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Espaço Jurídico Cursos ________________________________________Bizu da Hora

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DIREITO ADMINISTRATIVO
Profº Romoaldo Goulart

PRINCÍPIOS E PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1- Os princípios básicos da administração pública são: legalidade, impessoalidade,


moralidade, publicidade e eficiência;
2- O poder de polícia em regra é discricionário, porém quando da concessão de
licenças ele é vinculado.
3- Seja poder vinculado seja discricionário significa agir de acordo com o previsto
em lei e não na “livre” vontade do administrador.

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1- O consórcio poderá ser formado com personalidade jurídica de direito público ou


privado;
2- A autarquia precisa de lei específica para a criação, enquanto as demais
entidades da administração indireta basta lei “autorizando” a criação.
3- As OS’S (organizações sociais) se vinculam ao estado através de contrato de
gestão, enquanto que as OSCIP’S (organização da sociedade civil para o interesse
público), através de termo de parceria.

SERVIDOR PÚBLICO

1- A estabilidade é alcançada após três anos de efetivo exercício e avaliação


específica. Assim, o mero decurso do prazo não torna o servidor estável.
2- Segundo o “expresso” na Lei 8.112/90 o estágio probatório é de 02 (dois) anos,
todavia, o Governo Federal tem aplicado 03 (três) anos.
3- A punição de servidor será sempre através do devido processo legal.

LICITAÇÕES

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1- A licitação tem uma finalidade dúplice que é buscar a proposta mais vantajosa
(não necessariamente o menor preço) e oportunizar a todos a contratar com o
governo (isonomia).
2- Sempre que possível, as compras deverão ser realizadas através do Sistema de
Registro de Preços (SRP).
3- A modalidade licitatória não prevista na lei 8.666/93 é o pregão, onde não há de
se falar em comissão licitatória, mas sim pregoeiro e equipe de apoio, e também
não caberá pedir garantias.

CONTRATOS

1- As garantias para o contrato serão de até 5%, no caso de ser complexo, de alto
risco, poderá ser de até 10%, já para as licitações (procedimento) poderá ser de
até 1%.
2- O que caracteriza o contrato administrativo é a possibilidade de se valer de
cláusulas exorbitantes.
3- Caducidade é a extinção de um contrato de prestação de serviço público em
decorrência do interesse público, enquanto que a caducidade é a extinção em
decorrência de irregularidade praticada pelo contratado.

ATOS ADMINISTRATIVOS

1- Não confundir requisitos/elementos dos atos administrativos (CO-FO-FI-M-O)


com os seus atributos (presunção da legitimidade – iuris tantum; imperatividade e
a autoexecutoriedade, que não estão presente em todos os atos administrativos;
exigibilidade e a tipicidade
2- Não se revoga ato consumado, ato vinculado e nem atos de mero expediente.
3- Decai (trata-se de decadência e não de prescrição) em 05 (cinco) anos o direito
da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé

CONTROLE DA DMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1- Todo e qualquer ato administrativo está sujeito a controle por


todos os poderes.
2- O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União.

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3- Segundo a Lei 9.784/99, a Administração deve anular seus próprios atos,


quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

1- O direito brasileiro adota a teoria da responsabilidade objetiva, risco


administrativo, por exceção a subjetiva, quando houver a falta do serviço.
2- Em caso de dano nuclear, adota-se a teoria do risco integral;
3- Responde de forma objetiva a pessoa jurídica de direito público e a
privada prestadora de serviço público.

DIREITO PENAL
Profº Geovane Moraes

1. DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Princípio da Legalidade:

II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em


virtude da Lei.

DICA Trata-se na verdade de um princípio genérico que norteia o ordenamento


penal brasileiro, tendo aplicabilidade em todos os ramos do direito. Todavia, esta
espécie de legalidade é denominada de Legalidade em Sentido Amplo. Em natureza
específica de direito penal temos a Legalidade em Sentido Estrito, baseada no
dispositivo constitucional que afirma não existir crime sem lei que o defina.

Princípio da legalidade em sentido estrito e da anterioridade da lei penal

XXXIX – Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem a prévia
cominação legal.

DICA  Corresponde a aplicação do princípio da legalidade, de forma mais


específica, no âmbito do direito penal.

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A reserva legal, ou principio da anterioridade das normas penais, é


consagrada no art. 1º do CP e no art. 5º, inciso XXXIX, da CF, que dispõem não
haver crime sem lei anterior que o defina nem pena sem a prévia cominação legal
(nullum crimen, nulla poena sine lege).
Em complemento a reserva legal, o art. 5º, inciso II, da CF, tutela que
ninguém será obrigado a fazer ou a deixar de fazer algo, senão em virtude da lei.
Portanto, frente ao princípio da reserva legal, fato típico será a conduta
delituosa prevista exclusivamente em lei, da mesma forma que a cominação da
pena. Não existe tipificação por ato discricionário no direito penal brasileiro.
Também não é admissível a configuração de crime mediante analogia ou baseado
em costumes.

Conseqüências da reserva legal

 A lei penal não poderá retroagir, exceto quando em benefício do réu.


 Não se admite o emprego da analogia no tocante às normas penais quando em
desfavor do réu. Ao contrário, nada impede o emprego da analogia in bonam
partem.
 Não se admite a incriminação vaga e indeterminada de certos fatos.
 Não se admite a aplicação de crimes ou penas de meros costumes sem a
previsão anterior e escrita tanto de um como de outro.

Princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica

XL – A Lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

O instituto da retroatividade consiste em analisar um fato passado a luz do


direito presente. A lógica norteadora do ordenamento penal estabelece que “os
fatos são apreciados a luz da em vigor no momento em que eles aconteceram”.
Assim sendo, na regra geral, as normas penais não retroagem, salvo se trouxerem
algum tipo de benefício para o réu.

A lei penal que de algum modo beneficiar o réu retroagirá, tendo transitado
ou não a sentença condenatória, como ocorre, por exemplo, quando a lei posterior
vem a reduzir a quantidade de pena imposta em relação à dada conduta delituosa
ou contravencional.

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Os princípios que regem a sucessão das leis penais são o da irretroatividade


da norma incriminadora e o da retroatividade da lei mais benéfica.

Art. 2º do CP: Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória.

Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-
se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.

DICA  para que seja encontrada a lei mais benigna, basta fazer a comparação
entre os dispositivos que interessam ao caso. A lei mais benigna pode ser aquela
que comina pena de menor duração; a que comina pena de detenção em vez de
reclusão; aquela que contenha circunstâncias atenuantes; aquela que dá ao fato
definição de contravenção e não de crime, entre outros.

DICA  aplica-se a lei em vigor no momento em que o ato criminoso aconteceu, ou


seja, a lei aplicável é a lei do tempo do crime (Tempus Regit Actum).

DICA  A retroatividade in bona parte, ou seja, a retroatividade em benefício do


acusado, não poderá ser aplicada nos casos de crimes cometidos e tutelados
durante a vigência de leis temporárias ou excepcionais. Estas normas são
consideradas ultra-ativas, pois continuam produzindo efeitos aos crimes cometidos
na época ensejadora da lei, mesmo que esta não esteja mais em vigor.

Art. 3º do CP: A lei excepcional ou temporária, embora decorrido período de sua


duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência.

A norma jurídica penal é criada para reger situações citadinas e cotidianas


do convívio social. Assim sendo, o legislador originário ao criar a lei, pauta-se pelo
que lhe é comum, conhecido, previsível, tentando adequar a norma a esta
realidade. Todavia, podem manifestar-se situações que não poderiam ser previstas
pelo legislador.
Por causa disto, existem leis denominadas temporárias ou excepcionais,
destinadas a uma vigência limitada ou necessária enquanto durarem as condições
determinantes da lei. Uma lei que fixa a tabela de preços de artigos de consumo é

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lei temporária; a lei que fixa a declaração do estado de sítio ou de emergência é lei
excepcional. A lei temporária vigora até extinguir-se o prazo de duração previsto
para a mesma; a lei excepcional vigora enquanto persistirem as circunstâncias que
a motivaram.
A lei excepcional é promulgada para regular fatos ocorridos dentro de
uma situação irregular, a lei perde sua vigência, cessada a excepcionalidade que a
motivou.
A lei temporária é aquela norma cuja vigência é previamente fixada pelo
legislador. Decorrido o prazo determinado, a lei deixa de existir sem necessidade de
outra norma para sua revogação.
Como ambas existem para regular situações transitórias, foram reunidas sob
a denominação de leis de eficácia transitória.

DICA  Crimes praticados durante a vigência de lei temporária ou excepcional não


podem ser beneficiados pela retroatividade de lei mais benéfica. Este serão
julgados pelo texto da lei em vigor quando eles foram cometidos.

DICA  As normas penais começam a vigorar no Brasil, 45 dias depois de


publicadas, salvo disposição em contrário; se nesse prazo ocorrer publicação de
novo texto destinado a correção, o prazo começa novamente a correr a partir da
nova publicação. As correções da lei em vigor são consideradas lei nova.
Permanece em vigor a lei até que outra a modifique ou revogue, salvo em caso de
lei temporária ou excepcional (leis auto-revogáveis); a revogação da lei anterior
pode ser por ab-rogação – quando a lei nova revoga a lei anterior completamente -
ou derrogação - quando a lei nova revoga a lei anterior parcialmente.

TEMPO E LUGAR DO CRIME

Tempo do crime  considera-se praticado o crime no momento da ação ou da omissão,


ainda que seja outro o momento do resultado (teoria da atividade).
Lugar do crime  será o lugar da ação ou omissão ou o lugar em que ocorreu ou deveria
ter ocorrido o resultado (teoria da ubiqüidade).

DO CRIME E DA IMPUTABILIDADE PENAL

- O crime pode se manifestar na modalidade tentada ou consumada. Aplica-se ao crime


tentado a pena do crime consumado reduzida de 1\3 a 2\3, salvo se existir disposição

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específica na lei. Na tentativa o crime não se consuma por circunstâncias alheias a


vontade do agente agressor.
- Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz, o sujeito ativo do delito evita, por
sua própria vontade e espontaneidade, que ocorra a consumação do crime, só
respondendo pelos atos já praticados.
a) desistência voluntária – o agente interrompe os atos de execução do delito, evitando
a consumação;
b) arrependimento eficaz – o agente, já tendo praticado, de acordo com seu
entendimento todos os atos de execução do delito, evita que a consumação ocorra.
Lembre-se: você pode desistir do que ainda está fazendo (desistência voluntária), mas só
pode se arrepender do que já fez (arrependimento eficaz).
Ex: João, objetivando matar, atirou em Pedro. Após terminar a execução do delito, teve
uma “dor de consciência” e socorreu a vítima para o hospital, evitando o seu falecimento.
Neste caso temos um arrependimento eficaz e Pedro só responderá pelos atos já
praticados, ou seja, por lesão corporal.
- No arrependimento posterior, já ocorreu à consumação do delito e o agente tenta
minimizar, diminuir, de forma voluntária e espontânea os efeitos do crime praticado. Este
instituto funciona como um atenuante de pena e só será admitido em crimes praticados
sem violência ou grave ameaça e até o recebimento da denúncia ou da queixa.

- O crime será doloso quando o agente objetiva o resultado ou assume o risco de produzi-
lo. Será culposo quando o agente deu causa ao resultado por imperícia, imprudência ou
negligência. Cuidado com algumas cascas de banana:
a) dolo direto  o agente busca o resultado delituoso;
b) dolo eventual  embora não objetive diretamente o resultado delituoso, o agente
assume o risco de produzi-lo, ou seja, não está nem um pouco preocupado com as
conseqüências da sua conduta. (Eu quero que se lasque)
c) culpa inconsciente  o agente não previu antecipadamente a possibilidade de
produzir danos aos bens jurídicos. (Alopração, alesamento, descuido, falta de cuidado,
menino de prédio que se mete a fazer o que não sabe)
d) culpa consciente  o agente visualizou antecipadamente a possibilidade de, com sua
conduta, produzir dano ao bem jurídico, mas acreditou sinceramente que este dano não
iria acontecer. (Lascou foi tudo, eu tinha certeza que isto não ia acontecer).

- Não há crime quando o agente pratica o fato em:


I - em estado de necessidade  perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias,

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não era razoável exigir-se. Não pode alegar estado de necessidade quem têm o dever
legal de enfrentar o perigo, desde que esteja no exercício deste dever e que lhe seja
possível nas circunstâncias agir.
II - em legítima defesa  repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou
de outrem, usando moderadamente dos meios necessários.
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

- Imputabilidade é a capacidade psíquica do agente de entender o caráter criminoso de


sua conduta e de determinar-se de acordo com esse entendimento. Essa capacidade
resulta do somatório da maturidade do agente, da sua sanidade mental e da possibilidade
de dirigir sua conduta de acordo com o que determina a norma jurídica.
- Imputável é o agente mentalmente desenvolvido e mentalmente são, que possui a
inteira capacidade de entender o caráter criminoso do seu ato e de determinar-se de
acordo com esse entendimento. Quando a capacidade de entendimento do caráter
criminoso do ato for parcial o agente será semi-imputável (parágrafo único do art. 26 do
CP).

DICA IMPORTANTE: NÃO CONFUNDA

Erro de tipo  o agente desempenha uma conduta por acreditar que ela não corresponde
a crime previsto no ordenamento penal, ou seja, ele só pratica a conduta por acreditar que
o que está fazendo não é crime. O erro recai sobre os elementos constitutivos do tipo
penal.

Ex: o agente destrói aparelho celular de terceiro por acreditar estar destruindo seu próprio
aparelho. Ele sabe que não existe crime em destruir seu celular, já que o crime de dano
presume que a coisa seja alheia. Ele só adota a conduta por acreditar não estar praticando
fato tipificado em lei, mas equivoca-se, pois o celular pertencia a terceiro. Como o erro de
tipo elimina o dolo e permite a responsabilização da conduta a título culposo, caso exista
previsão legal, neste caso não há de se falar em responsabilização criminal, pois não
existe o crime de dano culposo.
Sendo mais detalhista ainda, não há de se falar sequer em crime, pois como o tipo só
admite elemento subjetivo doloso e este foi excluído pelo instituto do erro de tipo, não
existirá um dos elementos constitutivos do tipo penal (dolo ou culpa) e
conseqüentemente, não haverá crime.

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Erro de proibição o agente desempenha uma conduta sabendo que ela corresponde a
um crime previsto na norma jurídica, ou seja, ele sabe que o que está fazendo configura-
se como tipo penal. Todavia, equivoca-se por acreditar estar diante de uma circunstância
que eliminaria a ilicitude da conduta e conseqüentemente o crime. Ou seja, ele sabe que o
que está fazendo é um tipo penal, uma conduta tipificada, mas acredita estar diante de
uma circunstância excepcional em que a lei autoriza o desempenho de tal conduta.
O erro de proibição, quando inevitável, isenta o agente de pena, quando evitável pode
diminuir a pena de 1\6 a 1\3.

Ex: Este exemplo é clássico. Um soldado perde-se do seu destacamento durante uma
batalha, travada em período noturno, vindo a abrigar-se em uma edificação. Durante a
noite, é assinado entre os países em guerra um tratado de paz, mas o soldado não tem
como saber disso. Ao amanhecer, o combatente sai do seu abrigo e depara-se com uma
guarnição que no seu entendimento ainda é inimiga, e efetua vários disparos, vindo atingir
e matar uma pessoa. Ele não tem dúvidas que atirar e matar são condutas tipificadas em
lei, mas por acreditar ainda existir a situação de guerra, entende estar agindo em estrito
cumprimento do dever legal, o que excluiria a ilicitude e conseqüentemente o crime. Neste
caso temos um erro de proibição inevitável que isentará o agente de pena.

