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5. Dimensionamento de vigas
mistas de aço e concreto biapoiadas

Surgiu a partir da utilização de vigas de aço sob lajes de concreto. Esse conjunto
passou a ser caracterizado como misto quando a contribuição da laje começou a
ser considerada na resistência.
A interação entre os componentes é garantida com o uso de conectores de
cisalhamento, restringindo a separação na interface aço-concreto e o
escorregamento longitudinal.

Laje de concreto

Conectores de
cisalhamento

Viga de aço

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• A utilização de aço estrutural combinado com o


concreto armado possui muitas vantagens, pois a união
do excelente desempenho do aço, quando submetido à
tração, e do concreto, à compressão, aproveita o
potencial de cada componente, tornando o sistema
eficiente e reduzindo custos.

Vigas mistas de aço e concreto:

Empregando-se vigas mistas biapoiadas, nos edifícios usuais pode-se chegar a um


perfil de aço mais leve e com altura de seção transversal menor em comparação
com as vigas de aço convencionais.

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• Estudos relacionados a vigas mistas iniciaram-se na


Inglaterra em 1914. Entre os anos 1922 e 1939,
muitos edifícios e pontes foram construídos
utilizando o sistema de viga mista. Já em 1944 o
assunto foi introduzido nas normas da American
Association of State Highway Officials (AASHO).

• No Brasil alguns edifícios e pequenas pontes foram


construídos nas décadas de 50 e 60. Inicialmente
os projetos eram feitos de acordo com normas
estrangeiras, pois as normas brasileiras não
tratavam sobre esse tipo de estrutura. Somente em
1996, o assunto foi introduzido na ABNT NBR 8800
– “Projeto e execução de estruturas de aço de
edifícios”.

No Espírito Santo – Brasil

A primeira obra a utilizar vigas mistas foi na CVRD Tubarão em 1975.


O Engenheiro estrutural foi Karl Fritz (capixaba da cidade de Vitória) que também
projetou a Ponte da Passagem.

Oficina de Diesel da CVRD no Porto de Tubarão

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5.1. Conectores de cisalhamento


Para baixos valores de carga, a aderência química entre a
pasta de cimento e a superfície do perfil de aço é a maior
responsável pelas forças longitudinais desenvolvidas.
Entretanto, para cargas mais elevadas, essa aderência é
rompida e não pode mais ser restaurada.

Desta forma, a aderência natural entre os dois materiais e


as forças de atrito presentes não são levados em conta no
cálculo. Sendo necessário a utilização de conectores de
cisalhamento para que as forças longitudinais sejam
transmitidas na interface aço-concreto e para garantir que
o sistema trabalhe em conjunto.

os conectores de cisalhamento são fundamentais para


proporcionar o comportamento misto aço-concreto, tendo
como funções principais a transmissão dos esforços
cisalhantes longitudinais entre a mesa de concreto e o
perfil de aço e não permitir que ocorra deslocamento
vertical na interface entre os dois materiais.

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A) COMPORTAMENTO DA LIGAÇÃO AO CISALHAMENTO


NA INTERFACE AÇO-CONCRETO

Esforços cisalhantes
longitudinais

Os conectores de cisalhamentos são os responsáveis por assegurar o


funcionamento da viga mista. Na ausência de conectores, não haverá
qualquer ligação mecânica entre laje de concreto e o perfil de aço.

A laje e o perfil de aço irão fletir independentemente, ocorrendo na superfície de


contato entre os materiais um escorregamento relativo, assim a viga de aço deverá
resistir a todas as ações atuantes, inclusive o peso próprio.
sem qualquer ligação ou atrito em sua interface, os dois elementos se deformam
independentemente. Enquanto a superfície superior da viga se encurta, ao sofrer
tensões de compressão, a superfície inferior da laje se alonga, por estar sujeita a
tensões de tração.
Com o deslizamento relativo entre as superfícies na região de contato haverá então
a formação de dois eixos neutros independentes, no centro de gravidade de cada
material.

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O momento total resistente será a soma das resistências


individuais da laje e da viga:

෍ Misol = Mlaje + Mviga

Ao considerar a existência de conectores de rigidez e resistência infinita para que


possam se deformar como um único elemento, não há deslizamento relativo entre o
aço e o concreto.
Isso ocorre porque a presença de conectores desenvolve forças horizontais que
tendem a encurtar a face inferior da laje e simultaneamente alongar a face superior
da viga. Assume-se que seções planas permanecem planas e o diagrama de
deformações apresenta apenas uma linha neutra.

