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ARTIGO / ARTICLE

Medicamentos Genéricos: Uma Alternativa para o Mercado


Brasileiro
Generic Drugs: An Alternative for the Brazilian Market
Jorge Bermudez 1

BERMUDEZ, J. Generic Drugs: An Alternative for the Brazilian Market. Cad. Saúde Públ.,
Rio de Janeiro, 10 (3): 368-378, Jul/Sep, 1994.

The analysis of the main characteristics of the pharmaceutical industry worldwide and market aspects of
that industry in Brazil leads us to consider a high share of external dependency and oligopolization.
This situation is not peculiar to our country, but is rather a global trend.
Recent Government initiatives in Brazil, aiming at reducing that dependency, associated with the
critical aspects regarding the prices and costs of drugs as compared to international prices, are the
background that support the proposal of evaluating generic drugs as an alternative for Brazilian market.
One of the most striking aspect is the verification of overpricing of raw materials as demonstrated by
“transfer prices”, a practice that has been observed in several countries.
Analysing international concepts dealing with generic drugs, generic names and pharmaceutical
equivalence, based on World Health Organization recomendations and evaluating the experiences of
different countries, several actions are proposed in order to gradually enforce a policy of generic drugs,
bioequivalent and interchangeable, as a possible regulatory mechanisms for Brazil.

Key words: Generic Drugs; Drug Policies and Health; Drug Market; Pharmaceutical Industry

INTRODUÇÃO bilhões de dólares anuais (Codetec, 1991a; Scrip,


1990). O Brasil se situa como o nono mercado
As Características Mercadológicas mundial, com um faturamento que hoje
da Indústria Farmacêutica no Brasil ultrapassa os três bilhões de dólares. Entretanto,
podemos verificar que o consumo per capita é
A discussão referente aos medicamentos muito baixo, quando comparado com outros
genéricos, sua inserção mundial e sua avaliação países (mais de dez vezes menos do que os EUA
enquanto uma alternativa para o mercado e países da Comunidade Européia).
brasileiro, se encontra associada a uma reflexão Como características globais da indústria
a respeito do nosso modelo de atenção à saúde, farmacêutica, podemos destacar a internaciona-
além das características mercadológicas da lização, a diversificação e a concentração
indústria farmacêutica no Brasil e no mundo. (Bermudez, 1994).
Essa discussão tem que levar em consideração De uma maneira geral, dois aspectos devem
a própria conceituação de medicamentos en- ser ressaltados ao analisar a situação da indús-
quanto insumos em saúde ou como merca- tria farmacêutica no Brasil: a dependência e a
dorias que objetivam exclusivamente lucro. oligopolização, refletindo uma tendência mun-
O mercado mundial de medicamentos nas dial. Estes dois componentes ficam evidentes
economias capitalistas está estimado em 170 em ambos setores que compõem a indústria
farmacêutica no seu sentido mais global: a
1
Química Fina e a Formulação Farmacêutica.
Departamento de Ciências Biológicas da Escola
Nacional de Saúde Pública. Rua Leopoldo Bulhões,
O setor de Química Fina abrange a elabo-
1480, 6º andar, Rio de Janeiro, RJ, 21041-210, Brasil. ração de produtos químicos de maior valor

