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Índice

I – Motivação .......................................................................................................................... 2
II – Objetivo ........................................................................................................................... 2
III – Introdução ....................................................................................................................... 2
IV – Vantagens do Balanceamento ........................................................................................ 3
V – Principais Causas de Desbalanceamento ......................................................................... 3
VI – Conceitos de Balanceamento.......................................................................................... 3
Momento de Inércia ...................................................................................................... 3
VII – Força Centrífuga ........................................................................................................... 6
VIII – Massa de Desbalanceamento e Máximo Deslocamento .............................................. 7
IX – Massa de Teste ............................................................................................................... 7
X – Métodos de Balanceamento ............................................................................................. 7
A) Balanceamento em um plano ...................................................................................... 7
1- Método do Vetor ...................................................................................................... 7
2 – Método das 4 Medições .......................................................................................... 9
B) Balanceamento em dois planos ................................................................................. 11
1 – Método Analítico .................................................................................................. 11
2 – Método dos Coeficientes de Influência ................................................................ 13
XI – Determinação do Desbalanceamento Residual Admissível ......................................... 15
XII – Verificação da Qualidade de Balanceamento ............................................................. 16
XIII – Fontes de Erro no Balanceamento ............................................................................. 17
XIV – Referências Bibliográficas......................................................................................... 17
I – Motivação

Quando o homem inventou a roda, ele rapidamente compreendeu que se ela não
fosse completamente redonda e não girasse sobre o seu centro de eixo, então ele
teria um problema.
A roda vibraria e causaria danos para o mecanismo de suporte. Como a tarefa de
manufaturar novas peças demandaria tempo e custo, um método tinha que ser
encontrado para minimizar o problema. Através de pesquisas, chegou-se a
conclusão de que a roda e o seu eixo tinham que estar em estado de balanço, ou seja,
a massa tinha que estar exatamente distribuída sobre a linha de centro de rotação
com a finalidade de tornar a resultante de vibração mínima possível e assim
conseguir alcançar o máximo tempo de serviço do sistema.
Este estado de balanceamento deve ser alcançado não apenas para a roda e seu eixo
como também para qualquer sistema rotativo.
O homem moderno ainda sofre do mesmo problema sendo que agora esse problema
é amplificado uma vez que as máquinas tornaram-se maiores e mais rápidas
ocasionando um desbalanceamento muito mais severo.
Uma movimentação mais calma e silenciosa é sempre levada em consideração na
avaliação da qualidade e, assim, as vibrações podem influenciar consideravelmente
na capacidade de concorrência de um produto ou em processos de fabricação de
produtos.
Portanto, o balanceamento é essencial para melhorar a qualidade dos produtos,
redução de custos e ganhos de produtividade.

II – Objetivo

Este material tem o objetivo de apresentar alguns conceitos e métodos de


balanceamento em um plano e em dois planos para reduzir a amplitude de vibração
de máquinas rotativas a faixas aceitáveis evitando assim a quebra precoce de
mecanismos.

III – Introdução

Balanceamento é o procedimento segundo o qual tenta-se melhorar a distribuição de


massa de um corpo, de forma que os movimentos de rotação não gerem forças
centrífugas de desbalanceamento. Logicamente, este objetivo só poder ser
parcialmente atingido. Mesmo após o balanceamento, o rotor apresenta um
desbalanceamento residual.
Um corpo em rotação desbalanceada provoca não somente forças sobre os mancais
e as bases, mas também vibrações nas máquinas. Independentemente da velocidade,
estes dois efeitos dependem basicamente das proporções geométricas e da
distribuição de massa do rotor e da máquina, além das rigidez dos mancais e da
base.
Um nível de desbalanceamento que é aceitável em baixas velocidades pode ser
completamente inaceitável em altas velocidades devido a força centrífuga crescer
com o aumento da velocidade.

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O desbalanceamento causa altos níveis de amplitude de vibração na rotação de 1X
rpm da máquina.

