração de nosso mais sublime louvor e adoração ao S’nhor do Shabat, Yeshua,
com hinos próprios para o Shabat entoados por todos durante a refeição.
Muitos hinos entoados no Shabat falam dele como uma dádiva, uma bênção, presente do
Eterno para a humanidade, o maior tesouro religioso de Israel, e da recompensa espiritual
para aqueles que piedosamente observam o dia santo.

Shalom Aleichem
Shalom Aleichem: SHALOM ALEICHEM
A paz esteja convosco, anjos
MAL-ACHEI HASHARET MAL-ACHEI
da paz, Anjos do Altíssimo,
ELYON, MIMELECH MALCHEI
enviados por parte do Rei dos
HAMELACHIM HACADOSH BARUCH
Reis, O Santo, bendito seja Ele.
HÚ.

Boachem leshalom: BOACHEM A vossa vinda seja em paz,


LESHALOM MAL-ACHEI HASHALOM anjos da paz, Anjos do
MAL-ACHEI ELYON, MIMELECH Altíssimo, enviados por parte
MALCHEI HAMELACHIM HACADOSH do Rei dos Reis, O Santo,
BARUCH HÚ. bendito seja Ele.

Abençoai-me com paz, anjos


Barchuni leshalom: BARCHUNI
da paz, Anjos do Altíssimo,
LESHALOM MAL-ACHEI HASHALOM
enviados por parte do Rei dos
MAL-ACHEI ELYON, MIMELECH
Reis, O Santo, bendito seja Ele.

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O Shabat – O Nosso Descanso

MALCHEI HAMLACHIM HACADOSH


BARUCH HÚ.

Tsetchem leshalom: TSETCHEM A vossa saída seja em paz,


LESHALOM MAL-ACHEI HASHALOM anjos da paz, Anjos do
MAL-ACHEI ELYON, MIMELECH Altíssimo, enviados por parte
MALCHEI HAMLACHIM HACADOSH do Rei dos Reis, O Santo,
BARUCH HÚ. bendito seja Ele.

KI MAL’ACHAV IETSAVÊ LACH, LISHMORCHÁ BECHOL DERACHÊCHA.


ADONAI YISHMOR TSETCHÁ UVOÊHA MEATÁ VEAD OLAM.
Porque aos Seus anjos Ele dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os
teus caminhos. O Eterno guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para
sempre.

Hine Matov:
HINE MA TOV U’MA-NAYIM SHEVET ACH-IM GAM YA-CHAD
Quão bom e agradável é, que os irmãos vivam em comunhão

Hine Matov é uma reza que mostra para nós o valor de estarmos todos unidos em
momentos de festividades. Se pararmos para refletir um pouco e tentarmos trazer essa
filosofia para dentro da Chazit, veremos que se encaixa em muitos âmbitos. A valorização
da união, tanto nos momentos felizes quanto nos mais complicados, começa desde
pequeno, quando entramos na Chazit e então formamos a nossa kvutzá. Ao tempo em que
vamos crescendo e evoluindo dentro da tnuá, também aumenta a vontade de estarmos
sempre com a nossa kvutzá e o valor que damos a estes momentos, que podem acontecer
até mesmo somente de sábados, quando temos peulot. Depois do período de chanichut,
chegamos a tão esperada peilut e da mesma forma, também buscamos nos manter unidos
e comemorar vitórias juntos, assim como nos apoiar em momentos difíceis. A Chazit
acaba formando um laço enorme entre seus chaverim. Ao se pensar como um todo, o
marco mais importante da Chazit é quando tanto os peilim quanto os chanichim estão
juntos, e podem compartilhar de um único sentimento, que no final das contas, é o mais
valorizado entre nós.

Lechá Dodi:
Receber
Receber é uma ação de difícil reação.
Nunca se sabe se aceita, se diz sim ou se diz não.

Receber é se apossa
De algo de alguém, que quer doar
Um presente ou um sorriso ou uma notícia pra alegrar.

Receber é ter um dom de mostrar quando está bom.


Pois que doa sempre espera
Um elogio de bom tom.

Uma noiva que é recebida por seu marido apaixonado

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O Shabat – O Nosso Descanso

Lhe dará uma boa vida


E estará sempre ao seu lado.

Você merece receber


A energia do povo judeu
Através do shabat e sua luz,
A tradição não morreu.

A Chazit quer receber


Fazer o mundo se envolver
Mas o foco é doar
E ver o mundo melhorar.

LECHÁ DODÍ LIKRAT KALÁ PENÊ SHABAT NEKABLÁ.


SHAMOR VEZACHOR VEDIBUR ECHAD, HISHMIÁNU EL HAMEIUCHAD,
ADONAI ECHAD USHEMÓ ECHAD LESHEM ULETIFERET VELITEHILÁ.
LECHÁ DODÍ LIKRAT KALÁ PENÊ SHABAT NEKABLÁ. LIKRAT SHABAT
LECHÚ VENELCHÁ, KI HÍ MEKOR HABRACHÁ, MEROSH MIKEDEM
NESSUCHÁ, SOF MAASSÉ BEMACHSHAVÁ TECHILÁ.
LECHÁ DODÍ LIKRAT KALÁ PENÊ SHABAT NEKABLÁ.
IAMIN USMOL TIFROTZÍ, VEET ADONAI TAARITZÍ, AL IAD ISH BEN PARTZÍ,
VENISMECHÁ VENAGUILÁ.
LECHÁ DODÍ LIKRAT KALÁ PENÊ SHABAT NEKABLÁ.
BOÍ BESHALOM ATERET BAALÁ, GAM BESSIMCHÁ
UVETZAHOLÁ, TOCH EMUNÊ AM SEGULÁ, BOÍ KALÁ, BOÍ KALÁ.

A poesia se relaciona com a reza Lecha Dodi, que ressalta a curiosidade do povo judeu
em relação ao Shabat.
Lechá Dodi é uma reza recitada na sexta à noite (Kabalat Shabat) que simboliza a chegada
do Shabat, transmitindo as expectativas em relação às novas etapas do dia a dia. A reza
versa sobre o encontro da noiva com o noivo, assim como Shabat vem de encontro ao
povo judeu. Nesse sentindo, trazendo para o ambiente “chazitiano”, o Lechá Dodi pode
caracterizar os peilim ansiosos com a satisfação de cada Shabat de chazit. Cada peula
realizada, cada chanich mais envolvido e cada expectativa alcançada. A poesia retrata
sobre os noivos, o povo judeu e a chazit, que está sempre ativa para proporcionar
momentos memoráveis.
Para o judaísmo, o compromisso é a condição do sagrado.
E o casamento, uma de suas materializações. No entanto, cada tempo e cada ser têm sua
noiva;
Que deve ser buscada antes de ser recebida. Neste dia de Shabat, cantamos e celebramos
lado a lado, aguardando ansiosamente o encontro com o sagrado, sem nos esquecermos
que “o” sagrado não existe por si só: Ele depende do contexto e daquilo que desejamos.
Seria melhor lembrar o que pode tornar-se sagrado. Como a parceira que, mediante
compromisso, vem a ser também noiva; guardar a energia e singularidade de cada
encontro, para realizar aquilo que há de único no que se repete, aparentemente igual, toda
semana, todo dia, em vários momentos.
Para experimentar o sagrado se necessita esforço, repetição e diferença. É isso que o
Shabat vem nos relembrar, que estar alegre e presente se renova através de hábitos e

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O Shabat – O Nosso Descanso

escolhas, E que as experiências se tornam especiais quando somos movidos por nossas
primeiras intenções – as mais fortes e verdadeiras.

