01. CONCEITO
É aquela proveniente de crédito tributário, inscrita em repartição administrativa competente depois de esgotado o prazo para
o pagamento.
- Ex.: FG OT Lançamento CT Inscrição na D.A EF.
A inscrição na dívida ativa ocorre apenas depois da constituição definitiva do crédito – só depois disso a Fazenda Pública
está autorizada para inscrever na dívida ativa.
Competência para inscrever na dívida ativa: a competência não é do Fisco, não é Administrativa – é a Procuradoria da
Fazenda, o PGR que tem competência para inscrever na Dívida Ativa. O fiscal apenas finaliza o crédito tributário, constituindo
definitivamente o tributo, o crédito. Só quando esgota o prazo de pagamento ou sai uma decisão administrativa irreformável, é
que está autoriza a inscrição em dívida ativa.
# OBS.: O ato de inscrição em dívida ativa cria uma Certidão de Dívida Ativa – é o documento que confirma que a dívida está
em aberto. Só de posse dessa certidão é possível promover a execução fiscal.
- De acordo com o art. 784, NCPC, essa certidão representa um título executivo de natureza extrajudicial.
Representa a consolidação do débito tributário. Há um detalhamento da dívida tributária. Ela só pode ser realizada após a
sua constituição definitiva, pois ele precisa ser exigível. Ex. se tenho uma limitar (causa de suspensão) não pode haver a
inscrição.
- A inscrição pode ser de débitos tributários ou não tributários. Quando a dívida for tributária se aplica o CTN em prevalência à
Lei de Execução Fiscal.
CTN - Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na
repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final
proferida em processo regular.
Lei 6.830/1980 - Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei
nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
§ 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º [União, Estados, Distrito
Federal, Municípios e respectivas autarquias], será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública.
02. CARACTERÍSTICAS
A) A inscrição na dívida ativa tem presunção de liquidez e certeza (a dívida equivale a um montante em dinheiro e é uma
dívida legítima, autentica). Essa presunção é relativa – presunção iuris tantum – Art. 204, CTN.
B) Requisitos – Art. 202, CTN
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a
residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
# OBS.1: Art. 203, CTN. Na falta de um desses requisitos, essa certidão pode ser anulada. Mas essa certidão pode ser
substituída, desde que isso ocorre até a decisão de primeira instância e desde que seja devolvido o prazo para
embargar.
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de
nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de
primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o
prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
- O STJ diz que a CDA pode ser substituída por erros formais ou materiais, mas nunca para alterar o sujeito passivo da
execução – Sumula 302, STJ.
# OBS.2: O STJ entende que a inscrição em Dívida Ativa não é cancelada sempre. Ela não é cancelada, a menos que se
comprove o prejuízo ao contribuinte. REsp 660895, STJ.
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. CDA. AUSÊNCIA DE REQUISITO ESSENCIAL.
AUSÊNCIA DE PREJUÍZO À
DEFESA DO DEVEDOR. PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. SÚMULA 7/STJ.
1. Os requisitos
formais da CDA visam dotar o devedor dos meios necessários a identificar o débito e, assim, poder impugná-lo. Não
se exige cumprimento de formalidade, sem demonstrar o prejuízo que ocorreu pela preterição da forma. Princípio da
instrumentalidade dos atos processuais.
2. A Corte a quo entendeu que a falta do número do processo administrativo
não trouxe prejuízos à defesa do devedor. Para que fosse revisto tal entendimento seria necessário o reexame dos
elementos probatórios insertos nos autos, o que é vedado nos termos da Súmula 7/STJ.
3. Recurso especial
improvido.
(REsp 660.895/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2005, DJ
28/11/2005, p. 253)
03. CONTEÚDO
Elementos obrigatórios – art. 202
Art. 202: O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência
de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
Elementos materiais Elementos formais
Devedor Data da inscrição
– contribuinte e responsável, se houver.
- domicílio ou residência.
