DISSERTAÇÃO DE MESTRADO:
Orientador:
João Victor Issler
Maio 95
Escola de Pós-Graduação em Economia
Fundação Getúlio Vargas
Rio de Janeiro
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO:
199511 2212
T/EPGE C355e
1000064499
Orientador:
João Victor Issler
Maio 95
As opiniões e eventuais erros contidos neste trabalho são de exclusiva responsabilidade
do autor.
ÍNDICE:
I. Introdução página 4
V. Conclusão página 29
Uma das questões da macroeconomia mais pertinentes nos dias de hoje é a que
destaque. A composição deste cenário dá novo fôlego a um debate de longa data, qual
exportações.
vez mais ricos, levando-se em conta as variáveis pertinentes a um mundo econômico sem
state. Lucas (1988), por outro lado, introduz um modelo de dois setores, um dos quais é o
de capital humano, que entra como input na função de produção e possui uma dinâmica
esta têm sobre os fatores de produção entre os diversos setores, isto é, o fluxo de recursos
para dentro ou para fora do setor de P&D, que é o setor de maior dinamismo na
economia. Acredita-se que este modelo seje mais apropriado para análise de economias
segundo as dotações iniciais de cada economia. Este modelo é o que se encaixa melhor
No mesmo artigo, estima-se, utilizando uma estrutura de painel, a relação entre abertura
referidos, faz-se útil uma análise cuidadosa do comportamento das principais variáveis
envolvidas nos modelos teóricos. O que se pretende, à partir desta análise, é aproveitar o
máximo possível de informações que possam ser extraídas da dinâmica subjacente a cada
variável, bem como às suas interrelações, de modo a colaborar com novos insights na
teoria.
aqui se remete, no âmbito de estudos aplicados, são os artigos de Kugler (1991), Marin
crescimento econômico, de modo que seria pouco prolífico analisá-las por completo e em
detalhes. Por isso, reporta-se aqui a um quadro de referência introduzido por Jung e
nas quais utilizam-se como variáveis exógenas aquelas típicas da Teoria do Crescimento:
comum nestes trabalhos, a concepção de uma função de produção na qual, além dos
apresentados, é necessário que se defina claramente o que se entende que seja a hipótese
Export-Led Growth. Na verdade, tal hipótese deve ser qualificada como um fato
Brasil, nos anos 70 e os Tigres Asiáticos nos anos 70/80. Não há indícios de qualquer
etc. Isto posto, no presente trabalho tratar-se-á a hipótese ELG do ponto de vista
estatístico, através do conceito de Causalidade de Granger, que pressupõe a precedência
econômico. Por outro lado, as estimativas de séries temporais, tais como as de Jung e
Marshall (1985) e Darrat (1987) geram resultados contra a hipótese de ELG. Quanto às
estimativas de cross-section, deve-se atentar para as críticas feitas por Quah e Rauch
(1990). O foco da presente análise será em séries temporais. No primeiro artigo citado,
são feitos testes de Causalidade de Granger sem o uso de um modelo de correção de erro,
produto. Existem porém, trabalhos não contemplados neste quadro. É o caso do artigo de
estimação em duas etapas de Engle e Granger (1987). Kugler (1991) realiza testes de
Ele adota a metodologia de estimação e teste proposta por Johansen (1988), que será
discutida na próxima seção. Para os seis países desenvolvidos que compõem a amostra,
de que as exportações não entram nas relações de cointegração. Logo, segundo o autor,
há apenas fraca evidência à favor de ELG. No entanto, esta conclusão baseia-se numa
8
interpretação inapropriada do teste. O teste em questão diz respeito apenas a hipótese das
exportações dividirem ou não tendências comuns com as demais variáveis, isto é, das
exportações se moverem juntamente com as outras séries no longo prazo; diz respeito