Mizmor Shir:
MIZMOR SHIR LEYOM HASHABAT.
TOV LEHODOT LADONAI
ULEZAMER LESHIMCHÁ ELYON.
LEHAGUID BABOKER CHASDÊCHA
VEEMUNATÊCHA BALEILOT.
ALÊ ASSOR VAALÊ NAVEL ALÊ HIGAYÓN BECHINOR.
MIZMOR SHIR LEYOM HASHABAT.
TOV LEHODOT LADONAI
ULEZAMER LESHIMCHÁ ELYON.
KI SIMACHTANI ADONAI BEFAOLÊCHA
BEMAASSÊ IADÊCHA ARANÊN.
MA GADLÚ MAASSÊCHA ADONAI MEOD AMKÚ
MACHSHEVOTÊCHA.

Nossa história começa com Adão e Eva, que moravam no Éden. De um jardim de
harmonia e contato com a natureza nós viemos, E um ato de transgressão tornou o ser
humano livre para criar sua história, seu destino. Mas a imagem do Éden não saiu de nós.
Por toda vida e história judaica, almejamos uma Era de harmonia e de respeito, na qual
os povos se darão bem e o leão se deitará com o cordeiro. Uma história com sentindo, um
horizonte que nos faz responsáveis pelo que fazemos. E a nossa visão, nossa sociedade
utópica e modelo para o mundo. Um lugar de respeito, liberdade, justiça social e
consciência ambiental, É nosso Éden e nossa Era Messiânica. É o compromisso que nos
une hoje a noite Para fazermos desse shabat uma prédica de um mundo melhor.

Yihiê Tov:
ANI MABIT MEHACHALON
VEZEH OSEH LI DEI ATZUV,
HA’AVIV CHALAF AVAR LO
MI YODEA IM YASHUV
HALEITZAN HAYAH LEMELECH
HANAVI NIHYAH LEITZAN
VESHACHACHTI ET HADERECH
AVAL ANI OD KAN
VEYIHYEH TOV
YIHYEH TOV, KEN
LIFAMIM ANI NISHBAR
AZ HALAILAH
HO HALAILAH ITACH ANI NISH’AR
YELADIM LOVSHIM KNAFAIM
VEAFIM EL HATZAVA
VEACHAREI SHNATAIM
HEM CHOZRIM LELO TSHUVAH
ANASHIM CHAYIM BEMETACH
MECHAPSIM SIBAH LINSHOM

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O Shabat – O Nosso Descanso

UVEIN SINAH LERETZACH


MEDABRIM AL HASHALOM
Eu olho pela janela
E isso me faz ficar triste
A primavera se foi
Ninguém sabe se voltará
O palhaço virou rei
O profeta virou palhaço
E esqueci o caminho
Mas ainda estou aqui
E ficará bem
Ficará bem sim
As vezes eu quebro
Então hoje a noite
Ah, hoje a noite
Com você eu ficarei
Crianças vestem asas
E voam para o exército
E depois de dois anos
Elas voltam sem resposta
Pessoas vivem em tensão
Pocuram motivo para respirar
E entre o ódio e o assassinato
Falam sobre a paz

Adonai Malach – Tehilim 93:


ADONAI MALACH GUEUT LAVESH
LAVESH ADONAI OZ HITAZAR AF TIKÓN TEVEL BAL TIMOT.
NACHÓN KISSACHÁ MEAZ MEOLAM ATÁ.
NASSEÚ NEHAROT ADONAI,
NASSEÚ NEHAROT KOLÁM
ISSEÚ NEHAROT DOCHYAM.
MIKOLOT MAYM RABIM
ADIRIM MISHBERÊ IAM
ADIR BAMAROM ADONAI.
EDOTÊCHA NEEMNÚ MEOD
LEVEITECHA NAAVÁ KODESH
ADONAI LEORECH IAMIM.

Kadish – Oração dos enlutados


ITGADAL VEITKADASH SHEMÉ RABÁ (AMÉN).
BEALMÁ DI VRA CHIRUTÉ VEIAMLICH MALCHUTÉ
BECHAIECHÓN UVEIOMEICHÓN UVECHAIEI DECHOL BEIT ISRAEL
BAAGALÁ UVIZMAN KARIV VEIMRÚ AMÉN.

IEHÉ SHEMÉ RABÁ MEVORACH LEALAM ULEALMEI ALMAIÁ


ITBARACH VEISCHTABACH VEITPAAR VEITROMAM VEITNASÉ
VEITHADAR VEITHALÉ VEITHALAL SHEMÉ DEKUDESHÁ BRICH HU.
LEELÁ MIN KOL BIRCHATÁ VESHIRATÁ

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TUSHBECHATÁ VENECHEMATÁ DAMIRÁN BEALMÁ VEIMRÚ AMÉN.


IEHÉ SHELAMÁ RABÁ MIN SHEMAIÁ VECHAIM (TOVIM)
ALEINU VEAL KOL ISRAEL VEIMRÚ AMÉN.
OSÉ SHALOM BIMROMAV
HU IAASSÉ SHALOM
ALEINU VEAL KOL ISRAEL VEIMRÚ AMÉN
VEAL KOL IOSHVEI TEVÉL
VEIMRÚ AMÉN

HASHKIVÊNU ADONAI ELOHÊNU LESHALOM


VEHAAMIDÊNU MALKÊNU LECHAIM
UFROS ALEINU SUCAT SHLOMECHA
VETAKNÊNU BEHETZÁ TOVÁ MILFANÊCHA...
UFROS ALEINU SUCAT SHLOMÊCHA.
BARUCH ATÁ ADONAI,
HAPORÉS SUCAT SHALOM
ALEINU VEAL KOL AMÓ ISRAEL
VEAL IERUSHALAIM.

O SHEMAH

SHEMAH YISRAEL, ADONAI ELOHENU, ADONAI ECHAD.

Em voz baixa:
BARUCH SHEM KEVOD MALCHUTO LEOLAM VAED.
VEAHAVTÁ ET ADONAI ELOHÊCHA, BECHOL LEVAVECHÁ UVECHÓL
NAFSHECHÁ UVECHÓL MEODÊCHA. VEHAIU HADEVARÍM HAÊLE, ASHER
ANOCHI METSAVECHÁ HAIOM AL LEVAVECHÁ. VESHINANTÁM LEVA-
NÊCHA VEDIBARTÁ BAM, BESHIVTECHÁ BEVETÊCHA, UVELECHTECHÁ
VADÉRECH UVESHOCHBECHÁ UVE-CUMÊCHA. UKESHARTAM LEÓT AL
IADÊCHA VEHAIÚ LETOTAFOT BÊN ENÊCHA. UCHETAVTÁM AL MEZUZÓT
BETÊCHA UVISH'ARÊCHA. VEHAIÁ IM SHAMÔA TISHMEÚ EL MITSVOTÁI,
ASHER ANOCHÍ METSAVE ETCHÉM HAIOM, LEAHAVÁ ET ADONAI
ELOHECHÉM ULEOVDÓ BECHOL LEVAVCHÉM UVECHÓL NAFSHECHEM.
VENATATÍ METAR ARTSE-CHÉM BE'ITO, IORÉ UMALCOSH, VEASSAFTÁ
DEGANÊCHA VETIROSHECHÁ VEYITS'HARÊCHA. VENATATÍ ÉS-SEV
BESSADECHÁ LIVHEMTÊCHA VEACHALTÁ VESSAVÁTA. HISHAMERÚ
LACHEM PEN YIFTÊ LEVAVCHÉM VESSARTÊM VAAVADETÉM ELOHÍM
ACHERIM VEHISHTACHAVITÊM LAHÉM. VECHARÁ AL ADONAI BACHÉM
VEATSÁR ET HASHAMAYIM VELO YIHIÊ MATAR, VEHAADAMÁ LÓ TITEN
ET IEVULA VAAVADETÉM MEHERÁ MEAI HAÁRETS HATOVÁ ASHER
ADONAI NOTÊN LACHEM. VESSAMTÉM ET DEVARAI ELE AL LEVAVCHEM
VEAL NAFSHECHÊM, UKESHARTÊM OTÁM LEÓT AI IEDECHÉM, VEHAIÚ
LETOTAFÓT BEN ENECHÉM. VELIMADETÊM OTAM ET BENECHÉM
LEDABER BAM BESHIVTECHÁ BEVETÊCHA, UVELECHTECHÁ VADERECH
UVESHOCHBECHÁ UVECUMÊCHA. UCHETAVTÁM AL MEZUZOT BETÊCHA
UVISH'ARÊCHA. LE-MAAN YIRBÚ IEMECHÉM VIME VENECHÉM AL
HAADAMÁ ASHER NISHBÁ ADONAI LAAVOTECHÊM, LATÊT LAHÉM KIMÊ
HASHAMAYIM AL HAÁRETS.