CONCURSO DE AGENTES

- Regras elementares do concurso de pessoas ou de agentes:

a) Segue, na regra geral a teoria monísta ou unitária, onde se tipifica o mesmo crime para
todos os agentes envolvidos.
b) Cada agente responde na medida de sua participação de culpabilidade.
c) Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando
elementares do crime.
d) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em
contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

PARTE ESPECIAL

- Crimes contra a vida: homicídio; induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio,


infanticídio e aborto.

a) homicídio – consuma-se com a morte encefálica da vítima; as suas qualificadoras são:


I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

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II - por motivo fútil;


III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

Cuidado:
- o homicídio praticado sem motivo (denominado de gratuito) não é qualificado. Sem
motivo é diferente de motivo fútil.
- o emprego de veneno só configura qualificadora quando a vítima não souber que está
sendo envenenada.
- meio insidioso é o meio preparado sem o conhecimento da vítima, com emprego de
fraude, da qual resulta a morte de vítima. Ex: soltar os parafusos da roda de um veículo.
- o homicídio pode ser ao mesmo tempo privilegiado (quando praticado por relevante valor
moral, relevante valor social ou mediante domínio de violenta emoção logo em seguida a
injusta provocação da vítima) e qualificado. Homicídio privilegiado-qualificado não é
crime hediondo.

- Das lesões corporais: Toda e qualquer ofensa causada à integridade física ou a saúde de
outrem, desde que o objetivo não seja a prática do crime de homicídio. “Outrem” deve ser
entendido como ser vivo racional. Não existe lesão corporal contra cadáveres.
-As lesões corporais podem ser:

a) Lesão corporal (simples) - ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:


b) Lesão corporal de natureza grave - se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida (perigo de morte);
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto;
c) Lesão corporal de natureza gravíssima- se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
d) Lesão corporal seguida de morte - se resulta morte e as circunstâncias evidenciam
que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:

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e) Lesão corporal culposa


f) Lesão corporal resultante de violência doméstica - se a lesão for praticada contra
ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha
convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou
de hospitalidade;

- Crimes contra a liberdade pessoal: constrangimento ilegal, ameaça, seqüestro e


cárcere privado, redução a condição análoga a de escravo;

Cuidado:
- o constrangimento ilegal pode ser baseado em violência, grave ameaça, entorpecimento,
hipnose, entre outros. Não pode ser meio utilizado para prática de outro crime, pois caso o
seja, estará absorvido por este. Ex: o constrangimento mediante violência da mulher à
prática do ato sexual configura-se estupro, estando o constrangimento absorvido.
- no crime de ameaça, esta deve ser de mal futuro, plausível, injusto e grave, capaz de
infundir temor na vítima. Entende a jurisprudência, que mesmo sendo um crime formal,
deve-se analisar se a vítima sentiu-se efetivamente ameaçada. As simples bravatas
proferidas em momentos de briga e confusão ou vias de fato, podem não ser suficientes
para caracterizar o delito. As ameaças proferidas por pessoas entorpecidas devem ser
argüidas casuisticamente para configuração do delito, bem como ameaças de natureza
supersticiosas.

- Crimes contra o patrimônio:


a) furto – subtrair para si ou para outrem coisa móvel alheia sem emprego de
violência ou grave ameaça;
b) roubo - subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, com emprego de grave
ameaça ou violência;
c) extorsão – constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça a fazer ou
deixar de faze algo ou obter, para si ou para outrem, vantagem econômica;
d) extorsão mediante seqüestro - seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou
para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate;
e) apropriação indébita - apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou
a detenção:
f) apropriação indébita previdenciária - deixar de repassar à previdência social as
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional;
g) estelionato - obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento;

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CUIDADO
- no roubo impróprio, o emprego de violência ou grave ameaça só acontece depois de
subtraída a coisa, com o objetivo de garantir a detenção da coisa para si ou para terceiro
ou de assegurar a impunidade em relação ao crime praticado:

- Crimes praticados por funcionários públicos contra a administração:

CUIDADO
a) as circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam, salvo quando elementares ao
crime. No caso de crimes praticados por Funcionários Públicos, estando estes em concurso
com particulares, a circunstância pessoal, ser funcionário público, será entendida a todos
os particulares associados para a prática do delito e o crime imputado ao Funcionário
Público, será também imputado aos particulares.

b) O crime de Peculato atinge bens públicos e bens particulares, desde que estes estejam
sobre a guarda ou tutela do ente administrativo. Estes bens devem ser móveis ou
semoventes, já que não existe peculato de bens imóveis.

c) O peculato apropriação pode ser diferenciado do peculato furto apenas observando-se a


posse do bem, objeto do crime, por parte do funcionário, no exercício de suas funções.
Caso o funcionário público já tenha a posse do bem em razão da função que desempenha
e o desvia em proveito próprio ou de terceiro, comete o crime de peculato apropriação.
Não tendo a posse do bem em razão do cargo, porém utilizando-se das vantagens que a
função lhe proporciona para ter acesso ao bem em questão, o funcionário público comete
o crime de peculato furto, sendo indispensável para a tipificação do crime que o
funcionário público tenha de alguma forma se aproveitado ou valido da função para ter
acesso ao bem que será objeto do crime.

d) No crime de concussão o núcleo do tipo encontra-se no verbo “exigir”, que por si só, já
é uma expressão carregada de imperatividade. O funcionário não está pedindo ou
solicitando nada, mas sim, aproveitando-se da função para constranger a vítima e
pressioná-la a entregar a vantagem indevida pretendida. Ex: fiscal fazendário que exige de
contribuinte determinado valor em dinheiro para não realizar fiscalização em
estabelecimento comercial.

e) Na corrupção passiva o funcionário não está baseando sua conduta em uma


imperatividade, como acontece na concussão, mas utiliza-se da função para atingir uma

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vantagem indevida, seja solicitando ou recebendo está vantagem, ou ainda aceitando a


promessa desta. Ele não exige nada, mas sua conduta deixa claro o objetivo de alcançar a
vantagem pretendida.
f) A corrupção passiva será privilegiada com o funcionário infringir o dever funcional,
cedendo a pedido ou influência de outrem.

NÃO CONFUNDA

Concussão Corrupção Passiva Prevaricação


Exigir vantagem Solicitar, receber ou Infrigir dever funcional

indevida aceitar promessa de para satisfazer sentimento

vantagem indevida ou interesse pessoal


Ex: procurador Ex: agente de transito Ex: funcionário que retarda

autárquico que exige que solicita dinheiro indevidamente processo

pagamento de para não aplicar judicial, como forma de

determinado valor notificação devida; se vingar do reclamente

para expedir certidão; por ser este seu inimigo

pessoal;

DIREITO PROCESSUAL PENAL


Profº Geovane Moraes

Princípios constitucionais do direito processual penal (art. 5º da CF)

Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional

XXXV – A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça


a direito.

Princípio da anterioridade da lei penal

XXXIX – Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem a prévia
cominação legal.

DICA Também denomina-se este instituto de Princípio da Reserva Legal ( nullum


crimen, nulla poena sine lege ).

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Princípio da personalização da pena

XLV – Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a


obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos
da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido.

DICA Só o condenado pode sofrer a pena criminal, independentemente da sua


natureza. Ninguém pode sofrer qualquer tolhimento de direitos ou de sua liberdade
por fato que não praticou, por dano que não causou ou por acontecimento que não
concorreu. Todavia, a constituição estabeleceu a possibilidade da decretação do
perdimento de bens e a reparação patrimonial, que nada mais são do que espécies
de penas, serem estendidas aos sucessores e contra eles executadas até o limite do
valor do patrimônio transferido. Em se falando de sucessores é lógico estarmos
trabalhando com casos concretos em que o responsável direto pelo crime veio a
morrer, estendendo-se as conseqüências penais do delito até os seus herdeiros,
que não poderão perder os bens que já possuem, mas só aqueles que por ventura
viessem a receber do falecido por direitos sucessórios.

Questão do perdimento de bens extensivo aos sucessores na esfera civil

Este instituto, embora disciplinado no Código Penal, refere-se muito


mais ao âmbito civil, no que diz respeito ao direito das sucessões. Estabelecida à
sucessão, os herdeiros habilitados fazem jus aos ônus e bônus, ou seja, as
obrigações e direitos decorrentes da herança, até o limite do patrimônio
transferido. Primeiro pagam-se as dívidas do autor da herança, independentemente
da natureza destas, e somente depois de satisfeitas todas as obrigações, apura-se
o saldo a partilhar.
A obrigação de indenizar o prejuízo causado pelo condenado na esfera
penal é sanção de natureza civil, podendo ser a sentença penal transitada, utilizada
como instrumento probatório para fundamentar ações civis reparatórias, caso esta
reparação já não tenha sido estabelecida na sentença penal. Assim, o dever de
indenizar inclui-se entre as dívidas do morto, devendo ser satisfeita antes de
qualquer partilha de bens entre os sucessores, limitando-se ao valor do patrimônio
transferido.

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Princípio da individualização da pena

XLVI – A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as


seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;


b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos.

DICA A individualização da pena, ocorrerá em três etapas: cominação, aplicação e


execução.

Cominação  é a fase legislativa do processo da individualização da pena, onde o


legislador estabelece quais os comportamentos humanos devem ser considerados
como crimes e estabelece a pena que lhe pareça mais adequada, determinando a
qualidade e a quantidade desta. Existe a pretensão teórica, que a cominação seja
suficiente para coibir a pratica do ato delituoso, pois os indivíduos seriam
desestimulados a cometer crimes em decorrência da possibilidade de serem
punidos.

Aplicação  é fase onde o julgador irá aplicar a pena cominada ao individuo que
cometeu um ato criminoso. Nesta etapa, será aplicada a pena dentro das
mensurações de qualidade e quantidade previstas na letra da lei, a partir de uma
analise das características do infrator da norma e do fato por ele praticado. O art.
59 do CP estabelece varias circunstâncias que devem ser analisadas no momento
de aplicação da sanção: a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a
personalidade do infrator da norma penal, os motivos, as circunstâncias e
conseqüências do fato e o comportamento da vítima.

Execução  é fase onde, tendo transitado em julgado a sentença penal, o Estado


colocará em pratica a pena estabelecida na fase de aplicação, respeitando-se as
particularidades de cada condenado.

Questão da limitação das penas

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A constituição federal proíbe expressamente o estabelecimento de


cinco tipos de pena: de morte, salvo em caso de guerra declarada; de caráter
perpétuo; de trabalhos forçados; de banimento; cruéis.

DICA  estabelece a constituição federal, que a declaração de guerra só poderá


ser feita pelo Presidente da República, em caso de agressão estrangeira, desde que
autorizada pelo Congresso Nacional ou ratificada por este, quando a declaração
ocorrer no período de recesso legislativo e nas mesmas condições, pode o
Presidente decretar total ou parcialmente, mobilização nacional.

Princípio do devido processo legal

LIV – Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido


processo legal.

DICA Todas as prerrogativas processuais que cabem ao acusado, devem ser


argüidas ao longo do curso processual.
 Não cabe direito de ampla defesa e do contraditório na fase de Inquérito
Policial, por ser este um procedimento administrativo preparatório e não processo
propriamente dito.

Princípio da não-culpabilidade

LVII – Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de


sentença penal condenatória.

DICA Entende-se por trânsito em julgado de sentença a decisão judicial de


caráter definitivo, a qual não cabe possibilidade de recurso, agravo ou qualquer
outro meio de questionamento da sua validade ou eficácia. A presunção de
inocência acarreta o fato de que o ônus da prova no processo penal passa a ser
positivo, ou seja, quem deve provar a responsabilidade do acusado, no curso do
processo, é o acusador. O acusado não precisa, em tese, provar sua inocência, pois
esta já é presumida por força de dispositivo constitucional. O processo penal não
admite na regra geral a inversão do ônus da prova.

INQUÉRITO POLICIAL

- procedimento administrativo, acessório e dispensável a propositura da ação penal.

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- a ação penal não precisa do inquérito para existir e este não obriga a propositura
da ação penal.
- corresponde a um procedimento administrativo sigiloso, reduzido à termo
(escrito), inquisitivo (não está preso a rito previamente determinado), realizado
pelo Estado, presidido por Delegado e que na regra geral, não precisa de
provocação para ser instaurado;
- o inquérito é indisponível ao delegado, ou seja, depois de iniciado, deverá ser
concluído:
- cuidado com os prazos de conclusão do inquérito:

SITUAÇÃO INVESTIGADO PRESO INVESTIGADO SOLTO


IP – POLÍCIA CIVIL 10 DIAS 30 DIAS
IP – POLÍCIA FEDERAL 15 DIAS 30 DIAS
LEI DE DROGAS 30 DIAS 90 DIAS
CRIMES CONTRA A 10 DIAS 10 DIAS
ECONOMIA POPULAR

- o arquivamento do inquérito só poderá ocorrer mediante decisão judicial,


provocada por pedido do Ministério Público que oficie perante a alçada criminal.
Caso o juiz não concorde com o pedido de arquivamento, remeterá os autos ao
Procurador Geral para que este ínsita no pedido de arquivamento, quando então o
juiz estará obrigado a arquivá-lo ou ofereça denúncia, por si mesmo, ou através de
outro membro do Ministério Público;
- As comissões parlamentares de inquérito têm poderes de investigação para a
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões
encaminhadas ao Ministério Público;
- o sigilo do inquérito não é extensivo ao advogado do investigado, salvo no caso
de diligências que ainda estão sendo realizadas e não foram juntadas aos autos do
inquérito;
- constitui direito fundamental do investigado, embora não seja uma
obrigação jurídica, fazer-se assistir por advogado no curso do inquérito;
- no curso do inquérito policial, ao indiciado é dado o direito de manter-se em
silêncio;
- O trancamento de inquérito policial só se justifica em situações excepcionais,
como no caso da investigação de conduta que não constitua crime em tese ou
quando já estiver extinta a punibilidade, pois o inquérito é mecanismo
genuinamente estatal das atividades de segurança pública, voltado à preservação
de bens jurídicos, da ordem pública e da incolumidade das pessoas;

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AÇÃO PENAL

Conceito

- A ação penal representa o direito de agir perante juízes e tribunais investidos de


jurisdição criminal. Pode ser entendida também como um conjunto de
procedimentos processuais destinados à aplicação do direito material, ou seja, do
direito penal, ao caso concreto.
- A ação penal não pode ser entendida dentro de uma ótica de motivação vingativa.
A sua instituição não será, em tese jurídica, baseada em sentimento de vingança ou
desforra por parte da vítima ou da sociedade, mas sim, dentro de uma perspectiva
retributiva, onde devem ser asseguradas igualdades de direitos e possibilidades de
manifestação, apresentadas provas, ouvidas testemunhas, realizadas diligências e
perícias, a fim de estabelecer a verdade real dos fatos, a materialidade do crime e a
autoria efetiva do fato ilícito.

Condições para seu exercício

1 – Possibilidade jurídica do pedido;


2 – Legitimidade das partes;
3 – Interesse ou necessidade para agir;

- A possibilidade jurídica do pedido corresponde a analise da razão legal de


ingresso da ação penal. No processo penal, a argüição desta possibilidade jurídica é
de natureza objetiva, ou seja, só é possível que se peça na peça inicial, aquilo que
expressamente a lei penal prevê como ilícito, como crime.

DICA ESPECIAL  No momento da resolução de uma prova de concurso,


principalmente em sendo fornecido um caso concreto, caso seja necessário
estabelecer a ocorrência ou não da possibilidade jurídica do pedido, basta o
candidato tipificar o crime em analise. Sendo possível tipificar, existe possibilidade
jurídica. Não existindo fato típico, não ocorrerá a manifestação da possibilidade
jurídica do pedido.