Quantia devida Número do processo administrativo, se houver (ex. faz
– determinar a forma de cálculo de juros, quais as penalidade. declaração correta e não paga – não tem).
Origem e natureza
- identificar o FG, o tributo, qual a lei de fundamenta essa
exigência.
Consequência da ausência de um dos requisitos: A inscrição em dívida ativa pode ser considerada nula. Por consequência,
haverá nulidade do processo de cobrança.
Nome do responsável: a inscrição do nome de um responsável tributário depende da prévia apuração administrativa de tal
pressuposto de fato específico da responsabilidade, com resguardo do direito de defesa do apontado responsável. Ressalva-se
a hipótese de sucessão, em que ocorre a simples sub-rogação. Constando o nome do responsável do título, a execução
poderá ser (re)direcionada a ele; não constando, será possível o redirecionamento, contanto que o exequente prove a
responsabilidade daquele que deseja ver incluído no polo passivo da ação.
#OBS.: Jamais poderá constar o nome do responsável da CDA quando fundada em declaração do contribuinte. Ex: no caso de
crédito tributário executado com base em declaração de débitos tributários feitos em nome da sociedade, será sempre inválida
a inclusão do nome dos sócios na CDA, dada a ausência de lançamento tributário comprobatório da responsabilidade do sócio-
gerente nos termos do 135 do CTN.
Regras para o direcionamento em casos de sócios de PJ:
(1) sendo a execução proposta somente contra a sociedade, a Fazenda Pública deve comprovar a infração a lei, contrato
social ou estatuto ou a dissolução irregular da sociedade para fins de redirecionar a execução contra o sócio, pois o mero
inadimplemento da obrigação tributária principal ou a ausência de bens penhoráveis da empresa não ensejam o
redirecionamento;
(2) se o título executivo é proposto contra a pessoa jurídica e o sócio, cujo nome consta da CDA, não se trata de típico
redirecionamento, e o ônus da prova de inexistência de infração a lei, contrato social ou estatuto compete ao sócio, uma
vez que a CDA goza de presunção relativa de liquidez e certeza;
(3) a terceira situação consiste no fato de que, embora o nome do sócio conste da CDA, a execução foi proposta somente
contra a pessoa jurídica, recaindo o ônus da prova, também neste caso, ao sócio, tendo em vista a presunção de liquidez
e certeza que milita a favor da CDA.
(STJ - AgRg no REsp 966206/PE, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/11/2007, DJ
19/12/2007, p. 1176)
Origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado. Origem: tipo de
lançamento, declaração de contribuinte, confissão. Natureza: tributário ou não, multa, modalidades de obrigação principal (art.
113, §1º CTN).
Necessária a referência à situação de fato ensejadora da multa, tudo para dar efetividade ao princípio da ampla defesa ao
executado.
- Também é necessário o fundamento legal específico da responsabilidade atribuída ao sujeito passivo. Neste caso, p. ex, já se
excluiu presidente de federação de futebol em razão da não indicação do fundamento legal de sua responsabilidade.
*#OUSESABER: Em novembro de 2016, o STF declarou CONSTITUCIONAL o protesto de certidões de dívida ativa (CDA), ao
julgar improcedente a ADI 5135, que impugnava o parágrafo único do artigo 1º da Lei 9.492/1997, acrescentado pela Lei
12.767/2012 (“Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas”).O relator da ADI, ministro Luís
Roberto Barroso, destacou, em seu voto, que essa modalidade de cobrança seria MENOS INVASIVA que a ação judicial de
execução fiscal, a qual permite a penhora de bens e o bloqueio de recursos nas contas de contribuintes inadimplentes.
Ademais, acrescentou que o protesto NÃO impede o funcionamento de uma empresa, bem como que a possibilidade de a
Fazenda Pública efetuar a cobrança judicial NÃO representa um impedimento à cobrança extrajudicial. Foi fixada, no
julgamento, a seguinte tese: “O protesto das certidões de dívida ativa constitui mecanismo CONSTITUCIONAL e
LEGÍTIMO por não restringir de forma desproporcional quaisquer direitos fundamentais garantidos aos contribuintes
e, assim, não constituir sanção política”. Vale ressaltar que o STJ já vinha admitindo essa cobrança extrajudicial por meio do
protesto da CDA.