IV – Vantagens do Balanceamento

Com a correção de distribuição de massa dos rotores, consegue-se uma redução


significante dos esforços dinâmicos nos mancais, na estrutura da máquina, no
próprio rotor e na fundação. Isto implica em inúmeras vantagens funcionais,
ambientais e econômicas.
Como exemplo das vantagens, pode-se citar:
1. Redução das cargas dinâmicas nos mancais. Com um balanceamento adequado,
consegue-se otimizar o projeto dos mancais (rolamento ou deslizamento)
reduzindo o tamanho e peso da máquina e mantendo a vida útil dos
componentes.
2. Redução sensível do perigo de fissuras de fadiga em carcaças, suportes,
fundações e rotores. Um bom balanceamento diminui a energia de excitação e
também a dificuldade da passagem pela ressonância.
3. Assegura um bom desempenho de máquinas e equipamentos.
4. Redução de risco de relaxação na pressão de contato de juntas, parafusos e
chavetas que poderiam resultar em falhas graves ou talvez catastróficas.
5. Redução dos efeitos de fadiga de operadores de máquinas, passageiros de
veículos e funcionários de áreas vizinhas.
6. Redução do nível de ruído.

V – Principais Causas de Desbalanceamento

O desbalanceamento pode ser causado por uma variedade de razões, incluindo:

1. Tolerâncias de fabricação, incluindo usinagem e montagem.


2. Não homogeneidade do material, tais como, vazios, porosidade, inclusões,
densidade e acabamento.
3. Projeto não simétrico.
4. Acúmulo de material no rotor.
5. Desgaste do rotor do equipamento.
6. Empenamento do eixo.
7. Deformação por temperatura.

VI – Conceitos de Balanceamento

Abaixo encontram-se alguns conceitos necessários para o entendimento sobre


balanceamento.

Momento de Inércia
Mede a distribuição da massa de um corpo em torno de um eixo de rotação.
Quanto maior for o momento de inércia de um corpo, mais difícil será fazê-
lo girar.

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O momento de inércia “J” de uma partícula de massa “m” e que gira em
torno de um eixo a uma distância “r” dele é:

J  mr 2

Se um corpo é constituído de n massas pontuais (partículas), seu momento


de inércia total é igual à soma dos momentos de inércia de cada massa:

n
J   mi ri 2
k 1

Os momentos de inércia relativamente aos eixos de coordenadas são:


J X I X J   xi x j dm , se i  j
m

J X I X J   (r 2  xi )dm , se i = j
2

onde,

r 2  x12  x22  x32

Eixo Principal de Inércia


Para um conjunto de coordenadas cartesianas, relativas a um dado ponto, os
valores dos seus momentos de inércia de um corpo I X I X J (i, j = 1,2,3) são
em geral desiguais. Para um de tais sistemas de coordenadas os momentos
I X I X J (i = j) para este sistema de coordenadas denominam-se momentos
principais de inércia e as direções dos eixos correspondentes denominam-se
eixos principais de inércia.
Se o ponto for o centro de gravidade do corpo, os eixos e os momentos são
chamados de eixos principais centrais de inércia e momentos principais
centrais de inércia.

Desbalanceamento Inicial
Balanceamento de qualquer tipo que existe no rotor antes do balanceamento.

Desbalanceamento Residual
Desbalanceamento de qualquer tipo que permanece após o balanceamento.

Desbalanceamento Resultante
Vetor soma de todos os vetores de desbalanceamento distribuídos ao longo
do rotor.

Desbalanceamento Estático
Condição de desbalanceamento para a qual o eixo principal está unicamente
deslocado paralelamente do eixo da árvore. Ver figura 1 abaixo.

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Eixo da Árvore
Linha reta que une os centros dos munhões.

Centro de Gravidade
Ponto através do qual passa a resultante dos pesos das partículas
componentes de um corpo, para qualquer orientação deste, em um ponto de
gravitação uniforme.

Velocidade Crítica
É a velocidade que ocasiona uma freqüência de vibração devido ao
desbalanceamento igual a freqüência natural do sistema.

Desbalanceamento de Conjugado
Condição de desbalanceamento para a qual o eixo central principal corta o
eixo da árvore no centro de gravidade. Ver figura 2 abaixo.