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Medicamentos Genéricos

agregado que os da indústria química de base, dólares (Codetec, 1991a; 1991b), sendo um dos
classificados como intermediários ou especiali- dez maiores mercados do mundo. Com um
dades. Entre as principais características dos consumo per capita baixo, apresenta uma
intermediários, destacamos sua compe-titividade distribuição perversa, considerando que 23%
dependente da tecnologia de produção, vulnera- da população consomem 60% da produção
bilidade ao progresso tecnológico, proteção à (Codetec, 1991a). O mercado governamental
propriedade industrial com foco no patentea- representa em torno de 35% do mercado total.
mento dos processos produtivos, comerciali- Nossa dependência fica evidente quando
zação por especificações e um mercado constatamos que as empresas multinacionais
concentrado, com poucos compradores e poucos são responsáveis por 75 a 85% do faturamento
produtores. Já o segmento das especialidades se anual no Brasil (Alanac, 1989; Codetec, 1991a;
caracteriza por apresentar competitividade Ceme, 1987a; 1987b). A situação se configura de
dependente do desempenho do produto, impor- gravidade quando se constata, a par de um
tância da tecnologia de aplicação dos produtos, processo crescente de desnacionalização do
proteção industrial enfatizando o paten- setor privado, uma ação governamental que não
teamento dos produtos, comercialização com fortalece os laboratórios estatais de produção.
assistência técnica e um grande número de
empresas atuando no mercado. O mercado AS INICIATIVAS GOVERNAMENTAIS
mundial do complexo da química fina é estimado NO BRASIL: O SONHO DA
em US$ 256 bilhões, com 200 bilhões atribuídos FARMOBRÁS, O CDI E A CEME
a especialidades. O Brasil representa cerca de
3,2% do mercado mundial. O parque industrial Cabe lembrar as iniciativas governamentais
brasileiro do complexo de química fina possui brasileiras no que se refere ao desenvolvimento
uma capacidade instalada mensurável de 500 mil recente da indústria farmacêutica nacional e,
toneladas anuais. A situação que se observa nas principalmente, as tentativas buscando a dimi-
empresas nacionais é a utilização de tecnologias nuição de nossa dependência externa. Nesse
desenvolvidas no exterior, enquanto que as sentido, inicialmente referimos um projeto que
empresas multinacionais importam de suas começou a ser discutido há pelo menos 30 anos
matrizes a tecnologia aplicada nos seus proces- e que não chegou a ser implementado, de
sos de produção e vendas (Abifina/ ABQ/ABEQ, estruturar uma sociedade por ações, a Farmo-
1992). De acordo com levantamento procedido química Brasileira S/A. (Farmobrás), tendo
pela Codetec (1991b), as maté-rias-primas como objetivo o estabelecimento de um centro
produzidas internamente por empresas de pesquisas para a produção nacional de
nacionais representam menos de 10% do valor matérias-primas. Ao mesmo tempo, se discutia
total da produção. a proposta de estabelecer o monopólio da União
Nossa dependência externa é nítida e pode na importação de matérias-primas para a in-
ser analisada associada à questão da oligopoli- dústria farmacêutica brasileira, inclusive tendo
zação do mercado. Uma diferença marcante sido apresentados projetos de lei. Na mesma
entre as grandes empresas multinacionais e proposta, se propunha a constituição de
nossas indústrias brasileiras é que as primeiras Conselho Nacional da Indústria Farmacêutica,
procuram verticalizar sua produção, atuando diretamente vinculado à Presidência da
em todos os estágios tecnológicos, incluindo a República (Palácios, 1962).
pesquisa, desenvolvimento de matérias-primas, Das iniciativas governamentais que efetiva-
formulação e marketing (Frenkel et al., 1978), mente foram implementadas e que se consti-
enquanto que as empresas nacionais em sua tuem em marcos da política de medicamentos
maioria desenvolvem apenas a etapa de formu- no país, podemos caracterizar duas vertentes
lação farmacêutica, mantendo a dependência diferenciadas. Por um lado, temos uma vertente
na aquisição das matérias-primas. mais vinculada à política industrial, que é a
A indústria de formulação farmacêutica no criação do Conselho de Desenvolvimento
Brasil é representada por um setor que movi- Industrial (CDI), a partir de 1965, extinto em
menta anualmente mais de três bilhões de 1990. Como antecedentes, podemos citar a

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Bermudez, J.

