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Curso Superior em Engenharia Mecânica

Usinagem dos Materiais I

Aula 8 – Desgaste e Avarias,


Mecanismos de Desgaste e Vida da
Ferramenta

Prof. Me. Thiago Machado


thiago.machado@riogrande.ifrs.edu.br

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Introdução

• Ferramenta de corte é submetida a solicitações térmicas,


mecânicas e químicas durante a usinagem.

• Uma série de avarias e desgastes de naturezas distintas


podem ser observados na ferramenta de corte ao longo de
sua utilização.

• Para evitar que ocorra o colapso total da ferramenta é


fundamental estipular limites para as avarias e para os
desgastes de flanco e cratera (regulares e previsíveis) .

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Principais desgastes das Ferramentas

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Desgaste do Flanco (VB)
• Tipo mais comum de desgaste e o tipo preferido de
desgaste pois tem-se uma vida útil da ferramenta previsível e
estável.
• Desgaste de flanco ocorre devido à abrasão, causada por
constituintes duros no material da peça.

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Desgaste do Flanco (VB)
• Incentivado pelo aumento da velocidade de corte, causa a
deterioração do acabamento da peça e, por modificar a
geometria do gume original faz com que a peça mude de
dimensão (pode sair da faixa de tolerância).

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Efeitos do Desgaste de Flanco na
Superfície Usinada

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Desgaste de Cratera (KT)
• A Craterização está localizada na saída da pastilha e ocorre
devido ao atrito e a reação química entre o material da
peça e a ferramenta, e é aumentada pela velocidade de
corte.
• Craterização excessiva enfraquece o gume, e pode levar à
quebra da ferramenta.

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Desgaste de Cratera (KT)
• Não ocorre ao usar-se ferramentas de Carboneto Metálico
recobertas com Al2O3 (eficiente contra a craterização),
ferramentas cerâmicas, e quando o material da peça é
frágil (gera cavacos arrancados).

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Gume Postiço
• Causado por solda por pressão do cavaco na pastilha.
• Mais comum na usinagem de materiais pastosos, como aços
com baixo teor de carbono, aços inoxidáveis e alumínio.
• Baixa velocidade de corte aumenta a sua formação.

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Entalhe
• Caracterizado por dano excessivo localizado na face e no
flanco da pastilha na linha da profundidade de corte.
• Causado pela adesão (solda por pressão de cavacos) e
deformação na superfície.
• Comum ao usinar aços inoxidáveis e HRSA (Heat resistant
super alloys - Ni, Ti, Co).

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Deformação Plástica
• Ocorre quando o material da ferramenta é amolecido.
• Temperatura de corte está muito alta para uma
determinada classe de ferramenta.
• Em geral as classes mais duras e as coberturas mais
espessas melhoram a resistência ao desgaste por deformação
plástica.

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Lascamento e Quebra do Gume
• Resultado de uma sobrecarga das tensões de tração
mecânica. Tensões podem ocorrer por vários motivos, como
martelamento de cavacos, pastilha muito dura e pouco tenaz,
profundidade de corte ou avanço muito alto, ângulo de quina
pequeno, inclusão de areia no material da peça, gume postiço,
vibrações.

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Trincas Térmicas (Formato de Pente)
• Ocorre quando a temperatura no gume muda rapidamente
de quente para frio.
• Altas velocidades de corte.
• Várias trincas podem surgir perpendiculares ao gume.
• Cortes interrompidos, comuns em operações de fresamento
e agravadas pelo uso de fluido refrigerante.

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Trincas Mecânicas
• Choques mecânicos na entrada e/ou na saída da ferramenta na
peça – principalmente em operações de fresamento.
• Relativamente baixas velocidades de corte.
• Crescimento das trincas podem provocar a quebra da ferramenta.
Para se evitar a formação deve-se utilizar uma ferramenta mais
tenaz, diminuir o avanço, aplicação do fluido em abundância.

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Características dos Desgastes de Flanco e
Cratera
• Desgaste de flanco e cratera são as formas de desgaste mais
regulares e previsíveis, logo, procura-se estabelecer
condições de corte onde estas formas de desgaste são
dominantes sobre o fim de vida da ferramenta.
• Desgaste de flanco: mede-se no flanco a largura média do
desgaste VB e a largura máxima da marca de desgaste Vbmáx,
porém, nem sempre a marca de desgaste é muito nítida,
devido a mudanças de cor ou oxidações que ocorrem no
flanco, nas regiões limites de contato.
• Além disso, a presença eventual de entalhes dificulta a
interpretação precisa da marca de desgaste de flanco.

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Desgaste de Flanco e Cratera

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Desgaste de Flanco e Cratera

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Desgaste de Flanco e Cratera

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Desgaste de Flanco e Cratera

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Desgastes x Avarias
• Em geral, desgastes se apresentam como falhas
contínuas, isto é, possuem comportamento
determinístico (podem ser modeladas
matematicamente) ao longo de sua progressão até a
deterioração completa da ferramenta o que permite um
controle maior da vida.
• Por outro lado, avarias são falhas transitórias que
ocorrem aleatoriamente (não podem ser descritas
explicitamente por uma função matemática), promovem
colapso (quebra total) e são detectadas frequentemente
após o ocorrido Ex. lascamento do gume: superfície
usinada pode ficar extremamente danificada, que pode
acarretar danos irreversíveis à peça.