Desbalanceamento Dinâmico
Condição na qual o eixo central principal não coincide com o eixo da árvore.

Balanceamento num plano (estático)


Processo pelo qual a distribuição de massa de um rotor é corrigida, a fim de
assegurar que o desbalanceamento estático residual esteja dentro de limites
especificados.

Balanceamento em dois planos (dinâmico)


Processo pelo qual a distribuição de massa de um rotor rígido é corrigida, a
fim de assegurar que o desbalanceamento dinâmico residual esteja dentro de
limites especificados.

Figura 1- Desbalanceamento Estático

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Figura 2 – Desbalanceamento de Conjugado

Figura 3 – Desbalanceamento Dinâmico

VII – Força Centrífuga

Considere um rotor (Figura 4) de massa M suportado por 2 rolamentos. Este rotor


contêm uma massa de desbalanceamento Md localizada a uma distância radial r e
que gira a uma velocidade angular .

Figura 4 - Rotor

A força centrífuga produzida pela massa de desbalanceamento Md é:

F  Md * r *  2 * sin (t ) , onde t = tempo em segundos

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Na fórmula acima observa-se que a massa residual Md deve ser o mais próximo
possível de zero para um desbalanceamento residual próximo de zero.
Assim, o balanceamento é o processo pelo qual ocorre a redução da massa
desbalanceadora Md de modo que a força centrífuga é reduzida proporcionalmente.

VIII – Massa de Desbalanceamento e Máximo Deslocamento

Para realizar o balanceamento, é necessário identificar a localização radial e o peso


da massa de desbalanceamento. O dilema é que em muitas situações é difícil
identificar a posição da massa de desbalanceamento. Entretanto, é possível
identificar a posição radial onde o eixo sofre o máximo deslocamento.
Há uma relação determinística entre as posições da massa de desbalanceamento e
do máximo deslocamento. Para os rotores cuja velocidade é menor do que a
velocidade crítica, as posições da massa de desbalanceamento e do máximo
deslocamento são as mesmas. Se a velocidade do rotor ultrapassar a velocidade
crítica, a posição da massa de desbalanceamento será oposta a posição do máximo
deslocamento. Se o rotor ultrapassar a velocidade crítica seguinte, as posições da
massa de desbalanceamento e do máximo deslocamento serão as mesmas
novamente. A cada velocidade crítica ultrapassada pelo rotor, ocorre uma
defasagem de 180º entre a posição da massa de desbalanceamento e a posição do
máximo deslocamento.

IX – Massa de Teste

A massa de teste é uma massa de peso conhecido que é adicionada em uma posição
específica com relação a uma marca de referência. Quando essa massa de teste é
adicionada, o desbalanceamento original é alterado. Se o desbalanceamento original
não muda, isto implica que a seleção da massa de teste ou sua localização no rotor é
inadequada. Uma quantidade maior de massa deve ser adicionada ou uma
localização axial diferente deve ser escolhida. Uma massa de teste deve resultar em
pelo menos 30% de mudança na fase e amplitude de vibração.

X – Métodos de Balanceamento

A seguir, serão apresentados métodos de balanceamento em um plano e em dois


planos.
Para o balanceamento em um plano, é exigido somente o balanceamento estático,
para qualquer posição angular do rotor. Para o balanceamento em dois planos, é
indispensável que o rotor gire, caso contrário não será possível determinar o
desbalanceamento residual do binário.

A) Balanceamento em um plano

1- Método do Vetor

Balanceamento em um plano é usado para máquinas que operam abaixo da sua


velocidade crítica e tem a relação L/D menor do que 0.5 (L é o comprimento do

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rotor, excluindo o comprimento do suporte; D é o diâmetro do rotor). É
recomendado evitar o uso desse método para rotores operando em velocidades
maiores que 1000 rpm. Para casos onde L/D está entre 0.5 e 2, este método deve ser
aplicado para rotores que não operam além de 150 rpm. Para L/D maior que 2, o
limite é 100 rpm.
Este método de balanceamento segue os seguintes passos:
- Anotar a vibração e a fase de vibração original. Por exemplo, se a vibração e a fase
de vibração originais forem 6 mils e 60º, tem se o vetor O indicado na Figura 5.