Comissão Parlamentar de Inquérito da indústria A CODETEC E INICIATIVAS


farmacêutica iniciada em 1961, a nomeação de EMPRESARIAIS
Grupo de Trabalho em 1963 e a constituição do
Grupo Executivo da Indústria Farmacêutica Ao analisarmos as iniciativas governamentais,
(Geifar), cujas atividades passaram a ser absor- temos que levar em consideração também a
vidas pelo Conselho e seus grupos executivos. implantação da Companhia de Desenvolvi-
A outra vertente, mais vinculada, não no seu mento Tecnológico (Codetec), criada em 1976
início, mas com a evolução histórica, às ações como empresa privada, mas inserida em priori-
de saúde, foi a criação da Central de Medica- dades estabelecidas pelo governo (Codetec,
mentos (Ceme), em 1971. Discutimos o seu 1991c). A partir de 1984, com base na decisão
desempenho em trabalhos anteriores conjunta da Secretaria de Tecnologia Industrial,
(Bermudez, 1992; 1994), as pressões e as Ceme e Conselho Nacional de Desenvolvimen-
distorções que levaram a que, ultimamente, suas to Científico e Tecnológico (CNPq), a Codetec
atividades se restringissem à aquisição passou a priorizar o desenvolvimento de proces-
centralizada de medicamentos, insuficiente para sos na área de síntese química de fármacos. No
o atendimento da demanda da rede de serviços passado mais recente, a falta de repasse finan-
ceiro por parte da Ceme quase que levou à
de saúde. Todas as idéias autonomistas, de
falência desta empresa. De qualquer maneira,
investimento em pesquisa e desenvolvimento,
tem que ser considerada como um modelo no
de subsistemas interagindo na política de
que se refere à possibilidade do país contar com
medicamentos no país, presentes nas propostas
centros de excelência voltados para a capaci-
que fundamentaram sua criação, foram se
tação nacional, a incorporação de tecnologias e
perdendo ao longo das mudanças de vinculação,
a diminuição da nossa dependência externa.
das restrições orçamentárias e da lamentável Não podemos deixar de mencionar também
história mais recente que chegou a vincular as as atividades desenvolvidas pelo Instituto de
atividades da Ceme com esquemas de corrupção Tecnologia em Fármacos (Far-Manguinhos/
denunciados no Governo Federal. Fiocruz), em conjunto com a empresa Nordeste
Em que pese as diversas iniciativas de imple- Tecnologia (Nortec/Norquisa) na síntese de
mentação de ações concretas na política de fármacos que hoje são produzidos em escala
medicamentos no Brasil, os indicadores econô- industrial no país.
micos revelam o pouco investimento que está Como iniciativas empresariais de importân-
sendo realizado em saúde e em pesquisa e cia, considerando que incorporaram tecnologia
desenvolvimento, podendo agravar o quadro de produção que substituíram a importação de
concentrador. Gerez (1993b) avalia que a par- matérias-primas, cabe mencionar a Bioquímica
ticipação dos países em desenvolvimento no do Brasil (Biobrás), Companhia Brasileira de
mercado farmacêutico mundial vem caindo de Antibióticos (Cibran), Microbiológica e Nortec/
maneira considerável. O percentual de gastos Norquisa. Consideramos que uma política de
públicos com saúde na maioria desses países medicamentos em um país com as característi-
oscila em torno de 1 a 2% do Produto Interno cas do Brasil tem que considerar e promover
Bruto (PIB), enquanto que nos países industria- mecanismos de consolidação e incentivo a
lizados esse percentual é muito maior. Os dados empreendimentos desse tipo.
do Banco Mundial (1993) mostram que em 1990,
o Brasil investiu 4,2% do PIB em saúde,
enquanto que os Estados Unidos investiram A QUESTÃO DOS PREÇOS E
12,7%. Da mesma maneira, os dispêndios com CUSTOS, REAJUSTES, PREÇOS
pesquisa e desenvolvimento em vários países INTERNACIONAIS E
mostram uma relação direta entre esses gastos e FATURAMENTO
a capacidade de inovação tecnológica. De acordo
com Martinez & Gonçalves (1990), enquanto que Um último aspecto a considerar é a questão
os Estados Unidos investem 2,94% do seu PIB dos preços e custos dos produtos farmacêuticos.
em pesquisa e desenvolvimento, este O enfrentamento do Ministério da Saúde com a
investimento no Brasil se situa em apenas 0,4%. indústria farmacêutica em 1993, que a imprensa