- Legitimidade para agir corresponde à argüição da titularidade para ingressar com


a ação penal. Só deve ingressar com a ação, quem possuir titularidade para tal,
estabelecida em lei. Em se tratando de ação penal pública, a titularidade cabe ao
Ministério Público. Em se tratando de ação penal privada, a titularidade cabe ao

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ofendido ou a seu representante legal. O magistrado deve observar se esta


titularidade está sendo respeitada, não permitindo que sejam recebidas ações
penais intentadas por quem não possui titularidade para impetrá-las.

- O Interesse de agir ou legítimo interesse representa a probabilidade de obter uma


condenação em face da razoabilidade dos elementos em que se funda a acusação.
Muitos doutrinadores consideram esta argüição de legitimo interesse, como uma
forma de se preservar a excepcionalidade, também denominada de intervenção
mínima, do direito penal.
A aplicação do direito penal deve ocorrer sempre em caráter excepcional, quando
não for possível tutelar as relações sociais por outros ramos do direito ou quando
sua aplicação for indispensável a perfeita manutenção da ordem e do harmonioso
convívio social. Logo, de nada adiantaria a existência de uma ação penal, quando o
dano as relações sociais for insignificante, for uma bagatela, ou quando não for
plausível a obtenção de ma condenação razoável, em decorrência do caso concreto
ou até mesmo das características ou circunstâncias a que estejam submetidos os
acusados.

ESQUEMA PRÁTICO DAS AÇÕES PENAIS

AÇÃO PENAL PRIVADA

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AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

PRISÃO CAUTELAR

Flagrante

Tipos de flagrante:

Flagrante Próprio ou Real:


Art. 302 do CPP - Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
Refere-se a ver o sujeito ativo do crime cometendo o ato delituoso:
II - acaba de cometê-la;
 O sujeito é flagrado quando acaba de cometer o crime, estando ainda no local, em
situação indicativa da pratica do ato delituoso;

Flagrante Impróprio:

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III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
O sujeito ativo fugiu do local do delito, mas foi perseguido;
A perseguição não precisa ter se iniciado de imediato;
Não existe prazo para sua efetivação, desde que seja ininterrupta;

Flagrante Presumido:
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração;
 O agente não é perseguido, mas localizado, ainda que casualmente, na posse de um
dos elementos previstos na lei;

Flagrante Obrigatório  as autoridades policiais têm o dever de prender quem se


encontra em flagrante;

Flagrante Facultativo  qualquer um do povo pode prender em situação de flagrante


delito;

Não podem ser presos em flagrante, qualquer que seja o delito:


1- Presidente da República;
2- Os menores de 18 anos;
3- Os diplomatas estrangeiros, desde que exista tratado assinado pelo Brasil, neste
sentido;

Não podem ser presos em flagrante, por crimes afiançáveis:


1- os deputados e senadores;
2- os juízes e promotores de justiça;
3- os advogados, se o crime for cometido no desempenho de suas atividades profissionais;

- sendo o crime motivador de ação penal privada, a prisão em flagrante só acontecerá


mediante autorização do ofendido;
- a lei eleitoral veda a prisão do eleitor, 5 dias antes da eleição e até 48 horas após
encerradas as votações. Tal disposição não atinge o flagrante.
- o Código de Trânsito Brasileiro, proíbe a prisão do motorista que socorre a vítima de
acidente, por ele provocado;

CUIDADO COM AS CASCAS DE BANANA:

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1 – flagrante forjado  a situação de flagrância é criada por quem efetua a prisão, não
existindo previamente nenhuma circunstância que autorizasse a realização do flagrante;
(flagrante ilegal e inadmissível)

2 – flagrante provocado ou preparado a conduta de quem está efetuando a prisão


induziu o agente a prática do delito; (flagrante ilegal e inadmissível). Segundo
entendimento jurisprudencial, não existirá flagrante provocado quando a autoridade
solicita ao traficante certa quantidade de droga e este já detêm a droga junto a si,
oferecendo ao solicitando, podendo ser preso em flagrante próprio;

3 – flagrante retardado  a autoridade presencia a prática do ato delituoso, mas retarda a


prisão em flagrante para conseguir aprofundar suas diligências investigativas, devendo
manter as atividades delituosas sob permanente vigilância e observação; (flagrante legal e
aceitável)

4 – flagrante esperado  a autoridade toma ciência previamente da ocorrência do delito e


apenas aguarda a manifestação do mesmo para efetuar a prisão; (flagrante legal e
aceitável)

- a nota de culpa deve ser emitida ao preso no prazo máximo de 24 horas após a
lavratura do flagrante e este deve prestar recibo. Caso o preso não saiba ou não queira
prestar recibo, o Delegado lerá em voz alta a nota de culpa, na presença de duas
testemunhas, que assinarão pelo preso. Estas testemunhas são denominadas de
instrumentárias;
- não sendo entregue a nota de culpa, o flagrante pode ser relaxado por falta de
formalidade essencial;
- o auto de prisão deve ser assinado pela autoridade, pelo condutor, por pelo menos duas
testemunhas e pelo indiciado;

Prisão Preventiva e Temporária

- decretada pelo juiz, de ofício ou mediante requerimento, em qualquer fase do inquérito


ou da ação penal e cumprida através de mandado;
- o requerimento pode ser feito: pelo Ministério Público, pelo querelante ou pela
autoridade policial;

Art. 312 do CPP A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a

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aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente da
autoria.

- Para decretação da preventiva segue-se uma formula:

PP = 2P + 1F + 1CA

 devem estar presentes os dois pressupostos (indícios de autoria e prova de


materialidade do crime), um fundamento (garantia da ordem pública, conveniência da
instrução criminal, garantia da aplicação da lei penal ou garantia da ordem econômica) e
uma condição de admissibilidade (crime doloso apenado com reclusão ou com detenção se
o réu é vadio, não identificado, reincidente em crime doloso ou como medida protetiva da
lei Maria da Penha);
 o prazo da reincidência, neste caso, será de 05 anos;
 não pode ser decretada a preventiva nas contravenções penais e nos crimes culposos;

CUIDADO
 Preventiva pode ser baixada na fase de inquérito e de processo. Temporária, somente
na fase de inquérito.
 Preventiva pode ser decretada de ofício ou por requerimento. Temporária, só por
requerimento da autoridade policial ou do ministério público.

A prisão temporária pode ser decretada quando:


I – for imprescindível para as investigações durante o inquérito;
II – Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;
III – nos crimes de: homicídio doloso, seqüestro ou cárcere privado, roubo, extorsão ou
extorsão mediante seqüestro, estupro ou atentado violento ao pudor, rapto violento,
epidemia, envenenamento de água ou alimento, quadrilha, genocídio, tráfico de
entorpecentes e crime contra o sistema financeiro, terrorismo e tortura;

- o prazo da prisão temporária será de 05 dias, prorrogável por mais 05, desde que a
prorrogação seja decretada pelo juiz. Em caso de crimes hediondos propriamente ditos ou
equiparados, o prazo será de 30 dias prorrogável por até igual período;
- quem está sujeito à prisão temporária deve ser mantido separado dos demais detentos,
inclusive dos provisórios;

SENTENÇA PENAL:

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As sentenças em sentido estrito dividem-se em:


I - condenatórias: quando julgam procedentes, total ou parcialmente, a
pretensão punitiva:
II - absolutórias: quando não acolhem o pedido de condenação. Subdivide-se em:

a) próprias,quando não acolhem a pretensão punitiva, não impondo qualquer


sanção ao acusado;
b) impróprias,quando não acolhem a pretensão punitiva, mas reconhecem a prática
da infração penal e impõe ao réu medida de segurança;

III - terminativas de mérito (também chamadas de definitivas em sentido estrito),


quando julgam o mérito, mas não condenam nem absolvem o acusado, como, por
exemplo, ocorre na sentença de declaração da extinção de punibilidade.

REQUISITOS FORMAIS DA SENTENÇA

I - Relatório ( ou exposição ou histórico):

Art. 381 do CPP - A sentença conterá:


I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para
identificá-las;
II - a exposição sucinta da acusação e da defesa

Trata-se de um resumo histórico do que ocorreu nos autos, de sua marcha


processual, não existindo a necessidade de o magistrado expor fatos periféricos ou
irrelevantes em seu relatório. Todavia, deve aludir expressamente aos incidentes e
à solução dada às questões intercorrentes.

DICA  A Lei n. 9.099/95, que dispõe sobre os juizados Especiais Criminais, prevê
que é dispensável o relatório nos casos de sua competência (art.38, caput). Este
caso representa uma exceção ao art.381, II, do CPP.

II - Motivação (ou fundamentação), requisito pelo qual o juiz está obrigado a


indicar os motivos de fato e de direito que o levaram a tomar a decisão. É também
garantia constitucional de que os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário são
públicos e “fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade” (art.93, IX, da
CF). Além do mais, deve o magistrado apreciar toda a matéria levantada tanto pela

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acusação, como pela defesa, sob pena de nulidade. Na fundamentação, o


magistrado realiza uma análise do caso em pauta, mediante o direito vigente,
realizando a correlação do fato concreto com a letra da lei, analisando as
exposições de motivos feita pelas as partes envolvidas de manifestando-se sobre as
mesmas.

DICA Nula é a sentença em que o juiz não indica os artigos de lei (CPP,
arts.381,V, e 564,III). Da mesma forma, na sentença o juiz deve examinar toda a
matéria articulada pela acusação e pela defesa, sendo nula a sentença que deixa de
considerar todos os fatos articulados na inicial acusatória.

EFEITOS DA SENTENÇA

 Esgota-se com a sentença o poder jurisdicional do magistrado que a prolatou não


podendo mais este praticar qualquer ato jurisdicional a não ser a correção de erros
materiais. A saída do juiz da relação processual é obrigatória. Uma vez prolatada, a
sentença cria impedimento ao magistrado que a prolatou, impedindo-o de oficiar no
processo quando em instância recursal. Assim sendo, caso tenha sido nomeado juiz
de superior instância e o recurso seja encaminhado para a câmara onde ele se
encontra o impedimento é automático.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA


Profº Wilson Araújo

1. Orçamento Público; 2. Orçamento Público no Brasil; 3. Orçamento na


Constituição Federal/88

CF/88

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Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.

§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as


diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento.

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:


I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

4. Orçamento Programa X Orçamento Tradicional;


5. Planejamento do Orçamento Programa

Orçamento Tradicional Orçamento Moderno


O processo orçamentário é dissociado O orçamento é o elo entre o
dos processos de planejamento e planejamento e as funções executivas da
programação. organização.
A alocação do recursos visa à aquisição A alocação de recursos visa à consecução
de meios. de objetivos e metas.
As decisões orçamentárias são tomadas As decisões orçamentárias são tomadas
tendo em vista as necessidades das com base em avaliações e análises

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unidades organizacionais. técnicas das alternativas possíveis.


Na elaboração do orçamento são Na elaboração do orçamento são
consideradas as necessidades considerados todos os custos dos
financeiras das unidades programas, inclusive os que extrapolam o
organizacionais. exercício.
A estrutura do orçamento dá ênfase aos A estrutura do orçamento está voltada
aspectos contábeis de gestão. para os aspectos administrativos e de
planejamento.
Principais critérios classificatórios: Principal critério de classificação:
unidades administrativas e elementos. funcional-programático.
Inexistem sistemas de Utilização sistemática de indicadores e
acompanhamento e medição do padrões de medição do trabalho e dos
trabalho, assim como dos resultados. resultados.
O controle visa avaliar a honestidade O controle visa avaliar a eficiência, a
dos agentes governamentais e a eficácia, a efetividade e a economicidade
legalidade no cumprimento do das ações governamentais.
orçamento.

6. Ciclo Orçamentário

CF/88

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas
duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as


contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso
Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá


parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do
Congresso Nacional.

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§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes


orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de


anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;


b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal; ou

III - sejam relacionadas:


a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser


aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional


para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

7. Conceituação e classificação de receita pública;


8. Classificação orçamentária de receita pública por categoria econômica
no Brasil.

4.320/64

Art. 11 A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: receitas


correntes e receitas de capital:

§ 1º São receitas correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial,


agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos

29
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financeiros recebidos de outras pessoal de direito público ou privado, quando


destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes.

§ 2º São receitas de capital as provenientes da realização de recursos financeiros


oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos;
os recursos recebidos de despesas classificáveis em despesas de capital e, ainda, o
superávit do orçamento corrente.

§ 3º O superávit do orçamento corrente resultante do balanceamento dos totais


das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o
anexo 1, não constituirá item da receita orçamentária.

§ 4º A classificação da receita obedecerá ao seguinte esquema:

RECEITAS CORRENTES
Receita tributária
Impostos taxas
Contribuições de melhoria
Receita de contribuições
Receita patrimonial
Receita agropecuária
Receita industrial
Receita de serviços
Transferências correntes
Outras receitas correntes

RECEITAS DE CAPITAL
Operações de crédito
Alienação de bens
Amortização de empréstimos
Transferências de capital
Outras receitas de capital

ESTÁGIOS DA RECEITA: LEI 4.320/64


Estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o
comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos de
recursos.

30
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A receita pública flui para os cofres públicos dentro de uma sistemática


evolutiva, tendo em vista a seqüência operacional de que resulta o seu
recebimento, o qual denominamos estágios.

DIDATICAMENTE são QUATRO os estágios da receita pública, a saber:

1º Estágio: Previsão
2º Estágio: Lançamento
3º Estágio: Arrecadação
4º Estágio: Recolhimento.

Previsão
Corresponde aos estudos de previsão efetuados pelos órgãos fazendários, baseados
no comportamento histórico, sazonalidade anual dentro de uma série histórica,
expectativa inflacionária, mudanças na legislação tributária e outros fatores que
possam interferir na produtividade de cada fonte de receita, que resultará na
estimativa de arrecadação para um determinado exercício financeiro, e cujos
valores deverão estar consignados no projeto de lei orçamentária.

Lançamento
É o ato administrativo EMANADO DE AUTORIDADE COMPETENTE objetivando
verificar a ocorrência do fato gerador da receita, identificar e INDIVIDUALIZAR O
CONTRIBUINTE ou o DEVEDOR e os respectivos valores, espécies e vencimentos.

Arrecadação

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É o ato pelo qual o Estado recebe os tributos, multas e demais créditos a ele
devidos, através dos agentes de arrecadação (públicos ou privados) que recebem
os recursos dos contribuintes.
4 Recolhimento
É o ato da entrega do produto da arrecadação pelos agentes arrecadadores
(públicos ou privados) ao Tesouro do Estado.
É o depósito, na conta do Tesouro, relativo ao produto da arrecadação de receitas,
que resulta em registro contábil, e a compatibilização ou conciliação com a receita
classificada.

9. Classificação dos gastos públicos

4.320/64

Art. 12. A Despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:

DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes

DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para


manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a
atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.

§ 2ºClassificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas


às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços,
inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à
manutenção de outras entidades de direito público ou privado.

No Brasil são utilizadas diversas classificações para a despesa orçamentária, tendo


em vista as três esferas de governo. Usualmente as despesas apresentam-se com

32
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as seguintes classificações: Institucional, Funcional, Programática e Quanto à


Natureza.

 Classificação Institucional – responde à indagação “quem” é o


responsável pela programação?
 Classificação Funcional – responde à indagação “em que área” de ação
governamental a despesa será realizada?
 Classificação Programática – responde à indagação “pra que” os
recursos são alocados (finalidade).
 Classificação quanto a Natureza – responde à indagação “o que” será
adquirido e “qual” o efeito econômico da realização da despesa?

ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA

Os estágios da despesa orçamentária pública na forma prevista na Lei nº.


4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.

1. Empenho
Empenho, segundo o artigo 58 da Lei nº. 4.320/1964, é o ato emanado de
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
ou não de implemento de condição.

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Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.

O empenho será formalizado mediante a emissão de um documento denominado


“Nota de Empenho”, do qual deve constar o nome do credor, a especificação do
credor e a importância da
despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da execução
orçamentária.