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O Shabat – O Nosso Descanso

Ouve Israel, o Senhor nosso D’us é o único Senhor.


Bendito seja o nome daquele cujo Glorioso Reino é eterno.
E amarás o Eterno, teu D’us, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
poder. E estarão, permanentemente, no teu coração, estas palavras que hoje te
recomendo. E as ensinarás diligentemente a teus filhos e falarás a respeito das mesmas
quando estiveres sentado em tua casa e quando estiveres andando pelo teu caminho;
quando te deitares e quando te levantares. E as atarás como sinal na tua mão, e serão
por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais da tua casa e nas tuas
portas. E acontecerá, se diligentemente ouvirdes os meus mandamentos que vos ordeno
hoje - para amar o Eterno, vosso D’us, e serví-lo de todo o vosso coração e de toda a
vossa alma - darei a chuva da vossa terra na estação própria, a têmpora e a serôdia; e
recolhereis vosso grão, e vosso mosto e vosso azeite. E darei erva nos vossos campos
para o vosso gado, e comereis e vos fartareis. Guardai-vos, porém, de que vosso coração
não vos engane, e vos desvieis, e sirvais outros deuses, e os adoreis. Então se acenderá o
furor do Eterno contra vós, e fechará os céus para que não haja chuva, e a terra não dará
mais o seu produto, e perecereis rapidamente, fora da boa terra que o Eterno vos dá. E
poreis estas minhas palavras nos vossos corações e nas vossas almas e as atareis como
sinal nas vossas mãos, e serão entre vossos olhos como frontais. E as ensinareis a vossos
filhos, falando nelas quando vos sentardes na vossa casa, quando andares pelo vosso
caminho, quando vos deitardes e quando vos levantardes. E as escrevereis nas ombreiras
da vossa casa e nas vossas portas. Para que se multipliquem os vossos dias e os dias de
vossos filhos sobre a terra que o Eterno jurou a vossos pais que a daria a eles - como os
dias dos céus sobre a terra.

Adon Olam:
ADON OLAM ASHER MALACH
BETEREM KOL IETZIR NIVRÁ
LEET NAASSÁ BECHEFTZO KOL
AZAI MELECH SHEMO NIKRÁ.
VEACHAREI KICHLOT HAKOL
LEVADÓ IMLOCH NORÁ.
VEHU HAIÁ, VEHU HOVÉ
VEHÚ IHIÉ BETIFARÁ.
VEHU ECHAD VEEIN SHENI
LEHAMSHIL LO LEHACHBIRA.
BELÍ REISHIT, BELÍ TACHLIT
VELO HAOZ VEHAMISRÁ.
VEHU ELÍ VECHAI GOALÍ
VETZUR CHEVLI BEET TZARÁ
VEHU NISSÍ UMANOS LI
MENAT KOSSI BEYOM EKRÁ.
BEIADÓ AFKID RUCHÍ
BEET ISHAN VEAIRÁ.
VEIM RUCHI GUEVIATÍ
ADONAI LI VELÓ IRÁ.

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ORAÇÃO DA ESPOSA PARA SEU ESPOSO.


Seja tua vontade, Eterno, nosso D'us e D'us de nossos
pais, D'us de Avraham, D'us de Itzchak e D'us de
Yaacov, que sempre guardes, preserves e proteja meu
esposo de qualquer dano, desgraça ou doença.
Concede-lhe uma boa vida e longa, uma vida de
riquezas e de honras, e concede-nos descendência que
sobreviva, filhos idôneos e justos.
E implanta sempre em nós amor, fraternidade,
harmonia e amizade.
Estabelece o amor por mim no coração de meu esposo para que não pense em nenhuma
mulher que não seja eu.
E implante em nossos corações o amor por ti para que cumpramos Tua vontade e te
sirvamos com coração integro, como judeus corretos, e para que façamos atos de retidão
e bondade com teu povo israel.
E abençoa meu esposo com a bênção completa, com muito vigor e paz, tal como se
declara: "que o eterno te abençoe e te guarde; que o eterno resplandeça seu rosto sobre
ti e te conceda sua graça, que o eterno volte seu rosto para ti e te conceda paz".
"O Eterno o protegerá e o fará viver e terá êxito na terra." Amen.

BÊNÇÃO SOBRE A ESPOSA E MÃE


Shabat é feito para trazer a família mais perto do Adonai e mais
próximos uns dos outros. Então, como a noite continua o marido
lê Provérbios 31 para homenagear sua esposa e todas as senhoras
da casa.
À medida que a Escritura está sendo lido e 'confessou' sobre as
mulheres da família que transmite uma poderosa verdade
espiritual a todos, que a mulher e as mulheres da casa são para ser admirado, respeitado e
valorizado.
As crianças também vão perceber e sentir a harmonia, unidade e proximidade Adonai
pretende para além de ser o relacionamento conjugal.
Ao terminar de ler a Escritura o marido pode fazer uma oração especial sobre sua esposa
e todas as senhoras presentes.
É muito mais fácil para cumprir nossa missão de família quando o pai é visto em seu papel
como o "sumo sacerdote" da família.

ÉSHET CHÁYIL MI YIMTSÁ, VERACHOC MIPENINIM MICHRÁ. BÁTACH BA


LEV BALA VESHALAL LÓ IECHSAR. GUEMALATEHÚ TOV VELO RA COL
IEME CHAIÊHA. DARSHA TSÉMER UFISHTIM VATÁAS BECHÉFETS CAPÊHA.
HAITA CAONIÓT SOCHER, MIMERCHAC TAVI LACHMÁ. VATACOM BEOD
LAILA, VATITEN TÉREF LEVETÁ VECHÓC LENAAROTÊHA. ZAMEMÁ SADÊ
VATICACHÊHU, MIPERÍ CHAPÊHA NÁT'A CÁREM. CHAGRA VEOZ
MOTNÊHA, VATEAMÊTS ZEROOTÊHA. TAAMA KI TOV SACHRÁ, IO YICHBÊ
VALAILA NERA. IADÊHA SHILECHA VAKISHOR, VECHAPÊHA TAMCHU
FÁLECH. CAPA PARSA LEANI, VEIADÊHA SHILECHA LAEVION. LO TIRA
LEVETÁ MISHÁLEG, KI CHOL BETÁ LAVUSH SHANIM. MARVADIM ASTÁ IA,
SHESH VEARGAMÁN LEVUSHA. NODA BASHEARIM BALA BESHIVTO IM
ZICNÊ ÁRETS. SADIN ASTÁ VATIMCOR, VACHAGOR NATNA LAKENAANI.

