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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÀRIDO

FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO


Lara Siqueira Pereira

ARTIGO 1: ANÁLISE DO PERFIL PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO DE


PRODUÇÃO ADQUIRIDO NAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

O artigo em questão apresenta resultados obtidos a partir da análise comparativa de


perfis profissionais de engenheiros de uma escola de engenharia em São Paulo em relação a
formação de que as empresas precisam. Devido ao mercado competitivo, o alto
desenvolvimento das tecnologias e a globalização, as empresas estão cada vez mais
preocupadas em obter altos índices de qualidade e produtividade. Com isso, o papel da educação
vem sendo repensada e revalorizada para formar profissionais adaptados as mudanças do
mercado. “Para alcançar o sucesso profissional, além da formação universitária, a trajetória
depende muito do caráter pessoal. Diante de tais fatos, este mercado dinâmico e exigente faz
com que a chance de contratação de um profissional dependa de um diferencial competitivo.
Esse diferencial está relacionado às características ligadas a formação, tanto técnica quanto
comportamental, que cada pessoa adquiri. ” (p.2) Porém, o que foi notado é que as
Universidades, que possuem papel fundamental nesta formação, não tem acompanhado as reais
necessidades de seus clientes, tanto os graduandos quanto o mercado e a sociedade. A realidade
empresarial não é mostrada em sala de aula e a responsabilidade de buscar a formação adequada
é inteira do estudante, geralmente por meio de atividades extracurriculares, como participações
em centros acadêmicos, palestras, cursos de idiomas, pesquisas acadêmicas, etc.

A educação, por muito tempo, foi uma transmissão de experiências, voltada mais para
o passado do que para o presente e o futuro. Com o passar o tempo, notou-se que era preciso
olhar para o presente e descobrir novas ações que atendessem as necessidades do mercado, já
que o modelo de educação estava se tornando insuficiente. “Hoje parece estar acontecendo o
mesmo: mediante o aumento da competitividade, existe uma postura profissional inadequada,
uma formação acadêmica ineficiente, uma ausência do aprendizado contínuo, entre outros
fatores que sugerem uma mudança de comportamento profissional e principalmente uma
mudança na própria prática educacional. ROZENFELD [8] comenta que as instituições têm
formado profissionais com alto grau de conhecimento especializado, sem possuir, no entanto,
esse perfil de gerenciamento, liderança e trabalho em equipe exigidos pela atual dinâmica
competitiva e organizacional do trabalho. ” (p.2)

Ao estudar a formação e o trabalho social do engenheiro de produção, Kawamura diz


que ora ele é um dirigente, ora ele é um trabalhador técnico. Essas considerações indicam que
os campos de atuação do profissional estão em expansão, exigindo novas habilidades como
trabalho em equipe, adaptação a novas situações, flexibilidade, iniciativa, liderança,
administração de projetos, e inúmeras características que são abordadas ao decorrer do artigo.
Essas características, junto com outras habilidades que julgaram ser importantes no perfil de
um engenheiro de produção, foram agrupadas, onde são divididas entre características pessoais,
interpessoais e técnicas.

 Características pessoais: Flexibilidade, disposição para aprender e buscar o aprendizado


contínuo, profissionalismo, capacidade de adaptar-se a novas situações,
multifuncionalidade, empreendedorismo, pró-atividade, tomada de decisão, capacidade
de resolver problemas, capacidade de trabalhar sob pressão, responsabilidade e
eficiência.
 Características interpessoais: Emissão de pareceres e opiniões, consciência moral,
cultural e ambiental, liderança, criatividade, relacionamento com clientes, trabalho em
equipe, comunicação, administração de projetos e gestão do conhecimento
 Características técnicas: Visão holística e sistêmica, domínio de conhecimentos
específicos na área, conhecimento de informática, domínio de língua estrangeira.

Foi feito um levantamento, com base em catálogos de graduação e em entrevistas


aleatórias, mostrando algumas atividades extracurriculares e as características que cada uma
pode fornecer ao estudante. Analisando as atividades oferecidas, pode-se verificar a gama
de opções que são disponibilizadas ao universitário, que o permite desenvolver todas as
características consideradas necessárias ao perfil de um engenheiro de produção. Algumas
atividades, como a Empresa Júnior e o Programa de Estágio possuem o objetivo de mostrar
situações reais ao estudante e manter um contato com o meio empresarial mesmo antes de
graduado. Outras atividades como o Centro Acadêmico e o Pró-produção, promove
integração entre os engenheiros e também entre a comunidade acadêmica, melhorando o
engajamento em atividades em grupo, por meio da organização de palestras, workshops,
oficinas e debates. “Vale observar que a realização destas atividades, quando distribuídas
uniformemente, não afetam o andamento da grade curricular, ou seja, o aluno pode,
juntamente com as atividades extracurriculares obter um desempenho acadêmico acima da
média. ” (p.5)

Após os levantamentos, foi possível mostrar que há diversos caminhos para obter a
formação que o mercado procura dentro da própria universidade. Porém, depende
exclusivamente do aluno, de sua necessidade de aprender com os demais, de conseguir
melhor entrosamento com as pessoas e com o mundo e das escolhas de cada estudante para
analisar quais características precisam aperfeiçoar ou adquirir, por meio de participações
mais efetivas na comunidade acadêmica.

