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A DUPLA NATUREZA DA ESCOLA NOVA: PSICOLOGIA E CIENCIAS SOCIAIS* Marcus Vinicius da Cunha Faculdade de Ciéncias e Letras de Assis/UNESP RESUMO Este artigo discute as concepgées fundamentals presentes no idesrio de renovagao educacional no Brasil, entra os anos do 1930 @ 1945, Busca esclarecer que 0 pensamonto pedagégico Tenovador é fortamente marcado por preocupagdes socials; nes- 0 quadro, os conhecimentos @ técnicas oriundos da Psicologia 40 utilzades como meios para dar maior raclonalidade & escola © a0 trabalho do professor. Conciui que tanto a Psicologia quan to as ciéncias sociais fornecom & Escola Nova as bases te6ricas ara sua formulagdo. EDUCAGAO NO BRASIL — ESCOLA NOVA — CIENCIAS DA EDUCAGAO — FORMAGAO DE PROFESSORES: ABSTRACT THE DOUBLE NATURE OF THE NEW SCHOOL: PSYCHOLOGY AND SOCIAL SCIENCES. This article discusses the fundamental concepts present in the philosophy of ‘educational renovation in Brazil between 1930 and 1945. It attempts to make claar the notion that innovative pedagogical thinking ie strongly characterised by social concems; in this ‘context, the knowiedge and techniques arising from Psychology fare used as means to lend greator rationality to the school and the teacher's work. It is concluded that both Psychology and the ‘socal selences furnish the “new school" withthe theoretical basis {or its foundation. defendida em 1992 na Faculdade de Educacdo da USP. 64 © presente artigo tem sua origem na tese de doutoramento Individuo © sociedade no ideério escolanovsta (Bras: 1930-1960), Cad, Pesq., Sao Paulo, n.88, p.64-71, fev. 1994 Com 0 intuito de apresentar uma contribuiggo ao es- clarecimento da histéria das idéias pedagogicas no Brasil, 0 presente estudo traz uma sintese do pensa- ‘mento de alguns dos autores que tiveram artigos pu- blicados, entre 1930 e 1945, pelo orgao encarregado de administrar 0 ensino piblico do estado de Sao Paulo. Os escritos aqui analisados representam, de modo sumério, 0 debate quanto ao idedrio de reno- vagao pedagégica veiculado por essa instituigdo. Quando se iiniciou a gestao de Lourengo Filho & frente da Diretoria Geral do Ensino, em 1930, come- gou a ser publicada uma série de periddicos tematicos intitulada Escola Nova’. Essa revista fol rebatizada como Educagdo e, posteriormente, como Revista de Educapao, em 1933, quando a Diretoria do Ensino ja havia se tornado Departamento, sob 0 comando de Fernando de Azevedo” A importancia dessa publicagao encontra-se, pri meiramente, no fato de que ela foi um veiculo de ex- Pressio dos lideres e dirigentes do ensino piblico Paulista; por meio dela pode-se investigar o essencial do pensamento pedagégico renovador na forma de assuntos do momento, os temas candentes da época. ‘Ao lado disso, tendo-se em conta que o destino da revista eram os profissionais diretamente envolvidos ro trabalho de reconstrugao da escola publica, as ma- térias divulgadas refletem as orientacdes que a elite do pensamento pedagdgico fomecia a titulo de escla- recer tépicos certamente relevantes para a prética do professorado. Interessa-nos, aqui, analisar particularmente o tema da natureza do escolanovismo, isto 6, as con- ‘cepgdes que eram tidas como definidoras dessa linha de pensamento, Desejamos esciarecer qual o sentido das proposigées da Escola Nova, hoje tidas como nor- teadoras de um ensino exclusivamente centrado no educando, no desenvolvimento da crianga, no aluno como ser psicol6gico tinico e isolado do meio social A primeira vista, @ de acordo com 0 que se con- cebe hoje, 0 escolanovismo teria sido psicologista, in- dividualista, incentivador de uma prética pedagdgica espontaneista baseada na subjetividade de quem edu- ca @ de quem educado. Em funcao disso, caracte- fiza-se a Escola Nova como tendo desprezado os contetidos das matérias escolares © enfatizado um discurso predominantemente dominado pela termino- logia da Psicologia Essa visdo instalou-se, possivelmente, devido a uma caracterizagéo da Escola Nova no Brasi feita por Jorge Nagle (1974) na década de 1920. Nesse perio- do, considerado a segunda fase da penetragao do es- colanovismo no pais, “a psicologia aparece, muitas vezes, como 0 principal dominio cientifico que fornece recursos para transformar a escolarizagdo numa téo- nica altamente racionalizada’. A contribuigo da