* O protesto das certidões de dívida ativa constitui mecanismo constitucional e legítimo por não restringir de forma
desproporcional quaisquer direitos fundamentais garantidos aos contribuintes e, assim, não constituir sanção política. STF.
Plenário. ADI 5135/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3 e 9/11/2016 (Info 846).
#OUSESABER: O reconhecimento da fraude à execução fiscal de crédito tributário depende de registro depende de
registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente? Resposta: NÃO. Mas não é isso que
prevê a Súmula 375 do STJ? De fato, a Súmula 375 estabelece que “o reconhecimento da fraude à execução depende do
registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente”. Contudo, referida súmula NÃO se aplica à
execução de crédito tributário, tendo em vista a previsão do art. 185 do CTN. Segundo esse dispositivo, presume-se a fraude
à execução DESDE O MOMENTO DA INSCRIÇÃO DO CRÉDITO EM DÍVIDA ATIVA. Confira-se: “Art. 185. Presume-se
fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda
Pública, POR CRÉDITO TRIBUTÁRIO REGULARMENTE INSCRITO COMO DÍVIDA ATIVA. Parágrafo único. O disposto neste
artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da
Info 510:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. INSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL. A execução fiscal deve ser
instruída com a Certidão de Dívida Ativa – CDA, de acordo com o artigo 6º, § 1º, da LEF, sendo inexigível a instrução com o
Termo de Inscrição em Dívida Ativa do crédito executado. Precedentes citados: REsp 1.138.202-ES (Repetitivo), DJe
1º/2/2010, e REsp 1.065.622-SC, DJe 23/4/2009. AgRg no AREsp 198.239-MG, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado
em 13/11/2012.
STJ - Súmula 392 - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de
embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da
execução.
EXECUÇÃO FISCAL
01. INTRODUÇÃO
Lei 6830/80 – LEF (Lei de Execução Fiscal).
- O concurso que mais exige esse assunto é da Magistratura e Procuradoria.
- Uma legislação que entrou em vigor no dia 22.09.1980.
- A Lei de execuções fiscal corresponde a um lei Ordinária Federal, que visa a execução judicial da dívida ativa da União,
Estados, DF e Municípios.
E Lei Federal de caráter Nacional.
# OBS.: Quando surgiu a LEF (1980), o CTN já havia sido percepcionado com força de Lei Complementar, ou seja, pela CF/67.
- Por isso ser inaplicável a regra de suspensão da prescrição prevista na LEF (art. 2 §3˚).
- Dependente de Lei Complementar porém regulado de forma diferente por Lei Ordinária.
- Nesse art. 2 §3˚ é inaplicável em matéria tributária, porque esse dispositivo é aplicável em dívidas ativas não tributário.
# Exemplos:
02. COMPETÊNCIA
REGRA: A EF é proposta no foro de domicílio do réu da execução – art. 46, §5º, NCPC.
- Quando tem a União promovendo a Execução Fiscal – é a Justiça Federal.
- Quando for Estados, DF e Municípios – é a Justiça Estadual do domicílio do réu.
# OBS.1: Se estiver diante de uma Execução Fiscal Federal e o executado é domiciliado em um local onde não é sede da JF?
A Lei 13.043/14 revogou o inciso I do art. 15, da Lei 5010/66 (que fala sobre a organização judiciaria federal).
- Atualmente, não existem mais a delegação de competência nos casos de Execução Fiscal.
- Antes da Lei 13.043/14 a Execução Fiscal Federal em domicílio que não tinha sede da JF, ia para a JE, o juiz de Direito.
