Arapiraca – AL
2015
MOTIVAÇÃO: UMA VEREDA A SER TRILHADA PARA A
APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA
A contação de história enquanto subsídio para aulas interativas
Rosinéa Damaceno1
Orientadora: Profa. Dra. Inalda Maria Duarte de Freitas2
1. INTRODUÇÃO
1
graduanda do curso de Letras – Português da Universidade Estadual de Alagoas- UNEAL. email:
rosidamaceno@hotmail.com
2
Doutora em Ciências da Educação pela Universidad Autónoma de Assunción – UAA e Universidade de Jaén
– UJA. Leciona na Universidade Estadual de Alagoas –UNEAL.
Nessa visão reducionista confere uma prática pedagógica que está
aquém daquela idealizada e discutida nas universidades, como por exemplo, os
estudos de língua e linguagem e as discussões em torno dos aspectos cognitivos
da língua, o que acarreta no fracasso escolar e frustração dos professores que se
veem diante desse dilema.
A problemática dessa investigação surge a partir dos argumentos
estudados no curso de Letras, sobre as dificuldades de ensinar a língua
portuguesa. Portanto, O que se pode fazer para que o aluno tenha maior interesse
pelo hábito da leitura? Como tornar as aulas de leitura mais proveitosas e
interativas? Ou ainda: quais os recursos que se deve utilizar para que os alunos
desenvolvam sua capacidade crítica e leiam com proficiência?
E como é constante, aos alunos, a falta de estímulo para realizar
leituras, nota-se uma insatisfação e desinteresse dos discentes, além de seu
contato com os livros ser mínimo ou nenhum. A contação de histórias nesse
contexto a partir de sua contribuição no incentivo e construção do aluno como leitor
autônomo, capaz de extrapolar a leitura meramente mecânica e tornar-se um leitor
crítico, possibilitando um maior contato com os gêneros textuais, especialmente os
textos literários nas obras de literatura infantojuvenis. A proposta parte da
realização de um experimento com alunos dos 6ºs e 7ºs anos do ensino
fundamental, com o propósito de observar a eficiência desse recurso nas aulas de
leitura e produção de texto.
O objetivo dessa pesquisa é identificar estratégias que motivem o aluno
a dedicar-se à leitura com disposição e vontade de aprender seus mecanismos,
com motivação para efetivar essa ação com prazer, por conseguinte, o aluno
passará a aprender a escrever com maior domínio e satisfação, vivenciando a
inteiração em busca da autonomia.
Essa pesquisa é de cunho bibliográfico e sua metodologia versa uma
abordagem qualitativa, tendo como instrumentos norteadores um questionário para
realizar um diagnóstico; uma técnica de observação, tendo como instrumento um
roteiro e fichamentos de livros científicos e de literatura infantojuvenil, bem como
um estudo de caso para direcionar a literatura pertinente. Entretanto, o tipo de
investigação que mais se destaca é a pesquisaação, pois houve um convívio
constante entre o pesquisador e os pesquisados.
Nesse sentido, entende-se que o professor deve introduzir em suas aulas
atividades que despertem a atenção do aluno, iniciando com pequenas leituras,
que o motive e lhe sirva de estímulo. A contação de histórias poderá funcionar
como um gancho para as várias atividades de leitura que o docente desenvolverá
de maneira mais dinâmica e agradável.
Surge, portanto, a necessidade da intervenção do professor com uma
prática de ensino que não imponha a leitura como uma obrigação, mas ajude o
aluno a sair da passividade e a tornar-se sujeito de sua própria aprendizagem,
capaz de aprender sobre o texto e com o texto.
Nesse contexto, o presente artigo trás a contação de histórias como um
importante recurso em suas aulas, pois o hábito de ler e ouvir histórias pode
desenvolver o prazer nas situações que envolvem leitura, privilegiar um ensino que
promova a liberdade e a percepção crítica. Além de as histórias divertirem, elas
atingem outros objetivos, como educar, instruir, socializar, desenvolver a
inteligência e a sensibilidade.
A desmotivação do aluno quando referente à leitura é um problema que
desafia a maioria dos docentes no exercício de suas funções e o que se vê
comumente é a aplicação de atividades vazias, como afirma Antunes (2003, p. 27):
Para isso é preciso utilizar estratégias que tornem o ato de ler uma prática
estimulante e prazerosa, não apenas como uma exigência por meio de um método
mecanizado e pouco satisfatório e muitas vezes limitada ao uso do livro didático,
que nem sempre está inserido na realidade do aluno; portanto, faz-se necessário
que o docente amplie sua prática para além do uso deste recurso, buscando outros
subsídios que possam auxiliá-lo na tarefa de ser um propagador da leitura. No
entanto, com o cuidado de não se deter a atividades que podem fazer desta uma
prática superficial, como afirma Lajolo:
4. RELATO DA EXPERIÊNCIA
Ave Alegria
Sylvia Orthof
Ave alegria
Cheia de graça,
o amor é contigo,
bendita é a risada
e a gargalhada!
Salve a justiça
e a liberdade!
Salve a verdade,
a delicadeza
e o pão sobre a mesa!
Abaixo a tristeza!
Ave alegria!
A abordagem feita pelo livro didático a respeito do texto acima se limitou
apenas à observação sobre os aspectos sintáticos, o livro apresenta o poema
apenas para fazer uma exploração sobre as classes gramaticais e ortografia,
grifando as palavras, o que torna ainda mais mecânica a resolução do exercício.
Veja-se a seguir:
5. CONCLUSÃO
PALO, Maria José. OLIVEIRA, Maria Rosa D. Literatura Infantil: voz de criança.
– 4ª.ed. - São Paulo : Ática, 2006.