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Momento resistente para interação total:

෍ Mmis = T. e = C. e > ෍ Misol

A interação parcial representa um caso intermediário,


onde a ligação não é suficientemente rígida ou
resistente, e há formação de duas linhas neutras não
independentes, cuja posição dependerá do grau de
interação entre os sistemas. Existirá deslizamento
relativo, porém menor que o ocorrido na situação não
mista.

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B) TIPOS USUAIS DE CONECTORES:

Existem dois principais grupos de conectores: os rígidos e os


flexíveis. No primeiro tipo, a ruptura se dá de maneira frágil, isto é,
não apresenta patamar de escoamento. O segundo tipo apresenta
este patamar e consequentemente apresenta ruptura dúctil.

TIPOS USUAIS DE CONECTORES

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O uso de conectores não dúcteis não está previsto na ABNT NBR


8800:2008. A norma somente prevê o uso dos conectores flexíveis
tipo pino com cabeça e perfil U laminado ou formado a frio.

Comportamento dos conectores ao longo da viga mista

A flexibilidade de um conector é estabelecida de acordo com a


resposta do conector à ação do fluxo de cisalhamento longitudinal
que surge da ação mista entre o perfil de aço e a laje de concreto.

Essa característica irá afetar o comportamento da viga apenas no


estado limite último, pois, a capacidade de deformação dos
conectores flexíveis antes da ruptura permite a redistribuição de
tensões entre os conectores. Assim, após atingir sua resistência
máxima sob carregamento crescente, o conector flexível continua se
deformando, sem ruptura, possibilitando a transferência de esforços
para os conectores vizinhos e admitindo plastificação total dos
conectores, num processo de uniformização da resistência da
conexão e, consequentemente, melhor exploração de sua
resistência.

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Nas vigas biapoiadas, a distribuição de tensões cisalhantes é similar


ao seu diagrama de esforço cortante, isto é, esforço máximo nos
apoios variando linearmente e esforço nulo no meio do vão.

Conectores tipo pino com cabeça (“stud bolts”)

Consiste em um pino especialmente projetado para funcionar como


um eletrodo de solda por arco elétrico e, após a soldagem como
conector de cisalhamento.
A flexibilidade deste tipo de conector é garantida pelas dimensões da
haste e a cabeça do pino é responsável por impedir o afastamento
vertical entre o aço e o concreto.

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Processo de soldagem

Os materiais necessários para o processo de soldagem


consistem no próprio pino e uma cerâmica especial
com função de conter o material fundido e proteger o
arco elétrico.

O processo consiste em introduzir o pino e a cerâmica em uma pistola automática


ligada a um equipamento de soldagem e encostar a base do pino no material base e
apertar o gatilho da pistola, iniciando a soldagem

O arco elétrico é aberto e mantido por tempo suficiente para que o ponto de fusão
seja atingido no material base e em parte do pino.

Quando isso ocorre, a pistola automaticamente empurra o pino na direção da poça


de fusão e, ao mesmo tempo, corta a corrente elétrica.
O processo de soldagem estará completo quando o material fundido se solidificar.
A pistola será então retirada do pino e a cerâmica será quebrada.

Todo o processo leva apenas alguns segundos.

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Para que a solda não danifique o material-base, a espessura mínima da chapa onde
o pino será soldado é dada em função do diâmetro do pino.

Porém, para garantir o alcance da resistência total do pino, a espessura não deve
ser inferior a 40% do diâmetro do pino.
Para soldas realizadas sobre a mesa, diretamente na posição correspondente à
alma de um perfil I, esta relação não é exigida.

O aço utilizado na fabricação dos pinos é o ASTM A–108 graus 1010 a 1020:
Resistência à tração mínima de 415 MPa e limite de escoamento não
inferior a 345 MPa.