Psi- cologia foi no sentido de libertar a tarefa educativa de uma concepeao que a ligava a atributos subjetivos, “de tato, de dom, de intuigdo, de pratica, de vocagai Observe-se que, segundo Nagle, 0 recurso a psicolo- gia cientifica, particularmente aos testes psicolégicos, Dupla natureza... trouxe consigo a oposigaio ao espontanefsmo que ca- racterizava 0 ensino tradicional. Coube @ Psicologia, devido aos conhecimentos que traz a respeito da crianga, a responsabilidade pela énfase na organizagao de programas de ensino que levassem em conta os aspectos psicolégicos, os interesses e as nacessidades dos educandos. Embora caracterize 0 periodo como sendo de “exaltagao in vidualista’, Nagle detecta nele certas manifestagdes sugestivas, isto 6, que 0 escolanovismo se encami nhava para “algumas afirmacdes de tendéncia social A introdugao da disciplina de Sociologia nos cursos Normais e as orientagdes de reforma promovida no Distrito Federal por Fernando de Azevedo sao exem- plos de que a Escola Nova enxergava para além do ividuo como ser psicolégico, para além do aluno como ser isolado do meio social. Trabalhos mais recentes nao tém destacado ade- quadamente essa dupla caracteristica da Escola Nova. Dermeval Saviani (1985), por exemplo, carac- teriza a “concepeao ‘humanista’ moderna” como sen- do orientada ‘pelas diferencas existenciais ao nivel dos individuos", pela “predomindncia do psicolégico sobre 0 légico”, pela compreenséo de que “os mo- mentos verdadeiramente educativos sao considerados raros, passageiros, instantaneos, (...) fugazes @ gra- tuitos™. Ao elaborar uma periodizagao para classificar as correntes filosdficas da educagao brasileira, 0 autor coloca a Escola Nova como marcante entre 1930 1960; acrescenta, em seguida, que sob ela desenvol- veram-se “o psicologismo pedagégico, predominante nna década de 40, 0 sociologismo que ganha impulso na década de 50 e 0 economicismo que se esboca nos inicios de 60%. Embora sem esclarecer as relagdes entre o “psi- cologismo", 0 *sociologismo” e o “economicismo" des- de 0 inicio do movimento renovador no Brasil, Saviani esboga nesse texto a idéia de que o primeiro néo im- Peru no terreno pedagégico; toma 0 cuidado de con- siderar *proviséria” sua petiodizagao, chamando a tengo para a necessidade de estudos mais porme- norizados a respeito das tendéncias e correntes da educagéo brasileira (p.43-4). Apesar disso, a idéia que se tem hoje a respeito da Escola Nova, como ja dis- semos, & a que se baseia na caracterizacao psicolo- gista. Numerosos trabalhos, que tém recebido, als, ampla aceitagao editorial e conseguido grande pene- tragao entre 0 professorado, vém-se encarregando de difundir tal concepgao’. 1. Denice B. Catani (1988) estudou a histéria dessa publicagao’ no periodo entre 1902 @ 1918, desde quando se denominava Revista de Ensino e era de responsabidade da Associagao Bonoicente do Professorado Piblico de Sao Paulo; traz tam- bbém injormapSes a respeito das fases subseqlentes da re- Vista, até 1961 2 Esse érgéo voliou a chamar-se Diretoria Geral do Ensino em 1833 @, novamente, Departamento de Educagao em 1938 3 Saviani cita, nese momento, Pedagogia e filosofia da exis- téncia, do O.F. Bollnow. 4 Saviani remete o leitor a um artigo de L.B.L. Orlandi, de 1969, para a caracterizagso dessas expressées. 5 Veja-se, entre esses trabalhos, Saviani (1983), JC. Libaneo (1986), entre outros, delineia com Glareza a meta escolanovista de adequar 0 individuo a sociedade: diz que a “Pedagogia Liberal” visa “a hu- manizagao do educando para a compreensao da cul- tura da sociedade por meio da auto-reflexdo e auto- compreensao de seu papel social’; “trata-se de desen- volver atitudes de cooperagao e solidariedade a fim de inserir-se de maneira positiva no meio social j& dado, jamais questionado” (p.65). A definigéo de estratégias para alcancar esses fins, entretanto, teria sido responsabilidade de uma abordagem psicolégica do educando, o que acarreta- ria “o espontaneismo, a permissividade, a tolerdncia, a crenga na bondade natural do ser humano” (p.88). *Valoriza-se agora o psicolégico, nao o Iégico; 0 sen- timento, nao 0 intelecto; os métodos, nao os contet dos; a espontaneidade, nao a disciplina; 0 néo-diret vvismo em lugar do diretivismo. Modifica-se 0 sistema de organizagao escolar, adota-se o trabalho em grr Po, muttiplicam-se