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OZ VEHADAR LEVUSHA, VATISCHAC LEIOM ACHARON. PIHA PATCHA


VECHOCHMA, VETORAT CHÉSSED AL LESHONA. TSOFIIÁ HALICHOT BETA,
VELÉCHEM ATSLUT IO TOCHEL. CAMU VANÉHII VAIEASHERÚHA, BÁLA
VAIEHALELÁ. RABOT BANOT ÁSSU CHÁYIL, VEAT ALIL AL CULÁNA.
SHÉKER HACHEN VEHÉVEL HAIÔFI, ISHÁ YIR'AT ADONAI HI TIT'HALAL.
TENÚ IA MIPERÍ IADÊHA, VIHALELÚHA VASHEARIM MAASSÊHA.
A mulher virtuosa, quem a pode achar? Porque o seu valor muito excede ao das pérolas.
O coração de seu marido confia nela e não lhe haverá falta de lucro. Ela lhe faz o bem e
não o mal, em todos os dias da sua vida. Ela busca lã e linho, e de bom grado trabalha
com as suas mãos. É como os navios mercantes, de longe ela traz o seu pão. Também se
levanta, quando ainda está escuro, e dá mantimento à sua casa, e às suas escravas a
tarefa. Considera um campo, e compra-o; com o fruto das suas mãos planta uma vinha.
Cinge os seus lombos de fortaleza e fortalece os seus braços. Percebe que a sua
negociação é proveitosa; a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as suas mãos no
tear e as suas palmas para o instrumento do tecelão. Abre a sua palma da mão para o
pobre, estende ao necessitado as suas mãos. Não tem medo da neve pela sua família, pois
todos os da sua casa estão vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, a sua vestimenta
é de linho finíssimo e de púrpura. E conhecido o seu marido nas portas da cidade (por
causa das suas belas vestimentas), quando se assenta entre os anciãos da terra. Faz
túnicas de linho e vende-as; e entrega cintas ao negociante. A força e a dignidade são os
seus vestidos e alegra-se da honra que lhe farão no seu final. Abre a sua boca com
sabedoria e a lei da benevolência está na sua língua. Olha o bom andamento da sua casa
e não come o pão da preguiça. Seus filhos levantam-se e chamam-na bem-aventurada;
também seu marido a louva, dizendo: muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas
tu a todas sobrepujas. A graça é enganadora e a formosura é vã, mas a mulher que teme
o Eterno, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos e nas portas da cidade
louvem-na pelas suas obras.

Benção sobre as Crianças


No Erev Shabat, o senhor do lar, coloca suas
mãos e abençoa seus filhos e ora a bênção
tradicional, no qual acrescenta que eles
cresçam de acordo com a tradição dos
patriarcas e matriarcas de Israel.

HAMAL'ACH HAGOEL OTI MICOL RA IEVARECH ET HANEARIM, VEYICARE


VAHEM SHEMI VESHEM AVOTAI AVRAHAM, YITZCHAK, VE’YAAKOV,
VEYIDGU LAROV BEKÊREV HAÁRETS.
O Anjo que me salvou de todo mal abençoe aos jovens, e seja chamado neles meu nome,
e o nome de meus pais Abraão, Isaac e Jacó, e multipliquem como os peixes, muito, no
meio da terra.

AOS FILHOS:
YESIMCHÁ ELOHIM, KE’EFRAYIM VE’CHIMNASHÉ
Que D’us te faça igualar a Efraim e Menashé.

ÀS FILHAS:
YASHIAMECH ELOHIM KE’SARA, RIVKA, RACHEL, VE’LEA.
Que D’us te faça igualar a Sara, Rebeca, Raquel e Lia.

Emuná Hebraiconline
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É interessante os filhos abençoarem os seus pais também

Seguido das seguintes brachot:


VAYDABER ADO-NAI EL MOSHÊ LEMOR: DABER EL AHARON VEEL BANAV
LEMOR: CO TEVARECHU ET BENÊ YISRAEL, AMOR LAHÊM:
'YEVARECHECHÁ ADO-NAI, VEYISHMERÊCHA. YAER ADO-NAI PANAV
ELÊCHA, VICHUNÊCHA. YISSÁ ADO-NAI PANAV ELÊCHA, VEYASSÊM
LECHÁ SHALOM.'
VESSAMU ET SHEMI AL BENÊ YISRAEL, VA'ANI AVARECHÊM."

D'us falou a Moshê, dizendo: Fala a Aharon e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis
os Filhos de Israel, dizendo-lhes:
'Ado-nai te abençoe e te guarde. Faça Ado-nai resplandecer Sua face sobre ti e te agracie.
Dirija Ado-nai Sua face sobre Ti e te dê paz.' Eles colocarão Meu nome sobre os Filhos
de Israel; e Eu os abençoarei."

Kidush
O Kidush é recitado antes do início da refeição. O vinho é o símbolo da
benção e alegria; em que declaramos a nossa aliança com D’us, ao
recitarmos a benção de Shabat sobre o vinho, caso não tenhamos o
vinho, podemos realizar esta cerimônia com pães.
Enche-se uma taça de vinho, suspende-se um pouco e recita-se:

IOM HASHISHI: VAICHULU HASHAMAYIM VEHAARÉTS VECHOL TSEVAAM.


VAICHAL ELOHIM BAIOM HÁ’SHEVIÍ MELACHTO ASHER ASSA, VAYISHBOT
BAIOM HASHEVIÍ MICOL MELACHTO ASHER ASSA. VAIVÁRECH ELOHIM ET
IOM HASHEVIÍ VAICADESH OTÓ, KI VO SHAVÁT MICOL MELACHTO, ASHER
BARÁ ELOHIM LAASSOT.
Dia sexto: E acabaram de criar-se os céus e a terra, e todo seu exército. E ter-minou Dus,
no dia sétimo, a obra que fez, e cessou no dia sétimo toda a obra que fez. E abençoou D-
us ao dia sétimo, e santificou-o. porque nele cessou toda sua obra, que criou D-us para
fazer.

Bênção do Vinho

BARUCH ATA ADONAI ELOHÊNU MÉLECH HAOLAM, BORÊ PERI HAGÁFEN.


Bendito sejas Tu, Eterno, nosso D-us, Rei do Universo, que criaste o fruto da videira.

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

BARUCH ATA ADONAI ELOHÊNU MÉLECH


HAOLAM, ASHER KIDESHÁNU
BEMITSVOTÁV VERÁTSA VÁNU,
VESHABAT CODSHÓ BEAHAVÁ
UVERATSON HINCHILÁNU, ZICARÓN
LEMAASÊ VERESHIT, TECHILÁ LEMICRAÊ
CÓDESH, ZÉ-CHER LITSIAT MITSRAYIM, KI
VÁNU VACHÁRTA VEOTÁNU KIDÁSHTA
MICOL HAAMIM, VESHABAT CODSHECHÁ
BEAHAVÁ UVERATSON HINCHALTÁNU.
BARUCH ATA ADONAI, MECADESH
HASHABAT.
Bendito sejas Tu, Eterno, nosso D-us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus
mandamentos e nos quiseste, concedendo-nos com amor e agrado o Teu santo dia de
Shabat, em recordação à obra da Criação, pois que é a primeira das datas santas, em
memória da partida do Egito. Porque Tu nos escolheste e nos santificaste dentre todos os
povos, e o Teu sagrado Shabat, com amor e agrado, nos deste de herança. Bendito sejas
Tu, Eterno que santificas o Shabat.