Conectores de cisalhamento em perfil U:

Força resistente
• Nesse conector, a força resistente de cálculo é:

• tfcs é a espessura média das mesas


• twcs é a espessura da alma
• Lcs é o comprimento do conector

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C) Resistência:

O conector pino com cabeça, ao evitar o deslizamento relativo entre o concreto da


laje e o perfil de aço, bem como, por meio de sua cabeça, o descolamento vertical
(uplift) entre os dois materiais, fica submetido a um esforço horizontal,
deformando-se. Nesse movimento, em uma situação extrema, o conector tem seu
fuste submetido predominantemente à tração e provoca tensões diversas no
concreto, o que possibilita a ocorrência de dois estados-limites últimos: ruptura do
conector por tração e ruína do concreto por esmagamento ou fendilhamento.

➢ Força horizontal resistente de


cálculo de um conector é: 1 Acs fck Ec
Q Rd =
2 γcs
menor valor entre
R g R p Acs fucs
Q Rd =
Acs é a área do conector; γcs

Ec é o módulo de elasticidade do concreto; 𝐸𝑐 = 4760 𝑓𝑐𝑘 [MPa]

fck é a resistência característica do concreto;

fucs é a resistência à ruptura do aço do conector;

𝛾𝑐𝑠 é o coeficiente de ponderação da resistência do conector: 1,25


para combinações últimas normais, especiais ou de construção e
1,10 para combinações excepcionais;

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Rg é o coeficiente para consideração do efeito de atuação de grupos


de conectores, e pode assumir os seguintes valores:
Rg = 1,00 :
Para conector soldado em uma nervura de fôrma de aço perpendicular ao perfil de
aço;
Para qualquer número de conectores em uma linha soldados diretamente no perfil
de aço;
Para qualquer número de conectores em uma linha soldados através da forma de
aço em uma nervura paralela ao perfil de aço e com relação bf/hf igual ou superior a
1,5;

Rg = 0,85:
Para dois conectores soldados em uma nervura de fôrma de aço perpendicular ao
perfil de aço;
Para um conector soldado através de uma forma de aço em uma nervura paralela
ao perfil de aço e com relação bf/hf inferior a 1,5;

Rg = 0,70: para três ou mais conectores soldados em uma nervura de fôrma de aço
perpendicular ao perfil de aço;

Para determinar os valores de Rg exigidos no cálculo dos conectores tipo pino com
cabeça, levou-se em conta os valores obtidos para as piores situações, de forma
que o valor obtido esteja sempre a favor da segurança.

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bf e hf são,
respectivamente, a largura
média e a altura das
nervuras da fôrma de aço
de uma laje mista:

Rp é o coeficiente para consideração da posição do conector. Para este coeficiente


são estabelecidos os seguintes valores:
✓ Rp = 1,00: Para conectores soldados diretamente no perfil de aço e, no caso de haver
nervuras paralelas a esse perfil, pelo menos 50% da largura da mesa deve estar em contato
direto com o concreto;
✓ Rp = 0,75:
Para conectores soldados em uma laje mista com as nervuras perpendiculares ao perfil de
aço e emh igual ou superior a 50mm;
Para conectores soldados através da forma de aço e embutidos em uma laje mista com
nervuras paralelas ao perfil de aço;
✓ Rp = 0,60: para conectores soldados em uma laje mista com nervuras perpendiculares ao
perfil de aço e emh inferior a 50mm.

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Para determinar o valor de Rp, a norma leva em conta a distancia da borda do


fuste do conector à alma da nervura da fôrma de aço, medida à meia altura da
nervura e no sentido da força cortante que atua no conector (𝑒𝑚ℎ ).

O cálculo desta distancia é muito trabalhoso, por isso a determinação desse valor
foi simplificada de forma a obter o menor valor possível para cada situação, de
forma a reduzir a resistência do conector ao máximo e obter um valor a favor da
segurança.

D) FORÇA ATUANTE NOS CONECTORES


Na superfície de contato entre os dois materiais se desenvolve um esforço
horizontal 𝐹ℎ𝑑 , que impede o deslizamento relativo e garante o trabalho em
conjunto da viga de aço e da laje de concreto, caracterizando a viga mista.

O esforço cortante longitudinal 𝐹ℎ𝑑 atua entre a seção de momento máximo (onde
o deslizamento é nulo) e cada seção adjacente de momento nulo (onde o
deslizamento relativo é máximo).