os testes de inteligéncia e testes ecupacionais, 0 professor jé néo é o que ensina, mas ‘© que facilita a aprendizagem.” (p.64) Assim, fica-se com a impresséo, em primeiro Iu- gar, de que a Psicologia teria sido a ciéncia basica da ‘educacao, a principal ciéncia-fonte a delinear as finalidades do ensino renovado, sobrepondo-se a quaisquer pardmetros de ordem politica originalmente, presentes no ideério escolanovista. Além disso, néo se esclarece de qual psicologia se trata; parece ser a fusdo de uma psicologia existencialista, curiosamen- te aliada a uma corrente mensuracionista, a determi- nar que a formagao dos professores seja feita menos por meios cientificos do que por caminhos subjetivos; @ que, sob a égide da valorizagao do psicol6gico, se- jam abandonados os programas de ensino, vale dizer, a sistematizagao Iégica dos contevidos que, afinal, contém valores e informagSes de natureza social Muito embora nao soja possivel, no momento, uma incursao pelo terreno dos efeitos da dissemina- 40 do idedrio escolanovista entre os professores, ode-se supor que o pensamento das elites educa- Gionais tenha sido assimitado com a conotagao indi cada por Libaneo. O que interessa ao presente estudo & buscar compreender, 0 mais intimamente possivel, as formulagdes originais dos dirigentes da época; & investigar © pensamento escolanovista em sua tenta- tiva de estabelecer as relagdes entre 0 individuo @ a sociedade, com 0 que esperamos contribuir para uma Ccompreenstio mais clara quanto as ciéncias funda- mentadoras da Escola Nova OS FUNDAMENTOS SOCIAIS DO ESCOLANOVISMO A renovagao educacional deve atender, fundamental- mente, as exigéncias do desenvolvimento da crianga. Esse parece ser 0 objetivo maior do movimento es- colanovista. Vamos observa-lo mais atentamente @ buscar compreender 0 que significa de fato 66 Lourenco Filho (19314) expe com clareza que as mudangas sociais exercem poderosa influéncia sobre as finalidades da educagdo, diz ele que essas mu- dangas exigem que “todos, tanto os que se destinam 8 carreiras liberais, ao funcionalismo e ao comércio, quanto os operatios e lavradores” (p.4), todos devem passar pela escola priméria, ao menos. A escola tra- dicional, porém, nao & capaz de atender & demanda criada pela democratizagao da cultura; somente uma escola nova, sintonizada com 0 novo quadro social, pode realizar esse objetivo. Essa escola deve ser a mada por “um espfrito novo de intengao social, de preocupagao pelo destino da crianga, tanto em rel ‘go A crianga, como individuo, como em relagdo as necessidades 'e possibilidades econdmicas do meio em que ela deve viver" (p.5). Nota-se que com essas palavras Lourengo Filho justapde dois ambitos complementares, quais sejam, 0 da crianga como individuo @ o da crianga como ser social. Essa concepgao de projeto renovador encon- tra-se claramente formulada também no chamado Ma- nifesto dos Pioneiros da Educacao Nova (Azevedo et al,, 1982)°, documento que se originou da dissidéncia ocortida entre os educadores participantes da IV Con- feréncia Nacional de Educagao, realizada em fins de 1931 (Azevedo, 1958). Os signatarios desse documento pleitelam refor- mas firmemente ancoradas no movimento de transfor- magao da sociedade. Eles entendem que a educagao “se resume logicamente numa reforma social’. Para que seja assim, a educagao nova deve obedecer ao “principio da vinculagao da escola com o meio social", sendo 0 seu ideal necessariamente “condicionado pela vida social atual”. © Manifesto situa a origem do movimento reno- vador nos ideais e reflexes pertencentes ao ambito das relagdes sociais; critica a escola tradicional como tendo sido “instalada para uma concepeao burguesa” © propée a “escola socializada, reconstituida sobre a base da atividades e da producéo” (p.9). Esse idedrio social encontra-se expresso no Ma- nifesto em estreito vinculo com preocupagées © pro- posigdes dirigidas ao individuo. No conjunto das idéias que visam a desprender a educagao “dos interesses de classes", so justamente as peculiaridades do in- dividuo que’assumem relevancia. Almeja-se uma edu- cago nova que respeite as “aptiddes natur \de- pendentemente dos condicionantes "de ordem econd- mica @ social A escola cumpre reorganizar suas bases pedagé- 8, reagir “contra as tendéncias exclusivamente passivas, intelectualistas © verbalistas da escola