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Universidade Federal de São João del Rei

Campus Alto Paraopeba

ATIVIDADE AVALIATIVA DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS III

Relatório apresentado como parte das


exigências da disciplina Operações
Unitárias III sob responsabilidade da
Profo Henrique Cardias.

Bruno Chaves

Gustavo Araújo

Gustavo Ascenção

Isabella Avelar

Luidi Martins

Ouro Branco – MG

Junho/2018
Resumo

Este experimento foi dividido em duas partes. Na primeira, utilizou-se diferentes


vidrarias volumétricas e não volumétricas para aferir volumes a fim de analisar a precisão
e exatidão de cada uma delas. Na segunda parte, foi medido o pH de diversas soluções
ácidas, básicas e salinas através de dois métodos diferentes para compará-los e,
posteriormente, foi determinada a constante de equilíbrio para cada solução.

1. Resultados e Discussão

Vidrarias Volumétricas e Não Volumétricas


Durante o experimento foram medidos volumes em diferentes vidrarias e fez-se a
transferência de uma para a outra. Dentre as vidrarias volumétricas, utilizou-se vidrarias
TD (to delivery) e TC (to contain). Inicialmemente, mediu-se um volume 20mL de água
usando uma proveta e uma pipeta volumétrica e transferiu-se para um béquer.
Analisando os resultados, presentes na tabela 1.1, conclui-se que houve uma maior
transferência de volume pela pipeta volumétrica. Isso porque a pipeta volumétrica é uma
vidraria TD, ou seja, é calibrada para dispensar um volume específico. A diferença de
volume encontrada em relação aos 20mL iniciais se deu devido a atração que existe
entre o líquido e o vidro, o que fez com que uma pequena quantidade do líquido ficasse
retida na ponta da pipeta. (SKOOG et al., 2007)
Pela análise de resultados listados na tabela 1.2, pode-se concluir que, quando
um volume é transferido de um béquer para um erlenmeyer, o volume aferido é diferente,
mas ambos são incertos, já que se tratam de vidrarias não volumétricas. Quando se
transfere um volume de um erlenmeyer para uma proveta, verifica-se que o volume é
menor do que se esperava, mas é mais preciso por ser medido na proveta, que é um
frasco TD. (SKOOG et al., 2007) Quando se mede o volume de uma proveta e se
transfere para um erlenmeyer e depois para um béquer, nota-se que o volume medido
nos dois últimos é maior em um e menor em outro. Essa diferença se dá pelo fato de
serem vidrarias não volumétricas. No caso de aferição em uma pipeta graduada e
transferência para uma proveta e, após, para uma pipeta volumétrica, os volumes finais
foram menores do que o inicial. Apesar de serem todos vidrarias TD, nesse caso é mais
confiável utilizar a pipeta volumétrica, uma vez que ela é um instrumento de medição
volumétrico muito preciso para liberação de volumes fixos. (SKOOG et al., 2007)
Transferindo-se a água de uma bureta, um frasco TD, para um enlermeyer mostrou uma
grande diferença de volume, mais uma vez demonstrado pela diferença entre vidrarias.
Ao se utilizar o balão volumétrico para medição e posterior transferência para uma
proveta, o volume final encontrado foi abaixo do inicial. O balão volumétrico é um tipo de
vidraria TC, o que significa que ele é usado para conter um volume e não para transferí-
lo. Dessa forma, ao se transferir a água, houve uma perda de volume que ficou retido na
vidraria. (SKOOG et al., 2007)

Tabela 1.1: Resultados obtidos pela transferência de 20mL de água de um proveta e de


uma pipeta volumétrica para um béquer.
Procidimento Massa do Adição pela Massa Adição pela Massa
béquer seco Proveta (g) transferida pela Pipeta transferida
(g) Proveta (g) Volumétrica (g) pela Pipeta (g)
1 51,7949 71,5284 19,7335 71,7715 19,9766
2 51,7949 71,5280 19,7331 71,7703 19,9754

Tabela 1.2: Resultados obtidos pela transferência de volumes diferentes de água em


frascos volumétricos e não volumétricos.
Procedimento Béquer Erlenmeyer Pipeta Proveta Pipeta Bureta Balão
(mL) (mL) Graduada (± 0,5 mL) Volumétrica (± 0,05 mL) Volumétrico
(± 0,05 mL) (mL) (mL)
1 50 51 - 50,5 - - -
2 51 49 - 50,0 - - -
3 - - 10,00 9,5 9 - -
4 - 30 – 40 - - - 25,00 -
5 - - - 49,5 - - 50

Determinação da Constante de Equilíbrio


Através dos experimentos efetuados determinou-se o pH de oito diferentes
soluções, utilizando a fita indicadora de pH e o pHmetro. A temperatura do pHmetro
utilizado era de 19,6ºC. Os valores obtidos estão listados na tabela 2.
Tabela 2: Valores de pH para soluções medidos por fitas indicadoras e pelo pHmetro.
Soluções pH medido por fitas pH medido pelo
pHmetro
Ácido clorídrico 0,1molL-1 1 1,26
Ácido acético 0,1molL-1 3 2,81
Ácido acético 0,5molL-1 2 2,59
Hidróxido de potássio 0,1molL-1 14 13,03
Cloreto de potássio 0,1molL-1 7 7,55
Acetato de sódio 0,1molL-1 8 7,41
Nitrato de amônio 0,1molL-1 8 8,60
Hidróxido de amônio 0,1molL-1 10 11,02