apenas a participação ou não das exportações numa relação de equilíbrio de longo prazo,
Marin (1992), à partir do estudo das propriedades de integração e cointegração das séries
séries dividem tendências comuns, isto é, elas são cointegradas, exceto para o Reino
Unido (os países da amostra são esse, mais os EUA, Alemanha e Japão). Mais do que
isso, os testes de causalidade utilizando o modelo de correção de erro indicam que não se
verossimilhança proposto por Johansen (1988), que é superior por levar em conta a
método anterior. Além disso, o teste de causalidade não inclui nas restrições o termo de
Granger. Não obstante, como veremos mais adiante, o teste efetuado por Kugler (1991)
A partir deste retrato do estado das artes, torna-se evidente o hiato a ser
preenchido. Se, por um lado, alguns autores escolheram o teste mais adequado e
utilizaram a técnica menos eficiente, por outro, um outro (Kugler (1991)) lança mão da
técnica mais aprpopriada, mas servindo a um teste inadequado. Propõe-se aqui, portanto,
aplicar a metodologia mais eficiente ao teste que se julga ser o mais característico de
cointegração nas séries e, à partir desses resultados, construir um teste de causalidade que
10
III. Metodologia:
(1)
onde e,,...,eT são IINp(0,A) e X_k+1,...,X0 são fixos. Os parâmetros que queremos
estimar são (u,^,...,^^), num total de p + kp2 +p(p + 1)/2, onde p é o número de
11
■IIUOTICA
QETÜLIO
O Modelo (2) seria um Modelo VAR usual nas primeiras diferenças das
variáveis, não fosse pelo termo UXt_k.. A matriz n, cujo posto é igual ao número de
vetores de cointegração, pode ser escrita como n = aP' onde p é uma matriz pxr dos
verossimilhança dos parâmetros do modelo (1), bem como testar hipóteses sobre o
a relação n = aP' . Esta hipótese implica que o posto da matriz n é igual a r, e a e$ são
matrizes pxr. A distribuição assintótica das estatísticas de teste podem ser descritas como
integrais de movimentos brownianos, e seus valores críticos são tabulados por meio de
ou
12
Quanto à especificação do VAR, deve-se estar atento a presença ou não do
termo da constante \i, isto é, deve-se testar a hipótese de ausência de uma tendência
com coeficientes que são função de u somente através de [ y., onde ± é px(p-r),
Sob esta hipótese pode-se reescrever o termo de correção de erro, mais a tendência linear,
como:
cometam erros de inferência, uma vez que as distribuições assintóticas das estatísticas de
teste e dos estimadores dependem exatamente da especificação do modelo. Por isso, faz-
posto de cointegração. Portanto, para efetuar o teste, deve-se primeiro estimar o posto de
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considera-se os possíveis postos de cointegração em função do teste de Johansen (1988),
cointegração, por sua vez, pode mudar dependendo da especificação do VAR (com ou
sem constante).
14
IV. Dados e Resultados Empíricos:
IV.O. Dados.
importante observar que os dados extraídos da primeira fonte são medidos em dólares
ADF (Augmented Dickey-Fuller), introduzidos por Dickey e Fuller(1979), que são testes
parte de cada seção, dispõem-se tabelas com os resultados dos testes, às quais se refere na
explanação abaixo.
escolhido (valor de s). As duas últimas colunas dão a estatística-t da maior defasagem
15
distribuição tabulada, isto é, não se pode rejeitar a hipótese de que os coeficientes y
sejam iguas a zero. Logo, de acordo com o modelo formulado, a primeira diferença das
são ruído branco. Se a primeira diferença das séries é 1(0), então as séries em nível são
1(1). Estes resultados garantem, com poucas exceções, que as séries de produto,
16
IV.I. Resultados para a América Latina.