tra- dicional’. Essa idéia sugere que o fundamento da nova pedagogia deva ser “a atividade espontinea, alegre e fecunda, drigida a satistagao das necessida- 6 Publicado na revista Educago com sou titulo orginal, “A re- conestrupso edueacional no Brasi", esse documento, ja incor- orado a0 acervo de nossa historia, marcou época; nota, on Contram-se formuladas as diretizes fundamentais da reno- vagio pedagégica no Brasi. Cad. Pesq. n.88, fev. 1994 des do proprio individuo". A Escola Nova, afirmam os educadores, deve contemplar 0 “fator_psicobiolégico do interesse, que 6 a primeira condican de na ati- vidade esnnntan-~ ~ ducan- izados om ce \cordo tando > fun- rstru- orl Aas 0 do LAK COSD Testo tica” +20 ide, wo vos. va 2 _ om ewes. U eaucador “tem neces- siaade de uma cultura miitipla e bem diversa; as al- turas e as profundidades da vida humana e da vida social néo devem se estender além do seu raio vi- sual"; 0 educador “deve ter 0 conhecimento dos ho- mens e da sociedade em cada uma de suas fases’, diz 0 Manifesto. ‘A AGAO SOCIALIZADORA DO PROFESSOR E DO PROGRAMA DE ENSINO ‘A dupla natureza do idedrio pedagégico renovador en- contra-se formulada em escritos de varios autores dessa época, Esses escritos sao de peculiar interesse por delinearem, também, algumas outras caracterist- cas do escolanovismo. Eles esclarecem como deveria ser feita a formagao dos professores, com quais cién- cias e técnicas poder-se-ia contar e qual o significado da critica aos programas de ensino. Dada a responsabilidade do professor ao adotar 0 idedtio escolanovista, a compreensdo do novo mé- todo toma-se fundamental, nao podendo ser deixada a0 sabor dos talentos préprios de cada um. Segundo Raimundo Pastor (1933. p.27): "Nao basta dizer ao professor que trabalhe, que remova o ambiente de sua classe, que introduza nela um pouco de vida de ago. O essencial 6 ensiné-o a conseguir isso”. Cabe ao Estado elaborar um planejamento que via lize a introdugéo sistemética do novo método nas es- olas piiblicas. Nao é suficiente que 0 professor tome conhecimento das novas orientagdes por meio de ‘ros, revistas ou jomais; as ‘inovagdes seguras so as cimentadas nos bancos escolares’. A formagao de professores deve estar sintonizada com as ciéncias que fornecem conhecimentos a res- peito da sociedade e também do homem enquanto ser individual, especialmente quanto aos mecanismos Dupla natureza... de aprendizagem. Onofre Penteado Junior (1935, p.65) prope que os pontos do “programa de peda- gogia deverdo encerrar, em si, uma sintese da reali- dade social universal, do seu estado atual de progres- s0, de seus bens e de seus males (...) e, em parti- cular, conter a realidade brasileira’. Quanto aos mé- todos pedagégicos a serem utiizados para a form: 40 do futuro professor, acentua que estes deverdo Ser fundamentados em principios cientificos fornecidos pola Psicologia, No pensamento escolanovista, parece haver uma tendéncia a destacar como primordial a atividade dos educandos no procasso de aprendizagem, suas expe- riéncias criativas e a busca auténoma do conhecimer to. Sob a orientagdo dos novos ensinamentos da P: cologia, a crianga assume espago privilegiado no in- terior da sala de aula. Raimundo Pastor (1933. p.31) tentende que o curso Normal deveria ensinar ao futuro educador “nao essas concepgées da psicologia do sé- culo passado, puramente filoséficas, mas a psicologia da ago, a pedagogia cientifica’. Pastor prescreve que a formagao dos futuros professores seja baseada nas “conclusdes a que ja chegou, experimentalmente, a psicologia aplicada’, nos “principios que caracterizam ‘a escola nova, aprovados em congressos, e mais res- tritamente, os que definem a escola ativa’. Nesta, s ‘gundo Noemi Rudolfer (1937), as matérias séo orga- rizadas a partir das atividades dos alunos e nao de acordo com a “suposigao teérica de necessidades fu- turas", Na Escola Nova pretende-se alcangar, em ul- tima insténcia, 0 desenvolvimento de um programa de atividades em que “os conhecimentos que a vida exi- ge sejam integrados no comportamento geral do alu- no’. Para isso, toma-se importante colocar “a crianga dentro da tradigao que a precedeu e do meio fisico em que vive’. Embora exista éntase na questao psicolégica, d vemos observar que a tenovagao educacional néo pretende a mera aboligao dos programas de ensino. Trata-se