Analisando os valores de pH obtidos, observou-se que o pHmetro mede valores


mais exatos em comparação com à fita indicadora. Isso se dá porque a fita indicadora
sugere o valor de pH pela transição de cores e é considerada menos precisa por
depender da subjetividade da pessoa ao analisá-la. A partir dos valores de pH medidos,
calculou-se as constantes de equilíbrio para as soluções, presentes na tabela 3.
O valor do pH obtido para ácido acético 0,1 mol L -1 foi de 4. A reação de
dissociação dessa substância é dada pela reação abaixo:
H3CCOOH(aq) + H2O(l)  H3CCOO-(aq) + H3O+(aq)
A constante de dissociação ácida, Ka, para o ácido acético é dada pela equação:
[𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂 − ][𝐻3 𝑂+ ]
𝐾𝑎 = 𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻

Para determinar a constante de dissociação, deve-se conhecer as concentrações


dos componentes presente no meio. A concentração de íons H3O+ é dado pela
exponencial de base 10 do valor negativo do pH. Assim, quantifica-se os íons H3O+
através do pH do ácido acético e da fórmula abaixo:
[H3 O+ ] = 10−pH
[H3 O+ ] = 10−4
[H3 O+ ] = 1 x 10−4 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1
Desprezando os íons hidrogênio formados pela dissociação da água, pode se
afirmar que todos os íons hidrogênio são formados pela dissociação do ácido acético.
Considerando a concentração de íons hidrogênio igual à concentração de íons acetato,
tem-se:
[H3 O+ ] = [H3 CCOO− ]
Considerando que a reação direta é um pouco extensa, pois K a é baixo, pode-se
simplificar a equação da constante de dissociação ácida ponderando que [H3CCOOH] =
0,1 ≈ 0,1 – x, sendo x o número de mols L-1 que posteriormente se ionizam. Logo a nova
fórmula para Ka será:
𝑥²
𝐾𝑎 = 0,1−x

Utilizando o valor encontrado para [H3 O+ ] calcula-se que o Ka para o ácido acético
é 1,001x10-7. O valor da literatura para essa constante é de 1,75x10-5. Portanto, percebe-
se que há uma diferença grande entre os valores, que pode estar associada ao fato de
utilizarmos o valor da fita de pH, que não é precisa, pois o valor encontrado com o
pHmetro estava ainda mais errado devido à descalibração do equipamento.
Para a solução de ácido clorídrico, observa-se a seguinte equação:
HCl(aq) + H2O(l)  Cl-(aq) + H+(aq)

A constante de equilíbrio para o ácido acima foi calculada da mesma forma que
anteriormente. Porém, nesse caso [H3 O+ ] = CHCl. O valor obtido foi de 1,46x10-2. Esse
é um valor esperado, pois o ácido clorídrico é bastante forte e se dissocia
completamente, tendo assim uma constante com valor mais alto.

Para a solução de hidróxido de potássio, a equação de dissociação é descrita:


KOH(aq) + H2O(l)  OH-(aq) + K+(aq)
A constante do equilíbrio, Kb, para a base acima é mostrada na equação abaixo.
Para calcular a concentração de íons de OH- usamos as fórmulas abaixo considerando
o mesmo princípio do cologaritmo utilizado anteriormente:
[OH− ][K+ ]
𝐾𝑏 = [KO𝐻]

pH + pOH = 14,0
[OH − ] = 10−pOH
Tem-se então que o valor de pOH é 0,97. Substituindo esse valor na equação
(2.8) obtemos o valor para a concentração de íons OH- de 1,1x10-1. Para bases
monoácidas, o procedimento de simplificação da constante de dissociação no
denominador é idêntico ao processo empregado para determinar o Ka no ácido anterior,
mudando somente a concentração molar do ácido inicialmente dissolvido pela
concentração molar da base inicialmente dissolvida. Logo a nova fórmula para K b será:
𝑥²
𝐾𝑏 = 0,1−x

Utilizando-se a equação anterior, temos Kb = -1,61. Isso pode ser justificado por
contaminação na substância, má conservação da mesma, a concentração indicada ser
diferente da real ou fatores externos, como a diferença na temperatura do pHmetro, mas
esse não é o principal causador.