Assim, até 2014, vigorava o seguinte: Art. 109, parágrafo 3o, CF – Nesse caso, ajuíza-se essa Execução Fiscal Federal na
Justiça Estadual – vai para o juiz de direito – o juiz de direito vai fazer as vezes de um Juiz Federal. Quando esse Juiz de
Direito prolatar sua sentença, e quem resolver recorrer – a apelação será direcionada ao TRF – não vai para o TJ, porque o
Juiz de Direito está fazendo as vezes de um Juiz Federal.
- Após a Lei 13.043/14, Execução Fiscal Federal ajuizada em domicílio que não tinha sede da JF, permanece na JF
competente.
- Todas as execuções fiscais ajuizadas antes de novembro de 2014, permaneceram na JE, continuaram com o Juiz de Direito.
# OBS.2: ITR Parafiscal – quando o imposto passa a ser arrecadado pelos Municípios – art. 153, parágrafo 4o, III, CF.
*O prazo prescricional para cobrança das anuidades pagas aos conselhos profissionais tem início somente quando o total da
dívida inscrita, acrescida dos respectivos consectários legais, atingir o patamar mínimo estabelecido pela Lei 12.514/2011. Ex:
João está devendo as anuidades de 2011, 2012, 2013; as anuidades de 2014, 2015 e 2016 foram pagas; assim, somente em
2017 atingiu-se o valor mínimo exigido pelo art. 8º da Lei ocasião em que o Conselho ajuizou a execução; o termo inicial da
prescrição somente se iniciou em 2017. STJ. 2ª Turma. REsp 1.524.930-RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 2/2/2017
(Info 597). #PROCURADORIAS #IMPORTANTE
# OBS.: A OAB também tem legitimidade para promover uma execução fiscal?
- Em relação à OAB, o STF entende que não equivale a uma agência reguladora, nem a uma autarquia propriamente dita. Ela
é de uma categoria ímpar. O STF diz que ela corresponde a uma entidade sui generis, porque ela não existe especificamente
para controlar e fiscalizar a categoria dos advogados – ela tem uma função institucional, inclusive prevista pela CF. O STF
entende que a OAB é realmente diferenciada – ADI 3026/DF.
- Assim, conclui-se que a OAB não executa através da Lei 6.830/80 (não tem legitimidade para se valer das regras da LEF),
mas executa através do CPC.
A) CITAÇÃO
A primeira manifestação do juiz em sede de EF ajuizada, é o despacho que ordena a citação – art. 8o, parágrafo 2o, LEF /
Art. 174, parágrafo único, CTN – O despacho do juiz da citação repercute na interrupção da prescrição.
- Entretanto, muito embora a própria LEF diga que o despacho do juiz que ordena a citação interrompe o prazo prescricional,
essa interrupção deve levar em consideração data anterior ao despacho (súmula 106, STJ – retroage à data do ajuizamento
da ação, em razão da morosidade do Poder Judiciário).
# CUIDADO – Súmula 106, STJ: a morosidade do Poder Judiciário não pode servir de fundamento à alegação da prescrição,
logo, de acordo com a súmula 106, STJ, cabe também em matéria tributária, a aplicação do art. 240, parágrafo 1o, NCPC – que
diz que a interrupção da prescrição deve retroagir à data do ajuizamento da ação.
A citação em execução fiscal, por regra, se dá por meio dos CORREIOS – através de AR (o Aviso de Recebimento).
- Exceções: Pode haver citação por oficial de justiça e citação por edital – Súmula 414, STJ – para haver citação por edital,
deve ter sido frustrada as demais alternativas (correis, por oficial de justiça).
Súmula 414, STJ: A citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as demais modalidades.
1 A prova do TRF4/2016 considerou correta a seguinte alternativa: “Segundo a orientação do Superior Tribunal de
Justiça, a ação anulatória em que se discute o crédito tributário implica litispendência em relação aos embargos
do devedor caso a matéria de defesa tratada nestes últimos seja a mesma.”
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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- Assim, na LEF os embargos precisam da garantia; o prazo é de 30 dias, contados da garantia.