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Medicamentos Genéricos

convencionou chamar de “guerra dos remédios”, (Abbas & Bermudez, 1993). Comparando os
teve seu início deflagrado pelos reajustes que a preços no país com os preços internacionais,
indústria vinha impondo nos preços de venda verificamos diferenças difíceis de justificar,
dos medicamentos de uso contínuo. sendo que alguns produtos são vendidos aqui
A Associação Brasileira da Indústria Farma- a preços até 20 vezes mais caros do que no
cêutica (Abifarma) defende que o preço médio mercado mundial (Tabela 1).
dos medicamentos no Brasil é dos mais baixos Na realidade, o mercado brasileiro é altamen-
do mundo (Abifarma, 1987). Entretanto, o “preço te dependente de empresas multinacionais,
médio” representa um indicador inadequado que hegemônicas nas vendas. Um fator que precisa
não leva em consideração a essencialidade dos ser aprofundado e corrigido pelo governo é a
medicamentos, seu consumo, duração do questão do superfaturamento das matérias-pri-
tratamento e outros fatores. Por outro lado, não mas que entram na composição do custo dos
está também levando em consideração o custo medicamentos nas transações matriz-filial das
de vida nem o salário mínimo vigente nos empresas multinacionais. A Tabela 2 mostra
diferentes países, que condicionam o poder nitidamente que, através dos denominados
aquisitivo da população. preços de transferência, as filiais de multinacio-
Outro aspecto a considerar é que, sistemati- nais importam matérias-primas de suas matrizes
camente, os reajustes de preços de medicamen- com preços muito superiores aos praticados no
tos no Brasil, desde que se desregulamentou o mercado mundial (Alifar, 1988; Colômbia, 1992;
mercado, têm sido superiores à inflação Gerez, 1993a).

TABELA 1. Preços de Alguns Medicamentos no Brasil e no Mercado Internacional (US$/Unidade)

Medicamento Brasil* Unicef **


Acetaminofen 0,17 0,01
Sulfametoxazol e Trimetoprima 0,21 0,01
Amoxicilina 500 mg 0,54 0,08
Furosemida 0,09 0,005
Ácido Acetilsalicílico 0,02 0,008
Metildopa 250 mg 0,14 0,03
Hidróxido de Alumínio 0,04 0,007
Fenobarbital 100 mg 0,02 0,01

* **
Consolidação ABCFARMA e Abafarma 11/92. Unicef, Price List, July/December, 1992.

TABELA 2. Preços de Transferência: Superfaturamento de Matérias-Primas na Importação

Substância Preço Multinacional Preço Internacional

Betametasona 47,50 5,00 *


Diazepam 2.360,00 36,00 *
Gentamicina 8.000,00 200,00 *
Piroxicam 12.076,00 150,00 *
8.930,00 400,00 **
Nifedipina 2.970,00 143,00 **
Minoxidil 7.000,00 900,00 **
Praziquantel 1.160,00 450,00 ***
Indometacina 250,00 53,00 ***

Preços em US$/Kilo / Fontes: * Asociación Latinoamericana de Industrias Farmacéuticas (Alifar, 1988). (Chile);
** Los Medicamentos en Colombia, 1992. (Colômbia, 1992). (Colômbia) / *** Gerez, J. C. C., 1993a; (Brasil)

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Bermudez, J.