Figura 5 – Vetor O

- Em seguida, uma massa de teste de 20 g é acrescentada no rotor em qualquer


posição e a vibração e a fase de vibração são medidas. Por exemplo, as medidas
indicam uma vibração de 4 mils com fase de 150º. Estes valores são devido ao
efeito combinado do desbalanceamento original e da massa de teste. Esta vibração e
fase estão representadas pelo vetor O+T indicado na Figura 6.

Figura 6 – Vetor O+T

- - Em seguida os vetores O e O+T são somados e o vetor resultante T é devido à


massa de teste. Este vetor está indicado na Figura 7.

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Figura 7 – Vetor T resultante

- Em seguida o Vetor T é medido. Supor que no exemplo utilizado, este Vetor T


possui 7.2 de magnitude e o ângulo entre os vetores O e T (ângulo ) é de 33.7º.

Se o Vetor T de 7.2 mils é gerado por uma massa de teste de 20 g, a massa em


gramas que causa o desbalanceamento original representado pelo Vetor O pode ser
calculado da seguinte maneira:

(massa _ de _ teste )  Vector _ O 20  6


massa  
Vector _ T 7.2
massa  16.7 g
Matematicamente, precisa-se mover o vetor T em um sentido para cancelar o Vetor
O. Neste exemplo o Vetor T tem que ser movido no sentido horário para cancelar o
Vetor O.
Portanto, a nova massa a ser acrescentada para balancear o rotor deve ser de 16.7 g e
ela deve ser movida de 33.7º no sentido horário da sua posição original(posição da
massa de teste).
Como regra geral, verifica-se o sentido de rotação do Vetor T para o Vetor O e
move-se a massa de uma quantidade  (ângulo entre o Vetor O e T) no mesmo
sentido.
Se o desbalanceamento residual estiver dentro do limite especificado, o
balanceamento está completo. Caso contrário o procedimento acima deve ser
repetido.

2 – Método das 4 Medições

A vantagem deste método é permitir que o balanceamento seja feito sem a medição
do ângulo fase.
Neste método, três posições circunferenciais espaçadas angularmente de
aproximadamente 120º são marcadas no rotor em lugares onde é possível fixar
massas de teste. Adotando a posição 1 como referência, as localizações da massa de

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teste são em 1 = 0º, 2 = 120º e 3 = 240º. O ângulo entre duas posições não deve
ser menor do que 90º.
Os seguintes passos devem ser seguidos:

- Adota-se uma velocidade constante conveniente e mede-se a amplitude de


vibração R0.
- Em seguida uma massa de teste m é fixada na posição angular 1 ( = 0º) e o rotor
é acelerado até alcançar a velocidade adotada no passo 1. Mede-se a nova amplitude
de vibração R1.
- Em seguida, a massa de teste m é removida da posição 1 e é fixada na posição 2 (
= 120º) e o rotor é novamente acelerado até alcançar a velocidade adotada no passo
1. Mede-se a nova amplitude de vibração R2.
- Por último, a massa de teste é removida da posição 2 e é fixada na posição 3 ( =
240º) e o rotor é acelerado até alcançar a velocidade adotada no passo 1. Mede-se a
nova amplitude de vibração R3.

As amplitudes de vibração podem ser deslocamentos, velocidades ou acelerações e


podem ser expressadas em qualquer unidade conveniente, inclusive volts. A mesma
unidade deve ser usada para todas as medições. Se os raios de fixação das massas de
teste não são os mesmos nas três posições, então as amplitudes de vibração devem
ser compensadas pela taxa do raio de fixação (Exemplo: Se a massa de teste é fixada
na metade do raio, a amplitude de vibração medida deve ser dobrada).
As amplitudes de vibração R0, R1, R2 e R3 são usadas para determinar a massa de
correção de balanceamento de acordo com a construção gráfica mostrada na figura 8
abaixo.

Figura 8 – Construção Gráfica do Balanceamento.