ARTIGO 2: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL: REFLEXÕES ACERCA


DA ATUALIZAÇÃO DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

O artigo analisado apresenta uma reflexão acerca da atualidade dos conteúdos abordados
em diferentes currículos dos cursos de graduação de Engenharia de Produção, por meio de
pesquisa dos componentes curriculares de diversos cursos pelo Brasil. “Segndo a Associação
Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO, 2006), compete à Engenharia de Produção o
projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos
integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia.
A Engenharia de Produção, ao enfocar as dimensões do produto e do sistema produtivo, veicula-
se fortemente com as ideias de planejar a produção, projetando e viabilizando produtos e
sistemas produtivos segundo as exigências das demandas que a sociedade atual é impingida a
valorizar. ” (p.1-2) Portanto, essa necessidade de multifuncionalidade do profissional, alterou
significativamente o conteúdo e as habilidades esperadas da mão-de-obra em termos mundiais.
Partindo desse pressuposto, nota-se a necessidade dos cursos de graduação se adaptarem a nessa
nova realidade, abordando em sua grade temas importantes referentes a: Gestão da Inovação,
Ética e Responsabilidade Social, Gestão Ambiental e Empreendedorismo.

O engenheiro de produção é somente visto como figura valorizada a partir do momento


que o conhecimento estratégico e a melhoria contínua dos processos empresariais passaram a
ocupar posição de destaque, fazendo-se necessário a presença de profissionais com perfis
adequados a essa nova realidade. “Desta forma, o engenheiro de produção possui como
característica principal a atuação na produção diretamente dita, ou seja, enquanto as outras
engenharias trabalham na fase de invenção dos produtos, dos processos e da tecnologia que
serão colocados em prática na produção; o engenheiro de produção entra em cena muito mais
para reduzir custos e melhorar a qualidade dos produtos, cuidar da distribuição e da gestão dos
processos produtivos de forma geral. Portanto, atuando numa interface entre as áreas das
engenharias e das ciências da administração. ” (p.3-4)

A partir de 1998 houve um crescimento vertiginoso do número de cursos de Engenharia


de Produção no Brasil, devido à sua formação multidisciplinar e visão sistêmica. “O quadro
brasileiro atual aponta para um expressivo número de novos cursos e a existência de 2
modalidades de cursos: uma plena, e a outra, colocando-se como uma habilitação específica das
6 grandes áreas da engenharia. ”(p.5)

“Devido às funções e cargos ocupados pelos Engenheiros de Produção, é de


fundamental importância que os cursos incorporem em suas estruturas curriculares temas
específicos de administração, especialmente por que mais da metade dos cursos brasileiros de
Engenharia de Produção são da ênfase plena, isto é, significa dizer que a formação destes
profissionais precisa ter uma abrangência bem maior, pois muitos deles poderão atuar nos mais
diversos setores das empresas e de serviços. ” (p.7)

Dos cursos analisados, apenas 33,33% deles possuem componentes de


empreendedorismo em suas grades, o que é considerado, pelos autores, muito pouco levando
em consideração a importância do tema e a própria realidade do mercado de trabalho. Entre os
consultados, somente 16,66% apresentam carga horaria especifica para tratar do tema gestão da
inovação e tecnologia que, em princípio, representa muito pouco levando em consideração a
relevância do tema. É importante lembrar que a inovação é vista como a chave para a
competitividade das empresas.

“Gestão Ambiental é outro tema de importância, e atual na formação dos futuros


engenheiros, haja vista que o mesmo assume graus elevados de relevância, tanto no momento
da abertura de um novo empreendimento, como durante seu funcionamento, em virtude dos
possíveis danos ambientais provocados pelos mais diferentes processos produtivos. ” (p.9) Em
relação aos componentes curriculares de Gestão Ambiental, somente 17 de 48 cursos analisados
apresentam horário especifico para discussão do tema. A importância do tema Ética e
Responsabilidade Social tem crescido nos últimos tempos, porque existe, ainda, toda uma
obrigatoriedade legal que vem sendo “imposta” às empresas no que diz respeito a sua
responsabilidade com o ambiente em que a mesma estiver inserida. Entretanto, a partir da
pesquisa, só foi constatado que 37,5% dos cursos em questão possuem disciplinas em sua grade
para tratar do tema.
Apesar dos fatores limitantes da pesquisa, “[...]é possível concluir-se que, em geral, os
quatro temas selecionados estão sendo tratados de forma muito tímida pelos diferentes cursos
que compõem a amostra da presente pesquisa, deixando uma primeira impressão de que os
cursos, por meio de suas estruturas curriculares, não estão conseguindo acompanhar a rápida
evolução que ocorre com a sociedade em geral e, em especial, com as empresas, podendo
provocar problemas no médio e longo prazo, quando seus egressos forem inseridos no mercado
de trabalho.” (p.11)

REFERÊNCIAS

ZAINAGHI, Gislaine et al. Análise do perfil profissional do engenheiro de produção


adquirido nas atividades extracurriculares. Revista de Ensino de Engenharia, São Paulo,
v.20, 2001.

FURLANETTO, Egidio Luiz et al. Engenharia de Produção no Brasil: reflexões acerca da


atualização dos currículos dos cursos de graduação. Revista Gestão Industrial, Paraná, v.2,
2006.

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