INTRODUÇÃO
Fitoterapia é a utilização de plantas medicinais ou bioativas, ocidentais e/ou orientais, in
natura ou secas, plantadas de forma tradicional, orgânica e/ou biodinâmica, apresentadas como
drogas vegetais ou drogas derivadas vegetais, nas suas diferentes formas farmacêuticas, sem a
utilização de substâncias ativas isoladas e preparadas de acordo com experiências populares
tradicionais ou métodos modernos científicos.
Fitoterápicos são medicamentos obtidos empregando-se, como princípio-ativo,
exclusivamente derivados de drogas vegetais. São caracterizados pelo conhecimento da eficácia e
dos riscos de seu uso, como também pela constância de sua qualidade. .
A definição de medicamento fitoterápico é diferente de fitoterapia, pois não engloba o uso
popular das plantas em si, mas sim seus extratos. Os medicamentos fitoterápicos são preparações
elaboradas por técnicas de farmácia, além de serem produtos industrializados.
Como qualquer medicamento, o mau uso de fitoterápicos pode ocasionar problemas à saúde,
como por exemplo: alterações na pressão arterial, problemas no sistema nervoso central, fígado e
rins, que podem levar a internações hospitalares e até mesmo à morte, dependendo da forma de uso.
Atualmente a Maconha (Cannabis sativa) é utilizada de várias maneiras e uma das mais
conhecidas é como droga de abuso e a sua procedência é duvidosa podendo conter muitas outras
substâncias danosas.
A maconha apresenta diversas substâncias diferentes em sua composição. As duas
principais moléculas são o THC (Tetra-hidrocanabinol) e o CBD (Canabidiol); Essas substâncias são
encontradas em diferentes concentrações e atividades sobre o sistema nervoso central. O THC tem
efeito depressor do sistema nervoso central, podendo potencializar o efeito de medicamentos que
também são depressores, sendo um risco para a saúde; O CBD é outra substância extraída da
maconha, que é a responsável pela atividade anticonvulsivante e foi recentemente liberada pela
ANVISA, sob controle de prescrição médica.
OBJETIVO
Este trabalho teve como objetivo abordar sobre a importância dos fitoterápicos, o uso
indiscriminado do chá de maconha e suas vantagens e desvantagens.
METODOLOGIA
Utilizou-se pesquisa em livros específicos, revistas científicas nas áreas de fitoterápicos e
sites de busca como Scielo e PubMed.
DESENVOLVIMENTO
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas
há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes
desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo (a substância ou
conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais
prioridades da farmacologia.
Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma
caseira, principalmente através de chás, ultra diluições, ou de forma industrializada, com extrato
homogêneo da planta.
Realização
III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do
princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande
quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por
agrotóxicos ou por metais pesados.
Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de quantidade -
abaixo dessa quantidade, é inativo e acima disso passa a ser tóxico. A variação de concentração do
princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa
terapêutica com segurança em algumas plantas nas quais essa faixa é mais estreita. Na forma
industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzido através do controle de qualidade da
matéria prima.
À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e refinados de modo a
eliminar agentes tóxicos e contaminações, e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas de
modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os
demais.
A preparação de chá de maconha, não apresenta nenhum efeito terapêutico significativo.
Durante a infusão ocorre a extração de todos os componentes e não apenas de 1 seletivamente. O
uso do chá não apresenta nenhum efeito contra crises convulsivas, podendo levar o paciente á um
quadro de toxicidade e alergia, justamente pela grande quantidade de propriedades químicas que a
maconha contém.
CONCLUSÃO
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas
há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes
desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo (a substância ou
conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais
prioridades da farmacologia.
Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma
caseira, principalmente através de chás, ultra diluições, ou de forma industrializada, com extrato
homogêneo da planta.
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do
princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande
quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por
agrotóxicos ou por metais pesados.
O uso do chá de maconha pode ser prejudicial à saúde, e causar tontura, náuseas e
sonolência; Os pacientes que fazem uso controlado do CBD podem apresentar reações adversas
como vermelhidão nos olhos, sensação de estar “aéreo”, o que é esperado, podendo também
apresentar os efeitos mais severos como mal estar, incluindo cefaleia.
O uso concomitante com outros medicamentos pode levar ar qualquer tipo de interação com
o chá. As atividades benéficas ou prejudiciais dos fitoterápicos podem variar de pessoa para pessoa.
O paciente não deve fazer uso de qualquer fitoterápico sem consultar seu médico e o farmacêutico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Realização
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