POR QUE OS MEDICAMENTOS Mundial da Saúde (OMS) tentam evitar o uso


GENÉRICOS? CONCEITOS, do termo “medicamentos genéricos”, optando
EQUIVALÊNCIA DE MEDICAMENTOS por usar “produto farmacêutico inter-
cambiável”. De qualquer maneira, entende-se
Com o objetivo de discutir especificamente como conceito de medicamento genérico um
a questão dos medicamentos genéricos, inicial- produto farmacêutico, que pretende ser
mente é necessário deixar claros uma série de intercambiável com o produto inovador,
geralmente produzido sem licença da
conceitos.
companhia inovadora e comercializado após
Quanto à denominação ou nome dos medica-
a expiração da proteção patentária ou outros
mentos, podemos diferenciar como segue (Ko- direitos de exclusividade. Os medicamentos
rolkovas, s/d): genéricos podem ser comercializados sob a
denominação genérica ou utilizar uma nova
a. Sigla, número ou designação de código — marca, podendo também apresentar dosagens
esta denominação não identifica a natureza ou potências diferentes dos produtos
do produto e é de caráter provisório. Alguns inovadores.
nomes costumam continuar a ser utilizados
(AZT, abreviatura de azidotimidina, cujo b. Produto Farmacêutico Inovador — é aquele
nome genérico é zidovudina). inicialmente licenciado para comercia-lização,
b. Nome químico, que descreve a estrutura como medicamento patenteado, com base nas
química. É necessário esclarecer que o nome informações de segurança, qualidade e eficácia
químico não corresponde ao nome genérico. exigidas pela legislação.
c. Nome registrado é o nome de marca ou
comercial ou de fantasia, que confere um c. Produto Farmacêutico de Referência —
verdadeiro monopólio da marca às empresas. geralmente é um produto farmacêutico
d. Nome genérico: é o nome comum pelo qual colocado no mercado, com o qual um novo
é conhecida a substância, escolhido pelos produto pretende ser intercambiável na prática
órgãos oficiais. Não é o nome químico. clínica. Tanto pode ser o produto inovador ou
Normalmente o nome genérico se baseia nas o produto líder de mercado.
Denominações Comuns Internacionais
(DCI). No Brasil, a Portaria 971 do Ministério d. Equivalência Farmacêutica — diferentes
da Saúde, de 10/8/93, atualizou as produtos são equivalentes farmacêuticos se
contêm a mesma quantidade da mesma
Denominações Comuns Brasileiras, com
substância(s) ativa(s), na mesma dosagem, de
base em revisã procedida pela Comissão
acordo com os mesmos padrões e para ser
Permanente de Revisão da Farmacopéia
administrados pela mesma via. A equivalência
Brasileira.
farmacêutica não necessariamente implica em
e. Sinônimos são nomes dados pelos fa- bioequivalência, posto que diferenças nos
bricantes ou nomes antigos que continuam excipientes ou no processo da produção podem
sendo usa dos, que não correspondem às DCI. levar a diferenças no desempenho do produto,
O exemplo mais claro é a dipirona ou no que tange à dissolução e/ou biodisponi-
dipirona sódica, denominação aceita no bilidade.
Brasil para o metamizol sódico (nome
genérico internacional). e. Biodisponibilidade — consiste na
velocidade e extensão da absorção de um prin-
Ficando claros os distintos nomes que um cípio ativo de uma determinada forma far-
produto farmacêutico pode ter, é necessário macêutica, como determinado pela sua curva
também discutir o que diferencia determinados de concentração/tempo na circulação sistêmica
produtos com características específicas ou pela sua excreção na urina.
(WHO, 1993b):
f. Bioequivalência — dois medicamentos são
a. Medicamento Genérico — as mais bioequivalentes se eles são farmaceuticamente
recentes recomendações da Organização equivalentes e suas biodisponibilidades, após

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Medicamentos Genéricos

administração na mesma dose molar, são uma alternativa para assegurar a disponibilidade
similares a tal grau que seus efeitos, com de medicamentos a preços mais baixos.
respeito à eficácia e segurança, sejam Um dos marcos mais recentes e importantes
essencialmente os mesmos. nesse sentido foi a Conferência Latino-america-
na sobre aspectos econômicos e financeiros dos
Cabe às autoridades regulatórias nacionais medicamentos essenciais, realizada em Caracas,
assegurar a execução das análises necessárias Venezuela, em março de 1992, durante a qual foi
para garantir a qualidade e eficácia dos produtos reiterada a política de medicamentos essenciais
circulando no mercado. A OMS recomenda a como um componente básico da política de
padronização de estudos de equivalência de saúde, ao mesmo tempo atribuindo uma maior
medicamentos, com a finalidade de que sejam importância aos mecanismos de mercado. O
considerados intercambiáveis. Nesse sentido, ponto central da estratégia de uma política de
as análises principais são a biodisponibilidade medicamentos essenciais no atual contexto é a
comparativa (bioequivalência), estudos adoção de programas de medicamentos genéri-
fármacodinâmicos comparativos em humanos, cos, entendendo assim a comercialização de
testes clínicos comparativos e testes in vitro, produtos rotulados exclusivamente de acordo
principalmente dissolução. com a DCI e com características de intercam-
Em que pese a base legal no Brasil, que permite bialidade com os produtos de marca (OMS,
a normatização de ensaios e testes, cabe lembrar 1992). A análise procedida durante a referida
que temos tido uma vigilância sanitária Conferência é de que a adoção de programas de
inexpressiva, pouco atuante e desaparelhada. A medicamentos genéricos nos países da América
legislação brasileira assegurou o direito ao Latina viria otimizar o mercado, ao romper com
registro de produtos similares, mas não regula- a exclusividade das marcas comerciais, ofere-
mentou as exigências necessárias no que se cendo alternativas à população, reduzindo os
refere a bioequivalência. Complementarmente preços e racionalizando os gastos dos sistemas
à Lei 6.360/76 e ao Decreto 79.094/77, a então públicos de compra e abastecimento.
Câmara Técnica de Medicamentos baixou a A 46ª Assembléia Mundial da Saúde, ocorri-
Resolução 04/78, considerando como medica- da em 1993, discutiu especificamente a reco-
mentos similares aqueles que contêm as mes- mendação aos países membros de adotarem a
mas substâncias ativas e que possuem indicação denominação genérica dos medicamentos em
e posologia semelhantes a medicamentos ante- destaque nos rótulos e propagandas de produtos
riormente registrados para uso no país. Em farmacêuticos, por intermédio da legislação e
nenhum momento, esta resolução exigia a regulação correspondentes (WHO, 1993a).
comprovação de testes referentes a dissolução,
biodisponibilidade ou bioequivalência. Fica A SITUAÇÃO MUNDIAL:
claro que no Brasil a atual legislação define o EXEMPLOS E EVOLUÇÃO
que são produtos farmaceuticamente equivalen-
tes, mas não regulamenta a bioequivalência. Consideramos oportuno fazer algumas consi-
derações sobre a situação mundial, no que tange
A POLÍTICA DA OMS ao estado atual de mercado para os medicamen-
tos genéricos e as características gerais das
A Organização Mundial da Saúde (OMS), políticas que vêm sendo implementadas.
desde a implantação do Programa de Ação de Nos Estados Unidos, a partir de 1984, com a
Medicamentos Essenciais em 1981 (Fefer, 1993), promulgação do “Drug Price Competition and
vem colaborando com os países na formulação Patent Term Restoration Act”, conhecido como
de políticas e programas para assegurar a Waxman - Hatch Act, ao mesmo tempo em que se
disponibilidade de medicamentos essenciais. estendeu a proteção patentária às empresas
Nos seus documentos mais recentes, a questão inovadoras, as empresas que optam por lançar
dos medicamentos genéricos vem sendo cada produtos genéricos tiveram seu procedimento
vez mais enfatizada, no sentido de representar de registro simplificado no que se refere aos testes

