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O papel do jornalista na atualidade

O Jornalismo, ao longo dos tempos, não se fez sempre de modo uniforme, mas
foi sofrendo mutações, acompanhando a evolução das sociedades e as mudanças que as
mesmas foram vivenciando.

Pretende-se dar nota da importância do jornalismo à luz das mudanças na


atualidade, identificando as suas causas, bem como as consequências que delas advêm
não apenas para o jornalismo, mas também para o mundo.

A função de um jornalista e, assim, o verdadeiro significado do jornalismo é na


sua génese, a transmissão de informação recolhida.

Esta difusão de conhecimento apreendido pelo jornalista far-se-á de modo a


permitir a fácil compreensão dos acontecimentos, para conseguir abranger o maior
número de pessoas, das mais instruídas às menos letradas. Assim, cabe ao jornalista
aquando a recolha de dados, facilitar a linguagem, tornando-a o mais simples e direta,
para quem lê, vê ou ouve a notícia. Por exemplo, numa investigação sobre a economia
de um país, é normal encontrar siglas e palavras que não são de conhecimento geral,
pelo que compete ao jornalista explicar esses termos para que seja fácil a perceção ao
leitor ou ouvinte.

O progresso da sociedade hodierna trouxe consigo evolução tecnológica. Este


desenvolvimento intensificou-se na era em que vivemos e faz-se notar ao nosso redor.
Por isso mesmo, o jornalismo não é nenhuma exceção à regra e são notórias as
mudanças que esse avanço tecnológico, quer ao nível da facilidade de produção de
noticias, quer na sua propagação, fez sentir.

Todavia, as consequências da evolução tecnológica não são apenas positivas,


fazendo-se também sentir na sociedade atual alguns malefícios da difusão da tecnologia.

Vive-se numa sociedade de consumo que dá frutos sem sumo. Isto é: no caso do
meio informativo, uma sociedade onde ocorre uma produção de informação
desenfreada, à velocidade da luz, mas em que a generalidade dos factos noticiados perde
a sua importância facilmente, tal é o número de acontecimentos noticiosos que ocorrem.
Por outro lado, a própria voragem dos factos quotidianos pode determinar que
nem sempre os factos noticiados sejam verdadeiros, podendo as notícias transmitir
situações não verídicas ou deturpadas.

Logo, esta inexatidão das noticias contribui para um jornalismo mais pobre, com
uma consequente, menor qualidade da informação.

Numa sociedade democrática os cidadãos têm, a nível politico, um papel ativo,


mas é fundamental, para que esse papel seja adequadamente realizado, que a informação
que percecionam seja, nos mais variados campos, correspondente com a realidade. Daí
que também que seja tão importante a veracidade da transmissão da informação. É
através dos meios jornalísticos que o cidadão passa a conhecer tudo aquilo que se passa
ao seu redor. O correto jornalismo contribui, pois, para o processo de informação dos
cidadãos sobre os acontecimentos sociais, fazendo com que a população tenha assim
uma opinião devidamente formada sobre determinados casos, por exemplo, de natureza
política ou económica.

O Jornalismo manifesta assim uma feição de serviço de interesse público. Mas,


na verdade, o que, por vezes, acontece é que o jornalismo serve também para privilegiar
interesses privados de alguns, designadamente os proprietários dos meios de
comunicação. De facto, alguns grupos jornalísticos, detendo vários jornais, televisões e
outros meios de comunicação social, adquirem um grande poder e influência na
propagação de noticias, acabando por ter uma posição ativa na produção da informação
(formulando, por exemplo, juízos de valor sobre políticos ou deputados, etc.), não se
limitando a transmiti-la.

Na verdade, na atualidade, a posição do jornalista face à evolução acima


descrita, acaba por ser amarga, pois o seu papel é, muitas vezes, desvalorizado. A
imprensa tradicional vive em crise perante a possibilidade de qualquer um, jornalista ou
não, através do simples teclar no seu computador, tablet ou telemóvel, difundir, de
imediato, pela internet, informação sobre o que o rodeia e, do mesmo modo, qualquer
pode procurar todo o tipo de informação sobre qualquer assunto. Se simples populares,
sem instrução a nível jornalístico, podem escrever comentários sobre um dado caso,
porquê pagar a pessoas - jornalistas mais instruídos nessa matéria - que recebem um
ordenado, para o fazer?
Por outro lado, a falta de autonomia do jornalista face a quem tem o poder de
escolher os acontecimentos que devem ser noticiados, coloca em risco os princípios
éticos e deontológicos que devem reger a profissão de jornalista.

O que acontece nos dias de hoje é que a maior parte das entidades de
comunicação social, designadamente de interesses privados, orientados em exclusivo
para obter lucro, sacrifica a objetividade e realidade dos acontecimentos, em detrimento
da preferência pelo vil metal, agindo em função das audiências que as notícias e os
conteúdos lhes proporcionam.

Na realidade, nomeadamente nos meios televisivos, há programas sem qualquer


interesse, que ocorrem, muitos deles em horário nobre, como é o caso de reality shows
(por exemplo, Casa dos Segredos; Love On Top), tal como há revistas que vendem
apenas devido a intrigas e mexericos da vida dos outros, não constituindo qualquer
valor acrescentando para a aprendizagem do público.

Em suma, o jornalista na atualidade enfrenta grandes desafios relacionados com


as específicas condições em que exerce a sua profissão:

- O jornalista tem o fundamental papel de transmitir a todos os cidadãos a


informação que obtém de uma forma clara, objetiva e verossímil, o que, perante a
extrema quantidade de factos noticiosos, nem sempre é fácil;

- O jornalista não deve esquecer que desempenha uma função de interesse


público, não devendo orientar a sua atividade para beneficiar interesses ocultos, assim
incumprindo as regras deontológicas da sua profissão;

- O jornalista deve ter consciência de que a sua profissão se encontra em crise e,


é, muitas vezes, desvalorizada, tudo devendo fazer para honrar a nobre missão que
desempenha na sociedade.

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