- No CPC, os embargos independem da garantia; o prazo é de 15 dias, contados da citação.
Prevalece a regra da LEF – pelo Princípio da Especialidade das Leis.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos
para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
§ 2o Cessando as circunstâncias que a motivaram, a decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da
parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada.
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução contra os
que não embargaram quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante.
§ 5o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da
penhora e de avaliação dos bens”.
- O STJ analisou a questão e decidiu pela aplicação desse dispositivo à Execução Fiscal, já que o CPC tem aplicação
subsidiária à LEF, que é omissa nesse ponto. Sendo assim, a Execução Fiscal segue, mesmo diante do oferecimento dos
embargos.
- Diante desse cenário, os contribuintes passaram a questionar se a garantia seria obrigatória, (porque com a reforma no CPC
elas não mais são obrigatórias?). Contudo, o STJ disse que continua sendo obrigatório garantir a Execução Fiscal, o que
acabou ficando ruim para os contribuintes.
# Resumo:
1. Garantia é obrigatória para embargar
2. A suspensão da execução não é imediata.
Informativo 538 STF – maio/2014
# RESUMO
- EMBARGOS A EXECUÇÃO – garantir juízo apenas para obter o efeito suspensivo
- IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - garantir juízo como requisito de procedibilidade dos embargos
- EMBAROS À EXECUÇÃO FISCAL – garantir juízo como requisito de procedibilidade dos embargos
Assim, a regra é a de que os embargos não têm efeito suspensivo, não suspendendo a execução. Há exceções, contudo. Terá
efeito suspensivo nos casos em que, garantida a execução, o devedor seja capaz de argumentar quanto à necessidade do
efeito suspensivo e de um dano com o prosseguimento da execução fiscal.
# OBS.: Não são devidos honorários se o executado desistir dos embargos em razão de ter celebrado parcelamento do débito
fiscal: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR EM EXECUÇÃO FISCAL. ADESÃO A PROGRAMA DE
PARCELAMENTO FISCAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS INDEVIDOS. Não são devidos honorários advocatícios pelo
executado no caso de desistência dos embargos à execução fiscal com a finalidade de adesão ao programa de parcelamento
fiscal, salvo se a execução fiscal for ajuizada pelo INSS. Nessa situação específica, os honorários já estão incluídos no
encargo de 20% previsto no Decreto-lei n. 1.025/1969 e a condenação do executado nessas verbas constituiria bis in
idem. A circunstância de os incisos do § 3º do art. 1º da Lei n. 11.941/2009 preverem a redução em 100% dos valores do
encargo legal não determina a condenação do contribuinte desistente da ação de embargos à execução fiscal ao pagamento
da verba honorária, porque os valores cobrados na execução já contemplam a referida parcela. Precedentes citados: AgRg no
AgRg no Ag 1.223.449-SC, DJe 4/4/2011; REsp 1.143.320-RS, DJe 21/5/2010; EREsp 475.820-PR, DJ 15/12/2003, e REsp
1.006.682-RJ, DJe 22/9/2008. AgRg no REsp 1.241.370-SC, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 4/10/2012.
I) Devedor é citado, mas não paga ou indica bens. Art. 185-A, CTN: penhora on-line.
- Sendo o devedor citado e decorridos 5 dias sem o pagamento ou a garantia, a Fazenda Pública tentará penhorar
forçadamente. O Oficial de Justiça vai lá ver os bens para penhorar forçadamente. Caso essa tentativa se mostre frustrada,
aplica-se o art. 185-A. precisava haver primeiro a tentativa através do oficial.
- Esse dispositivo cria um novo mecanismo de localização de bens do devedor. O Juiz, de ofício, decreta a indisponibilidade de
bens e direitos do devedor, nos limites da dívida, comunicando eletronicamente para todos os órgãos que, de alguma forma,
possam influenciar nesses bens (instituições financeiras, cartórios, por exemplo). - Por isso é a penhora on line. Bloqueia a
conta corrente, por exemplo.