Pães trançados, chalot


Duas porções de pães representando o maná, pão
que caía do céu e que o povo hebreu apanhava
dupla quantidade, para que guardassem o Shabat
como instrução divina durante sua passagem
pelo deserto, para que eles não precisassem ir
buscar ou preparar comida no sétimo dia, o dia
de descanso. Os pedaços de chalá são cobertos
com uma toalha, simbolizando a proteção sobre
o maná.

BARÚCH ATÁ ADONAI ELOHÊNU MÊLECH HAOLÂM, HAMÔTSI LÊCHEM


MÎN HAÁRETS.
Bendito sejas Tu, Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que da terra fazes crescer o pão.

Seudá Shlishit
“A Terceira Refeição” do Shabat, a última
refeição, entretanto podemos nos reportar que
são três refeições formais preparadas e
prescritas para serem servidas no Shabat: Uma
na sexta-feira ao anoitecer, no sábado após o
serviço matutino de Shabat, e no fim da tarde
do Shabat. O termo, no entanto, é
frequentemente utilizado para se referir
exclusivamente à última refeição no fim da tarde do Shabat, que é geralmente elaborada
com mais zemirot e discussão religiosa.

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

Havdalá
“Cerimônia de Despedida” – A partida do Shabat
é uma mistura de despedida com ritual religioso.
A palavra Havdalá significa, literalmente
“divisão”, e se aplica ao ritual colorido realizado
com vinho ou outra bebida (não água), uma vela
acesa e uma caixa com especiarias. Faz-se o vinho
transbordar do cálice, o que é uma simbologia
para representar a esperança de que a semana que
entra será repleta de bençãos divinas. A luz
representa o primeiro produto da Criação de D’us
e a vela acesa simboliza o início da semana
de trabalho. As especiárias nos lembram da fragrância da ‘alma adicional do Shabat’, que
neste momento já partiu.
O Bessamim, as especiarias devem também trazer a memória que devemos ser o bom
perfume de Yeshua em testemunho nesta nova semana que se inicia.
A Havdalá e a nossa Chazit A Havdalá é um marco judaico que passa muito despercebido
e muitas vezes não tem alguma importância. A Chazit hoje vive um momento de
resignificação de suas práticas judaicas para que cada peil e a tnuá como um todo possa
torná-las mais a sua cara. E se somos um pouco coerente, essa “nossa cara” será a Chazit.
Resolvemos “dissecar” a Havdalá para encontrar as analogias com a nossa realidade tnuati
e tornar o momento algo quase que essencial para todos os chaverim da Chazit:
 Marco de Separação: A Havdalá é o marco judaico que separa o Shabat do resto
da semana. Separa o nosso “momento especial” da rotina em que vivemos e
corremos. É um marco de quebra, onde finalizamos algo para (re)iniciar outras. O
mesmo pode acontecer na Chazit. Como “oficialização” do fim do sábado de
atividades – que querendo ou não É O NOSSO SHABAT – nós fazemos a
Havdalá. É esse o momento de reunião de todo o snif, que nos leva ao ponto dois.
 Marco de participação e união da Tenuá: A Havdalá acontece em formato de
círculo, como um mifcad, não à toa. É essencial que todos os Chaverim presentes
se vejam, se olhem e se sintam relevantes. No Snif do Rio, optamos por uma reza
que tem como tradição o “toque”, o abraço e a participação coletiva na hora de
cantar. É o marco de unidade, de pertencimento e de encontro. E é com a reza
cantada e abraçada que vamos ao ponto 3.
 Despertar dos sentidos: Durante a reza e o marco como um todo, trabalhamos
para que todos os nossos sentidos estejam “vivos”. Procuramos abraçar o chaver
do lado, tendo assim o tato; bebemos o vinho, ativando nosso paladar, ficamos em
roda e à luz de velas para “aguçar” a visão, e cheiramos o “bessamim” para
despertar o olfato.
 Marco explícito do judaísmo mais religioso: Vemos na Havdalá um marco de
prática judaica mais “cru”, no qual praticamos o currículo explícito muito mais
que os outros momentos de currículo oculto. Ou seja, é muito mais judaísmo
“religioso” do que o que normalmente praticamos, o “cultural”. A reza em si é
uma parte que deixa claro o quão “sagrado” é aqui que falamos. Podemos pensar
no “sagrado” como algo que diferencia este dos outros momentos que fazemos a
mesma coisa (por exemplo: quando ascendemos uma vela numa ocasião qualquer
X quando ascendemos no shabat). Acreditamos que momentos como esse são
essenciais para a construção da identidade judaica de nossos chaverim.

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

Encontrar nossa identidade Chazitiana em práticas judaicas é algo que fortalece nosso
“ser judeu” e constrói nosso “ser Chazit” de forma coerente. De forma coletiva, esses
momentos são os que nos mantém como uma Tnuá vanguarda judaica, que busca
constantemente pelo seu aperfeiçoamento e coerência. Chazak vê Ale

ANI VE'ATA
ANI VE'ATA NESHANEH ET HA'OLAM
ANI VE'ATA AZ YAVO'U KVAR KULAM
AMRU ET ZEH KODEM LEFANAI
O MESHANEH, ANI VE'ATA NESHANEH ET HA'OLAM.

ANI VE'ATA NENASEH MEHAHATCHALAH


YIHYEH LANU RA EIN DAVAR ZEH LO NORA.
AMRU ET ZEH KODEM LEFANAI
ZEH LO MESHANEH, ANI VE'ATA NESHANEH ET HA'OLAM.

VOCÊ E EU
Você e eu vamos mudar o mundo
eu e você, e em seguida, todos nos seguirão
Outros disseram isso antes de mim, mas
Não importa, porque você e eu vamos mudar o mundo.

Você e eu vamos tentar desde o início


será difícil para nós, mas não importa, não é tão ruim assim!
Outros disseram antes de mim, mas
Não importa, porque você e eu vamos mudar o mundo.

Oneg Shabat
“Alegria do Shabat” – esta alegria é mais
comumente expressada, por um momento festivo
familiar que acontece para que sejam realizados
estudos da Torah, emprestando leveza e ao
mesmo tempo realeza e recreação social, um
momento de descontração e alegria entre pessoas
que professam a mesma identidade!
“Oneg Shabat é um termo que se tornou popular nos últimos anos e descreve a reunião na
tarde do Shabat para estudo, frescor e recreação social. O costume se tornou popular com
o poeta moderno Bialik, em Israel, e desde então tem se espalhado pela diáspora. ”
(webjudaica)