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Desenha-se um círculo base de raio R0 e marca-se os pontos 1,2 e 3 nas posições
angulares  = 0º,  = 120º e  = 240º medidos a partir do eixo X.
Usando o mesmo fator de escala, desenham-se um arco de raio R1 e centro no ponto
1, um arco de raio R2 com centro no ponto 2 e um arco de raio R3 com o centro no
ponto 3.
Se a massa de teste foi bem escolhida, os três raios devem se interceptar em um
ponto. Une-se o centro O a esse ponto de intersecção dando origem ao raio R.
Calcula-se a massa de balanceamento (Mb) da seguinte maneira:

R0
Mb  m (1)
R

Remove-se a massa de teste m e fixa-se a massa de balanceamento Mb calculada na


posição angular indicada pelo raio R. Se o raio de fixação da massa de
balanceamento Mb não pode ser o mesmo que o raio utilizado para a massa de teste,
então a massa de balanceamento pode ser modificada de acordo com o novo raio.
A massa de balanceamento e sua localização também podem ser calculadas
matematicamente:

m
Mb  (2)
R x2  R y2

onde,

2 R12  R22  R32


Rx  (3)
4(1  cos 2 ) R02
R22  R32
Ry  (4)
4 R02 sin 2

A massa de desbalanceamento é localizada no ângulo  medido a partir do eixo X (


na mesma direção de 2 e 3), onde

 Ry 
  tan 1    180 º (5)
 Rx 

B) Balanceamento em dois planos

1 – Método Analítico

Este método é realizado seguindo os seguintes passos:

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- Medem-se os vetores de desbalanceamento inicial V1,0 no plano 1 e V2,0 no plano
2.
- Em seguida, acrescenta-se uma massa de teste “m” no plano 1 e anotam-se os
vetores de desbalanceamento V1,1 no plano 1 e V2,1 no plano 2.
- A seguir, retira-se a massa de teste “m” do plano 1 e acrescenta-se no plano 2 e
anotam-se os vetores de desbalanceamento V1,2 no plano 1 e V2,2 no plano 2.

Assim:
V1,1 – V1,0 – é o efeito no plano 1 de uma massa de prova no plano 1.
V1,2 – V1,0 – é o efeito no plano 1 de uma massa de prova no plano 2.
V2,1 – V2,0 – é o efeito no plano 2 de uma massa de prova no plano 1.
V2,2 – V2,0 – é o efeito no plano 2 de uma massa de prova no plano 2.

Para o balanceamento total do rotor é necessário colocar massas corretoras nos dois
planos que produzam vetores de vibração Q1 e Q2 iguais e opostos a V1,0 e V2,0
respectivamente.
Cumpre ressaltar que as diversas medidas, principalmente as de fase, devem ser as
mais precisas possíveis.
Os vetores Q1 e Q2, aplicados aos vetores dos planos 1 e 2, devem resultar em:

Q1 (V1,1  V1, 0 )  Q2 (V1, 2  V1, 0 )  V1, 0


Q1 (V2,1  V2, 0 )  Q2 (V2, 2  V2, 0 )  V2, 0

de onde se obtém:

 V1,0  Q2 (V1, 2  V1,0 )


Q1  (6)
V1,1  V1,0
V2,0 (V1,1  V1,0 )  V1,0 (V2,1  V2,0 )
Q2  (7)
(V2,1  V2,0 )(V1, 2  V1,0 )  (V2, 2  V2,0 )(V1,1  V1,0 )

Substituindo os valores por seus componentes reais e imaginários, obtém-se os


valores Q1 e Q2 em magnitude e direção.(Q1 = a1 + jb1 e Q2 = a2 + jb2), ou Q1 =
q11 e Q2 = q22).

b1
q1  a12  b12 e  1  tg 1 (8)
a1
b
q 2  a 22  b22 e  2  tg 1 2 (9)
a2

Para determinar o tamanho das massas corretoras e sua locação procede-se da


seguinte forma:

No plano 1:

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Massa m1 = (massa de prova no plano 1) x (magnitude de Q1) (10)
Locação de m1 = (posição da massa de prova) + 1 (11)

Analogamente se procede para o plano 2.