- No NCPC, nos arts. 835 e 854, o dinheiro, inclusive o depositado e o aplicado, foi para o primeiro lugar na lista de penhora.
Sendo assim, a Fazenda passou a defender que não era preciso o oficial de Justiça ir tentar penhorar os bens, podendo logo
realizar a penhora on line.
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
- A penhora on-line (854 do NCPC) é uma modificação trazida que pode ser aplicada às execuções fiscais no caso do
executado não oferecer bens à penhora na forma e no prazo legais.
- CTN, art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no
prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos,
comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de
transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do
mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. § 1o A indisponibilidade de
que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da
indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. § 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a
comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja
indisponibilidade houverem promovido.
- O STJ aceitou essa interpretação e, sendo assim, diante da reforma do CPC, a inesgotabilidade de bens e meios não é mais
necessário. A busca pelo dinheiro é a primeira opção, podendo ir direto pela penhora on line. Se isso não der em nada aí é que
vai para o oficial de Justiça.
- Sem o pagamento do débito no prazo legal, faz-se a penhora em bens do executado e a sua intimação desta para a
oposição de embargos a execução no prazo de 30 (trinta) dias. Transcorrido esse prazo, a conversão desta em dinheiro
efetua-se por meio de leilão, que é a transferência da propriedade do bem para um terceiro adquirente. Esse procedimento de
transferência de propriedade ou alienação judicial sucede à penhora, desde que o executado/devedor não se oponha à
execução por meio de embargos ou, ainda, pague o débito, o que extinguirá o processo; em não havendo oposição, o
procedimento é automático:
1. Avaliação;
2. Publicação dos editais do leilão;
3. Lavratura (em 24 horas após o leilão) do auto de arrematação;
4. Quando se tratar de bem imóvel, o arrematante irá ao Cartório de Registro de Imóveis com a Carta da Arrematação
(desde que pago o imposto de transmissão), para efetuar a transcrição.
As principais inovações da Lei n. 6.830, de 22/09/80, e as suas principais controvérsias são:
1. Faculta que a certidão de dívida ativa seja preparada e numerada por processo manual, mecânico ou eletrônico (art.
2°, § 7°);
2. A petição inicial será instruída com a certidão da dívida ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse
transcrita (art. 6°, § 1°);
3. A petição inicial e a certidão da dívida ativa poderão constituir documento único, preparado até mesmo por
processamento eletrônico (art. 6°, § 2°);
4. A produção de provas pela Fazenda Pública independerá de requerimento na petição inicial (art. 6°, § 3°);
5. O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais (art. 6°, § 4°);
6. Segundo o princípio da economia processual, evita a repetitiva “conclusão dos autos", para a prolação de despachos
ordenatórios de autos cuja sequência é óbvia e vai, desde logo, implicitamente admitida no deferimento da inicial (art.
7°);
7. A citação será por via postal (art. 8°) ;
EXECUÇÃO FISCAL. Súmula 583-STJ: O arquivamento provisório previsto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, dirigido aos
débitos inscritos como dívida ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, não se aplica
às execuções fiscais movidas pelos conselhos de fiscalização profissional ou pelas autarquias federais. STJ. 1ª Seção.
Aprovada em 14/12/2016
11. INOVAÇÕES NO CPC E NA LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS – A EXECUÇÃO FISCAL APÓS A LEI Nº 11.382/2006 E O
NCPC:
É sabido que o CPC se aplica subsidiariamente à execução fiscal, por disposição expressa do art. 1º, da Lei 6.830/80 (LEF).
Assim, como a finalidade desse procedimento especial para satisfação de créditos fiscais visa garantir maior
celeridade/efetividade à execução movida pela Fazenda Pública, é adequada a aplicação do CPC sempre que este melhor
atender tais objetivos.
SÚMULAS DO STJ
Súmula 153: A desistência da execução fiscal, após o oferecimento dos embargos, não exime o exequente dos
encargos da sucumbência.
Súmula 189: É desnecessária a intervenção do Ministério Público nas execuções fiscais.