2. Liquidação
Conforme dispõe o artigo 63 da Lei nº. 4.320/1964, a liquidação consiste na
verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito e tem por objetivo apurar:
I. A origem e o objeto do que se deve pagar;
II. A importância exata a pagar; e
III. A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.
As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base:
O contrato, ajuste ou acordo respectivo;
A nota de empenho; e
Os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos serviços.
3. Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque
nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado
após a regular liquidação da despesa.
A Lei nº. 4.320/1964, em seu artigo 64, define ordem de pagamento como sendo o
despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa
liquidada seja paga.
A ordem de pagamento só pode ser exarada em documentos processados pelos
serviços de contabilidade.

10. Tipos de Créditos orçamentários

4.320/64
Art. 40. São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

34
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I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;


II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas,
como em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos
por decreto executivo.

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência


de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será precedida de exposição
justificativa.

§ 1º Consideram-se recursos, para o fim deste art., desde que não


comprometidos:

I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício


anterior;
II - os provenientes de excesso de arrecadação;
III - os resultados de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou
de créditos adicionais autorizados em lei; e
IV - o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que
juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las.

§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo


financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos
créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste art., o
saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
§ 4º Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso
de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários
abertos no exercício.

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo,
que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

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Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em


que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos
especiais e extraordinários.

Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.

11. Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

LRF/00
Art. 2º
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
outras receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação
constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no
inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o
custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas
provenientes da compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição.
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e
recebidos em decorrência da Lei Complementar n o 87, de 13 de setembro de 1996,
e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos
Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento
das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no
mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20,
ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas
previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro (1/3), adotando-
se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3 o e 4o do art. 169 da
Constituição.

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Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo


limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos
três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por
cento) no primeiro.

12. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

PRINCÍPIO DA UNIDADE OU TOTALIDADE


De acordo com este princípio, previsto no artigo 2º da Lei nº. 4.320/64, cada ente
da federação (União, Estado ou Município) deve possuir apenas um orçamento,
estruturado de maneira uniforme.

PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE
Devemos entender essa peça documental única como sendo aquela que engloba
todas as receitas a serem arrecadadas e todas as despesas a serem realizadas em
determinado período de tempo, de modo a evitar que a arrecadação de algum
recurso financeiro, bem como a sua conseqüente aplicação, fuja à competente
apreciação e aprovação do Poder Legislativo. Este Princípio está positivado na
CF/88, art. 165, § 5º.

PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO


As receitas e as despesas devem constar da Lei Orçamentária e de Créditos
Adicionais pelos seus valores brutos, sem nenhuma dedução, conforme o art. 6º da
Lei 4.320/64:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus
totais, vedadas quaisquer deduções.

PRINCÍPIO DA ANUALIDADE / PERIODICIDADE


Estabelece que a cada ano civil, coincidindo com o exercício financeiro determinado
pelo art. 34 da Lei 4.320/64 (“O exercício financeiro coincidirá com o ano civil”),
deverá ser elaborada nova lei orçamentária, oferecendo ao Poder Legislativo uma
forma mais eficiente de exercer controle, sobre os atos administrativos de natureza
financeira. Esse princípio também permite que os planos sejam revistos, no
máximo, anualmente, o que concorre para o aperfeiçoamento dos mesmos.

PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

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Consagrado na CF/88 no art. 165, parágrafo 8º (“A Lei Orçamentária Anual não
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição à autorização para a abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita – ARO -,
nos termos da lei”), a lei orçamentária deverá conter tão-somente matéria de
natureza orçamentária, não devendo servir de instrumento legal para outros fins a
não ser os que dizem respeito à previsão da receita e à fixação da despesa
orçamentária. Entretanto, a própria CF/88 prevê dois casos de excepcionalidade a
este princípio: a autorização para a abertura de créditos suplementares (limitada) e
a autorização para a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação da receita (ARO) nos termos da lei.

PRINCÍPIO DA NÃO-VINCULAÇÃO
(NÃO-AFETAÇÃO)
Está previsto no art. 167, IV, da CF/88 (São vedados: IV – a vinculação de receita
de impostos a órgão, fundo ou despesa, RESSALVADAS a repartição do produto
da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde e para a manutenção e
desenvolvimento do ensino, como determinado pelo artigo 212, e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165,
parágrafo 8º, bem assim o disposto no parágrafo 4º deste artigo). As ressalvas dos
artigos 158 e 159 referem-se basicamente à repartição das receitas tributárias.

Exceções:
1. Transferências constitucionais de impostos (FPE e FPM) – Artigos 158
e 159;
2. Aplicação de percentuais de receita de impostos (União, 18%;
Estados e Municípios, 25%) na manutenção e desenvolvimentos do
ensino – Art. 212;
3. Aplicação de percentuais da receita de impostos nas ações e serviços
públicos de saúde – Art. 198, § 2º;
4. Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita orçamentária (ARO) – 165, § 8º;
5. Vinculação de impostos estaduais e municipais para prestação de
garantia ou contragarantia à União, assim como para pagamento de
débitos para com a União – EC nº. 3/93;
6. Vinculação de impostos a Fundos Especiais criados por meio de
Emenda à Constituição Federal.

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7. Vinculação de impostos para realização de atividades da


administração tributária
8. Vinculação de até 0,5% da receita tributária líquida (são os tributos
arrecadados, excluído o valor que deverá ser repassado
obrigatoriamente para os Municípios) para os Programas de Apoio a
Inclusão e Promoção Social – Art. 204;
9. Vinculação de até 0,5% da receita tributária líquida (são os tributos
arrecadados, excluído o valor que deverá ser repassado
obrigatoriamente para os Municípios) dos Estado e do Distrito Federal
a Fundos destinados ao financiamento de programas culturais – Art.
206, § 6º.

Observação: A Constituição Federal veda a vinculação de receita de


impostos, órgãos, fundos ou despesas, observadas as exceções previstas
na próprias Constituição, não permitindo, a sua ampliação mediante outro
instrumento normativo.

13. RESTOS A PAGAR

Art. 36 da Lei 4.320/64


Conforme o art. 36 da lei 4.320/64, as despesas empenhadas e não pagas até
31 de dezembro são consideradas restos a pagar, devendo ser distinguidos em
processados e não processados. (Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as
despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se
as processadas das não processadas.)

Portanto, é condição para o surgimento de restos a pagar que os valores tenham


sido anteriormente EMPENHADOS e liquidados (processados) ou até mesmo
apenas EMPENHADOS (não processados).

A inscrição dos restos a pagar será feita de modo automático, após o cancelamento
dos saldos de restos a pagar inscritos no exercício anterior e ainda não executados
no encerramento do exercício financeiro da emissão da Nota de Empenho, tendo
validade até o dia 31/12 do ano subseqüente, conforme o artigo 68 do Decreto nº.
93.872/86:

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Art . 68. A inscrição de despesas como Restos a Pagar será automática, no


encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho, desde que
satisfaça às condições estabelecidas neste Decreto, e terá validade até 31 de
dezembro do ano subseqüente.

A inscrição dos Restos a Pagar está disciplinada também no art. 35 do Decreto nº.
93.872/86, cujo entendimento é o de que todos os empenhos liquidados e não
pagos (RP processados) deverão ser inscritos em restos a pagar.
Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de
dezembro, para todos os fins, salvo quando:
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor,
nele estabelecida;
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento
da obrigação assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV - corresponder a compromissos assumido no exterior.

OBSERVAÇÃO: As despesas empenhadas e não liquidadas só serão inscritas em RP


não processado caso atenda a uma das condições do art. 35 do decreto 93.872/86.

14. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

ARTIGOS DA LEI 4.320/64

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento


respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que
não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com
prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do
exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica.

15. SUPRIMENTO DE FUNDOS

O Suprimento de Fundos (SF) está disciplinado nos Arts. 68 e 69 da Lei nº.


4.320/64, que diz:

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Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas


expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a servidor,
sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas
que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por
dois adiantamentos.
- Servidor em ALCANCE é aquele que não prestou contas no prazo regulamentar ou
que teve suas contas recusadas ou impugnadas em virtude de desvio, desfalque,
falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores.

Excepcionalmente será concedido SF para atender aos seguintes casos:


I – despesas eventuais e serviços especiais que exijam pronto pagamento
em espécie;
II- despesas de caráter secreto ou sigiloso; e
III – despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse os limites estabelecidos na Lei nº. 8.666/93.
Os valores limites para concessão de SF são fornecidos no quadro abaixo, onde se
verifica que os percentuais indicados devem ser aplicados sempre sobre o valor
máximo da modalidade de licitação Convite.
DIREITO ELEITORAL
Profº Henrique Melo

ANALISTA JUDICIÁRIO E ANALISTA ADMINISTRATIVO

1. Em todos os concursos as organizadoras não deixam de colocar questões


envolvendo os órgãos da Justiça Eleitoral. Portanto, é muito importante saber a
composição e as competências dos órgãos da Justiça Eleitoral: TSE, TRE, Juízes
Eleitorais e Juntas Eleitorais;
2. Outro assunto muito abordado nas provas dos Tribunais Eleitorais, é com relação
ao alistamento eleitoral. É de praxe, também, as organizadoras colocarem
questões envolvendo alistamento eleitoral;
3. Outros assuntos que devem ser focados com mais atenção, são os seguintes:
convenção partidária, coligações, registro de candidatos, propaganda eleitoral e
partidos políticos;
4. Na propaganda eleitoral, principalmente mo que é permitido e o que é proibido.
Estudar propaganda na internet, assunto que foi alterado pela Lei nº 12034/2009 e
que com certeza estará presente na prova;

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5. No assunto partidos políticos, focar principalmente, acesso ao rádio e televisão,


além da organização;
6. Em registro de candidatos, focar o número de candidatos que partidos e
coligações podem registrar; o último dia para registro; substituição de candidatos;
7. No Direito Processual Eleitoral deverá ser colocada uma questão de ação de
investigação judicial eleitoral ou ação de impugnação ao mandato eletivo.
Estas são as nossas dicas, não deixando de lembrar que é muito importante que o
aluno também lei os demais assuntos, porém, com enfoque maior para os
supracitados.

TÉCNICO JUDICIÁRIO

1. Em todos os concursos as organizadoras não deixam de colocar questões


envolvendo os órgãos da Justiça Eleitoral. Portanto, é muito importante saber a
composição e as competências dos órgãos da Justiça Eleitoral: TSE, TRE, Juízes
Eleitorais e Juntas Eleitorais;
2. Outro assunto muito abordado nas provas dos Tribunais Eleitorais, é com relação
ao alistamento eleitoral. É de praxe, também, as organizadoras colocarem
questões envolvendo alistamento eleitoral;
3. Focar coligações e convenções partidárias;
4. Em registro de candidatos, focar o número de candidatos que partidos e
coligações podem registrar; o último dia para registro; substituição de candidatos;
5. Em partidos políticos, focar principalmente organização.

É muito importante que os alunos também leiam os demais assuntos, com enfoque
maior para os supracitados.
Todo o programa do concurso do Tribunal Regional de Alagoas e demais TRE’s,
encontra-se no livro do Prof. Henrique Melo, Direito Eleitoral para concursos, da
Editora Método.

REGIMENTO INTERNO
Profº Henrique Melo

1. Focar as competências do presidente, do procurador, do corregedor e do


Tribunal;
2. Estudar os seguintes assuntos: substituições, sessões, distribuição, preparo e
julgamento de feitos, conflito de competência, recursos eleitorais, restauração de
autos perdidos, licenças e férias.

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Os demais também deverão ser estudados, porém, com enfoque maior para os
supracitados.

DIREITO CIVIL
Profº Mário Godoy

a) na Lei de Introdução ao Código Civil, atenção redobrada nos seguintes


temas: vigência e revogação das leis, repristinação e conflitos de leis no
espaço;
b) na Parte Geral do Código Civil, merecem destaque os seguintes
assuntos: incapacidade absoluta e relativa, classificação das pessoas
jurídicas, desconsideração, classificação dos bens, defeitos do negócio
jurídico, condição, termo e encargo, hipóteses de nulidade absoluta e
relativa, bem como os prazos de prescrição constantes dos artigos 205 e
206.
c) No que concerne ao Livro das Obrigações, priorizar obrigações de dar, fazer,
não fazer, indivisíveis e solidárias, e não deixar de passar uma vista
em pagamento, indadimplento das obrigações, mora e cláusula penal.
d) no campo dos contratos, vale estudar com mais afinco: evicção, vícios
redibitóriose formação dos contratos.
e) em sede de responsabilidade civil, recomenda-se uma leitura atenta dos
arts. 927 a 954.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL


Profº José Expedito

(1º) Lembre-se das duas espécies de jurisdição (voluntária e contenciosa,


previstas no Art. 1º do CPC), bem distintas uma da outra; tenha em mente, aliás,
como regra geral da jurisdição, o princípio da inércia (Art. 2º do CPC).

(2°) Muito importante: a (in)competência pode ser absoluta (matéria, pessoa,


função/hierarquia), de imposição categórica, ou relativa (lugar e valor), de modo
que, neste último caso, como o próprio nome sugere, o critério legal de
determinação do juízo competente permite concessão à vontade das partes, as
quais podem manifestá-la de maneira explícita (por meio de pactuação contratual
desde antes realizada, no chamado foro de eleição) ou implícita (não interpondo, o
réu, exceção de incompetência contra a opção autoral em demandá-lo naquele
juízo específico [prorrogação da competência]); atenção: nem toda competência

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em razão do lugar é relativa, de modo que convém repassar o caso dos direitos
reais mencionados no Art. 95 do CPC.

(3º) É bom lembrar que a incompetência relativa deve ser arguida pelo réu (via
exceção), sob pena de preclusão, enquanto a absoluta pode o juiz reconhecer ex
officio, e que o demandado, desejoso de destacá-la, deverá fazê-lo por meio de
contestação. Jamais esquecer: incompetência absoluta pode gerar a rescisão do
julgado; incompetência relativa, não.

(4º) Olho aberto para as alterações legislativas constantes dos Arts. 112 e 114,
sobre a nulidade de cláusula posta em contrato de adesão, relativamente ao foro
que as partes elegeram, e que o juiz da causa pode afastar em beneficio [do
domicilio] do réu, independentemente de ter havido provocação deste.

(5º) Tenha em mente: quem detém personalidade jurídica (é pessoa) pode ser
parte em processo judicial. Mas há quem possa vir a ser parte mesmo não sendo
ente personalizado (espólio, herança jacente etc.). Repasse o Art. 12 do CPC para
saber quem representa quem em juízo, tenha ou não personalidade.

(6º) Lembre-se que não basta, à validade do processo, poder ser parte. Aquele
que aparece como parte, sendo pessoa natural, ou já é capaz, por si, de praticar
todos os atos da vida civil (capacidade de fato ou de exercício), e aí pode figurar
sozinho no processo, ou deve vir a ser representado ou assistido (por pais, tutores
ou curadores). Tenha em conta, ainda, que a lei baliza a litigiosidade de quem seja
casado, ora exigindo ‘autorização’ do cônjuge para poder demandar em juízo (Art.
10, caput), ora impondo a formação de litisconsórcio passivo necessário entre
marido e mulher (Art. 10, §1º.). Lembre-se, de todo modo, que o juiz pode suprir a
autorização não dada para a propositura da ação (Art. 11).