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Bermudez, J.

clínicos de eficácia e segurança (Seife, 1990). série de objetivos específicos, a partir da cons-
Entretanto, cabe ressaltar que na documentação tatação de que, em 1985, 30% dos gastos do total
constante da ANDA (Abbreviated New Drug de assistência à saúde se referiam ao consumo
Application) é obrigatório mencionar os proto- de medicamentos. O Programa de Medi-
colos e estudos de biodisponibilidade, bioequi- camentos foi sendo consolidado através de uma
valência e dissolução in vitro. série de atos governamentais seqüenciais e
A evolução do mercado de medicamentos complementares, incluindo decretos, resoluções
genéricos em vários países pode ser apreciado e projeto de lei (Garcia, 1993).
na Tabela 3. O aumento do mercado de genéri- O Canadá estabeleceu em 1969 a Lei do
cos nos EUA foi acompanhada de um acrésci- Licenciamento Compulsório, que permitia que
mo em outros países. Outros dados que merecem houvesse a produção de medicamentos sob
ser citados são referentes à Dinamarca, onde os patente, com o pagamento de royalties (4% das
genéricos respondem por 50% do mercado vendas) à empresa inovadora. Hoje se estabelece
varejista e os Países Baixos, onde representam um preço mínimo dos produtos intercambiáveis
40%. Bélgica, Portugal e Espanha são exemplos para o reembolso dos medicamentos. São exigidas
de países onde os genéricos ainda representam provas de bioequivalência e são divulgadas listas
mercados incipientes (Gerez, 1993a). dos produtos intercambiáveis. O farmacêutico
A Argentina, ou mais especificamente a pode substituir entre os produtos listados e o
Província de Buenos Aires, formulou seu Pro- médico tem o direito de mencionar “não
grama de Medicamentos, contemplando uma substituível” em suas prescrições (Kay, 1993).

TABELA 3. Percentuais de Mercado de Genéricos 1980 a 1985*, 1993**

País 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1993

França — 1,0 1,0 2,0 2,0 3,0 13,0


RFA 1,5 1,5 2,5 3,0 4,0 5,0 35,0
Inglaterra 3,0 3,0 4,0 6,0 7,0 9,0 50,0
Itália 6,0 9,0 9,0 9,5 10,0 11,0 —
Japão 12,0 14,0 15,0 15,0 17,0 19,0 —
Canadá — 14,1 17,5 18,5 19,5 21,3 —
EUA 21,0 21,0 22,0 22,0 24,0 25,0 30,0

*
WHO - The World Drug Situation, 1988 (Scrip, 1987).
**
Gerez, J. C. C., 1993a.