Súmula 190: Na execução fiscal, processada perante a Justiça Estadual, cumpre à Fazenda Pública antecipar o
numerário destinado ao custeio das despesas com o transporte dos oficiais de justiça.
Súmula 314: Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual
se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
Súmula 451/STJ: “É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial”.
Súmula 449/STJ: “A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família
para efeito de penhora”.
Súmula 447/STJ: “Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda
retido na fonte proposta por seus servidores”.
Súmula 414/STJ: “A citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as demais modalidades”.
Súmula 409/STJ: “Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada de
ofício”.
Súmula 406/STJ: “A Fazenda Pública pode recusar a substituição do bem penhorado por precatório”.
Súmula 400/STJ: “O encargo de 20% previsto no DL n. 1.025/1969 é exigível na execução fiscal proposta contra a
massa falida”.
Súmula 394/STJ: “É admissível, em embargos à execução, compensar os valores de imposto de renda retidos
indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na declaração anual”.
Súmula 393/STJ: “A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de
embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da
execução”.
Trata-se, assim, de uma suspensão ope judicis, ou seja, determinada pelo juiz de acordo com a análise da presença dos
requisitos no caso concreto.
Essa conclusão foi adotada recentemente pela 1ª Seção do STJ no REsp 1.272.827-PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
julgado em 22/5/2013 (recurso repetitivo).
A LEF trata sobre o tema? Qual é o fundamento jurídico para essa suspensão com base nos requisitos acima?
A Lei n. 6.830/80 não tem regra sobre os efeitos da oposição de embargos. Em outras palavras, a LEF nem diz que os
embargos suspendem nem que não suspendem a execução. Há uma omissão, uma lacuna. Assim, segundo decidiu o STJ,
deve-se aplicar, por subsidiariedade, o que dispõe o § 1º do art. 739-A do CPC:
§ 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus
fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta
reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
13) Qual é o recurso contra a decisão do juiz que recebe os embargos com ou sem efeito suspensivo?
1) Na ação de execução fiscal, frustradas as diligências para localização de outros bens em nome do devedor e obedecida a
ordem legal de nomeação de bens à penhora, não cabe ao magistrado recusar a constrição de bens nomeados pelo credor
fundamentando a decisão apenas na assertiva de que a potencial iliquidez deles poderia conduzir à inutilidade da penhora.
Isso porque, nos termos do art. 612 do CPC 1973 (art. 797 do CPC 2015), a execução é realizada no interesse do credor que
adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens indicados. Ademais, conforme preceitua o art. 591 do CPC 1973
2) No caso em que a garantia à execução fiscal tenha sido totalmente dispensada de forma expressa pelo juízo competente -
inexistindo, ainda que parcialmente, a prestação de qualquer garantia (penhora, fiança, depósito, seguro-garantia) -, o prazo
para oferecer embargos à execução deverá ter início na data da intimação da decisão que dispensou a apresentação de
garantia, não havendo a necessidade, na intimação dessa dispensa, de se informar expressamente o prazo para embargar.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.440.639-PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 2/6/2015 (Info 563).
3) A Lei 13.043/2014 alterou o inciso II do art. 7º da Lei 6.830/80 (LEF) e previu expressamente mais uma forma de garantia do
juízo: o SEGURO GARANTIA. A mudança foi importante porque o STJ possuía entendimento pacífico de que o seguro garantia
não servia como garantia da execução fiscal em virtude da ausência de previsão na LEF. A Lei 13.043/2014 entrou em vigor
em 14/11/2014; é possível aceitar seguro garantia para uma execução fiscal que tenha se iniciado antes desta data e que
ainda esteja tramitando? Em outras palavras, a alteração promovida pela Lei 13.043/2014 no que tange ao seguro garantia
aplica-se às execuções fiscais que foram instauradas antes de sua vigência e que ainda estejam em curso? SIM. O inciso II do
art. 9° da Lei 6.830/80 (LEF), alterado pela Lei 13.043/2014, que faculta expressamente ao executado a possibilidade de
oferecer fiança bancária ou seguro garantia nas execuções fiscais, possui aplicabilidade imediata aos processos em curso. A
norma que permite a garantia do juízo por meio de seguro garantia é de cunho processual, de modo que possui aplicabilidade
imediata aos processos em curso. STJ. 2ª Turma. REsp 1.508.171-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 17/3/2015 (Info
559).
