MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALAGOAS
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO
RELATÓRIO FINAL
TÍTULO DO PROJETO
DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES EDUCATIVAS PARA TV DIGITAL INTERATIVA COM
NCL/LUA
RESUMO DO PROJETO
Novas formas de aprendizagem vêm sendo aceitas entre as pessoas, tanto como forma de
suporte, ou, aprender mesmo. Comodidade, sossego e facilidade são coisas que todos querem, e
esses novos meios de aprender estão ganhando espaço, principalmente entre os jovens, a
exemplo dos computadores, celulares e até a televisão, sendo esta interativa - TVDi. Utilizando o
equipamento certo e conhecimento, podemos transformar a TV comum, em uma máquina
poderosa, em que a aprendizagem por este método recebe o nome de T-Learning. Duas
linguagens de origem brasileira são as principais responsáveis por isso, NCL (Nested Context
Language) e Lua; com aplicações educativas – baseado-se na aprendizagem colaborativa,
intuitivas e, de certa forma, incentivadoras, faz com que qualquer um seja estimulado e aprenda.
Com apenas um aplicativo simples, podemos aprender sobre vários assuntos e de várias
disciplinas, tornando assim, o estudo mais fácil, prático e cômodo. Este foi o principal objetivo
deste projeto, desenvolver uma aplicação capaz de atender a estas necessidades dos alunos.
INTRODUÇÃO
Nas televisões convencionais, modelos mais antigos, não é possível ter a interatividade
necessária para a finalidade dos softwares desenvolvidos. Aquelas são limitadas a imagem e
vídeo e não tem conexão com a internet, o que a limita muito. Para as novas televisões
apresentarem mais interatividade, como um computador por exemplo, o tipo de sinal teve que ser
alterado: era analógico e passou a ser digital. A diferença desses sinais é basicamente que os
sinais analógicos eram transmitidos em forma de ondas e estes podiam sofrer interrupções no
caminho (arvores, prédios, por exemplo), já o sinal digital é transmitido em forma de bits (0 ou 1)
que faz com que este seja mais confiável e a possibilidade de apresentar imagem e som de
melhor qualidade.
Apesar da alta definição e tudo mais, não é o único item necessário para ter acesso a
interatividade. Ter uma TV com suporte a entrada RJ45 (conhecida como entrada Ethernet) é
necessário, pois com a internet, o usuário vai deixar de ser apenas receptor de informação (no
caso em forma de som e imagem) e passa a ser também um transmissor. Com essa mudança do
tipo de usuário, passa a ter acesso a novos tipos de serviço, além do T-Learning, como: o T-
Banking (controlar contas bancárias), T-Health (serviços de saúde) e T-Gorvernment (consulta de
situação previdenciária, por exemplo).
Outro fator que faz com que o T-Learning seja um ótimo método para aprendizagem, é que a
televisão é um item quase essencial na casa dos Brasileiros, segundo o IBGE, a partir de uma
pesquisa feita pelo PNAD em 2008-2009, 95,7% da população brasileira tem televisão, enquanto,
apenas 34,7% tem microcomputadores, e destes, 24,7% tem acesso à internet.
Para a implantação da TV Digital no Brasil foi criado um sistema próprio, chamado de SBTVD-T
(Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre), este foi desenvolvido na PUC/RJ no laboratório
Telemídia e na UFPE no laboratório Lavid.
Para fazer a conexão entre todas essas camadas é necessário um equipamento, também
chamado de middleware, no Brasil o middleware adotado foi o Ginga. O Ginga pode ser usado
como Ginga-NCL, que dá suporte à linguagem NCL (que é declarativa), e como o Ginga-J, que dá
suporte à linguagem que foi usada no projeto Lua (que é procedural).
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Este trabalho teve como objetivo geral a ampliação no desenvolvimento, teste e implantação destas
aplicações, como consta na Figura 1: APL1, APL2, ..., APLn, de formato face-to-face (face a face) ou
não, colaborativa ou não, para aquisição do conhecimento, portanto sendo com o teor educativo, com
as linguagens NCL/Lua, que dinamizem e ao mesmo tempo, complementem a educação presencial
adquirida por este instituto.
Objetivos Específicos:
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como podemos observar na tabela abaixo, o nível de interação oscilou principalmente entre Bom
e Excelente e interface pela maioria foi considerada amigável. Dados estes que vão ajudar a
melhorar a aplicação e ter uma ideia de como ela está interativa e amigável com o usuário. O nível
de interação, é como os usuários classificam a interatividade da aplicação, se está interagindo
pouco, o aluno só sendo receptor e tudo mais; A interface amigável é se o usuário teve certa
facilidade parar fazer o uso da aplicação e usufruir da mesma.
Figura 2: Resposta dos alunos quanto à nota dada aos assuntos abordados
Na Figura 2 acima, é abordado o nível de satisfação quanto aos assuntos das disciplinas, durante os
testes da aplicação LabVirtua, que serviram para nortear o encaminhamento final do projeto.
Laboratório* Questões
* Printscreen tirado do laboratório da aplicação protótipo e que foi implementado na aplicação final.
Como foi observado na Tabela 1, os níveis de interface e interatividade tiveram uma boa
qualificação. Logo, se estes itens foram classificados como bons, é um bom indicativo que a
aplicação tem certo grau de aprendizagem, sendo amigável com o usuário, faz com que estes a usem,
e que, consequentemente, tenham resultado. Ao mesmo tempo, na Figura 2 é identificada a média 7,5
pelos 10 alunos que testaram a aplicação. Com isso, propondo-nos a uma melhoria na abordagem
dos assuntos das disciplinas.
- Executar o projeto todo individualmente, pois não houve recursos para o segundo bolsista;
- Falta de material na internet para estudo, por ser uma tecnologia nova;
- Falta de equipamento específico para testes mais “realistas”.
CONCLUSÕES
A última etapa do projeto foi fazer as devidas correções identificadas nos testes realizados e finalizar a
aplicação por completo, testando com mais pessoas (não só do IFAL, mas também de outras escolas
e/ou até mesmo pessoas que não estudam mais) e poder testá-lo fora do simulador, usando uma TV de
verdade. E posteriormente, fazendo divulgação da aplicação para que mais pessoas possam saber, não
só da aplicação como também da possibilidade de ter essa interação com a TV, e ter esse tipo de
aprendizagem como uma aprendizagem corriqueira e que realmente dê suporte a aprendizagem.
Diante das dificuldades na execução já apresentadas no tópico anterior, na nossa avaliação (bolsista e
orientador) o projeto sofreu, não atingindo o resultado como o desejado, porém conseguiu dar um salto
no quesito de disseminação da proposta entre a nossa instituição (Campus Arapiraca) e em mais uma
aplicação para este fim.
Assim, qualificamos a avaliação como regular.
PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
Conforme já mostrado anteriormente, sendo o objeto de conclusão, foi desenvolvida uma aplicação
interativa com NCL e Lua. Denominado LabVirtua, este foi analisado e testado, já informado
anteriormente os dados, entre alunos do 3º ano integrado de informática. A referida aplicação contou
com a abordagem de assuntos pertinentes a diversas disciplinas que os alunos estão estudando,
como exemplo: física, biologia, química entre outros.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Decreto nº. 4.901, de 26 de novembro de 2003. Institui o Sistema Brasileiro de Televisão
Digital – SBTVD, e dá outras providências.
BRASIL. Decreto nº. 5.820, de 29 de junho de 2006. Dispõe sobre a implantação do SBTVD-T, e dá
outras providências.
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