de promover o redirecionamento de seus contetidos, tendo em vista as descobertas da Psico- logia quanto ao desenvolvimento da crianga “os im- perativos pragmatistas da época em que vivemos" (Caldeira, 1943). O que esta sob critica é 0 “velho programa’, caracterizado pelo preestabelecimento de matérias e pela técnica de recitagao das mesmas pe: los alunos; em contrapartida, o “novo programa” é aquele que pressupde a crianga em atividade e que estabelece as matérias em fungéo das experiéncias do educando. (© que se busca ¢ a modemnizagao do programa de ensino, por motivos que se encontram em varios Ambitos cientificos. Ha tazdes de ordem biolégica, uma vez que as leis do desenvolvimento humano, € do educando em particular, condenam que se ministre para todas as criangas, ao mesmo tempo, a mesma quantidade © a mesma qualidade de conhecimento. Ha razdes de ordem sociolégica, pois 0 programa “Gnico, preestabelecido e intangivel como um dogm: 6 promove a desambientagao do individuo, sua ina- daptago as condigdes locais do meio em que vive, 67 As razBes no plano psicolégico sustentam que 0 pro- grama tradicional — um “aparatoso e sistematizado rol de conhecimentos que as criangas tém que aprender or acréscimo ou superposigaio” — contraria a “mo- dena concepgao funcional do ensino’, cujas teses afirmam que “conhecimento autocriagéo e nao qual- quer coisa suscetivel de transmiti-se". Por fim, ha ra- 260s de ordem didatica que prevéem “o aprendizado fem situagdo completa ou total” e no com base em fungdes psiquicas isoladas. De acordo com Anisio Teixeira (1930), a grande ligio do novo movimento educacional norte-america- 10, grandemente inluenciado por John Dewey, & que a escola deve ser vista como “agéncia social espe fica de preparagdo das criancas para a sua plena par- ticipagéo na vida social”. A educacao 6 “o processo Por que a vida social se transmite © se perpetua’. Uma das conseqiiéncias da teoria deweyana, diz A. Teixeira, € que 0 programa escolar passa a ser 0 elemento em que se consubstancia a “uniao entre a crianga e a vida social americana’, definindo ele, de fato, © sentido da educagao. Lourengo Filho (1930) é enfético ao colocar res- trigSes a “certos renovadores” que propdem “a abol- {940 total dos programas, para que o ensino se venha desenvolver, dia a dia, livvemente, pela s6 reagéo daquele que educa © dos que Ihes sofrem a cao" {p.81). © autor entende que a critica aos programas do deve ser exacerbada; 0 alvo a ser atingido ndo 6 a existéncia, em si, do programa de ensino, mas sim ‘o velho programa intetectualista, com exaustiva discriminagao em matérias, das matérias em ligées, das ligdes em exercicios mecénicos e férmulas para exames finais” (p.82). © ponto de vista criicado por Lourengo Filho es- taria fundado na predominancia da formagao da per- sonalidade do educando sobre as matérias do ensino. Essa concepeao é “extremada’, diz 0 autor, pois além dos fatores ligados & preparacao do cardter do aluno encontram-se as necessidades administrativas © tam- bém ha que se considerar as fungdes sociais da es- cola publica’. “Ha coisas", enfatiza ele, “que as crian- gas tém o direito de aprender, em certa época da Vida, © 0 Estado, obrigagao de ensinar, pelos mestres que ‘mantém ao’ servigo da comunidade”, A solugao estaria num “programa minimo” — “o programa da hu- manizagao e do abrasileiramento da crianga” — a par- tir do qual cada escola organizaria 0 seu programa de “desenvolvimento e adaptacao, que s6 o professor ode compor, estudando o meio’ em que age, com- preendendo-o e sendo digno dele" (p.83). Os métodos pedagégicos renovados, com o intui- to de privilegiarem a atividade do educando, ndo dis- Pensam um programa de matérias. O que se ha de criticar no ensino tradicional 6 a passividade a que se submete 0 educando diante de um programa de matérias entre si desconectadas. Com 0 de tomar o programa escolar de acordo com a escola ati- va, respeitando as ligagées existentes entre as maté- rias de ensino, 6 que nasceu o sistema de projetos” (Raimo, 1943. p.35-6). Esse método "vem substituir os 68 antigos programas com indices de matérias. Ele é um guia simplesmente das atividades infantis’. Desse modo, 0 ensino sera conduzido por meio das ativida- des dos educandos, em respeito aos principios ativos, (© que nao dispensa, todavia, a necessidade de um “programa