E é obtido supondo que a seção de momento máximo encontra-se totalmente


plastificada, ou seja, com sua resistência nominal esgotada. Assim, calcula-se o
valor de 𝐹ℎ𝑑 de acordo com a posição da linha neutra plástica (LNP).

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No caso de a LNP estar situada na viga de aço, o esforço cortante longitudinal será
igual à força resistente de cálculo da espessura comprimida da laje de concreto :
𝑓𝑐𝑘
𝐹ℎ𝑑 = 𝐶𝑐𝑑 = 0,85. . 𝑏. 𝑡𝑐
1,4

b é a largura efetiva;
tc é a espessura total da laje de concreto em lajes maciças e a espessura acima do topo das
nervuras em lajes com forma de aço incorporada.
O fator 0,85 presente na equação representa uma redução da resistência do concreto com o
tempo (efeito Rüsch).

Se a linha neutra plástica (LNP) estiver situada na laje de concreto, 𝐹ℎ𝑑 será igual à
força resistente de cálculo da região tracionada do perfil de aço.

𝑓𝑦
𝐹ℎ𝑑 = 𝑇𝑎𝑑 = 𝐴𝑎 .
1,1

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Resumidamente, para obter o valor da força de cisalhamento de


cálculo entre o componente de aço e a laje, basta adotar o menor
𝑓𝑦 𝑐𝑘 𝑓
valor entre 𝐴𝑎 . 1,1 e 0,85. 1,4 . 𝑏. 𝑡𝑐 , pois se:

𝑓𝑐𝑘 𝑓𝑦
− 0,85. . 𝑏. 𝑡𝑐 < 𝐴𝑎 . : a linha neutra plástica está na viga de aço e 𝐹ℎ𝑑 = 𝐶𝑐𝑑 ;
1,4 1,1

𝑓𝑦 𝑓𝑐𝑘
− 𝐴𝑎 . < 0,85. . 𝑏. 𝑡𝑐 : a linha neutra plástica está na laje e 𝐹ℎ𝑑 = 𝑇𝑎𝑑
1,1 1,4

E) QUANTIDADE, LOCALIZAÇÃO E ESPAÇAMENTO DOS CONECTORES

• Interação completa:
O número de conectores necessários de cada lado da seção de momento fletor
solicitante de cálculo máximo, considerando a interação completa da laje de
concreto com a viga metálica é:
Fhd
n=
QRd
𝐹ℎ𝑑 é a força de cisalhamento de cálculo entre o componente de aço e a laje de
concreto;
𝑄𝑅𝑑 é a força resistente de cálculo de um conector.

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É possível também utilizar um número de conectores menor que n. Neste caso, a


interação entre o concreto e o aço será considerada parcial e a viga mista se
comportará de uma forma intermediária entre a viga mista com interação
completa e a viga de aço isolada.

• Interação parcial:

O novo número de conectores entre a seção de momento máximo e as seções


adjacentes de momento nulo: F hd
n<
QRd
A resistência total do novo número de conectores calculado:
෍ QRd = n. QRd

Dessa forma, é possível determinar o grau de interação da viga mista:

σ 𝑄𝑅𝑑
ηi =
Fhd

O valor do grau de interação encontrado não deve ser inferior a:

➢ Quando os perfis de aço componentes da viga têm mesas de áreas iguais:

Para Le≤25m: E
1− 0,75 − 0,03. Le
ηi ≥ ൞ 578. fy
0,40

Para Le>25m: ηi=1. Interação completa (ainda que σ 𝑄𝑅𝑑 > 𝐹ℎ𝑑 )

Le é o comprimento do trecho de momento positivo (distância entre pontos de


momento nulo), em metros.

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Espaçamento máximo entre linhas de centro de conectores

Igual a oito vezes a espessura total da laje (tc para laje maciça e tc+hf para laje com
fôrma de aço incorporada)

Igual ou inferior a 915 mm, no caso de lajes com fôrma de aço incorporadas, com
nervuras perpendiculares ao perfil de aço

Espaçamento mínimo entre linhas de centro de conectores


Ao longo do vão da viga, deve ser igual a seis
diâmetros, podendo ser reduzido para quatro
diâmetros no caso de laje com fôrma de aço
Conector tipo pino com cabeça incorporada
Na direção transversal ao vão da viga deve ser igual a 4
diâmetros

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