-0.57798
0.043864
-1.7971 0.04462
-16368 0.11584
1821
-0.38566 0088423
2.5924 0.036058
2.7822 0.032957
2.1527
1152
2.8716
-1.5286 0.060064
-1.8908 0064901
■3.5723' 0.27394 7635
0.14846 0.10568 0.11615
-1.2914 0.024209
-1.2491 002453
-1.3857
0.47225 0082619 01416
-1 4958
0.2423
-1.5661
-1.8928 0.15101
-2.4663 0.18185
"07535
-0.51362 0.053393 1.2091
-0.35625 0091734
0.3684
-1.3556
2.1916 0.0398
0.025225 0.19762
-3.4325' ™Ó"Õ44TÕT :.7291 00133
-4.6094"
-2.4866 019496
-14051 0.093621
-1.6484 0.047803 Í.4649 0.0224
-1.2006 0.0521 -1.8302 0.0829
-1.8212 0.15454
0.0365
-0.64125 0 10309
-1.8189 0.035374
-20886 0.03025 1.339 0.1949
0.11865
0.070775
Obs.Vtlores critico! dependem do número (s) de diferenças de&sadas escolhido, de icordo com o piú; Constante mchád». Modelo AZ, =a+TZ,.1+ £6,
t =1
17
A seguir, apresentam-se os resultados resumidos dos testes de Cointegração
de Johansen.
1 0 0
0 1 0
0 0 1
0 0 0
trace-stat X -max
T?
2 = 0
< 1 13,47 2U9
1 = 0 51,59* 69,02**
^ 1 14,22 17,43
= 0 93,03"
= 0
^ 1 15,25 24,54
= 0 3436
2 = 0 70,55"
= 0 67,23"
= 0 70,84"
^ 1 213' 31,98*
= 0 6536"
2 = 0 33,43
á 2 3,41 3,51
á 3 0,1 0,1
18
A segunda coluna da tabela mostra a ordem de defasagens do VAR, determinada
combinações lineares estacionárias das séries que são independentes. Nas quarta e quinta
Dos dez países analisados, apenas dois, Colômbia e Uruguai não apresentam
enquanto que o México aparentemente possui três. O resultado dos dados Mexicanos
deve ser analisado com cuidado, tendo em vista que o teste de Johansen aceita a hipótese
cointegração foi testada apenas nos países para os quais r>0. Do subgrupo de oito países
que atendem esta condição, apenas dois apresentam evidência a favor da hipótese acima:
Argentina e Peru. Deve-se salientar que esse resultado nada diz a respeito da hipótese
ELG. Pode-se inferir que, apenas nesses dois países as exportações não dividem
tendências comuns com produto, consumo e investimento. A hipótese ELG deve ser
Granger. E importante notar que, para cada país, tem-se uma equação de teste cuja
19
Informação de Schwarz. O teste de Johansen determina o número de vetores de
hipótese nula de que não há vetores de cointegração (r=0), então não haverá termo de
correção de erro no modelo. Por outro lado, o teste da hipótese de que as exportações
podem ser excluídas dos r vetores de cointegração aponta se o termo de correção de erro
(caso existam vetores de cointegração) deve ser restrito (com zero no coeficiente das
diferenças defasadas das exportações e das relações de longo prazo são iguais a zero. A
explicitado para cada país, mas sua estrutura pode ser facilmente deduzida à partir dos
Apenas cinco dos dez países apresentaram indícios de que exportações Granger-
causam produto. São esses Argentina, Bolívia, Chile, Equador e México. Para
diferença é que para a Bolívia, produto não causa exportações, enquanto que aceita-se
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essa hipótese para o Brasil. Portanto, considerando-se os principais países da América
Latina, a evidência a favor da hipótese das exportações causarem produto é apenas fraca.
argumento de ELG para os dados Brasileiros, mas apontam causalidade do produto sobre
causalidade. A preferência por nossos resultados pode ser justificada devido a utilização
Jung e Marshall (1985) não possui esse termo, desprezando portanto, uma possível
relação de longo prazo. Vale observar que o srjan de nossa amostra é maior, embora a
freqüência seje menor: observações anuais, de 1960 a 1988 contra observações mensais,
significativas, o que faz com que a equação de teste seje igual a utilizada no outro artigo
(sem o termo de correção de erro). De acordo com nossos resultados, Argentina e México
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IV.2. Resultados para Países Desenvolvidos.