A Colômbia promulgou o decreto 709 em 1990, o decreto, fortalecendo politicamente a ação


estabelecendo agilização no registro de governamental (Arango-Filho, 1993).
medicamentos, isenção de taxa, possibilidade A Índia promulgou sua Política de Medica-
de produzir genéricos com o mesmo registro mentos em 1978, tendo a partir dessa data,
de marcas e estabeleceu a obrigatoriedade de praticamente eliminado a importação de
mencionar a denominação genérica nas produto final, fortalecendo sua indústria. Em
embalagens no mesmo tamanho das marcas, 1986, foram introduzidas modificações,
além da prescrição pelo nome genérico. Houve estabelecendo um sistema de preços, mudanças
ações judiciais contra o governo por parte das no registro de produtos e prioridade à produção
empresas multinacionais, reclamando da de medicamentos essenciais. No que se refere a
obrigatoriedade nas embalagens e contra a medicamentos genéricos, se discutiu a
liberdade de prescrição. O Conselho de Estado importância da montagem de uma estrutura
deu despacho em fevereiro de 1993, mantendo sólida de laboratório para a realização de testes

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Medicamentos Genéricos

de bioequivalência e biodisponibilidade, com O PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA


ênfase na Farmacologia Clínica (Sen & Das FARMACÊUTICA E O DECRETO 793:
Gupta, 1990). AVANÇOS E ENTRAVES

UMA ALTERNATIVA PARA Em decorrência das condições políticas na


O MERCADO BRASILEIRO época, em acordo com recomendações da OMS
e com base na experiência de outros países, o
É nítido que a produção de medicamentos decreto 793, publicado no Diário Oficial da
genéricos representa uma tendência que se União de 6/4/93 e inserido no âmbito do Pro-
observa tanto em países desenvolvidos, como grama de Assistência Farmacêutica elaborado
também a OMS recomenda sua implementação pelo Ministério da Saúde (MS, 1993), apresenta
como espinha dorsal de uma política para os os seguintes avanços no que se relaciona à
países em desenvolvimento. Acreditamos que, política de medicamentos no país:
para o mercado brasileiro, também os medica-
mentos genéricos representam uma alternativa 1. determina o destaque à denominação
concreta, desde que uma série de conceitos e genérica dos medicamentos em relação aos
procedimentos sejam definidos e nomes de marca;
implementados pelos diferentes atores en- 2. determina também a prescrição pela
volvidos no processo. denominação genérica, ao mesmo tempo em
A simples existência de produtos com deno- que não proíbe a utilização das marcas de
minação genérica, não é suficiente para estabe- fantasia;
lecer a competitividade necessária ou 3. obriga a presença do farmacêutico nas
influenciar os preços de mercado. É necessário farmácias, o que vem apenas reiterar
o estabelecimento de uma política go- legislação já existente no Brasil, além de ser
vernamental clara, incluindo mecanismos de prática rotineira na maioria dos países;
pactuação com a indústria, compro-metimento 4. permite o fracionamento das embalagens de
das diversas categorias de profissionais medicamentos, desde que garantidas a
envolvidos, apoio da sociedade científica e qualidade e eficácia terapêutica originais.
entidades de saúde e todo o arcabouço jurídico
complementar necessário. Uma série de entraves vem dificultando a
É necessário esclarecer uma série de concei- efetiva implementação do decreto, cabendo
tos, no que se refere a medicamentos genéricos destaque às numerosas ações na Justiça, as
e o mercado brasileiro. As indústrias multina- pressões exercidas por representações diplomá-
cionais no Brasil fazem críticas e restrições ao ticas, as fragilidades do atual sistema nacional
decreto dos genéricos, alegando que a substi- de vigilância sanitária e a não-concretização de
tuição ou a prescrição de medicamentos genéri- ações a cargo da esfera federal, como é o caso da
cos vai acarretar problemas com a qualidade divulgação ampla da correlação entre as
dos medicamentos. Essa crítica se aplica aos denominações genéricas e os nomes de marca.
registros por similaridade. Entretanto, é claro
que a questão de monitorar e assegurar a quali- PERSPECTIVAS E PROPOSTAS:
dade dos produtos circulando no mercado é AÇÕES NECESSÁRIAS
um ponto crucial na implementação de uma
política de medicamentos genéricos e deve ser A implementação efetiva de uma política de
assumida como ação governamental. medicamentos genéricos deve ser encarada
Outra questão a esclarecer é diferenciar como uma alternativa para o mercado brasileiro,
“medicamentos genéricos” e a denominação considerando que a experiência de outros países
genérica de produtos já existentes no mercado. mostrou que efetivamente reduz os preços, ao
Nesse sentido, vimos as conceituações no que romper com o monopólio das marcas e propi-
tange a intercambialidade, bioequivalência e ciar opções à população. Entretanto, é necessá-
biodisponibilidade. ria uma série de ações governamentais para

