A educação, por muito tempo, foi uma transmissão de experiências, voltada mais para
o passado do que para o presente e o futuro. Com o passar o tempo, notou-se que era preciso
olhar para o presente e descobrir novas ações que atendessem as necessidades do mercado, já
que o modelo de educação estava se tornando insuficiente. “Hoje parece estar acontecendo o
mesmo: mediante o aumento da competitividade, existe uma postura profissional inadequada,
uma formação acadêmica ineficiente, uma ausência do aprendizado contínuo, entre outros
fatores que sugerem uma mudança de comportamento profissional e principalmente uma
mudança na própria prática educacional. ROZENFELD [8] comenta que as instituições têm
formado profissionais com alto grau de conhecimento especializado, sem possuir, no entanto,
esse perfil de gerenciamento, liderança e trabalho em equipe exigidos pela atual dinâmica
competitiva e organizacional do trabalho. ” (p.2)
Após os levantamentos, foi possível mostrar que há diversos caminhos para obter a
formação que o mercado procura dentro da própria universidade. Porém, depende
exclusivamente do aluno, de sua necessidade de aprender com os demais, de conseguir
melhor entrosamento com as pessoas e com o mundo e das escolhas de cada estudante para
analisar quais características precisam aperfeiçoar ou adquirir, por meio de participações
mais efetivas na comunidade acadêmica.
O artigo analisado apresenta uma reflexão acerca da atualidade dos conteúdos abordados
em diferentes currículos dos cursos de graduação de Engenharia de Produção, por meio de
pesquisa dos componentes curriculares de diversos cursos pelo Brasil. “Segndo a Associação
Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO, 2006), compete à Engenharia de Produção o
projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos
integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia.
A Engenharia de Produção, ao enfocar as dimensões do produto e do sistema produtivo, veicula-
se fortemente com as ideias de planejar a produção, projetando e viabilizando produtos e
sistemas produtivos segundo as exigências das demandas que a sociedade atual é impingida a
valorizar. ” (p.1-2) Portanto, essa necessidade de multifuncionalidade do profissional, alterou
significativamente o conteúdo e as habilidades esperadas da mão-de-obra em termos mundiais.
Partindo desse pressuposto, nota-se a necessidade dos cursos de graduação se adaptarem a nessa
nova realidade, abordando em sua grade temas importantes referentes a: Gestão da Inovação,
Ética e Responsabilidade Social, Gestão Ambiental e Empreendedorismo.
REFERÊNCIAS