Ob».: Vilorei critico» dependem do número (») de diferenças de&ndu escolhido, de icoido com o ptis; Constate incMdi. Modelo: AZ, :
22
Na Tabela 5 constam os resultados dos testes de Johansen para Cointegração,
para a amostra de países desenvolvidos.
1 0 0
0 1 0
0 0 1
0 0 0
-Tlog(l-ie)
França
= 0 104,4" 145,2**
á 1 34,39** 53,77"
= 0 129,6**
= 0 144,3"
18,41 28
á 2 7,86 9.58
= 0 27,47* 54,93"
= 0 140,7"
2 = 0 53,8*
= 0 92,1"
23
O perfil dos resultados para os países desenvolvidos é semelhante ao dos países
nos quais as exportações são não-significativas. É bastante marcante que todos os países
Os resultados dos testes feitos acima não podem ser considerados evidência a
favor de ELG. Kugler (1991) admite o teste de não-significância das exportações como
sendo a maneira ideal de se testar a hipótese ELG. No entanto, essa não é uma maneira
adequada de se testar tal hipótese, como já foi discutido anteriormente. Assim sendo,
temos que atentar para os resultados dos testes de Causalidade de Granger. A tabela na
anteriormente.
bidirecional. Nesse padrão encaixam-se França, Itália, Canadá, Japão e Alemanha. Reino
Unido e Estados Unidos não apresentam qualquer causalidade, enquanto que para a
Irlanda rejeita-se a hipótese de que produto não causa exportações. Curiosamente, rejeita-
se a hipótese de que exportações não causam produto na Suiça, isto é, aceita-se a hipótese
24
ELG para esse país. É evidente que, entre os países desenvolvidos, é maior a parcela de
países que apresentam causalidade de exportações sobre produto e vice-versa.
Têm-se aqui, portanto, uma amostra de países bem diferentes dos analisados
25
IV.l. Resultados para os Países Asiáticos.
1 -iíõõí 1
T2Í1T5
13557
| 14.087 1
| -16.772 I
Obs
26
Tabela 8: Testes de raiz unitária multivariados. Países Asiáticos
Pais k r 7=ap.
1 0 o'
0 1 0
0 0 1
0 0 0
-Tlog(l-M) -Talg(l-M)
2
I
Hong Kong 4
= 0 56,87" 126,2"
á 2 10,56 13,43
Tailândia
= 0 22,71 44,52
Filipinas
1 = 0 20,64 42,49
= 0 22,05 49,94'
apenas um. Percebe-se que, em relação aos demais grupos de países (desenvolvidos e
vetor é cointegrado. Tal padrão é mais próximo ao dos países Latino Americanos (de
fato, os países em questão também são subdesenvolvidos), que têm alguns casos de não-
cointegração, o que não ocorre para os países desenvolvidos. Portanto, parece que os
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dados dos países desenvolvidos apontam para uma maior estabilidade nas relações entre
tais variáveis-chave na dinâmica macroeconômica.
Tabela 9: Testes de Causalidade de Granger. Países Asiáticos.
Exportações nâo Causam Produto Produto não Causa Exportações
Hong Kong F(8,1 6,158 [0,3025] 11,753 [0,2221]
Indonésia F(3,16) 5,1316 [0,0112]* 0,53292 [0,66621
Tailândia F(2,19) 0,28478 [0,7553] 1,0364 [0,3739]
Filipimas F(2,19) 1,7134 [0,2070] 0,42317 [0,6610]
Korea F(3,18) 4,6245 [0,0144]' 5,0592 [0,0103]*
Malásia F(4,13) 1,613 [0,2299] 5,9572 Í0.00601"
para os países asiáticos como um todo. Apenas para Indonésia e Korea rejeita-se a
hipótese de que as exportações não Granger-causam produto (Taiwan não foi incluída na
amostra devido a indisponibilidade de dados). Para analisar os países chamados Tigres
Asiáticos, seria necessário obter resultados para Taiwan. A princípio, portanto, não se
confirma aqui a hipótese ELG para os chamados Tigres Asiáticos, países cujas elevadas
taxas de crescimento nos anos 80 têm sido unanimemente atribuídas à força das
crescimento; aqui, há causalidade bidirecional. Nos demais, nossos resultados são de não-
causalidade em ambas direções.