minimo”. Trata-se de um programa “no de matérias isoladas, independentes, mas um programa cujas partes se relacionem entre si, tendendo & u dade" (p.37) Semethante posicao expressa também Luiz Go zaga Fleury (1939. p.25): “Se a escola tem conseg do ensinar @ educar sem a adogao do método de pro- jetos, j4 néo poderia fazé-lo se pretendesse usar ex- clusivamente o método de projetos, renegando os m todos tradicionais’. O sistema de projetos “ndo 6, por ssi 86, método didatico propriamente dito", uma vez ‘que ndo respeita uma ordem légica, nem mesmo psi- colégica, para a apresentagao de matérias ou ativida- des. O programa, t6pico do criticado ensino tradicio- nal, nao deve ser esquecido, uma vez que constitui uma necessidade politica e social que visa & “homo- geneizagao cultural’ do povo. A UTILIDADE DA PSICOLOGIA MENSURACIONISTA Conforme ja assinalamos, a finalidade maior do pro- jeto pedagégico escolanovista reside no terreno so- Gial. Todo 0 esforgo dos escolanovistas em prol da observagao das peculiaridades individuais é norteado pela idéia da conquista de uma sociedade harmoniosa Por intermédio da escola. A utilizagdo de certos in trumentos da Psicologia serve a um fim social e nao meramente individual. ‘A metodologia de mensuragao de atributos psico- \6gicos individuais, grandemente incentivada nessa época, é vista como um recurso capaz de adequar 0 educando ao sistema escolar, 0 que permite melhor rendimento do aluno. Segundo Luiz Galhanone (1932. p.57), a escola, “como elemento socializador que é, precisa apresentar-se convenientemente aparelhada para a formagao fisica, intelectual e moral de todos ‘95 seus componentes”. A observagao das caracteris ticas individuais, que deve ocorrer na escola renova- dda, tem 0 objetivo de buscar o melhor aproveitamento das energias do individuo, para que cada pessoa seja integrada fungdo em que melhor se mostrara efi- ciente e produtiva Galhanone diz que Lourengo Filho, quando res- ponsdvel pela Diretoria Geral do Ensino paulista, criou a Assisténcia Técnica de Psicologia Aplicada, em 1930, norteado por essa mentalidade. “O primeiro pro- blema atacado por essa assisténcia técnica foi o de 7. € curioso notar que Lourenco Filho ¢ caracterizado por Oris- tiano Di Giorgi (1986) como intogranto da “vertento mais psi- Cologista da Escola Nova’ © como tendo sofrido influéncia ‘20 mesmo tempo de Claparida @ de Durkheim. A expresso ‘psicologismo’, entre os educadores, carece de uma defin- (540 mais rigorosa, sem duvida Cad. Pesg. n.88, fev. 1994 melhor distribui¢ao dos candidatos & matricula nos pri- meitos graus dos estabelecimentos escolares publi cos, da Capital” (p.58), procedimento que deveria res- Peitar 0 grau de “maturidade revelada, objetivamente, ara 0 aprendizado da leitura e da escrita’. Tratava-se de uma questao complexa, problema sétio, diz 0 au- tor, que envolvia “outros de natureza politica, econd- mica e social”. A solug&o encontrada foi a aplicagao dos testes A.B.C., de autoria de Lourengo Filho. No ideério escolanovista, 0 emprego da mensu- ragao de atributos individuais encontra-se fortemente influenciado por um raciocinio que advém das neces- sidades da administragao empresarial. Plinio Olinto (1931. p.110) analisa o carder “altamente econdmico” da orientagao profissional, prética de que resulta “a diminuigao ou o desaparecimento do mau profissional, ‘© que Se vinha avolumando nos uitimos tempos, prin- cipalmente entre 0 operariado”. Olinto (p.112) defende um “exame periédico com- pleto, fisico, mental, vocacional dos obreiros de todo © género", medida que apresenta “grande vantagem ‘sob 0 ponto de vista econémico, ndo somente indivi- dual, mas até mesmo social’. Diz que “todo 0 segredo do bom rendimento est no aproveitamento das ten- déncias’, sendo necessério conhecé-las do modo mais acurado possivel. Para isso, sugere a aplicagao dos testes psicolégicos e pedagégicos. Esses instrumentos de medida, de ampla utiidade no mundo do trabalho, ganham ainda maior signfica- do quando usados j4 na escola; ninguém melhor do que “a professora primaria, que recebe a crianca do lar, para encaminhé-la para a vida, ninguém melhor do que ela — acentua Plinio Olinto (p.109) — pode surpreender 0 despertar das tendéncias infantis apresentar 0 resultado de suas observagdes como va- liosa contribuigéio ao exame psicolégico dos