4) Em 2012, a sociedade empresária "ABC" deixou de pagar determinado imposto, tornando-se inadimplente com o Fisco. Em
2013, João tornou-se sócio-gerente da sociedade empresária "ABC". Em 2014, a sociedade empresária "ABC" fechou suas
portas sem observar as formalidades legais, ou seja, foi dissolvida de forma irregular. Em 2015, o Fisco ajuizou execução fiscal
contra a referida sociedade empresária, não tendo, contudo, encontrado ninguém no endereço onde ela funcionava. A
dissolução irregular da sociedade autoriza o redirecionamento da execução para o sócio-gerente (súmula 435-STJ). A pergunta
que surge, no entanto, é a seguinte: É possível redirecionar a execução fiscal contra João mesmo sabendo que ele não exercia
a gerência no momento do fato gerador do tributo cobrado? É permitido o redirecionamento da execução fiscal contra o sócio-
gerente que, no momento da dissolução, exercia a gerência, mas que não era o gerente no momento do fato gerador do
tributo?
1ª corrente: NÃO. É a posição tradicional do STJ, ainda adotada pela 1ª Turma. STJ, AgRg no AREsp 729.285/SC, Rel. Min.
Sérgio Kukina, julgado em 06/08/2015.
2ª corrente: SIM. É a nova posição da 2ª Turma do STJ. REsp 1.520.257-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 16/6/2015
(Info 564). STJ. 2ª Turma. REsp 1.520.257-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 16/6/2015 (Info 564).
5) Qual é o prazo prescricional para que a União ajuíze execução fiscal cobrando os créditos rurais que foram a ela transferidos
pela MP 2.196-3/2001?
• Crédito rural cujo contrato foi celebrado sob a égide do CC-1916: 20 anos (prescrição das ações pessoais - direito pessoal de
crédito), a contar da data do vencimento, consoante o disposto no art. 177 do CC-1916, para que dentro dele (observado o
disposto no art. 2º, § 3º, da LEF) sejam feitos a inscrição e o ajuizamento da respectiva execução fiscal, sem embargo da
norma de transição prevista no art. 2.028 do CC/2002;
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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• Crédito rural cujo contrato tenha sido celebrado sob a égide do CC-2002: 5 anos (prescrição da pretensão para a cobrança de
dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular), a contar da data do vencimento, consoante o disposto no art.
206, § 5º, I, do CC/2002, para que dentro dele (observado o disposto no art. 2º, § 3º, da LEF) sejam feitos a inscrição em dívida
ativa e o ajuizamento da respectiva execução fiscal. STJ. 1ª Seção. REsp 1.373.292-PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
julgado em 22/10/2014 (Info 565).
6) Em sede de execução fiscal, a Fazenda Pública não tem direito de substituir a fiança bancária prestada pela sociedade
empresária executada e anteriormente aceita pelo ente público por penhora de depósito de quantia destinada à distribuição de
dividendos aos acionistas da devedora, a não ser que a fiança bancária se mostre inidônea. STJ. 1ª Seção. EREsp 1.163.553-
RJ, Rel. originário e voto vencedor Min. Arnaldo Esteves Lima, Rel. para o acórdão Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
22/4/2015 (Info 569).
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Este material foi produzido pelos coaches com base em anotações pessoais de aulas,
referências e trechos de doutrina, informativos de jurisprudência, enunciados de súmulas,
artigos de lei, anotações oriundas de questões, entre outros, além de estar em constante
processo de atualização legislativa e jurisprudencial pela equipe do Ciclos R3.