(7º): Sobre o juiz, e por falar nele, atenção com um dado: Sua Excelência tem, na
condução do feito, muita liberdade. De todo modo, a lei lhe impõe a conduta em
várias passagens: no Art. 125, por exemplo, está posto que o magistrado deve
assegurar tratamento igualitário às partes, velar pela rápida solução do litígio etc. É
certo, ainda, que não pode se recusar a julgar (indeclinabilidade) alegando
inexistência de lei (Art. 126). Quando for julgar, estará preso aos limites em que a
lide foi proposta, sendo-lhe proibido, ainda mais, conhecer de (certas) questões que
a lei deixe à conveniência da parte (Art. 128). Outra: vai apreciar livremente a
prova feita, mas deve fundamentar o seu convencimento (livre convencimento

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motivado, previsto na CF, Art. 93, IX, e no CPC, Art. 131). Convém repassar os
casos de impedimento e de suspeição.

(8º): Sobre os auxiliares da Justiça, é de bom alvitre lembrar quais são (escrivão,
oficial de justiça e perito, especialmente), bem assim as respectivas atribuições.
Anote que houve uma mudança algo recente nas funções do oficial de justiça (que,
hoje, pode efetuar avaliações, cf. Art. 143, V). É bom ler sobre o perito (auxiliar do
juiz), distinguindo-o do assistente pericial (auxiliar da parte), inclusive quanto aos
impedimentos e suspeições, que não existem para o segundo.

(9º): Cuidado com o ‘tempo’ dos atos processuais, assunto que não se confunde
com o ‘prazo’ para praticá-los. Prazo é um trato de tempo (período); tempo é o
‘quando no dia’. A lei estabelece o horário para a prática de atos (dias úteis,
inclusive domingos, das 6 às 20 horas). Mas, do mesmo modo, prevê várias
exceções. Leia-as com atenção (Art. 173, §§ 1º ao 3º). Atenção com as férias. Em
regra, nelas tudo para. Seja como for, lembre-se que alguns processos não param
(Art. 174) e, em outros, ainda quando suspensos, certos atos (urgentes) ainda
assim são realizados (Art. 173). Tem mais! Os atos devem ser praticados na sede
do juízo. Ok. Mas há exceções: quando for do interesse da justiça, quando for o
caso de deferência (oitiva de uma autoridade, por exemplo) ou quando houve
obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz (ex.: testemunha
imobilizada em hospital).

(10º): Citações e intimações podem ser feitas por várias formas, todas previstas
em lei. Repasse-as. É bom lembrar, porém, que, embora sejam atos processuais,
não são iguais, e não servem para a mesma finalidade (é bom dar uma lidinha
extra nos Arts. 213, 219 e 234). Em comum, hoje, entre elas, o fato de que podem
ser praticadas por meio eletrônico. Não se pode esquecer: as intimações dirigidas
ao endereço residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou
embargos são válidas, se, por acaso, não houve atualização pelo interessado
durante o curso do processo. É lei nova. Pode cair.

(11º) O réu tem várias espécies de resposta à sua disposição (contestação,


exceção e reconvenção). Cada uma delas para um fim específico. É comum apenas
contestar, mas não que sempre seja assim. É o risco, o desejo, a pretensão de
cada um. E varia de caso a caso. Se o réu pretender também reconvir (contra-
atacando), deverá fazê-lo no mesmo tempo da contestação (sob pena não poder
mais: preclusão). Ao contestar, deve obedecer aos princípios da concentração, da

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eventualidade e ao ônus da impugnação especificada. Sobre a exceção de


incompetência relativa, algo muito relevante: a petição pode ser protocolizada no
juízo de domicílio do réu, com requerimento de sua imediata remessa ao juízo que
determinou a citação (Art. 305, § Único).

(12º) Sobre provas, duas passagens importantíssimas. A primeira: carta precatória


e a carta rogatória suspenderão o processo, no caso previsto na alínea b do inciso
IV do art. 265 desta Lei, quando, tendo sido requeridas antes da decisão de
saneamento, a prova nelas solicitada apresentar-se imprescindível (novo Art.
338), de modo que, não sendo imprescindível (a critério do juiz), não suspende.
Trata-se de mudança recente. Outra coisa: houve severa alteração no CPC quanto à
força probante dos documentos (Arts. 365 e 399), para diminuir as formalidades
reprográficas e ajustar o processo ao novo modelo digital. São artigos de leitura
obrigatória. Têm tudo para cair.

(13º) Sobre recurso, convém ler os recentes Arts. 504 e 506. O primeiro diz com o
fato de que todos os despachos judiciais (não-decisões) são irrecorríveis. O
segundo estabelece a partir de quando flui o prazo para interpô-lo, bem assim onde
se deve fazê-lo. Cuidado: nos tribunais, o prazo corre (hoje) a partir da publicação
do dispositivo do acórdão (e não da ata de julgamento), sendo que a interposição
deve ser protocolada em cartório ou segundo dispuser a norma de organização
judiciária (salvo um caso isolado, em que se aceita o ajuizamento via correios, no
agravo de instrumento).

(14º): Muita atenção para o cabimento das ações rescisórias, porque não é toda
sentença transitada em julgado que as permite (basta ver o caso das sentenças
prolatadas sem resolução do mérito, bem assim das meramente homologatórias).
Do mesmo modo, não é todo tipo de vício que permite este ataque à coisa julgada:
impedimento do juiz, sim; suspeição, não. Ler o Art. 485 novamente pode fazer
toda a diferença.

(15º): O ajuizamento da ação rescisória não produz efeito suspensivo imediato na


execução do julgado, mas este pode ser obtido – excepcionalmente – pois,
conforme o novo Art. 489, o “ajuizamento da ação rescisória não impede o
cumprimento da sentença ou acórdão rescindendo, ressalvada a concessão, caso
imprescindíveis e sob os pressupostos previstos em lei, de medidas de natureza
cautelar ou antecipatória de tutela”. É lei nova. Fique de olho.

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DIREITO CONSTITUCIONAL - PROFº MANOEL ERHARDT

1. República Federativa do Brasil

1.1 República é a forma de governo;

1.2 Federação é a forma de estado;

1.3 Fundamentos: mnemônico - SOCIDIVAPLU


soberania,
cidadania,
dignidade da pessoa humana,
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa,
pluralismo político

1.4 Objetivos: mnemônico - CONGAERPRO


construir uma sociedade livre, justa e solidária,
garantir o desenvolvimento nacional,
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais,

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promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
qualquer outras formas de descriminação.

1.5 Princípios das relações internacionais:


independência nacional,
prevalência dos direito humanos,
autodeterminação dos povos,
não-intervenção,
igualdade entre os estados, defesa da paz,
solução pacífica dos conflitos,
repudio ao terrorismo e ao racismo,
cooperação entre os povos para o progresso da humanidade,
concessão de asilo político.

2. Direitos e deveres individuais e coletivos

2.1 Destinatários: brasileiros e estrangeiros residentes no país (a


expressão residentes não pode ser interpretada literalmente) pessoas físicas,
pessoas jurídicas

2.2 Gerações:

1ª liberdade(direitos individuais);

2ª igualdade (direitos sociais);

3ª solidariedade, fraternidade (direitos difusos e coletivos – meio ambiente,


direito à paz, direito ao desenvolvimento, ao progresso).

2.3 As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm


aplicabilidade imediata.

2.4 Remédios constitucionais:

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2.4.1 Mandado de segurança (proteção de direito líquido e certo


não amparado por habeas- corpus ou habeas – data, contra ato de
autoridade ou de agente de pessoa privada no exercício de
função delegada pelo poder público, individual ou coletivo (iniciativa
de partido político com representação no Congresso Nacional,
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano em defesa dos
interesses de seus membros ou associados);

2.4.1.1 Habeas Corpus (liberdade de locomoção lesado ou


ameaçado).

2.4.1.2 Mandado de Injunção (omissão inconstitucional - ausência


de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania).

2.4.1.3 Habeas Data (assegurar o conhecimento de informações


relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos
de dados de entidades governamentais ou de caráter público ou
retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo.

2.4.1.4 Ação popular (anular ato lesivo ao patrimônio público ou


de entidade da qual o estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural –
legitimidade é apenas do cidadão. O autor ficará isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência, salvo comprovado má fé.

AS AÇÕES GRATUITAS SÃO AS DE HABEAS CORPUS E HABEAS DATA.

3. Nacionalidade

3.1 Em regra, quem nasce no Brasil é brasileiro nato (jus soli). No entanto,
existe exceção: filhos de pais estrangeiros que estejam a serviço do seu país não
são brasileiros natos.

3.2 Nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que


qualquer deles esteja a serviço do Brasil, são automaticamente brasileiros natos(
jus sanguinis).

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3.3 Nascidos no estrangeiro, filhos de pai brasileiro ou de mãe brasileira, que


não estejam a serviço do Brasil, serão brasileiros natos, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no Brasil e
optem em qualquer tempo, após atingida maioridade, pela nacionalidade
brasileira (jus sanguinis).

Cargos Privativos de brasileiros natos

Presidente e Vice – Presidente da República (35 anos)


Presidente da Câmara dos Deputados (21 anos)
Presidente do Senado Federal (21 anos)
Ministros do STF,
cargos da carreira diplomática,
Ministro de Estado da Defesa.

Além de outros, integram o Conselho da República seis cidadãos brasileiros


natos com mais de 35 anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da
República, dois eleitos pelo Senado e dois eleitos pela Câmara dos Deputados,
todos com mandato de três anos, vedado a recondução.

É causa de perda da nacionalidade brasileira o cancelamento da naturalização


por sentença judicial em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. Neste
caso, não poderá ser obtida nova naturalização. A reaquisição da nacionalidade
brasileira somente poderá decorrer da procedência da ação rescisória.

A aquisição de outra nacionalidade, em princípio, é causa de perda da


nacionalidade brasileira (tanto para o nato como para o naturalizado). No
entanto, existem exceções: não perde a nacionalidade brasileira quem obtém o
reconhecimento de nacionalidade originária em decorrência da lei estrangeira.
Também não perde a nacionalidade o brasileiro, residente em estado
estrangeiro, que se naturaliza em conseqüência de imposição do governo
estrangeiro, como condição para permanência no seu território ou para o
exercício de direitos civis. A nossa constituição admite casos de polipatridia.

4. Direito Políticos.

4.1 Capacidade Eleitoral ativa se adquire com o alistamento eleitoral.

4.2 Os estrangeiros e os conscritos são inalistáveis.

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4.3 O alistamento e o voto são obrigatórios, exceto para os maiores de 16 e


menores de 18 anos, os analfabetos e os maiores de 70 anos.

4.4 São absolutamente inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. Logo,


nem todos os alistáveis são elegíveis.

4.5 Alguns casos de inelegibilidade relativa são estabelecidos diretamente na


Constituição. Outros casos poderão ser definidos em lei complementar.

4.6 A inelegibilidade reflexa atinge o cônjuge, e os parentes consangüíneos


ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, do
Governador do Estado, do Distrito Federal ou de território e do prefeito, bem
como de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Por exemplo: filho
do governador, deputado estadual, poderá candidatar-se para um novo mandato
de deputado estadual.

5. Organização político administrativa

5.1 Integram o Estado Federal brasileiro: União, Estados, Distritos Federal, e


Municípios. Territórios Federais não têm autonomia política e não são entes da
federação.

5.2 Os entes da Federação possuem a tríplice capacidade: auto-organização


(constituições estaduais, leis orgânicas), auto legislação (autonormatização) e
autogoverno.

5.3 As competências da União são expressas, os Municípios têm


competência para os assuntos de interesse local, os Estados têm a competência
remanescente (poderes reservados). O Distrito Federal possui as competências
legislativas de Estados e de Municípios. Alguns serviços referentes ao Distrito
Federal são mantidos pela União (Poder Judiciário, Ministério Público, Policia
Civil e Militar, Defensoria Publica.

5.4 A competência Legislativa concorrente está distribuída verticalmente:


cabe a União elaborar as normas gerais, os Estados e o Distrito Federal têm a
competência suplementar. Se a União não editar a lei de normas gerais, os
Estados terão a competência plena (competência supletiva). Sobrevindo a lei da
União de normas gerais, haverá suspensão da eficácia da lei estadual no que lhe
for contrário (não se trata de revogação).

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5.5 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que


adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.

5.6 O Município reger-se-á por lei orgânica, votadas em dois turnos, com
interstício mínimo de dez dias e aprovada por dois terços da câmara municipal
que a promulgará.

5.7 O Distrito Federal, que não poderá dividir-se em município reger-se-á


por lei orgânica, votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias e
aprovada por dois terços da câmara legislativa que a promulgará.

5.8 Requisitos para incorporação, fusão, subdivisão ou desmembramento de


Estados: aprovação da população diretamente interessada em plebiscito e do
congresso nacional por lei complementar. As Assembléias legislativas dos
estados envolvidos serão ouvidas com caráter meramente opinativo.

5.9 Requisitos para incorporação, fusão, subdivisão, desmembramento de


municípios: Lei Complementar federal para determinar o período, divulgação dos
estudos de viabilidade municipal, consulta prévia às populações dos municípios
envolvidos, lei estadual.

5.10 Territórios Federais não são entes da federação e têm governador


nomeado pelo Presidente da República após aprovação do Senado.

6. Poder Legislativo

6.1 Congresso Nacional: Câmara dos Deputados (representação Popular) e


Senado ( representação dos Estados e do Distrito Federal).

6.2 Deputados Federais têm mandato de quatro anos e são eleitos pelo
sistema proporcional.

6.3 Senadores têm mandato de oito anos e são eleitos pelo sistema
majoritário. O Senado é renovado de quatro em quatro anos na proporção de um
terço e dois terços.

7. Poder Executivo

7.1 Sistema Presidencialista: Presidente da Republica é chefe de Estado e


chefe de Governo.

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7.2 Se houver vacância dos cargos de Presidente e de Vice- Presidente da


República serão realizadas novas eleições. Se a dupla vacância ocorrer na
primeira metade do mandato presidencial, serão realizadas novas eleições
diretas (em 90 dias), se ocorrer na segunda metade do mandato presidencial
serão realizadas novas eleições indiretas (em 30 dias). Em qualquer caso, os
eleitos completarão o período presidencial.

8. Poder Judiciário

8.1 Órgãos: Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça,


Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais,
Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes
Militares, Tribunais e Juízes dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

8.2 Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não é órgão jurisdicional. Exerce


controle administrativo, financeiro e orçamentário sobre órgãos do poder
judiciário sem prejuízo da atuação dos tribunais de contas.

8.3 O Estatuto da magistratura (LOMAN) deverá ser estabelecida por lei


complementar, de iniciativa reservada ao STF.

8.4 Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

8.5 Incluem-se na competência originária do STF as ações que envolvam, de


um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro lado, a
União, Estado, Distrito Federal ou Território.

8.6 É de competência dos Juízes Federais processar e julgar as ações que


envolvam de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro
lado, municípios ou pessoa domiciliada ou residente no Brasil. Caberá recurso
ordinário para o STF (não passa pelo TRF).

8.7 Têm prerrogativa de foro no STF tão-somente nas infrações penais


comuns: Presidente e Vice –Presidente da Republica, membros do Congresso
Nacional, Ministros do próprio STF e Procurador Geral da República. Nos crimes
de responsabilidade, respondem perante o Senado.

8.8 Têm prerrogativa de foro no STF nas infrações penais comuns e nos
crimes de responsabilidade: Ministros de Estado e Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica (salvo nos crimes de responsabilidade conexos com os
do Presidente e do Vice- Presidente da República), os membros dos Tribunais

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Superiores, os do Tribunal de Contas da União, os chefes de missões


diplomáticas de caráter permanente.

9. Garantias dos magistrados:

9.1 Vitaliciedade – na primeira instância, é adquirida após dois anos de


exercício. Os magistrados que ingressem diretamente nos tribunais adquirem a
vitaliciedade imediatamente.

9.2 Inamovibilidade – salvo por motivo de interesse público, podendo o juiz


ser removido de ofício por decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou
do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa.

9.3 Irredutibilidade de subsídio

10. Competência dos Tribunais – art. 96 da CF

11. Justiça Eleitoral

11.1 Órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais


Regionais Eleitorais, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.