28
V. Conclusão.
grupo (sendo essa porcentagem menor para o caso dos países asiáticos), os testes aceitam
favor de ELG é fraca, ou, pelo menos, aponta para um fenômeno mais complexo que
aquele que está por trás da hipótese ELG. Os dados apontam um feedback entre taxas de
quando um vetor é cointegrado, sua representação na forma VECM é tal que, para pelo
menos uma das equações, os coeficientes dos termos das diferenças defasadas e do termo
de correção de erro são diferentes de zero. Vale lembrar, nosso vetor têm quatro
variáveis, sendo possível uma série de relações de Causalidade, que não a de exportações
diferenças substanciais entre o padrão de resultados dos diferentes grupos de países (em
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particular, considerando-se a distinção desenvolvidos-subdesenvolvidos). Isto é, a
evidência a favor de ELG é igualmente sensível para ambos grupos. Assim sendo, de
acordo com os dados, a hipótese ELG não deve ser vista como paradigmática dos países
podem ser comparados em uma base comum com os resultados aqui obtidos. A razão é a
respeito de tal hipótese. Contudo, pode-se comparar os resultados dos testes preliminares.
cointegração. Deve ser considerado o fato de que esses países possuem estreitas relações
comerciais, quase que como uma zona de livre comércio. Pode-se conjecturar que esse
fato possa explicar os resultados. Além disso, tem-se aqui uma contradição com as
conclusões obtidas por Kugler (1991), considerando que ele faz a mesma conjectura para
únicos países de sua amostra, nos quais as exportações são significativas - fato que
poderia ser explicado, segundo o autor, pelos laços estreitos entre ambos países).
Por fim, vale observar que os resultados aqui obtidos não diferem
muito dos já disponíveis. Contudo, o mais valioso é que se tenha chegado aos resultados
Marshall (1985), Kugler (1991) e Bahmani e Alse (1993). No primeiro, os resultados são
30
Deve-se qualificar claramente os resultados aqui obtidos, no sentido de
precisamente, de causalidade. Não se propõe aqui testar qualquer hipótese teórica nesse
modo a verificar a consonância desses com o fato estilizado de ELG. Tendo-se em vista
para diferentes épocas, o máximo que se pode afirmar é que há uma clara ambigüidade
31
VI. Bibliografia:
Bardhan, P., "The Implications of New Growth Theory for Trade and Development: An
Darratt, A., "Are Exports An Engine of Growth?", Applied Economics, Vol. 19, 1987,
pp.277-283.
Dickey, D.A., W.A. Fuller, "Distribution of Estimators for Autoregressive Time Series
with a Unit Root," Journal of the American Statistical Association, Vol.74 (1979), pp.
427-431.
Grossman, G.M. and E. Helpman, "Innovation and Growth in the Global Economy,
32
Johansen, S., Katarina Juselius, "Maximum Likelihood Estimation and Inference on
Marin, D., "Is the Eport-Led Growth Hypothesis Valid For Industrialized Countries?",
The Review of Economics and Statistics, Vol. 74(4), 1992, 678-688.
Quah, D., James Rauch, "Openness and the Rate of Economic Growth". Economics
Ram, R, "Exports and Economic Growth In Developing Countries: Evidence from Time
Series and Cross-Section Data", Economic Development and Cultural Change,
Vol.36(l), 1987, pp.51-72.
Summers, R., Alan Heston, "The Penn World Tables (Mark 5). An Expanded Set of
Intemational Comparisons 1950-88". The Quarterly Journal of Economics, Vol.106,
1991, pp.327-368.
33