2 – Método dos Coeficientes de Influência

O balanceamento em dois planos é feito de maneira similar ao balanceamento em


um plano. Este método é utilizado para estabelecer a relação matricial entre a
vibração do rotor sobre seus próprios suportes e o desequilíbrio residual por
excentricidade de massa sobre o centro de rotação.

Este método é realizado seguindo os seguintes passos:

Notação: Aij , i representa a medição e j representa o plano. Exemplo: A01


representa a medição do desbalanceamento original no plano 1. Bij , i representa o
plano de desbalanceamento e j representa em qual plano foi colocada a massa.
Exemplo: B12 representa o desbalanceamento no plano 1 devido a massa colocada
no plano 2.

- Mede-se a amplitude e a fase do desbalanceamento original de cada plano.


  A01 
Guardam-se estes valores em um vetor A0    .
 A02 
- Em seguida, acrescenta-se uma massa de teste “Q” no primeiro plano e anota-se a
amplitude e a fase do desbalanceamento em cada plano.
- A seguir, retira-se a massa de teste “Q” do primeiro plano e acrescenta-se no
segundo plano e anota-se a amplitude e a fase do desbalanceamento em cada plano.
Anota-se os valores dos desbalanceamentos do passo anterior e desse passo na
 B11 B12 
matriz B1    .
 B21 B22 
- Calculam-se os coeficientes de influência do seguinte modo:
Bij  A0i
 ij  (12)
Q
e obtém-se a matriz:
  12 
   11 .
 21  22 

- Após isso calculam-se as massas de desbalanceamento resolvendo o seguinte


sistema:

  A0 
P , onde P é o vetor de massas. (13)

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Este método também pode ser utilizado para realizar o balanceamento em um plano.

Exemplo:

Considere o rotor da Figura 4.


Inicialmente foram medidas a amplitude e a fase do desbalanceamento inicial de
cada plano. Em seguida foi acrescentada uma massa de teste de 200 g no plano 1 e
mediu-se o desbalanceamento no plano 1 e no plano 2. Após isso, foi acrescentada
uma massa de teste de 150 g no plano 2 e mediu-se o desbalanceamento no plano 1
e no plano 2.
Os seguintes dados obtidos estão representados na Tabela 1 abaixo:

Tabela 1: Dados de Medição


Plano 1: Mancal Esquerdo Plano 2 : Mancal Direito
Corrida Inicial 150 mm 304 135 mm 333
Corrida de Tara 1 100 mm 336 115 mm 308
Corrida de Tara 2 110 mm 202 45 mm 243
Massa de Tara 200 g 150 g

Usando o método analítico, tem-se:

V1,0 = 150304
V1,1 = 100336
V1,2 = 110202
V2,0 = 135333
V2,1 = 115308
V2,2 = 45243
Utilizando a equação (7) para calcular o vetor Q2, tem-se:

135333(100 336  150 304 )  150 304 (115308  135333)


Q2 
(115308  135333)(110 202  150 304 )  (45243  135333)(100 336  150 304 )
Q2  0.7745   18.69

Utilizando a equação (6) para calcular o vetor Q1, tem-se:

 150 304  0.7745   18.69(110202  150 304 )


Q1 
100 336  150 304
Q1  0.4309   56.49

Utilizando as equações (10) e (11) para calcular as massas corretoras nos planos 1 e
2, tem-se:

M1  200 * 0.4309  86.18 g


Locação de M1 = (posição da massa de prova) + -56.49

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M 2  150 * 0.7745  116.17 g
Locação de M2 = (posição da massa de prova) + -18.69

Usando o método dos coeficientes de influência, tem-se:

O vetor de desbalanceamento inicial é:

150304 
A0   .
135333 

Cálculo dos coeficientes de influência utilizando a equação (12):

100 336  150 304


 11   0.4284.89
200
110 202  150 304
 12   1.36155 .89
150
115308  135333
 21   0.29  149 .34
200
45243  135333
 22   0.95171 .43
150

Montando o sistema tem-se:

 0.4284.89 1.36155 .89   m1   150 304 


0.29  149 .34 0.95171 .43 m     135333 
  2   

Resolvendo o sistema, conclui-se que as massas de compensação são:

m1  86.15  56.51 g
m2  116.17  18.69 g

Adicionam-se as massas de compensação calculadas e medem-se os


desbalanceamento residuais. Caso esses desbalanceamentos estejam dentro dos
limites especificados, o balanceamento está pronto. Caso contrário, repetem-se os
passos anteriores.