11.2 Composição do TSE: três juízes dentre os Ministros do STF (Presidente e


Vice serão eleitos entre esses), dois juízes dentre os Ministros do STJ
( Corregedor Eleitoral será escolhido entre esses), por nomeação do Presidente
da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo STF.

11.3 Em cada Estado e no Distrito Federal, haverá um Tribunal Regional


Eleitoral.

11.4 Composição dos TRE´s: dois juízes dentre os Desembargadores do


Tribunal de Justiça, dois juízes dentre juízes de direito, escolhidos pelo TJ, um
juiz do TRF, com sede na capital do Estado ou do DF ou, não havendo, de juiz
federal, escolhido, em qualquer caso, pelo respectivo TRF, por nomeação do
Presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ.

11.5 A competência dos Tribunais, dos Juízes de Direito e das Juntas Eleitorais
será estabelecida por lei complementar.

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11.6 São irrecorríveis as decisões do TSE, salvo as que contrariem a


Constituição e as denegatórias de habeas-corpus e mandado de segurança.

11.7 Caberá recurso contra as decisões dos TRE´s, quando: forem proferidas
contra disposição expressa da Constituição ou da lei, ocorrer divergência na
interpretação da lei entre dois ou mais tribunais eleitorais, versarem sobre
inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais,
anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou
estaduais, denegarem habeas-corpus, mandado de segurança, habeas-data ou
mandado de injunção.

PORTUGUÊS
Profº Rodrigo Bezerra

Primeiramente, a esta altura do campeonato, o candidato já deve estar


preparado para o concurso. Agora é hora de acertar os últimos detalhes, como
focar os pontos em que mais o candidato tem dúvida. Esse enfoque pode ser
obtido com a resolução de questões. Não creio que a prova venha com grandes
dificuldades, mas, em se tratando da FCC, é sempre bom ficar atento.
O candidato se deparará com XXXX questões de português, provavelmente,
assim distribuídas: entre oito e dez questões de interpretação de textos, duas
questões de concordância verbal (ficar atento à concordância com o sujeito
oracional, pois é um ponto sempre presente nas provas da FCC), duas questões
de regência verbal (talvez uma das duas envolva o conhecimento sobre o
emprego do acento grave – a crase), uma questão sobre conversão de voz ativa
em voz passiva ou vice-versa, uma questão de flexão verbal (ficar atento à
conjugação dos verbos derivados, como “deter, reter, propor, provir”), uma
questão sobre correlação entre tempos e modos verbais e duas questões
envolvendo correção gramatical. Esses assuntos são certos nas provas da FCC.
Obviamente que o aluno deve estar preparado para responder a qualquer
indagação. É importante não se desestabilizar emocionalmente com as questões
de interpretação de textos, pois em algumas provas da FCC elas se mostraram
bem capciosas. No mais, é estudar. E pôr em prática aquilo que ele aprendeu
durante os estudos.

ARQUIVOLOGIA
Profº Marcelo Marques

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Noções de Arquivologia: Conceitos fundamentais de Arquivologia. O


gerenciamento da informação e a gestão de documentos: diagnósticos; arquivos
correntes e intermediário; protocolos; avaliação de documentos;arquivos
permanentes. Tipologias documentais e suportes físicos: microfilmagem;
automação; preservação,conservação e restauração de documentos.

DICAS E BIZUS

As atribuições da unidade administrativa de um grande órgão público têm gerado,


em relação ao arquivo, duas situações distintas, mas intimamente vinculadas. A
primeira é a necessidade de arquivamento de um volume sempre crescente de
documentos, que são mantidos em dossiês. O arquivo recebe para guarda,
mensalmente, cerca de trinta novas caixas-arquivo ou 135 pastas suspensas. A
segunda situação que surge das atribuições dessa unidade é a intensa demanda de
consulta aos documentos. Há uma demanda interna (estagiários, servidores, outras
unidades) e uma demanda externa (representações e escritórios regionais).
Segundo informações coletadas no local, são atendidas, diariamente, cerca de vinte
solicitações de consulta ao acervo. Acerca da situação hipotética acima apresentada
e das técnicas de arquivo, julgue os itens de 32 a 56.

1. Os documentos acumulados por órgãos públicos e entidades públicas, em


decorrência de suas funções e atividades, são considerados arquivos
públicos.

2. Na situação apresentada, a aplicação da teoria das três idades documentais


permitiria melhor fluxo documental na unidade, melhorando as condições de
seus arquivos.

3. O conjunto de operações técnicas referentes à produção, à tramitação, ao


uso, à avaliação e ao arquivamento em fase corrente e intermediária é
conhecido por gestão de documentos.

4. A gestão de documentos tem como fases básicas a produção, a conservação


e utilização e a destinação.

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COMENTÁRIO: As fases que compõem a gestão de documentos são, na verdade, a


produção, a utilização e a destinação de documentos. A conservação não está
incluída nestas fases.

5. A legislação arquivística brasileira, apesar do grande avanço, não considera


os arquivos como instrumento de apoio à administração.

COMENTÁRIO RELEVANTE: A Lei 8.159, em seu artigo 1º, define que os arquivos
servem de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como
elementos de prova e informação.
6. A unidade em questão poderia, anualmente, eliminar os documentos sem
uso, independentemente de autorização.

A eliminação de documentos só pode ser realizada após a aplicação da tabela de


temporalidade do órgão e mediante autorização de autoridade competente

7. Na situação considerada, devido à quantidade de consultas recebidas pelo


arquivo da unidade, pode-se considerá-lo como um arquivo corrente.

8. O arquivo setorial é aquele estabelecido juntos aos órgãos operacionais,


cumprindo funções de arquivo corrente.

9. Na situação em apreço, o acesso aos documentos contidos no arquivo da


unidade é público, embora exista restrição de acesso apenas para os
documentos considerados permanentes.

COMENTÁRIO RELEVANTE: Na verdade, o acesso é público apenas aos documentos


permanentes, e não o contrário, como afirma o item

10. O registro dos documentos que chegam ao setor é uma atividade conhecida
como de arquivo especializado.

Esta é, na verdade, uma atividade de protocolo, e não de arquivo especializado

11. As atividades de protocolo são de responsabilidade dos arquivos centrais ou


gerais.

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As atividades de protocolo são de responsabilidade do setor de protocolo do órgão,


e não dos arquivos centrais ou gerais.

12. Os documentos pouco usados na mencionada unidade poderiam ser


transferidos para o arquivo permanente, onde aguardariam o término de
seus prazos de guarda.

Documentos utilizados devem ser transferidos ao arquivo intermediário, onde


aguardam o término dos seus prazos de guarda, e não para o arquivo permanente.

13. O recebimento e a expedição dos documentos em um órgão público são


tarefas realizadas pelo protocolo.

14. O curso do documento desde a sua produção ou recepção até o


cumprimento de sua função administrativa é conhecido como termo de
recolhimento.

O curso do documento é conhecido como tramitação, e não como termo de


recolhimento.

15. O dossiê é um conjunto de documentos relacionados entre si por assunto


(ação, evento, pessoa, lugar, projeto), que constitui uma unidade de
arquivamento.

16. O dossiê é um documento do gênero iconográfico.

O dossiê é constituído por documentos de vários gêneros.

No que se refere à conservação preventiva de documentos em arquivos, julgue


os itens a seguir.

17. A ação antrópica não interfere na degradação dos arquivos.

O homem é, sem dúvida, o causador dos danos mais significativos aos documentos.
O termo “antrópico” se refere à ação humana.

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18. A higienização de documentos é um procedimento em que documentos


quebradiços e ressecados são colocados em uma atmosfera úmida para
readquirirem flexibilidade.

Entende-se por higienização de documentos a ação de retirar poeira, objetos


metálicos, fitas adesivas e outros elementos que possam prejudicar a qualidade dos
documentos nos arquivos. Além disso, documentos não devem ser colocados em
ambientes úmidos pois tal situação provoca o mofo.

19. A higienização e o acondicionamento são ações de conservação dos


documentos.

20. O ar seco e a umidade são fatores de enfraquecimento do papel.


DICAS IMPORTANTES!!!

ÓRGÃOS DE DOCUMENTAÇÃO

 Arquivos
 Bibliotecas
 Museus

PRINCÍPIOS APLICADOS AO ARQUIVO


 Finalidade – servir à administração
 Função – tornar disponível a informação

ENTIDADES MANTENEDORAS
 Públicas

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 Institucionais
 Comerciais
 Pessoais

ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO DOS ARQUIVOS

 1º IDADE – CORRENTE – ATIVO – VIVO


 2º IDADE – INTERMEDIÁRIO – SEMI-ATIVO – TRANSITÓRIO – PURGATÓRIO
OU LIMBO
 3º IDADE – PERMANENTE – INATIVO – AGI – MORTO – CUSTÓDIA

NATUREZA DOS DOCUMENTOS


 Especial
 Especializado

ARRANJO ESTRUTURAL DE UM ARQUIVO PERMANENTE

 FUNDO – PRINCIPAL UNIDADE DE ARRANJO ESTRUTURAL NOS ARQUIVOS


PERMANENTES
 SÉRIE – SUBDIVISÕES DE UM FUNDO QUE SÃO SUBDIVIDIDAS EM
SUBSÉRIES

GÊNERO DOS DOCUMENTOS


 Textuais
 Cartográficos
 Iconográficos
 Filmográficos
 Sonoros
 Micrográficos
 Informáticos

NATUREZA DO ASSUNTO
 Ostensiva
 Sigilosa (Reservado - Confidencial - Secreta - ultra-secreta)

GESTÃO DE DOCUMENTOS – FASES:

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 Produção
 Utilização
 Avaliação e Destinação

MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO

o método de arquivamento é determinado pela natureza dos documentos a serem


arquivados e pela estrutura da entidade, podemos dividir em duas classes – básicos
e padronizados

BÁSICOS

 ALFABÉTICOS
 GEOGRÁFICOS
 NUMÉRICOS (SIMPLES / DÍGITO TERMINIAL / CRONOLÓGICO)
 ASSUNTO (IDEOGRÁFICOS)
 ALFABÉTICOS (ENCICLOPÉDICO E DICIONÁRIO)
 NUMÉRICOS (DUPLEX / DECIMAL/ UNITERMO)

PADRONIZADOS

 VARIADEX – LETRAS E CORES – 5 CORES – 26 LETRAS


 AUTOMÁTICO / SOUDEX / MNEMÔNICO / RÔENEO

SISTEMAS DIRETO - aqueles que vamos diretos ao documento


SISTEMAS INDIRETOS – Recorremos a um índice alfabético remissivo
ALFANUMÉRICOS – semi-indiretos

INSTRUMENTOS DE DESTINAÇÃO
são atos normativos elaborados pela comissão de análise, nos quais são fixadas as
diretrizes quanto ao tempo e local de guarda dos documentos. há dois documentos
básicos: TABELA DE TEMPORALIDADE E LISTA DE ELIMINAÇÃO

EXEMPLO DE TTD

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Tabela de temporalidade – instrumento de destinação, aprovado pela autoridade


competente, que determina prazos e condições de guarda tendo em vista a
transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de documentos.

CRITÉRIOS QUE REGULAM A ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS:


 documentos cujos textos estiverem reproduzidos em outros ou que tenham
sido impressos em sua totalidade.
 cópias cujos originais sejam conservados.
 documentos cujos elementos essenciais se achem reproduzidos em outros.
 documentos de pura formalidade, como convites, cartas de agradecimento e
outros;
 documentos que se tornarem obsoletos e não mais representem interesse
para à administração.

ATIVIDADES DE CONSERVAÇÃO

Compreende os cuidados prestados aos documentos e, conseqüentemente, ao local


de sua guarda. Para a construção de um arquivo, o ideal é um local elevado, com
mínimo de umidade. Cuidados especiais:

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 Luz – a luz do dia deve ser abolida. A própria luz artificial deve ser usada
com cautela.
 Ar seco – é outro fator de enfraquecimento do papel.
 Umidade – índice de umidade ideal situa-se entre 45 e 58%.
 Temperatura – manter entre 20 e 22ºC.

AS PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE CONSERVAÇÃO:


1. DESINFESTAÇÃO
2. LIMPEZA
3. ALISAMENTO
4. RESTAURAÇÃO OU REPARO

RESTAURAÇÃO DE DOCUMENTOS

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Conservação e a preservação dos acervos garantem o imprescindível acesso à


informação tanto em arquivos quanto em outras unidades de informação. O estado
em que se encontram os acervos documentais e bibliográficos de instituições
públicas e privadas é o que nos leva a enfatizar a importância de se adotar uma
política de preservação, que é a melhor garantia contra a deterioração das
coleções, sendo, a higienização a primeira ação efetiva para estender a vida útil
desses documentos.

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De acordo com BELLOTTO & CAMARGO (1996, p.42), a higienização corresponde,


basicamente, à retirada da poeira e outros resíduos estranhos aos documentos, por
meio de técnicas apropriadas, com vista à sua preservação.

De acordo com BELLOTTO & CAMARGO (1996, p.42), a higienização corresponde,


basicamente, à retirada da poeira e outros resíduos estranhos aos documentos, por
meio de técnicas apropriadas, com vista à sua preservação.

Conforme CASSARES (2000, p.31), o processo de limpeza de acervos de bibliotecas


e arquivos se restringe à limpeza de superfície e, portanto, é mecânica, feita a
seco. A técnica é aplicada com o objetivo de reduzir poeira. Partículas sólidas,
incrustações, resíduos de excrementos de insetos ou outros depósitos de superfície.

Mini-glossário

Conservação – ato ou efeito de promover a preservação e a restauração dos


documentos.
limatização – processo de adequar, por meio de equipamentos, a temperatura e a
umidade relativa do ar a parâmetros favoráveis à preservação dos documentos.
Higienização – retirada, por meio de técnicas apropriadas, de poeira e outros
resíduos, com vistas à preservação dos documentos.
Preservação – prevenção da deterioração e danos em documentos, por meio de
adequado controle ambiental e/ou tratamento físico e/ou químico.
Umidade relativa – razão entre a quantidade de vapor d´água e a quantidade
necessária para a saturação da atmosfera à mesma temperatura. A umidade
relativa do ar é expressa percentualmente.
Umidificação – procedimento em que documentos quebradiços e ressecados são
colocados numa atmosfera úmida para readquirirem flexibilidade pela absorção
gradual do vapor d´água.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (Material disponibilizado pelo profº Mercelo


Marques)

Noções de Administração Pública: Disposições gerais. Administração Pública.


Administração burocrática e administração gerencial. Governo eletrônico.
Transparência da administração pública. Cidadania e controle social. Excelência nos

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serviços públicos. Gestão de pessoas por competências. Sistemas de compras


governamentais.

QUESTÕES COMENTADAS DA FCC

1. (ISS-SP - FCC) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado,


elaborado pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do
Estado (MARE), implementado nos anos 90, teve, entre seus
principais objetivos e diretrizes,

(A) propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para que o


Governo possa aumentar sua governança, fortalecendo as funções de coordenação
e regulação.

(B) aumentar a eficiência da gestão pública, privilegiando e fortalecendo os


sistemas de controle a priori da atividade administrativa.

(C) a profissionalização dos setores estratégicos da Administração e a ampliação da


participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia.

(D) a reforma do Estado, mediante a substituição do modelo burocrático pela


administração gerencial, com foco no cidadão, prescindindo, assim, de sistemas de
controles a priori e a posteriori.

(E) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado,com a modernização das


estruturas organizacionais,ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de
controle de processos.

Assunto: Plano Diretor de Reforma no Governo FHC.

Encontramos no Plano Diretor de Reforma do Estado a seguinte proposta:

A reforma do Estado permitirá que seu núcleo estratégico tome decisões mais
corretas e efetivas, e que seus serviços - tanto os exclusivos, que funcionam
diretamente sob seu comando, quanto os competitivos, que estarão apenas
indiretamente subordinados na medida que se transformem em organizações
públicas não-estatais - operem muito mais eficientemente.