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

O Shabat em Israel

O Shabat é um dia muito importante para todos os judeus ao redor do mundo, porém
vemos em Israel que essa importância ganha uma significação ainda mais ampla, a ponto
de alterar toda a rotina dos cidadãos de todo um país. Diferentemente de qualquer outro
lugar, no final da tarde das sextas-feiras, o comércio todo fecha, chaialim (soldados)
voltam para suas casas, o trânsito desaparece e quase todas as famílias se reúnem para
jantar e passar juntos o único dia de descanso. Além disso, enquanto na diáspora a semana
se inicia na segunda feira, aqui, todas as ocupações e obrigações voltam no domingo
mostrando o que realmente é o shabat: o dia sabático da semana.
Desde o início do Shnat pudemos sentir na pele a influência do shabat na nossa semana.
Estávamos morando em Jerusalém e nossas aulas começavam no domingo e terminavam
na quinta. Na sexta-feira tínhamos que nos programar para fazer tudo que necessitávamos
até às 16h, e o que percebemos era que nesse dia tudo se tornava corrido para todos. O
shuk (mercado) ficava lotado, com pessoas comprando o que necessitavam para o jantar,
ao anoitecer o movimento de famílias caminhando na rua indo e voltando de suas
sinagogas era intenso e, nós, como não estávamos acostumados, acabávamos sem ter
muita opção a não ser entrar no clima. Levar uma vida laica em Jerusalém é muito difícil,
já que praticamente todos os serviços fecham no Shabat, não dando opções para pessoas
que desejam fazer algo alternativo; diferentemente de outras cidades como Tel Aviv e
Haifa, em que o Shabat é vivenciado de forma bastante distinta.
Pudemos perceber as diferenças entre as cidades mais intensamente nas etapas seguintes
do Shnat, em que vivemos em cidades com menos presença de religiosos. Em Haifa,
ônibus, cinemas e shoppings continuam praticamente todos abertos no Shabat. Já em Tel
Aviv, a vida noturna é intensa, porém os transportes públicos não funcionam. No kibbutz
Revivim (ao sul de Israel), todos os chaverim se reúnem no cheder haochel (refeitório)
para jantar a refeição especial da semana e juntos receberem a entrada do Shabat na sexta
feira à noite.
Portanto, pudemos concluir que cada cidade de Israel se adapta de maneira única ao
Shabat, de acordo com a população que ali vive. Mas ainda assim, a vivência continua
bastante diferente, muito mais completa que a vivência na diáspora. Mesmo nas cidades
israelenses que não alteram sua rotina inteiramente, é possível sentir que o Shabat é um
dia diferenciado. Recebíamos diversos “Shabat Shalom” nas ruas - de todos, desde o
motorista de ônibus até o vendedor de shwarma-, víamos muitas pessoas vestidas de
branco e jovens que saíam à noite apenas depois da conclusão do jantar de Shabat em suas
casas no sábado.

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

Depois de viver quase um ano em Israel, pudemos enfim sentir o real significado da
famosa frase: “o único local onde o judeu é capaz de viver de modo pleno e coerente”. De
fato, é só aqui. Sendo judeus liberais, o ano de 2013 foi o único em que vivenciamos uma
vida judaica e sionista plenas. Festejamos Purim fantasiados nas ruas de Jerusalém, fomos
ao Mc Donalds em Pessach comer pão de farinha de matzá, passamos a noite de Shavuot
tendo palestras sobre temas judaicos (como reza a tradição), almoçamos e jantamos dentro
da sucá construída ao lado do refeitório do kibbutz, caminhamos a pé para a sinagoga em
Iom Kippur (é proibido andar de carro e trabalhar). Choramos em Iom Hashoá, fomos às
ruas de azul e branco comemorar em Iom Haatzmaut.
Mesmo a instituição mais básica da nossa cultura, o Shabat, se torna muito difícil de ser
vivenciada de forma significativa na diáspora. As pessoas ao nosso redor estão vivendo
outra realidade e as tentações sempre presentes. É difícil sentir a essência do Shabat a
cada semana. Em Israel, a vivência é coletiva; é natural sentir a essência do Shabat a cada
semana – o difícil é não sentí-la. E esse sentimento não está presente em nenhum outro
lugar do mundo como é sentido aqui.

- Zé Setton e Tatá Fain

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

Estudo adicional
Lechá Dodi
“Vem, meu Amado, saudar a Noiva, vem, vamos dar as boas vindas à Presença do
Shabat.”
Lechá Dodi se inicia convidando nosso “Amado”, o Próprio D’us, a se unir a nós no
Shabat. A “Noiva” é o próprio Shabat. O Midrash (Bereshit Rabá 11) ensina que quando
D’us criou o tempo, dividindo-o em sete dias, Ele prometeu ao recém-criado Shabat que
“Israel será seu novo par” para sempre. Conseqüentemente, a cada semana, o Povo
Judeu saúda a aproximação do Shabat como se fosse um noivo que aguarda sua noiva,
enquanto esta se aproxima do pálio nupcial.
Outro comentarista (Anat Yosef) interpreta a “Noiva” como sendo uma alusão à
Shechiná, a Presença explícita de D’us, que foi retirada do homem devido aos pecados
de Israel. Por isso, pedimos ao Eterno que se una a nós ao saudar Sua própria Presença;
estamos orando a Ele pelo fim do exílio, para que a Shechiná volte novamente a brilhar
sobre o Povo Judeu e sobre o mundo todo. Isto somente ocorrerá com a chegada do
Mashiach e a reconstrução do Templo Sagrado de Jerusalém.

Shamor
“Guarda e Recorda, ditos em uma expressão única e simultânea, nos fez ouvir D’us,
Uno e Único. O Eterno é Um e Seu Nome é Único – por seu bom nome, por sua beleza,
por seu louvor.”
O Talmud (Shevuot 20b) ensina que quando D’us deu os Dez Mandamentos, Ele
milagrosamente habilitou Israel a ouvir simultaneamente os dois aspectos
complementares do mandamento do Shabat: Shamor (Deuteronômio, 5:12) – para
guardar o Shabat – é a ordem de evitar sua profanação, ao passo que Zachor (Êxodo,
20:8) – para recordar o Shabat – é a ordem de realizar os mandamentos positivos
associados a esse dia, tais como recitar o Kidush sobre um copo de vinho e dedicar o dia
a atividades que são permitidas, espiritualmente elevadas e fisicamente alegres, tais
como a oração, o estudo da Torá, o descanso e o prazer das refeições do Shabat. Apesar
de a Torá escrever esses dois mandamentos, Shamor e Zachor, de forma separada, D’us
os combinou no Sinai para que o Povo Judeu entendesse que os mesmos são
inseparáveis.
Um dos comentários sobre o Sefer Yetzirá (o Livro da Formação), o livro mais antigo
sobre a Cabalá, afirma que a capacidade de D’us de fundir os opostos é indicada pela
descrição d’Ele como sendo “Um e Único”. O Infinito Criador, que não é limitado de
forma alguma, realiza o feito impossível de pronunciar as palavras “Recorda” e
“Guarda” de forma simultânea.

Licrat
“Para recebê-lo, vamos à frente do Shabat. Pois que ele é a origem de toda a bênção.
Desde o início, desde tempos antigos, o Shabat foi glorificado. Foi o último a ser criado,
mas é o primeiro em Seu pensamento.”
O Zohar nos ensina que todas as bênçãos e sucessos que desfrutamos durante a semana
advêm em decorrência da santidade do Shabat. Este livro fundamental da Cabalá cita o
Sábio, Rabi Yitzhak, que, referindo-se ao verso, “E D’us abençoou o sétimo dia”
(Gênese, 2:3), declarou que “todas as bênçãos dos mundos superiores e inferiores
derivam do sétimo dia”. De modo semelhante, o Talmud (Shabat, 118a) ensina que

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

aquele que traz alegria ao Shabat é recompensado com um legado ilimitado de bênçãos
e verá cumprirem-se todos os desejos de seu coração.
A idéia de “o último a ser criado, mas o primeiro em Seu pensamento” significa que
apesar de que o Shabat foi o ato final da Criação – o sétimo dia, no qual D’us nada
criou, mas apenas o conceito do descanso – o Shabat foi o propósito primordial de D’us
ao criar este Mundo. De fato, quando se prevê um grande projeto, primeiro fazem-se os
preparativos antes de começar a implementar o trabalho. No desígnio de D’us era da
maior importância que houvesse um dia de santidade em meio à Criação, mas, antes
disso, o universo inteiro tinha que ser criado. O Midrash explica este conceito através da
seguinte analogia: um rei preparou um belo pálio e o decorou ricamente. O que faltava
para completá-lo? A noiva, é claro. Evidentemente, enquanto o rei preparava e decorava
o pálio, ele tinha em mente a noiva com quem estava prestes a se casar. O mesmo pode
ser dito sobre o Rei do Universo, que criou todo o mundo para a Rainha Shabat
(Bereshit 10:9).