XI – Determinação do Desbalanceamento Residual Admissível

Para a determinação do desbalanceamento residual admissível será adotada a norma


ISO 1940.
Esta norma define o grau da qualidade de balanceamento (G) como:

G  e *

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onde e é a excentricidade em mm e  é a velocidade angular do rotor em rad/s.
Esta norma especifica 9 graus de balanceamento que são aplicados à várias
máquinas.
Estes graus são: G0.4, G1, G2.5, G6.3, G16, G40, G100, G250 e G630.

XII – Verificação da Qualidade de Balanceamento

É importante dispor de um método prático e rápido para verificar se o


balanceamento de um determinado rotor atingiu o nível de qualidade desejada caso
não haja uma máquina de balanceamento que permita determinar de forma confiável
os desbalanceamentos residuais.
Este método é utilizado principalmente para determinar o desbalanceamento
residual após o balanceamento em um único plano. É necessária apenas a utilização
de um dispositivo para medir a amplitude da resposta ao desbalanceamento residual
combinado e às massas de teste conhecidas.
Para tal, marcam-se nos planos de balanceamento 8 posições espaçadas de 45º e
aplica-se uma massa M de verificação que provoque um desbalanceamento 5 a 10
vezes maior que o desbalanceamento residual admitido. Aplica-se esta massa
sucessivamente nos pontos marcados e anota-se a magnitude do nível de vibração.
Com estes valores, plotam-se estes valores em um gráfico em suas respectivas
posições angulares de acordo com a figura 9.
Traça-se uma curva por estes pontos e verifica-se o seguinte:
1. O valor médio das ordenadas é uma medida do desbalanceamento do teste;
2. Se a curva obtida for uma senoide, o desbalanceamento residual está dentro da
qualidade admitida;
3. A amplitude desta senoide é uma medida do desbalanceamento residual.

O valor do desbalanceamento residual é dado, portanto, pela seguinte equação:

Vr
Ur  M (14)
Ve

A posição angular no plano de correção é dada pelo ângulo  do gráfico da figura 9.


Se não for obtida uma curva senoidal nem uma linha reta, pode-se supor que o
desbalanceamento residual existente se encontra já abaixo do limite de
reprodutibilidade ou que foi utilizada uma massa de teste pequena demais ou
inadequada.

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Figura 9 – Determinação do desbalanceamento residual em um plano

XIII – Fontes de Erro no Balanceamento

Durante o processo de balanceamento, deve-se considerar os possíveis erros


provenientes das imperfeições inerentes aos métodos de medição e equipamentos.
As principais fontes de erro são:

1. Erros finais de leitura em instrumentos.


2. Erros devido ao acionamento: No processo de balanceamento de maneira em
geral, e particularmente na verificação do desbalanceamento residual, deve-se
ter em mente que sério erros podem ocorrer pelo fato de que elementos de
acionamento são acoplados ao rotor, ou devido a dispositivos utilizados para
suportar rotores em seus próprios mancais.

XIV – Referências Bibliográficas

-ISO 1940-1: Vibrações Mecânicas – Requisitos de Qualidade para o


balanceamento de rotores rígidos - Parte 1: Determinação do Desbalanceamento
Residual Admissível.

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- NBR 8007: Balanceamento.
- NBR 8008: Balanceamento de Corpos Rígidos Rotativos Qualidade.
- FUPAI: Análise e Controle de Vibrações nos Sistemas Mecânicos.
- Schenck do Brasil Ind. E Com. Ltda., Introdução à Técnica de Balanceamento,
Outubro 85.
- Bloch, Heinz P., Geitner, Fred K. Machinery Component Maintenance and Repair.
Volume 3, Second Edition, 1999.

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