escola- res". Os recursos para esse fim jé sao fartamente co- nhecidos dos profissionais do magistério, informa o autor, uma vez que “quase todas as nossas profes- ‘sofas jd ensaiaram, alteraram e adaptaram ao nosso meio escolar” esses instrumentos de investigacdo psi- copedagigica® Por melo das medidas, pode-se tomar a educa- 40 uma pratica cientitica, vale dizer, previsivel e livre de subjetividade. Lourengo Filho (1931b. p.254) enten- de que 0 “enigma que, dantes parecia a crianga di- versamente resolvido pelo critério de cada mestre ou de cada pai, por avaliagao inteiramente subjetiva’, co- mega a ser desvendado “de modo muito mais preciso, @ impessoal’. Jé somos capazes de diagnosticar *ni- Vala'de desarvoWimerto, qualdades e apes expe "; JA pesquisamos “as causas das variagdes indi- ‘idueis de Intalpgnca, tamporamento @ capaciiades personalissimas. Conhecendo os elementos huma- hos, 0 educador pode prognosticar os efeitos dos pro- cessos de ensino, 0 que contribui para a elaboragdo de uma “pedagogia experimental, baseada na ciéncia’ Os testes so largamente aconselhados como instrumentos para methorar a distribuigao dos alunos nas salas de aula (Toledo, 1938), 0 que imprime ra- cionalidade & organizagao da escola ¢ ao trabalho do Dupla natureza... professor. Além disso, os testes sao vistos como ins- trumentos cientificos que dispensam a interferéncia de fatores subjetivos na avaliagdo do educando. De acor- do com Lourengo Filho (1931b), o progresso das téc- nicas educativas é resultado da assimilagao, pelos educadores, da possibilidade de se medir o fenémeno ensino-aprendizagem. A ‘medida na educagdo € re- presentada pelos testes”, cujo objetivo fundamental "6 substituir a apreciagao subjetiva, variével de mestre a mestre" por “uma avaliagao objetiva, constante e ine- quivoca” (p.258). Lourengo Filho (1930) confronta a tendéncia da mensuragao educacional com uma concepgao do tra- balho docente em que se destacam os aspectos sub- jetivos da tarefa de ensinar. Ele reconhece que “o en- sino é uma arte, em que o contingente pessoal 6 qua- se tudo”; para que se tenha “bom ensino”, entretanto,, 6 preciso, além da elevagao moral do mestre, que se- jam fornecidos ao professor “elementos de estudo de veriicagao objetiva de seu proprio trabalho”. ENTRE 0 INDIVIDUO E A SOCIEDADE Os educadores que se posicionam contra 0 ensino tradicional, entre os anos 30 ¢ meados da década de 1940, t8m como preocupagao fundamental a constru- gao de um determinado modelo de sociedade. A or- dem social seria erguida com base nas caracteristicas pessoais de cada individuo, Ao colocarem a escola re- ovada como instrumento para a consecugéo dessa meta, tomam de empréstimo & Psicologia 0s conhe- cimentos que esta ciéncia tem revelado no terreno do desenvolvimento infantil e da aprendizagem. A Psicologia, embora soja uma das ciéncias bé- sicas da Escola Nova, nao constitui, isoladamente das ciénclas sociais, 0 ceme do pensamento escolanovis- ta; a Psicologia fomece os meios necessérios para que a escola renovada investigue melhor as caracte- risticas infantis e seja um local capaz de realizar ple- namente os atributos de cada individuo. Mas a inves- tigagdo desses atributos e o respeito & personalidade ‘@ a0 pleno desenvolvimento da crianga nao sao fins em si, mas instrumentos para a construgéo de um projeto de sociedade. E de modo coerente com esse pensamento que os escolanovistas se recusam a colocar em plano se- ‘cundario os contetidos das matérias dos programas de ensino, Eles acreditam que o programa, ainda que minimo, 6 necessario para que o ensino tenha um di recionamento no sentido da obtengao de um determi- nado tipo de homem para a sociedade que se pre- tende no futuro. Afinal, 6 nos programas que se con- ccentram os fins sociais da escola, 0s ensinamentos 8 Sobre a uilizagdo de testes nas escolas do estado, ver Lou- rengo Filho (1931b), Siquoira (1938) © Santos (1945). Ver também 0 Anuério do Ensino de 1935-1886 (SAO PAULO, 1997, p.135-8). 