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DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL

DISCENTES: MATILDE COSTA FERNANDES E MICHELE F. SANT’ANA


PROFA. TEREZINHA DA CONCEIÇÃO COSTA-HÜBES
05/04/2018

A PARTIR DO TEXTO ABAIXO, REFLITA SOBRE AS QUESTÕES PROPOSTAS:

Esta charge do Luiz Fernando Cazo foi publicada em COMÉRCIO DO JAHU -


www.chargeonline.com.br/ - 04/04/2018

1) ESSE TEXTO FOI PRODUZIDO EM QUE CAMPO DE ATIVIDADE


HUMANA/ESFERA SOCIAL? O QUE JUSTIFICA SUA RESPOSTA?
O texto foi produzido na esfera política, jornalística crítica, que busca através do
humor e da sátira instigar o leitor a refletir sobre os acontecimentos retratados na
charge.
Mostra também o posicionamento de uma parte da população (representado pela
cor vermelha da bandeira, faz referência ao partido político (PT)) em relação ao ex -
presidente LULA, tem o indivíduo como Deus, o salvador da Pátria. Está ligada a
fatos históricos e sempre recorre a memória social.
2) A QUAL GÊNERO DISCURSIVO ELE PERTENCE?
Ele pertence ao gênero discursivo: charge. A charge é um gênero discursivo da
esfera jornalística, organizado por elementos verbais e não-verbais, que tem
como meio de circulação os jornais (impressos e online), aparece também em
revistas, sites e outros meios.

3) QUAL O OBJETIVO DESSE TEXTO?


Busca retratar a realidade político social do país atual e chamar a atenção do
leitor para tais acontecimentos.
O objetivo das charges é denunciar e criticar as mais diversas situações do
cotidiano relacionadas com a política e a sociedade. Ela provoca o humor, o riso,
com o objetivo de atrair o leitor para uma crítica, de forma descontraída, se apresenta
em forma de quadro com predomínio de imagens, geralmente coloridas e sua
composição é curta, podendo conter a linguagem verbal e não verbal e essa
linguagem muitas vezes é marcada pela informalidade. As charges utilizam
caricaturas de personagens famosos com o intuito de facilitar a compreensão do
conteúdo exposto ou para provocar o riso. No caso da charge analisada, a mesma faz
críticas à política brasileira trazendo como personagem principal o ex presidente do
Brasil e os despachos do judiciário brasileiro sobre a suas ações. Outra característica
da charge é que retrata fatos recentes, por isso o leitor deve estar sempre informado
para conseguir compreende-la.

4) POR QUE ESSE TEXTO PODE SER RECONHECIDO COMO “TEXTO”?


Justifique sua resposta.
Porque possui os dois polos, deixando de ser apenas a língua e sua estrutura
gramatical e passa também pela análise do discurso, possibilitando ao leitor que o
texto adentre em sua realidade histórico crítica o que possibilita a relação entre leitor
e autor.

A charge é reconhecida como texto porque na maioria das vezes, veicula um tipo
de discurso humorístico, ao mesmo tempo um discurso crítico, principalmente
quando exibe como destaque fatos da vida política de um país, faz o leitor refletir a
respeito da situação retratada. Retrata sempre assuntos atualizados e reais,
prendendo-se ao tempo, é um texto temporal e sua interpretação depende, muitas
vezes, de relações intertextuais. O leitor necessita estar sempre interado dos fatos da
atualidade e buscar leituras complementares em outro textos para auxiliar na leitura
do texto chárgico.

5) CONFORME BAKHTIN (2003, p. 308-309), TODO TEXTO TEM DOIS


SUJEITOS. Quais são os sujeitos desse texto?
São os 2 sujeitos, aquele que cria, ou seja o que escreve, o que produz, e o que
reage, aquele que lê, interpreta e reage ao texto lido.
Bakhtin afirma que todo texto tem um sujeito, um autor, seja o falante, seja
quem o escreve, e o que reproduz o texto do outro. Nesse caso o sujeito - autor (Luiz
Fernando Cazo) que para elaborar o texto dialogou com muitas vozes, baseando-se
em fatos reais da política da nossa sociedade para construir o seu discurso.