Reformar o aparelho do Estado significa garantir a esse aparelho maior governança,


ou seja, maior capacidade de governar, maior condição de implementar as leis e
políticas públicas. Significa tornar muito mais eficientes as atividades exclusivas de

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Estado, através da transformação das autarquias em "agências autônomas", e


tornar também muito mais eficientes os serviços sociais competitivos ao
transformá-los em organizações públicas não-estatais de um tipo especial: as
"organizações sociais".

O controle a priori é substituído pelo controle a posteriori - invalidando as


alternativa “B” e “D”.

O modelo de reforma proposto pelo Plano Diretor, não prevê a ampliação da


participação direta do Estado nos diversos setores da economia, mas sim a
diminuição. Invalidando a alternativa “C”.

O modelo não fortalece um sistema de centralização, mas sim de descentraização.


– Invalidando a letra “E”.

2. (ISS-SP - FCC) É correto apontar entre as motivações para o


movimento de Reforma do Estado, levado a efeito na esfera federal
pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado,

(A) o ideário neoliberal, que propõe a retirada do Estado de diversos setores da


sociedade, reduzindo-se seu papel de prestador direto de serviços públicos e de
agente de fomento da atividade econômica.

(B) a intenção de ampliar a intervenção do Estado no domínio econômico, dada a


crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos, do que resultou a
profissionalização e a ampliação do Aparelho do Estado.

(C) a crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado
e pelo esgotamento da poupança pública, o que ensejou a privatização em larga
escala de empresas estatais exploradoras de atividade econômica e prestadoras de
serviço público.

(D) o esgotamento do modelo de Estado prestador direto de serviços públicos,


enfatizando-se a privatização de empresas estatais, desonerando o Estado da
responsabilidade pela disponibilização de tais serviços aos usuários.

(E) a necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como


conseqüência do cumprimento de obrigações com organismos internacionais,
implicando redução do Aparelho do Estado, bem como do setor público não-estatal,
em função do esgotamento das fontes de financiamento.

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ASSUNTO – CRISE DO ESTADO

A crise brasileira da última década foi também uma crise do Estado. Em razão do
modelo de desenvolvimento que Governos anteriores adotaram, o Estado desviou-
se de suas funções básicas para ampliar sua presença no setor produtivo, o que
acarretou, além da gradual deterioração dos serviços públicos, a que recorre, em
particular, a parcela menos favorecida da população, o agravamento da crise fiscal
e, por conseqüência, da inflação. Nesse sentido, a reforma do Estado passou a ser
instrumento indispensável para consolidar a estabilização e assegurar o
crescimento sustentado da economia. Somente assim será possível promover a
correção das desigualdades sociais e regionais.

Assim, analisando as alternativas da questão, percebemos que o gabarito correto é


a letra C.

3. (ISS-SP - FCC) O modelo de Administração Burocrática, que tem


entre seus principais expoentes Max Weber, caracteriza-se

(A) pela criação de uma estrutura própria e estável, imune à alternância dos
governantes, submetida a rígidos controles de resultado e de qualidade, sendo
comumente criticada pelo excesso de formalismo e falta de flexibilidade.

(B) pela consolidação do patrimonialismo, fazendo com que o Aparelho do Estado


atue como extensão do poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo
clientelismo, nepotismo e ausência de controles efetivos.

(C) pelo fortalecimento do Aparelho do Estado, que passa a atuar de forma paralela
e imune ao poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo inchaço dos
quadros de servidores públicos e ausência de eficiência na correspondente atuação.

(D) pela ênfase na idéia de carreira, hierarquia funcional,impessoalidade e


formalismo, sendo comumente criticada pela rigidez do controle dos processos,
deforma auto-referenciada e sem compromisso com os resultados para o cidadão.

(E) como reação à Administração Pública patrimonialista, buscando instituir


mecanismos de controle da atuação dos governantes, com ênfase nos resultados,
sendo comumente criticada pela ausência de controles eficazes dos processos.

ASSUNTO: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA

A reforma do aparelho do Estado tornou-se imperativa nos anos 90 por uma


segunda razão. Não apenas ela se constituiu em uma resposta à crise generalizada

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do Estado, mas também está sendo caracterizada como uma forma de defender o
Estado enquanto res publica, enquanto coisa pública, enquanto patrimônio que,
sendo público, é de todos e para todos.

No plano administrativo, a administração pública burocrática surgiu no século


passado conjuntamente com o Estado liberal, exatamente como uma forma de
defender a coisa pública contra o patrimonialismo. Na medida, porém, que o Estado
assumia a responsabilidade pela defesa dos direitos sociais e crescia em dimensão,
foi se percebendo que os custos dessa defesa podiam ser mais altos que os
benefícios do controle. Por isso, neste século as práticas burocráticas vêm sendo
substituídas por um novo tipo de administração: a administração gerencial.

Max Weber, sociólogo alemão, através da Teoria da Burocracia, ajudou de forma


considerável muitos governos implementar o modelo burocrático de gestão e no
caso do Brasil, isso ocorreu em 1936 com a criação do DASP – Departamento de
Administração do Serviço Público – no governo de Getúlio Vargas que, entre outras
coisas, pregava a necessidade da meritocracia (poder derivado do mérito).

Assim, analisando as alternativas da questão, percebemos que o gabarito da


questão é a letra D.

4. (ISS-SP - FCC) Do ponto de vista do servidor público, a


Administração Gerencial prioriza

(A) o fortalecimento das carreiras formalmente estabelecidas, com garantia de


ascensão por tempo de ser-viço e manutenção de mecanismos de estabilidade.

(B) o recrutamento por concurso público, para carreiras eminentemente técnicas, e


por métodos de seleção diferenciados, para profissionais que ocupem funções de
liderança, instituição de técnicas de motivação, treinamento e capacitação.

(C) o recrutamento e a promoção por avaliação de desempenho, focada em sistema


de controle de resultados aliado à autonomia dos servidores.

(D) o abandono de modelos clássicos de carreira, estruturada em níveis e com


promoção por mérito e antiguidade, por evolução funcional horizontal, com
acréscimos salariais decorrentes de participação nos resultados e gratificações por
funções.

(E) a remuneração por desempenho, a constante capacitação, o sistema de


promoção por mérito em carreiras estruturadas e a autonomia dos executores.

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ASSUNTO: REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL

No plano diretor de Reforma encontramos dados que mostram que a política


remuneratória do servidor durante o período Collor foi marcada por uma queda
generalizada dos níveis reais de salário, que visava à compressão dos gastos do
Tesouro com pessoal. Descobrimos, também, que a CF 88 incorreu um aumento
significativo nos gastos públicos e, em particular, na folha de pagamento. Com a
reforma do estado, havia a necessidade de mudar a política de remuneração,
valorizando o desempenho, a meritocracia e a estruturação de carreiras, além de
autonomia dos servidores.

Evolução dos Gastos da União e dos Estados e Municípios (em % do PIB)

União Estados e Municípios

Média anual 70/79 3,41 3,87

Média anual 80/87 2,89 4,18

Média anual 88/94 3,17 6,53


Fonte: IBGE – Plano Diretor

Com base em tudo o que foi exposto acima, concluímos que a alternativa correta é
a letra E.

5. (ISS-SP - FCC) Constitui exemplo do enrijecimento burocrático


sofrido pela Administração Pública contemporânea, após a edição da
Constituição Federal de 1988,

(A) a generalização do procedimento licitatório também para os entes


descentralizados, não obstante a exclusão, em relação aos mesmos, da regra do
concurso público.

(B) a transferência maciça de atribuições e recursos a Estados e Municípios.

(C) a subordinação dos entes descentralizados às mesmas regras de controle


formal utilizadas na Administração direta.

(D) a obrigatoriedade de isonomia salarial entre os diversos poderes.

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(E) a não delimitação das atribuições e competências da União, Estados e


Municípios, gerando sobre posição de órgãos nas diversas esferas de governo.

ASSUNTO: RETROCESSO DE 1988

As ações rumo a uma administração pública gerencial são, entretanto, paralisadas


na transição democrática de 1985 que, embora representasse uma grande vitória
democrática, teve como um de seus custos mais surpreendentes o loteamento dos
cargos públicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios nos
Estados para os políticos dos partidos vitoriosos. Um novo populismo
patrimonialista surgia no país. De outra parte, a alta burocracia passava a ser
acusada, principalmente pelas forças conservadoras, de ser a culpada da crise do
Estado, na medida em que favorecera seu crescimento excessivo.

A conjunção desses dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um retrocesso


burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior debate público, o
Congresso Constituinte promoveu um surpreendente engessamento do aparelho
estatal, ao estender para os serviços do Estado e para as próprias empresas
estatais praticamente as mesmas regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo
estratégico do Estado. A nova Constituição determinou a perda da autonomia do
Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a
obrigatoriedade de regime jurídico único para os servidores civis da União, dos
Estados-membros e dos Municípios, e retirou da administração indireta a sua
flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas normas de
funcionamento idênticas às que regem a administração direta.

Este retrocesso burocrático foi em parte uma reação ao clientelismo que dominou o
país naqueles anos. Foi também uma conseqüência de uma atitude defensiva da
alta burocracia que, sentindo-se injustamente acusada, decidiu defender-se de
forma irracional.

O retrocesso burocrático não pode ser atribuído a um suposto fracasso da


descentralização e da flexibilização da administração pública que o Decreto-Lei nº
200 teria promovido. Embora alguns abusos tenham sido cometidos em seu nome,
seja em termos de excessiva autonomia para as empresas estatais, seja em termos
do uso patrimonialista das autarquias e fundações (onde não havia a exigência de
processo seletivo público para a admissão de pessoal), não é correto afirmar que
tais distorções possam ser imputadas como causas do mesmo. Na medida em que a
transição democrática ocorreu no Brasil em meio à crise do Estado, esta última foi
equivocadamente identificada pelas forças democráticas como resultado, entre

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outros, do processo de descentralização que o regime militar procurara implantar.


Por outro lado, a transição democrática foi acompanhada por uma ampla campanha
contra a estatização, que levou os constituintes a aumentar os controles
burocráticos sobre as empresas estatais e a estabelecer normas rígidas para a
criação de novas empresas públicas e de subsidiárias das já existentes.

Afinal, geraram-se dois resultados: de um lado, o abandono do caminho rumo a


uma administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração
pública burocrática clássica; de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no
processo, a instituição de uma série de privilégios, que não se coadunam com a
própria administração pública burocrática. Como exemplos, temos a estabilidade
rígida para todos os servidores civis , diretamente relacionada à generalização do
regime estatutário na administração direta e nas fundações e autarquias, a
aposentadoria com proventos integrais sem correlação com o tempo de serviço ou
com a contribuição do servidor.

Todos esses fatos contribuíram para o desprestígio da administração pública


brasileira, não obstante o fato de que os administradores públicos brasileiros são
majoritariamente competentes, honestos e dotados de espírito público. Essas
qualidades, que eles demonstraram desde os anos 30, quando a administração
pública profissional foi implantada no Brasil, foram um fator decisivo para o papel
estratégico que o Estado jogou no desenvolvimento econômico brasileiro. A
implantação da indústria de base nos anos 40 e 50, o ajuste nos anos 60, o
desenvolvimento da infra-estrutura e a instalação da indústria de bens de capital,
nos anos 70, de novo o ajuste e a reforma financeira, nos anos 80, e a liberalização
comercial nos anos 90, não teriam sido possíveis não fosse a competência e o
espírito público da burocracia brasileira.

As distorções provocadas pela nova Constituição logo se fizeram sentir. No governo


Collor, entretanto, a resposta a elas foi equivocada e apenas agravou os problemas
existentes, na medida em que se preocupava em destruir ao invés de construir. O
governo Itamar Franco buscou essencialmente recompor os salários dos servidores,
que haviam sido violentamente reduzidos no governo anterior. O discurso de
reforma administrativa assume uma nova dimensão a partir de 1994, quando a
campanha presidencial introduz a perspectiva da mudança organizacional e cultural
da administração pública no sentido de uma administração gerencial.

Assim, concluímos que a alternativa correta é a letra C.

Fonte: Plano Diretor de Reforma do Estado

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6. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, de 1995, é


considerado um marco importante no processo de transição de um
modelo burocrático de administração pública, no qual a ênfase recaía no
controle formal e rígido de processos (meios), para uma administração
pública gerencial, com mais autonomia de gestão, controle por resultado e
foco no atendimento do cidadão (fins). Nesse Plano, a proposta de reforma
do aparelho do Estado está consubstanciada na existência de quatro setores
dentro do Estado: núcleo estratégico, atividades exclusivas, serviços não-
exclusivos e produção de bens e serviços para o mercado. Em relação ao
setor de produção de bens e serviços para o mercado, sua implementação
implicava

I. privatizar empresas estatais.


II. transformar entidades ou órgãos públicos em Organizações Sociais
(OS).
III. transferir para o setor público não-estatal serviços não-exclusivos.
IV. reorganizar e fortalecer os órgãos de regulação de monopólios
naturais privatizados.
V. realizar parcerias público-privadas.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) IV e V.

ASSUNTO: PLANO DIRETOR DE REFORMA DO APARELHO DO ESTADO

O Estado é a organização burocrática que possui o poder de legislar e tributar sobre


a população de um determinado território. O Estado é, portanto, a única estrutura
organizacional que possui o “poder extroverso”, ou seja, o poder de constituir
unilateralmente obrigações para terceiros, com extravasamento dos seus próprios
limites.

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O aparelho do Estado ou administração pública lato sensu compreende (a) um


núcleo estratégico ou governo, constituído pela cúpula dos três Poderes, (b) um
corpo de funcionários, e (c) uma força militar e policial.

O PDRAE preconizava

Na reforma do aparelho do Estado podemos distinguir alguns objetivos globais e


objetivos específicos para seus quatro setores.

Objetivos globais
 Aumentar a governança do Estado, ou seja, sua capacidade administrativa
de governar com efetividade e eficiência, voltando a ação dos serviços do
Estado para o atendimento dos cidadãos;
 Limitar a ação do Estado àquelas funções que lhe são próprias, reservando,
a princípio, os serviços não-exclusivos para a propriedade pública
nãoestatal, e a produção de bens e serviços para o mercado para a iniciativa
privada;
 Transferir da União para os Estados e Municípios as ações de caráter local:
só em casos de emergência cabe a ação direta da União;
 Transferir parcialmente da União para os Estados as ações de caráter
regional, de forma a permitir uma maior parceria entre ambos.

Além dos objetivos globais o PDRAE fixava claramente os objetivos de cada setor,
ou seja, para o Núcleo Estratégico, Atividades Exclusivas, Serviços não Exclusivos e
Produção de Bens e Serviços para o Mercado, conforme listados abaixo:

Objetivos para o núcleo estratégico


Aumentar a efetividade do núcleo estratégico, de forma que os objetivos
democraticamente acordados sejam adequada e efetivamente alcançados; Para
isso, modernizar a administração burocrática, que no núcleo estratégico ainda se
justifica pela sua segurança e efetividade, através de uma política de
profissionalização do serviço público, ou seja, de uma política de carreiras, de
concursos públicos anuais, de programas de educação continuada permanentes, de
uma efetiva administração salarial, ao mesmo tempo em que se introduz no
sistema burocrático uma cultura gerencial baseada na avaliação do desempenho;
Dotar o núcleo estratégico de capacidade gerencial para definir e supervisionar os
contratos de gestão com as agências autônomas, responsáveis pelas atividades
exclusivas de Estado, e com as organizações sociais, responsáveis pelos serviços

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não-exclusivos do Estado realizados em parceria com a sociedade. Plano Diretor de


reforma do Estado – condução rumo ao modelo gerencial

Objetivos para as atividades exclusivas


Transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado em agências
autônomas, administradas segundo um contrato de gestão; o dirigente escolhido
pelo Ministro segundo critérios rigorosamente profissionais, mas não
necessariamente de dentro do Estado, terá ampla liberdade para administrar os
recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, desde que
atinja os objetivos qualitativos e quantitativos (indicadores de desempenho)
previamente acordados; Para isso, substituir a administração pública burocrática,
rígida, voltada para o controle a priori dos processos, pela administração pública
gerencial, baseada no controle a posteriori dos resultados e na competição
administrada; Fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a
participação
popular tanto na formulação quanto na avaliação de políticas públicas, viabilizando
o controle social das mesmas.