A solução do hidróxido de amônio tem a seguinte equação de dissociação:


NH4OH(aq) + H2O(l)  OH-(aq) + NH4+(aq)
Pelo mesmo raciocínio do cálculo de pOH e Kb para o hidróxido de potássio, tem-
se Kb = 1,11x10-5. O valor dado pela literatura é Kb = 1,79x10-5 (VOGEL, 1981), então há
uma diferença de 0,68 entre os valores. Esse é um erro aceitável, já que a temperatura
não era ambiente. Ressalta-se que os íons NH4+ se combinam com íons OH- gerando
uma base fraca. A formação do NH4OH após a dissociação provoca alteração no
equilíbrio de ionização da água, pois à medida que os íons OH - produzidos nessa
ionização são consumidos, o equilíbrio de ionização da água se desloca produzindo íons
H+ que permanecem livres, explicando o valor de Kb, maior que o Ka que é 9x10-22,
comprovando sua basicidade fraca. (BROWN et al., 2005)
A reação de dissociação do nitrato de amônio é apresentada abaixo:
NH4NO3(s) + H2O(l)  NO3-(aq) + NH4+(aq)
Como mostrado na equação, a solução de nitrato de amônio gera íons amônio e
íons nitrato. Simultaneamente a esta reação, ocorre também uma outra denominada
hidrólise. Apenas íons NH4+ sofrem hidrólise, pois são provenientes de uma base fraca,
e íons nitrato provenientes de um ácido forte. A hidrólise do íon NH4+ se dá por:
NH4+(aq) + H2O(l)  H+(aq) + NH4OH(aq)
A reação (2.13) nos fornece íons H+ que pode se ligar aos íons nitrato, oriundos
da reação de dissociação para formar o ácido nítrico. Devido a esse fator, o respectivo
sal deve ser considerado ácido e, portanto, apresentar um pH menor que 7, o que não
foi encontrado experimentalmente. Foi obtido um pH de 8,6, o que pode indicar uma
contaminação da substância analisada no pHmetro.

A reação de dissociação do acetato de sódio é apresentada abaixo:


CH3COONa(s) + H2O(l)  Na+(aq) + CH3COO-(aq)
Como no sal anteriormente, nessa dissociação também ocorre simultaneamente
a hidrólise. Porém, desta vez, somente os íons acetato, CH3COO-, é hidrolisado, pois
este é oriundo de um ácido fraco, já os íons Na+ de uma base forte. Abaixo está
equacionada a hidrólise do íon CH3COO-:
CH3COO-(aq) + H2O(l)  OH-(aq) + CH3COOH(aq)
A reação nos fornece íons OH- que pode se ligar aos íons Na+, oriundos da reação
de dissociação para formar o hidróxido de sódio. Em função a esse fator, o respectivo
sal deve ser considerado básico e, portanto, apresentar um pH maior que 7.
Experimentalmente, no entanto, encontrou-se um pH de 6.
A reação de dissociação do cloreto de potássio é apresentada abaixo:
KCl(s) + H2O(l)  K+(aq) + Cl-(aq)
Nesse sal, não ocorre hidrólise simultaneamente a dissociação. Isso pode ser
explicitado pelo fato do ion K+ ser proveniente de uma base forte e o íon Cl- de um ácido
forte. Logo, a hidrólise não acontece e esse é um sal neutro. Espera-se, portanto, um pH
igual a 7. O pH obtido experimentalmente foi de 7,55 e a diferença pode estar
relacionada, mais uma vez, à temperatura em que se encontrava o pHmetro.
A tabela 3 reúne os valores de ka e kb, encontrados para os ácidos e bases,
respectivamente, utilizados nesse experimento.

Tabela 3: Valores encontrados paras as constantes de equilíbrio.


Soluções Ka Kb
Ácido clorídrico 0,1molL-1 6,70x10-2 -
Ácido acético 0,1molL-1 2,44x10-5 -
Ácido acético 0,5molL-1 1,33x10-5 -
Hidróxido de potássio 0,1molL-1 - -1,61
Hidróxido de amônio 0,1molL-1 - 1,11x10-5

2. Conclusão
Existe uma diferença na medição de uma vidraria volumétrica para uma não
volumétrica, isto acontece porque algumas são próprias para transferir volumes e outras
apenas para contê-los, sendo classificadas, respectivamente, como TD e TC. Sendo
assim, a má escolha das vidrarias resulta em dificuldade na leitura correta das medidas
e erros analíticos. Tendo esse fato em mente, são evitados equívocos nas aferições e
nos resultados.
Para cada instrumento de medição de pH, foi observada uma diferença de
resultados. A fita de pH é um indicador que apresenta menor precisão, sendo assim, um
método mais indicado para analises qualitativas. Por outro lado, o pHmetro apresenta
resultados mais exatos, ou seja, maior precisão.

3. Referências Bibliográficas
BROWN, T.L.; LeMAY Jr, H.E.; BURSTEN, B.E. Química: a ciência central. 9 ed. São
Paulo: Prentice-Hall, 2005.

SKOOG, A.D.; WEST, D.M.; HOLLER, F.J.; CROUCH, R.S. Fundamentos de Química
Analítica. 8 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007.

SOUZA, Líria Alves De. "Hidrólise salina de ácido forte e base fraca"; Brasil Escola.
Disponível em <http://www.brasilescola.com/quimica/hidrolise-salina-acido-forte-base-
fraca.htm>. Acesso em 28 de agosto de 2015.
VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. 5 ed. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1981.

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