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18 de Fevereiro de 2017

A importância da política de Saneamento Básico

O foco nesse trabalho é a análise da política nacional de saneamento


básico.

1 INTRODUÇÃO
Com a evolução da humanidade, o meio ambiente passou a ser um
direito e garantia assegurado a todos. Para seu completo atendimento à
coletividade, hoje se faz necessária à proteção de diversos pontos
referentes a ele. Dentre os diversos itens relacionados ao meio
ambiente temos o saneamento básico.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é
o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem
ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e
social. A falta de saneamento básico é um problema que afeta a
população, em relação ao seu desenvolvimento saudável.

O saneamento básico é diretamente ligado à água, pois dela se tem
vários nutrientes importantes para assegurar uma vida saudável. As
doenças advindas da água representam grande ameaça à vida humana,
motivo pelo qual, se faz necessária a adoção de políticas de proteção e
controle do meio ambiente, em que se enquadram o saneamento
básico.

Assim, nesse trabalho, pretende­se analisar o tema, entendendo o
conceito de saneamento básico, bem como seus objetivos e
aplicabilidade para a população em geral.
2 MEIO AMBIENTE

Encontramos a definição legal do meio ambiente no artigo 3.º, I, da Lei
6.938/1981, que diz que o meio ambiente é “o conjunto de condições,
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

Já o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, na Resolução
306/2002, amplia o entendimento de meio ambiente, englobando o
patrimônio cultural e artificial, o definindo como o “conjunto de
condições, leis, influências e interações de ordem física, química,
biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a
vida em todas as suas formas”.

2.1 Recursos hídricos

Conforme estabelece o art. 3º, V, da Lei 6.938/81, bem como o art. 2º,
IV, da Lei 9.985/2000, a água é um recurso ambiental.

O CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, é o responsável
em implementar os padrões que visem assegurar a qualidade
ambiental estabelecida na Política Nacional do Meio Ambiente,
visando ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os
hídricos.

De sua vez, o enquadramento das águas, de modo a identificar as
classes adequadas aos usos múltiplos definidos nos Planos de Recursos
Hídricos, é medida de extrema importância, pois prima pelo uso
racional desse elemento indispensável à manutenção da vida, sendo
considerado como “o estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade
da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um
segmento de corpo de água, de acordo com os usos preponderantes
pretendidos, ao longo do tempo”.
Assim, o CONAMA editou a Resolução 357/2005, alterada pela
Resolução 410/2009 e pela 430/2011, que dispõe acerca da
classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos
de água superficiais, além de estabelecer as condições e padrões de
lançamento de efluentes.

Essa resolução estabelece padrões de qualidade para as águas, além de
determinar que o lançamento de efluentes de fonte poluidora em
corpos de águas apenas poderá ocorrer após o devido tratamento,
observados os padrões do ato regulamentar.

3 SANEAMENTO BÁSICO

O saneamento básico é ponto essencial para assegurar uma boa
qualidade de vida. No Brasil, considerável parcela da população ainda
não tem sequer uma rede de esgotamento sanitário e água potável
disponível em sua residência.

Ele abrange as diversas maneiras de modificar as condições do meio
ambiente permitindo o homem manter e melhorar sua saúde, evitando
doenças.

Conforme o previsto na Constituição Federal, é competência material
da União instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive
habitação, saneamento básico e transportes urbanos, bem como é
competência comum entre todas as pessoas políticas promover o
saneamento básico (artigo 23, IX).

O saneamento básico tem como marco a Lei 11445/07, que estabelece
as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política
federal de saneamento básico. Em termos legais, o saneamento básico
compreende:
i. Abastecimento de água potável (da captação às ligações
prediais);

ii. Esgotamento sanitário, consistente na coleta, transporte,
tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários
(das ligações prediais até o lançamento final no ambiente);

iii. Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, consistente nas
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta,
transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo
doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros
e vias públicas;

iv. Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

A prestação dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser
diretamente prestada pelo Poder Público, ou ser delegada aos
particulares por contrato administrativo a sua organização, regulação,
fiscalização e prestação, na forma do artigo 241 da Constituição
Federal, abaixo transcrito:

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de
cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de
serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos
serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

O titular do serviço público de saneamento básico deverá elaborar o
plano de saneamento como integrante de sua política, que poderá ser
específico para cada serviço, assegurada a ampla divulgação à
população.
Vale frisar que os recursos hídricos não integram os serviços públicos
de saneamento básico, tendo regramento próprio dado pela Lei
9.433/1997, que estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos.
Isso significa que os recursos hídricos possuem tratamento
especializado, não integrando o sistema geral de saneamento básico.
Essa lei tem seus fundamentos estabelecidos em seu art. 1º, abaixo
transcrito:

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia­se nos
seguintes fundamentos:

I ­ a água é um bem de domínio público;

II ­ a água é um recurso natural limitado, dotado de valor
econômico;

III ­ em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos
hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;

IV ­ a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso
múltiplo das águas;

V ­ a bacia hidrográfica é a unidade territorial para
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e
atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos;

VI ­ a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e
contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das
comunidades.

A Política Nacional de Recursos Hídricos tem como objetivos assegurar
à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em
padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; a utilização
racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte
aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; e a prevenção e
a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou
decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

Na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, os
Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municípios promoverão a
integração das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação
e conservação do solo e de meio ambiente com as políticas federal e
estaduais de recursos hídricos (art. 31 da Lei 9433/97). Interessante
destacar que essa política ainda não foi implementada em todo
território nacional.

4 CONCLUSÃO

Neste trabalho foi abordada a importância da política de saneamento
básico como forma de assegurar o amplo desenvolvimento da vida. A
água é um bem humanitário que possui vasta proteção, seja
internacional ou nacional.

Contudo, por mais que se existam leis protetivas dos recursos hídricos,
a implementação dessas políticas não é tão simples. No Brasil, o
saneamento básico, que é a forma de se garantir um desenvolvimento
de vida saudável, abrange pouca parte da população.

Inúmeras são as doenças hídricas, podendo, inclusive causar morte
daqueles que são infectados por elas.

Dessa forma, verifica­se a necessidade de ampliar e intensificar a
Política de Saneamento, visando abranger a população como um todo e
não somente regiões centralizadas.

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Disponível em: http://marianahemprich.jusbrasil.com.br/artigos/160040497/a‐importancia‐da‐


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