Objetivos para os serviços não-exclusivos


Transferir para o setor público não-estatal esses serviços, através de um programa
de “publicização”, transformando as atuais fundações públicas em organizações
sociais, ou seja, em entidades de direito privado, sem fins lucrativos, que tenham
autorização específica do Poder Legislativo para celebrar contrato de gestão com o
Poder Executivo e assim ter direito a dotação orçamentária; Lograr, assim, uma
maior autonomia e, conseqüentemente, uma maior responsabilidade para os
dirigentes desses serviços; Lograr adicionalmente um controle social direto desses
serviços por parte da sociedade através dos seus conselhos de administração. Mais
amplamente, fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a
participação da sociedade tanto na formulação quanto na avaliação do desempenho
da organização social, viabilizando o controle social; Lograr, finalmente, uma maior
parceria entre o Estado, que continuará a financiar a instituição, a própria
organização social, e a sociedade a que serve e que deverá também participar
minoritariamente de seu financiamento via compra de serviços e doações;
Aumentar, assim, a eficiência e a qualidade dos serviços, atendendo melhor o
cidadão-cliente a um custo menor.

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Objetivos para a produção para o mercado


Dar continuidade ao processo de privatização através do Conselho de
Desestatização; Reorganizar e fortalecer os órgãos de regulação dos monopólios
naturais que forem privatizados; Implantar contratos de gestão nas empresas que
não puderem ser privatizadas.

Para complementar o entendimento, observem a tabela abaixo.

SETORES DO ESTADO VS FORMA DE PROPRIEDADE

Fonte: Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado.

Logo, pelo exposto acima, concluímos que o gabarito é a letra “B”.

7. (TER-PB-FCC) Burocracia é um conceito administrativo bastante


conhecido, caracterizado principalmente por um sistema hierárquico

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e com alta divisão de responsabilidade, em que seus membros


executam, invariavelmente, regras e procedimentos padronizados,
como engrenagens de uma máquina. Por outro lado, ele tem também
um sentido pejorativo, significando um sistema administrativo com
muitas divisões, regras e procedimentos redundantes,
desnecessários ao funcionamento do sistema. Neste segundo caso,
faz-se referência àquilo que, em teoria administrativa, ficou
conhecido como

(A) discrepâncias.
(B) superconformidades.
(C) disfunções.
(D) papelada.
(E) profissionalização.

ASSUNTO: TEORIA DA BUROCRACIA – ADMINISTRAÇÃO GERAL

(Max Weber)
Teoria da Burocracia – Ênfase na estrutura.
(1864-1920) - sociólogo alemão e “primeiro teórico das organizações”
A ordem e exatidão e imparcialidade nas relações entre as classes são premissas da
Teoria da Burocracia.:
Necessidade de ordem e exatidão e de justiça e imparcialidade nas relações entre
as classes.
A Burocracia é a organização por excelência, regida por normas e regras escritas e,
ainda, organização legalmente formalizada. Os leigos chamam de burocracia às
suas disfunções.

Pelo exposto acima, o gabarito é a letra C.

GOVERNO ELETRÔNICO:

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O desenvolvimento de programas de Governo Eletrônico tem como princípio a


utilização das modernas tecnologias de informação e comunicação (TICs) para
democratizar o acesso à informação, ampliar discussões e dinamizar a prestação de
serviços públicos com foco na eficiência e efetividade das funções governamentais.

No Brasil, a política de Governo Eletrônico segue um conjunto de diretrizes que


atuam em três frentes fundamentais: junto ao cidadão; na melhoria da sua própria
gestão interna; e na integração com parceiros e fornecedores.

O que se pretende com o Programa de Governo Eletrônico brasileiro é a


transformação das relações do Governo com os cidadãos, empresas e também
entre os órgãos do próprio governo de forma a aprimorar a qualidade dos serviços
prestados; promover a interação com empresas e indústrias; e fortalecer a
participação cidadã por meio do acesso a informação e a uma administração mais
eficiente.

Princípios e Diretrizes

Diretrizes gerais para o Governo Eletrônico

A seguir são apresentadas as diretrizes gerais de implantação e operação do


Governo Eletrônico no âmbito dos Comitês Técnicos de Governo Eletrônico e de
toda a Administração Pública Federal. Estas diretrizes devem servir como referência
geral para estruturar as estratégias de intervenção, adotadas como orientações
para todas as ações de governo eletrônico, gestão do conhecimento e gestão da TI
no governo federal.

1 - A prioridade do Governo Eletrônico é a promoção da cidadania

A política de governo eletrônico do governo brasileiro abandona a visão que vinha


sendo adotada, que apresentava o cidadão-usuário antes de mais nada como
“cliente” dos serviços públicos, em uma perspectiva de provisão de inspiração
neoliberal. O deslocamento não é somente semântico. Significa que o governo
eletrônico tem como referência os direitos coletivos e uma visão de cidadania que
não se restringe à somatória dos direitos dos indivíduos. Assim, forçosamente
incorpora a promoção da participação e do controle social e a indissociabilidade
entre a prestação de serviços e sua afirmação como direito dos indivíduos e da
sociedade.

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Essa visão, evidentemente, não abandona a preocupação em atender as


necessidades e demandas dos cidadãos individualmente, mas a vincula aos
princípios da universalidade, da igualdade perante a lei e da eqüidade na oferta de
serviços e informações.

2 - A Inclusão Digital é indissociável do Governo Eletrônico

A Inclusão digital deve ser tratada como um elemento constituinte da política de


governo eletrônico, para que esta possa configurar-se como política universal. Esta
visão funda-se no entendimento da inclusão digital como direito de cidadania e,
portanto, objeto de políticas públicas para sua promoção.

Entretanto, a articulação à política de governo eletrônico não pode levar a uma


visão instrumental da inclusão digital. Esta deve ser vista como estratégia para
construção e afirmação de novos direitos e consolidação de outros pela facilitação
de acesso a eles. Não se trata, portanto, de contar com iniciativas de inclusão
digital somente como recurso para ampliar a base de usuários (e, portanto,
justificar os investimentos em governo eletrônico), nem reduzida a elemento de
aumento da empregabilidade de indivíduos ou de formação de consumidores para
novos tipos ou canais de distribuição de bens e serviços.

Além disso, enquanto a inclusão digital concentra-se apenas em indivíduos, ela cria
benefícios individuais mas não transforma as práticas políticas. Não é possível falar
de práticas políticas sem que se fale também da utilização da tecnologia da
informação pelas organizações da sociedade civil em suas interações com os
governos, o que evidencia o papel relevante da transformação dessas mesmas
organizações pelo uso de recursos tecnológicos.

3 - O Software Livre é um recurso estratégico para a implementação do


Governo Eletrônico

O software livre deve ser entendido como opção tecnológica do governo federal.
Onde possível, deve ser promovida sua utilização. Para tanto, deve-se priorizar
soluções, programas e serviços baseados em software livre que promovam a
otimização de recursos e investimentos em tecnologia da informação. Entretanto, a
opção pelo software livre não pode ser entendida somente como motivada por
aspectos econômicos, mas pelas possibilidades que abre no campo da produção e
circulação de conhecimento, no acesso a novas tecnologias e no estímulo ao

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desenvolvimento de software em ambientes colaborativos e ao desenvolvimento de


software nacional.

A escolha do software livre como opção prioritária onde cabível, encontra suporte
também na preocupação em garantir ao cidadão o direito de acesso aos serviços
públicos sem obrigá-lo a usar plataformas específicas.

4 - A gestão do conhecimento é um instrumento estratégico de articulação


e gestão das políticas públicas do Governo Eletrônico

A Gestão do Conhecimento é compreendida, no âmbito das políticas de governo


eletrônico, como um conjunto de processos sistematizados, articulados e
intencionais, capazes de assegurar a habilidade de criar, coletar, organizar,
transferir e compartilhar conhecimentos estratégicos que podem servir para a
tomada de decisões, para a gestão de políticas públicas e para inclusão do cidadão
como produtor de conhecimento coletivo.

5 - O Governo Eletrônico deve racionalizar o uso de recursos

O governo eletrônico não deve significar aumento dos dispêndios do governo


federal na prestação de serviços e em tecnologia da informação. Ainda que seus
benefícios não possam ficar restritos a este aspecto, é inegável que deve produzir
redução de custos unitários e racionalização do uso de recursos.

Grande parte das iniciativas de governo eletrônico pode ser realizada através do
compartilhamento de recursos entre órgãos públicos. Este compartilhamento pode
se dar tanto no desenvolvimento quanto na operação de soluções, inclusive através
do compartilhamento de equipamentos e recursos humanos. Deve merecer
destaque especial o desenvolvimento compartilhado em ambiente colaborativo,
envolvendo múltiplas organizações.

6 - O Governo Eletrônico deve contar com um arcabouço integrado de


políticas, sistemas, padrões e normas

O sucesso da política de governo eletrônico depende da definição e publicação de


políticas, padrões, normas e métodos para sustentar as ações de implantação e
operação do Governo Eletrônico que cubram uma série de fatores críticos para o
sucesso das iniciativas.

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7 - Integração das ações de Governo Eletrônico com outros níveis de


governo e outros poderes

A implantação do governo eletrônico não pode ser vista como um conjunto de


iniciativas de diferentes atores governamentais que podem manter-se isoladas
entre si. Pela própria natureza do governo eletrônico, este não pode prescindir da
integração de ações e de informações.

A natureza federativa do Estado brasileiro e a divisão dos Poderes não pode


significar obstáculo para a integração das ações de governo eletrônico. Cabe ao
Governo Federal um papel de destaque nesse processo, garantindo um conjunto de
políticas, padrões e iniciativas que garantam a integração das ações dos vários
níveis de governo e dos três Poderes

WWW.CONCURSOVIRTUAL.COM.BR

1 - Por que o Portal da Transparência foi criado?

No intuito de assegurar a boa e correta aplicação dos recursos públicos e dar


publicidade às ações do Governo Federal, a Controladoria-Geral da União idealizou
o Portal da Transparência. Lançado em novembro de 2004, o Portal foi criado para
aumentar a transparência da gestão pública. O objetivo é, assim, promover o
controle social e o combate à corrupção.

Sem exigir senha especial, o Portal da Transparência traz informações que


consolidam dados oriundos da Secretaria do Tesouro Nacional, da Caixa Econômica
Federal (dados do MDS e do MDA), do Banco do Brasil e do Fundo Nacional de
Saúde.

2 - Quais opções de consulta disponíveis no Portal da Transparência e qual


é a origem dos dados obtidos nessas consultas?

O Portal da Transparência está, atualmente, fundamentado em 4 (quatro) grandes


grupos de informação:

 Consulta a Aplicações Diretas;


 Consulta a Transferência de Recursos;
 Consulta a Convênios; e,

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 Aprenda Mais, Glossário e Participação e Controle Social.


O grupo “Aplicações Diretas” contém informações referentes a gastos realizados
pelo próprio Governo Federal em compras ou contratação de obras e serviços. A
pesquisa pode ser feita por órgão, por ação governamental, por favorecido (órgãos
governamentais, Empresas privadas e pessoas físicas, e ainda, Pessoas jurídicas
por atividade econômica), executadas com cartão de pagamentos do Governo
Federal, e por tipo de despesa, como diárias, material de expediente, compra de
equipamentos e obras e serviços, entre outros.

Em “Transferências de Recursos” são obtidos os valores de todos os recursos


federais transferidos a estados e municípios, demais pessoas físicas ou jurídicas.
Por meio dessa consulta, o cidadão pode conhecer qual a destinação de recursos
para programas como o Bolsa Família, a Merenda Escolar e o Sistema Único de
Saúde (SUS), entre outros.

Já em “Convênios”, o cidadão pode obter informações sobre todos os convênios,


parcerias firmadas entre dois ou mais participantes com um objetivo em comum,
firmados, a partir de 01 de janeiro de 1996, entre a União e os estados, municípios
ou outras entidades. Nesse grupo, as informações podem ser acessadas por
diversas formas: por Estados beneficiados, órgão concedente, últimas liberações e
relação de movimentação de contas de convênio, tanto por estado como por
convenente.

Por fim, em “Aprenda Mais” e no “Glossário”, o visitante do Portal obtém uma


ampla gama de tutoriais sobre programas de governo, tais como Bolsa Família,
FUNDEB, PETI, PNAE, entre outros, além das definições dos termos relativos à
fiscalização e à execução financeira empregados no Portal. Na seção “Participação e
Controle Social”, o cidadão encontra informações úteis para o incremento do
controle social, tais como orçamento participativo, conselhos municipais e denúncia
de fatos e atos irregulares na Administração Pública.

Quanto à origem da dados, a CGU esclarece que as informações divulgadas no


Portal da Transparência são de responsabilidade do órgão executor do programa.
Os dados são oriundos da Secretaria do Tesouro Nacional, da Caixa Econômica
Federal, do Banco do Brasil e do Fundo Nacional de Saúde. À CGU cabe reunir e
disponibilizar as informações dos recursos federais gastos pelo governo, além dos
recursos federais transferidos a estados, municípios e demais entidades. As
informações disponibilizadas são a partir de janeiro de 2004, à exceção dos cartões
de pagamento do governo federal que estão disponíveis a partir de maio de 2002.

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3 - Além do Portal da Transparência, quais são as outras ações e


programas desenvolvidos pela CGU para estimular a transparência e o
controle social?

A CGU, além de criar o Portal da Transparência, regulamentou, por meio da


Portaria Interministerial N° 140 de 16/03/2006, em conjunto com o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, a criação das Páginas de Transparência Pública
dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal. Atualmente, a Presidência
da República, todos os ministérios e outros órgãos e entidades do Governo Federal
já estão divulgando, via Página de Transparência Pública, seus dados relativos à
execução orçamentária, licitações públicas, contratações, convênios e diárias e
passagens. Diferentemente do Portal da Transparência, nessas Páginas os dados
são apresentados com maior riqueza de detalhes, uma vez que são específicos do
órgão ou entidade.

Além disso, com o objetivo de fomentar o controle social nos municípios, a CGU
também desenvolveu o Programa Olho Vivo no Dinheiro Público, a fim de capacitar
agentes públicos municipais em assuntos pertinentes à transparência da gestão, à
responsabilização e à necessidade do cumprimento dos dispositivos legais. O
Programa, iniciado em novembro de 2003, foi elaborado a partir das constatações
contidas nos relatórios do Programa de Fiscalização por Sorteios Públicos da
Controladoria-Geral da União, que apontavam boa parte das irregularidades nos
municípios fiscalizados associadas, sobretudo, com a falta de informação e
orientação técnica. Para conhecer mais sobre as ações do Programa, acesse o
site, www.cgu.gov.br/olhovivo e confira:
 Cartilha Olho Vivo no Dinheiro Público: apresenta como o cidadão pode
acompanhar o gasto do dinheiro público. A cartilha também explica as obrigações
dos Administradores Públicos e como funcionam os principais conselhos municipais.
 Manual Gestão de Recursos Federais: traz informações destinadas,
principalmente, aos agentes públicos municipais referentes à obtenção, aplicação e
controle de recursos públicos federais.

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