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Bermudez, J.

assegurar a qualidade e equivalência dos produ- 7. Ações complementares, incluindo a efetiva


tos licenciados. As dificuldades na implemen- implementação do Decreto 793, fortale-
tação do decreto 793/93 mostraram que há cimento dos laboratórios estatais,
conflitos entre os interesses sociais de políticas estabelecimento de laboratórios de controle
de saúde e interesses comerciais de empresas da qualidade auxiliares, além do arcabouço
farmacêuticas. Ao mesmo tempo em que se jurídico e instrumental legal necessários.
pactuam mecanismos de relação, o poder regu-
lador do Estado deve ser exercido em sua
plenitude e dentro das margens que nossa RESUMO
legislação estabelece.
Uma proposta de política de medicamentos BERMUDEZ, J. Medicamentos Genéricos:
genéricos tem que se constituir em uma ação Uma Alternativa para o Mercado
setorial, envolvendo outros ministérios e Brasileiro. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro,
outras esferas de governo, além da sociedade. 10 (3): 368-378, jul/set, 1994.
Desde que ela seja assumida com respaldo
político governamental, os pontos a seguir A análise das características da indústria
representam questões que precisam ser farmacêutica no mundo e os aspectos
equacionadas de maneira integrada para mercadológicos desse segmento no Brasil
implantar um programa deste tipo: deixam evidentes a dependência externa e a
oligopolização, com predomínio de empresas
1. Revisão no registro dos medicamentos
de caráter mutinacional, refletindo uma
licenciados, diferenciando aqueles que se
tendência mundial.
encontram efetivamente circulando no
As iniciativas governamentais recentes no
mercado.
Brasil, com o objetivo de diminuir essa
2. Análise dos produtos registrados por grupos dependência, aliadas à gravidade da questão
terapêuticos, com identificação do produto dos preços e custos de medicamentos no
inovador e suas respectivas análises fármaco Brasil, comparados a preços mundiais,
dinâmicas. fundamentam a proposta de avaliar os
medicamentos genéricos como uma
3. Estabelecimento dos requisitos de
alternativa viável para o mercado brasileiro.
bioequivalência e biodisponibilidade, com
Um dos aspectos mais alarmantes é a
o elenco de provas a realizar e suas
verificação do superfaturamento de matérias-
equivalências in vitro, a ser determinados
primas evidenciada pelos denominados
por Portaria Ministerial.
“preços de transferência”, prática constatada
4. Montagem e certificação da infra-estrutura em diversos países.
no Instituto Nacional de Controle de Analisando os conceitos internacionais sobre
Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), medicamentos genéricos, denominação
capaz de assegurar o respaldo técnico e genérica e equivalência farmacêutica, com
capacidade de análise necessários. base ainda em recomendações da
5. Desencadeamento imediato de programas Organização Mundial da Saúde e avaliando
regulares de inspeção a indústrias, com as experiências de diversos países, são
ênfase em Boas Práticas de Produção (GMP) propostas uma série de medidas destinadas a
e na verificação dos laboratórios de controle implementar, gradativamente, uma política
da qualidade. de medicamentos genéricos bioequivalentes
e intercambiáveis como um dos mecanismos
6. Estabelecimento de políticas de preços de de regulação do mercado brasileiro.
referência de medicamentos e cadastro de
empresas candidatas à produção de medica Palavras-Chave: Medicamentos Genéricos;
mentos genéricos, com mecanismos claros Política de Medicamentos e Saúde; Indústria
de articulação governo — empresa. Farmacêutica; Brasil: Mercado de Medicamentos

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Medicamentos Genéricos

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