Micdash
“Santuário Real, cidade de realeza, levanta-te e emerge de teus escombros. Muito tempo
habitaste no vale das lágrimas. D’us misericordioso terá piedade de ti.”
Na Cabalá, o sétimo dia da semana, o Shabat, é associado com a sétima Sefirá
emocional, Malchut (Realeza). O Shabat, o dia da Realeza, está interligado com
Jerusalém, a cidade da Realeza, com o Rei David (que a estabeleceu como a capital
eterna do Povo Judeu) e com seu descendente, o Rei Mashiach, que irá reinar a partir de
Jerusalém. Ensinam-nos que quando o Mashiach vier, Jerusalém e o Templo Sagrado
serão reconstruídos, e que na Era Messiânica, todo dia será Shabat – um dia de paz e
júbilo – para todos os seres humanos.
Jerusalém personifica o Povo Judeu. Lechá Dodi chama esta cidade sagrada de
“Santuário do Rei” – um título emprestado do profeta Amós. Jerusalém é chamada de
cidade real porque nela a presença de D’us, o Rei supremo, era particularmente sentida,
especialmente no Templo Sagrado, que ficava no centro espiritual de Jerusalém. De
fato, a Shechiná residia no Templo Sagrado, como reza o verso: “E me farão um
Santuário para que Eu possa habitar no meio deles” (Êxodo, 25:8). Jerusalém era,
também, o lar do maior rei terreno de todos os tempos – o Rei David – e será também a
residência real do descendente de David, o Rei Mashiach, que liderará o mundo a
caminho de uma era de utopia.

Hitnaari
“Sacode o pó e levanta-te! Adorna-te com teus belos vestidos, meu povo, pela mão do
filho de Ishai, de Betlechem. Aproxima-te de minha alma, para redimi-la!”
Esta estrofe faz referência a um verso em Isaías (52:2), no qual o profeta se dirige a
Jerusalém como se fosse uma mulher se esvaindo no pó da humilhação. Ele a intima a
se erguer, vestir-se com suas mais belas vestes, e retomar seus modos nobres. Iyun
Tefilá comenta: “Jerusalém – suas mais belas vestes são Israel. Deixa vir a redenção
para que eles novamente possam habitar-te em santidade”.
A referência ao filho de Ishai representa o próprio Mashiach, que irá descender do Rei
David, filho de Ishai. É o Mashiach que irá redimir a alma do Povo Judeu e de cada
judeu individualmente. O apelo, “Aproxima-te de minha alma, para redimi-la”, pode ser
interpretado de duas maneiras: como uma exortação a D’us para redimir nossas almas
com a Redenção Messiânica, ou como uma declaração que é como se essa era já tivesse

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

chegado com o advento do Shabat, que é comparado à Redenção. A estrofe seria


traduzida como: Você chegou perto de minha alma: Você a libertou.

Hitoreri
“Desperta, desperta! Pois tua luz chegou; levanta e ilumina. Desperta, desperta! Entoa
um cântico. A glória do Eterno sobre ti foi revelada.”
O poeta conclama o Povo Judeu a despertar de seu exílio, que é comparado a um estado
de torpor – onde ocorrem pesadelos absurdos e assustadores. Ele também volta a se
dirigir a Jerusalém, exortando-a a se erguer da morosidade espiritual do exílio e exibir o
brilho que outrora fizera a sua grandeza. A estrofe termina declarando que a glória de
D’us retornou – como se a Redenção já houvesse ocorrido. Trata-se da paráfrase de um
verso do profeta Isaías, que diz: “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a
glória do Eterno nasce sobre ti” (Isaías, 60:1).

Lo Tevoshi
“Não te humilhes mais, não mais te envergonhes, por que te curvas? Por que te
desconsolas? Em Ti os pobres de Meu povo encontrarão um refúgio e no Monte será
reconstruída a Cidade.”
Lechá Dodi segue adiante com os temas de Jerusalém e da Redenção Final. O poeta
assegura ao Povo Judeu que com o advento da Era Messiânica, este povo jamais voltará
a conhecer a vergonha ou a desgraça. O Templo Sagrado de Jerusalém foi destruído
duas vezes, e o Povo Judeu sofreu muitos exílios, perseguições e massacres, mas, após a
Redenção, tais coisas jamais voltarão a ocorrer: o Terceiro Templo permanecerá para
sempre, e o Povo Judeu jamais voltará a ser exilado da Terra de Israel.
Dirigindo-se a Jerusalém, o poeta assegura a Cidade Santa de que a mesma será um
porto seguro para os judeus que para lá retornarem dos quatro cantos da Terra. O tema
dessa estrofe ecoa a profecia de Isaías que diz: “D’us fundou Tzion (Jerusalém) e os
pobres de Seu povo nela encontrarão refúgio” (Isaías, 14: 32). Segundo Rashi, o
comentarista clássico da Torá, “os pobres de Seu Povo” incluem as Dez Tribos de Israel,
que foram exiladas pelos assírios mais de um século antes da destruição do primeiro
Templo Sagrado.
A última linha da estrofe é tirada de uma profecia que aparece no Livro de Jeremias:
“Assim disse D’us, ‘Eis que restaurarei a sorte das tendas de Yaacov e me compadecerei
das suas moradas; a cidade será reedificada sobre o seu monte de ruínas (o Monte do
Templo) e o palácio (o Templo sagrado) será restaurado como outrora’ ” (Jeremias,
30:18).

Vehaiu
“Serão pisoteados aqueles que te pisotearam, e serão afastados aqueles que te
destruíram. Teu D'us se rejubilará contigo como o noivo se alegra com sua noiva.”
Esta estrofe também se baseia em citações dos profetas Isaías e Jeremias, que, falando
em nome de D’us, prometeram que na Era Messiânica, quem oprimiu e perseguiu o
Povo Judeu, será tratado “medida por medida” (na medida exata).
A cidade santa de Jerusalém foi destruída inúmeras vezes, e Sua Terra Santa foi
devastada, mas D’us nos assegurou, através de Seus profetas, que Jerusalém, bem como
as cidades e aldeias da Terra de Israel, não apenas seriam reconstruídas, mas se tornarão
mais abarrotadas do que antes de judeus que irão retornar à sua Pátria.