6) PARA BAKHTIN, TODO TEXTO TEM DOIS POLOS: SISTEMA E


ENUNCIADO. Explique-os a partir do texto dado.
Os dois pólos são a língua e sua estrutura, ou seja o seu sistema e o segundo pólo o
enunciado, ou seja aquilo que em encontro do leitor vai tomar uma nova forma a
partir de sua história e de suas leituras do texto, no caso da charge, o sistema é a
estrutura em que a charge se emoldura e o padrão em que deve ser criada, ilustrada
ou redigida e o segundo é o enunciado, que a partir do momento que se encontra com
o leitor obterá uma nova forma, uma outra interpretação a partir de todo o
conhecimento histórico social que envolve cada leitor.
Bakhtin afirma que determina o texto como enunciado é que, de um lado, resulta
de um projeto discursivo, “sua ideia (intenção)”, e de outro “a realização dessa
intenção” (2003, p. 308). Cada texto como enunciado é individual, único e singular e
é nessa singularidade que reside todo o seu sentido, ou seja, sua intenção do porquê
ele foi criado. Também temos que considerar que os enunciados não são indiferentes
uns aos outros, eles são sobretudo, respostas a outros enunciados.

7) QUE RELAÇÕES DIALÓGICAS PODEM SER ESTABELECIDAS A


PARTIR DESSE TEXTO?
Com a charge podemos estabelecer relações dialógicas, pois como afirma Bakhtin, o
enunciado nunca está pronto e acabado, e é sim interacional, dialógico e social pois
quando o leitor entra em contato com o texto, ele, através de sua história enquanto
leitor e enquanto ser social, recria e reinterpreta este enunciado a partir do lugar
social que ocupa em seu espaço.

8) PODEMOS DIZER QUE ESSE TEXTO É UM ENUNCIADO? Por quê?

Sim. Porque segundo Bakhtin, o enunciado nunca é só um reflexo, ou uma


expressão de algo já existente fora dele como se fosse algo dado, pronto e acabado,
pois ele sempre vai criar algo que não existia antes dele, absolutamente novo e
singular, e que ainda por cima tem relação com o valor, porém, alguma coisa criada
é sempre criada a partir de algo que foi dado, isto é, todo dado se transforma em
algo criado e que poderá ser recriado sempre.
A charge deve ser considerada como um enunciado, porque está carregada de
enunciação, organizada por determinada esfera de atividade humana (a jornalística),
com um fim específico (criticar de forma irônica, lúdica, com humor). Totalmente
relacionado com o momento histórico em que foi produzida, cabe ao leitor conhecer
os fatos que a circundam para chegar à enunciação.

9) QUEM É O AUTOR DO TEXTO? E COMO ELE SE REVELA NO TEXTO?

O autor da charge é Luiz Fernando Cazo, um cartunista, nascido em Bocaina,


interior de SP, formado em Artes pela UNESP, atualmente trabalhando na área da
produção de charges, cartuns e ilustrações para jornais e revistas de todo o país.
Suas produções são atualmente voltadas para o jornalismo crítico político social,
retratando os fatos históricos políticos nacionais e mundiais como forma de
forneceraos leitores a oportunidade de olhar de forma mais consciente e crítica para
os fatos que tem ocorrido em nosso meio social e político.

10) DESTACANDO ALGUMAS PALAVRAS DO TEXTO, REFLITA SOBRE A


CITAÇÃO ABAIXO:
Na relação criadora com a língua não existem palavras sem voz, palavras de
ninguém. Em cada palavra há vozes às vezes infinitamente distantes, anônimas,
quase impessoais, quase imperceptíveis, e vozes próximas, que soam
concomitantemente. (BAKHTIN, 2003, p. 330)

Para Bakhtin não há criação pura, ou texto puro, pois em cada enunciado há muito
mais que apenas uma voz, pois para ele, quando um autor cria um texto, ele recria a
partir de leituras e releituras já feitas e vividas enquanto leitor e enquanto ser social,
e que portanto, para criar um texto, ou quando lemos um texto, é possível perceber
as vozes que nele há, que nunca será apenas única, ou a de um único autor, pois
além dele sempre haverá toda uma leitura e vários fatos históricos sociais.

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