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Deformação Plástica: desgaste ou avaria

• Alguns autores classificam a deformação plástica como


um desgaste, pois esta apresenta comportamento
determinístico ao mudar a geometria da aresta de corte
pelo deslocamento de material.

• Outros como avaria de origem térmica causada pelas


altas pressões e altas temperaturas aplicadas à ponta da
ferramenta com baixa resistência ao cisalhamento e alta
tenacidade.

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Deformação Plástica: desgaste ou avaria
• Seu crescimento pode gerar a quebra do gume.
• Pode ser evitada pelo emprego de uma ferramenta com
maior dureza a quente e maior resistência à deformação,
ou pela alteração das condições de corte e/ou geometria
da ferramenta com o intuito de diminuir os esforços e a
temperatura.

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Mecanismos de Desgaste

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Adesão
• Para ocorrer adesão é necessário a afinidade entre o
material da peça e o material da ferramenta.

• Além disso, a temperatura, o tempo e a pressão de


contato devem estar situados em uma determinada faixa
de valores.

• Para materiais que apresentam um encruamento


acentuado, a adesão leva à formação do gume postiço

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Abrasão

• Ocorre devido à presença de partículas duras no


material da peça.

• O cisalhamento e saída de partes do gume postiço e


sua extrusão pela interface superfície de corte/flanco
levam a um desgaste acentuado.

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Difusão
• Ocorre no estado sólido através da transferência de
átomos pertencentes à rede cristalina de um material
para a rede cristalina de outro material, constituída de
elementos que apresentam afinidade entre si.
• Quanto maior for a afinidade, temperatura de contato e
tempo de contato, maior será a difusão entre a
ferramenta e o cavaco.
• Superfície da ferramenta é empobrecida dos átomos
responsáveis pela sua dureza.
• Temperaturas associadas à difusão são da ordem de
850°C a 1200°C, logo, não promove a fusão do material.

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Difusão
Exemplo: Átomos de Co do MD na usinagem de ligas de
Ti, indo para o cavaco resultando em uma cratera.

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Oxidação
• Após o corte, muitas vezes são observadas cores de
revenimento na região de contato entre o cavaco e a
ferramenta que são provocadas pela oxidação da
ferramenta.

• Só ocorre se a temperatura for suficientemente elevada


e se houver a presença de O2 na região aquecida.

• No MD em temperaturas de corte acima de 8000°C o


mecanismo de oxidação ocorre de forma intensa.

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Oxidação
• Camada oxidada, quando mais macia que o material
original da ferramenta é cisalhada para fora expondo um
novo material para manter o processo de reação.

• Camada oxidada, quando mais dura (p.ex. Al2O3) é mais


resistente que o material original da ferramenta e é
cisalhada para fora expondo um novo material para
manter o processo de reação.

•Assim, materiais de ferramenta que não contém Al2O3


desgastam-se mais facilmente por oxidação.

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Vida da Ferramenta
• Tempo que a ferramenta trabalha efetivamente
(deduzido os tempos passivos), até perder a sua
capacidade de corte, dentro de um critério previamente
estabelecido.

• Grandezas avaliadas para definir a vida da ferramenta


são o tempo de corte, volume de material cortado,
número de peças fabricadas.

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Fim da Vida da Ferramenta
O Fim da vida é detectável quando ocorre mudança em
uma ou mais características do processo:

• Valores elevados de desgastes.


• Temperaturas excessivas atingidas pela ferramenta.
• Tolerâncias dimensionais fogem do controle.
• Acabamento superficial deixa de ser satisfatório.
• Componentes da força de usinagem aumentam
excessivamente.
• Mudanças no ruído.
• Mudanças na forma de cavaco.
• Vibrações entre a peça e ferramenta.

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Fim da Vida da Ferramenta
• Curvas de vida de uma ferramenta para um
determinado material, ensaios de usinagem de longa
duração e o gume da ferramenta vem sendo utilizados m
critério de fim de vida de desgaste previamente fixado.

• Definição do critério de desgaste: deve-se conhecer a


forma do desgaste e os mecanismos que regem seu
surgimento.

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Curva de Vida da Ferramenta

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Curva de Vida da Ferramenta

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Curva de Vida da Ferramenta

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Equação de Taylor

• n - relativamente constante para um determinado


material de ferramenta,
• C - depende do material da ferramenta, do material da
peça e das condições de corte.

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Exemplo de Dados de Fim de Vida

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Critérios Alternativos para o Fim de Vida
da Ferramenta
• Apesar do desgaste de flanco ser o critério de fim de
vida da ferramenta na equação de Taylor, esse critério
não é muito prático no ambiente de uma indústria
(dificuldades e do tempo necessário para medir o
desgaste de flanco).
Critérios alternativos:
• inspeção visual do gume pelo operador da máquina
para determinar quando deve ser trocada a ferramenta,
• degradação do acabamento superficial da peça,
• troca da ferramenta após um determinado número de
peças terem sido fabricadas,
• troca da ferramenta quando um determinado tempo de
corte acumulado para a ferramenta tiver sido alcançado.

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Obrigado pela atenção e Bons estudos!

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