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

Sobre a analogia da estrofe do noivo e da noiva, o famoso comentarista Rabi David


Kimchi (Radak) observa: Assim como o noivo e a noiva são fiéis um ao outro,
excluindo-se todos os demais, assim também a Terra de Israel, quando esteve ocupada
por outras nações, nunca aceitou outros habitantes, e permaneceu deserta e desolada
durante milênios. Somente o Povo Judeu, seus verdadeiros habitantes, são bem vindos
por ela, e a terra apenas responde aos judeus, rejubilando com eles como um noivo e a
noiva que pertencem um a outro e se amam.
De fato, a história comprovou quão verdadeira é a observação de Radak: desde que os
judeus foram expulsos de sua Pátria, a Terra Santa nunca se tornou um país
independente, e Jerusalém nunca se tornou capital de uma nação. O solo da Terra Santa,
que permaneceu deserto por séculos, somente começou a gerar frutos quando os judeus
retornaram à sua antiga Pátria e lá estabeleceram um moderno estado, com Jerusalém
como sua capital.

Iamin
“À direita e à esquerda, tu estenderás o teu poder, e glorificarás o Eterno através do
descendente do filho de Peretz. Então alegrar-nos-emos e regozijar-nos-emos.”
Com a Redenção Messiânica advirá o cumprimento da profecia de Isaías de que
Jerusalém irá sobrepujar seus adversários à esquerda e à direita. Nossos Sábios ensinam
que quando o Mashiach vier, a Terra de Israel irá cobrir toda a Terra: isto significa que
todo o mundo será permeado com a santidade que emana da Terra Santa.
Esta estrofe novamente se refere ao Mashiach – o profeta e agente de D’us que irá
restaurar a grandeza de Jerusalém e trará a era utópica pela qual a humanidade há tanto
almeja. O Mashiach é “o homem que descende de Peretz”, pois ele é o descendente do
Rei David, cuja linhagem se iniciou com Peretz, o filho de Yehudá, que era um dos 12
filhos de nosso patriarca Yaacov.
A palavra “Tifrotzi” (“te disseminarás poderosamente”) tem a conotação de uma
erupção. Deriva-se da mesma raiz do nome Peretz, que “irrompe para diante” do útero
de sua mãe (Gênese, 38:29). O Talmud ensina que isto indica a herança ilimitada que o
Povo Judeu irá receber na Era Messiânica em virtude de seu antepassado Yaacov ter
personificado o atributo Divino de Tiferet – Verdade e Beleza. É a Sefirá de Tiferet que
une Chessed (Bondade) à Guevurá (Severidade), referidas, respectivamente, como a
direita e a esquerda.
As palavras finais da estrofe são parte de um bem conhecido versículo de Isaías (25:9)
que descreve o regozijo que o Povo Judeu vivenciará quando D’us Se revelar a eles, no
momento da Redenção Final: “E naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso D’us em
quem esperávamos e Ele nos salvará: este é o Senhor, a Quem aguardávamos:
exultaremos e nos alegraremos em Sua salvação”.
Os místicos judeus ensinam que o júbilo e a alegria não são meros resultados da
Redenção. Pelo contrário, é o próprio júbilo o que rompe as fronteiras da limitação e do
exílio, trazendo consigo a Redenção.

Iamin
“À direita e à esquerda, tu estenderás o teu poder, e glorificarás o Eterno através do
descendente do filho de Peretz. Então alegrar-nos-emos e regozijar-nos-emos.”
Com a Redenção Messiânica advirá o cumprimento da profecia de Isaías de que
Jerusalém irá sobrepujar seus adversários à esquerda e à direita. Nossos Sábios ensinam

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O Shabat – O Nosso Descanso

que quando o Mashiach vier, a Terra de Israel irá cobrir toda a Terra: isto significa que
todo o mundo será permeado com a santidade que emana da Terra Santa.
Esta estrofe novamente se refere ao Mashiach – o profeta e agente de D’us que irá
restaurar a grandeza de Jerusalém e trará a era utópica pela qual a humanidade há tanto
almeja. O Mashiach é “o homem que descende de Peretz”, pois ele é o descendente do
Rei David, cuja linhagem se iniciou com Peretz, o filho de Yehudá, que era um dos 12
filhos de nosso patriarca Yaacov.
A palavra “Tifrotzi” (“te disseminarás poderosamente”) tem a conotação de uma
erupção. Deriva-se da mesma raiz do nome Peretz, que “irrompe para diante” do útero
de sua mãe (Gênese, 38:29). O Talmud ensina que isto indica a herança ilimitada que o
Povo Judeu irá receber na Era Messiânica em virtude de seu antepassado Yaacov ter
personificado o atributo Divino de Tiferet – Verdade e Beleza. É a Sefirá de Tiferet que
une Chessed (Bondade) à Guevurá (Severidade), referidas, respectivamente, como a
direita e a esquerda.
As palavras finais da estrofe são parte de um bem conhecido versículo de Isaías (25:9)
que descreve o regozijo que o Povo Judeu vivenciará quando D’us Se revelar a eles, no
momento da Redenção Final: “E naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso D’us em
quem esperávamos e Ele nos salvará: este é o Senhor, a Quem aguardávamos:
exultaremos e nos alegraremos em Sua salvação”.
Os místicos judeus ensinam que o júbilo e a alegria não são meros resultados da
Redenção. Pelo contrário, é o próprio júbilo o que rompe as fronteiras da limitação e do
exílio, trazendo consigo a Redenção.
Lechá Dodi conclui pedindo para que o Shabat venha para nós em paz. De fato, paz é a
essência do Shabat; a própria saudação do dia é “Shabat Shalom”. Os temas do Lechá
Dodi giram em torno da paz. Nossos Sábios ensinam que a paz é um dos nomes de D’us
(cuja Shechiná nós invocamos), e que o próprio Shabat traz paz – paz nos mundos
superiores e paz neste nosso mundo inferior. O nome Jerusalém – a cidade que é o maior
tema do Lechá Dodi – tem vários significados, um dos quais é “cidade da paz”, e a
Redenção Messiânica é, antes de mais nada, uma era de paz.
Mas o Shabat não trata apenas de paz, mas também de satisfação e de prazer. Como já
dissemos, o júbilo do Shabat, não apenas nos assuntos espirituais mas também
materiais, é um dos maiores mandamentos da Torá. Portanto, convidamos o Shabat para
nos trazer júbilo e satisfação.
Se um Shabat coincide com uma festividade, incluindo-se Chol Hamoed – os dias
intermediários de Pessach e Sucot – há uma ligeira, mas significativa variação na
recitação dessa estrofe: algumas congregações substituem BeSimchá, (em alegria), por
Beriná (em jubilosa canção); outras agregam a palavra BeSimchá.
Ao concluir o Lechá Dodi, procedemos – agora inundados com a alma adicional do
Shabat, e na Presença da Shechiná – a recitar as orações tradicionais da noite do Shabat,
que forjam um elo entre o homem e seu Criador, e trazem santidade e paz a todos os
mundos criados por D’us.

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Cultura Judaica
O Shabat – O Nosso Descanso

Fontes Bibliográficas :

Rabbi Menachem Davis, Siddur – Interlinear: Shabbat


and Festivals, Artscroll-Mesorah
Rabbi Nissan Mindel, My Prayer volume 2, Ed. Merkos L’Inyonei Chinuch
www.chabad.org, Kabbalah Online, Lecha Dodi.
webjudaica.com
Jewish Agency for Israel http://www.shemaysrael.com
http://miryamhassiah.blogspot.com.br/2011/08/oracao-da-esposa-pelo-seu-marido.html
http://pt.chabad.org http://kibutzhebron.blogspot.com.br
http://chazit.org.br/b/wp-content/uploads/2015/09/Sidur-Chazit-11.pdf
https://www.significados.com.br/shabat-shalom/
http://www.ensinandodesiao.org.br/pdf/festa_do_shabat.pdf

Mazal Tov!
Shabbat Shalom!

‫כל טוב‬

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