69 capazes de homogeneizar todo 0 povo de modo a tor- ‘né-lo integrado aos objetivos do Estado. E coerente com esse pensamento, também, que a formagao de professores seja pensada como’ uma tarefa norteada pela ciéncia, ndo podendo ser deixada 0 sabor da espontaneidade de cada pessoa. Os es- colanovistas sabem que a subjetividade 6 um trago inerente ao ato de ensinar © buscam, especialmente Por meio da Psicologia, controlar 0 processo de en- sinar e, a0 mesmo tempo, garantir os resultados da aprendizagem. A fungao docente 6 vista como de fun- damental importancia para o projeto de sociedade, ‘nao podendo, por esta razo, ser permeada, além do inevitével, por flutuagdes de ordem pessoal. No discurso dos escolanovistas, a Psicologia apa- rece como uma ciéncia instrumental, a servigo dos co- nhecimentos fomecidos pelas ciéncias sociais e, em ima instancia, por diretrizes politicas. Esses conhe- cimentos e diretrizes, por sua vez, s6 podem ser via- bilizados na medida em que contarem com técnicas de controle do proceso de ensino @ aprendizagem; 6 nesse terreno, em particular, que a Psicologia, es- pecialmente a Psicologia dos testes, tem sou valor. Deve-se destacar que, na época aqui analisada, hha poucos autores contrariando as opinides e praticas ue, unénimes, afirmavam 0 valor positive do uso de testes. Raul Bringuet (1933), por exemplo, discorda do conceito de inteligéncia qué estaria implicito na me- todologia dos testes. Para ela, a “inteligéncia, em con- ceito global, & 0 conjunto das faculdades cerebrais, desiguaimente desenvolvidas, subordinadas cada uma a um grau maior ou menor de recaleamento” (p.47). A resposta do aluno aos testes 6 “influenciada por fa- tores emotivos inteiramente inconscientes", portanto, a0 mesmo teste cada sujeito oferece diferentes res- postas. Como se v8, trata-se de uma objegéo interna 20 ‘campo da Psicologia, oriunda certamente do paradig- ma da Psicanalise. Dessa perspectiva teérica, poder- se-ia esperar alguma tendéncia para a exaltagao do individuo em detrimento de interesses politicos e ad- ministrativos e, desse modo, alguma inclinagéo para que 0s programas de ensino fossem abandonados em rol do espontaneismo do professor®. Essa linha de raciocinio, entretanto, néo obtém repercussao signif cativa durante os quinze anos das publicagées anali- sadas no presente estudo; ela nao se apresenta com uma técnica pedagégica especifica, e, menos ainda, como defensora do abandono das técnicas de ensino. Podemos conciuir, primeiramente, que, se houve ‘alguma “exaltago individualista” na época que ante- cede a 1930, 0 mesmo nao ocorre no periodo seguin- te. Em segundo lugar, se a prética da Escola Nova, no dia-a-dia dos professores, tornou-se permeada de subjetivismo e de intengdes subvalorizadoras dos con- teuidos escolares, esse fenémeno se deu a revelia das elites que dirigiram 0 ingresso do escolanovismo em nosso meio. Por fim, cabe esclarecer que 0 individyalismo dos educadores da Escola Nova pode ser detectado, isto sim, na crenga de que seja possivel reconstruir a s0- ciedade por meio da educagéo de cada pessoa: e, ainda, na esperanga liberal de que o talento pessoal — respeitado e promovido na escola — tenha o poder de determinar a posigao social futura dos educandos. O individualismo escolanovista, portanto, ndo pode ser atribuido as influéncias da Psicologia, mas sim As ‘concepgSes politicas dentro das quais © pensamento escolanovista se move. 9 Segundo os que enfatizam a atvidade do educando © nfo 0s contoidos das matérias, 6 incoerente utlizar moios para ‘medir objetivamente o rendimento do aluno nas matérias @s- colares (cf. Newion, 1993. p.62-3). Mesmo nas abordagens ‘que resguardam maior lberdade para 0 processo de apren- dizagem, 0s testes ocupam seu espaco; Forriore (1932, 1.197) diz. que a escola ativa néo pode esperar que todos (0s protessores ajam intutivamente de maneira adequada © ssugore a adoro de técnicas objetivas de mensurarao para agtupar os alunos nas salas de aula. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AZEVEDO, Fomnando de. A cultura brasiera: inkoducio a0 es- tudo da cultura no Brasil, So Paulo: Melhoramentos, 1958, v3. AZEVEDO, Fernando ot al. A reconstrupso educacional no Bra- sil, Educagao, Sdo Paulo, v6, 1.1/3, p.-31, janJmar. 1932, BRINQUET, Raul. Psicologia educativa do adolescente: quinta conferéncia de educagio. Revista de Educagda, So Pauio, VA, m4, p.44-9, mar, 1993. CALDEIRA, Benedito. Convoniéncia da medemizagio do atual programa do ensino. Revista de Educagao, So Paulo, v.29, 1.90089, p.27-34, mar. 194%/un, 1943, CATANI, Denice Barbara. Educadores @ mela-tuz. Séo Paulo, 11989. 393p. 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