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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA (UEPB)

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS (CCBSA)


DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DISCIPLINA: HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 2
PROFESSOR: MARCIO APRIGIO
ALUNA: EDVANIA SANTOS ALVES

FICHAMENTO – GUERRA FRIA

A Segunda Guerra apresentou como legado a coexistência de duas grandes


potências fora da Europa, os Estados Unidos e a União Soviética que polarizaram o
mundo e intensificavam suas políticas externas para se fortalecerem como hegemonias,
concentravam legitimidade, ou seja, consentimento dos demais países, para atuarem
frente à nova conjuntura Internacional. Entretanto, era evidente a superioridade dos
Estados Unidos, visto que foi o país menos impactado pela Guerra e que terminou a
mesma, ainda extremamente completo.

A abordagem mais concisa era a ideológica, separada por influências norte-


americanas e soviéticas que continuavam se aglomerando mesmo com a concepção das
divergências entre os polos ideológicos de poder. A busca por apoio e efetuar canais de
influências criar áreas de tensão entre as duas potências, principalmente, na Ásia na
primeira metade dos anos 50 e na América Latina no final dos anos 50 e os anos 60, mas
outros eixos também foram apresentados como a África nos anos 70 e o Oriente Médio
no final dos anos 70 ao 80. Essa periodização é importante para compreender a retórica
de Hobsbawm.

A dicotomia exposta entre uma conspiração comunista vinculada a um


autoritarismo soviético e uma democracia com dualidade libertária norte-americana
classificava a posição de cada governo no mundo, os que não aspiravam ideais liberais
com modo de produção capitalista americano eram vistos como adeptos ao socialismo e
comunismo.

Sob certo prisma, Hobsbawm indaga:


Como explicar quarenta anos de confronto armado e mobilizado na sempre
implausível suposição – neste caso claramente infundada – de que a
instabilidade do planeta era tal ordem que uma guerra mundial podia explodir
a qualquer momento, possibilidade essa afastada apenas pela incessante
dissuasão mútua? Então, vai afirmar que a Guerra Fria baseava-se numa crença
ocidental, retrospectivamente absurda, mas bastante natural após a II Guerra
Mundial, de que a Era da Catástrofe não chegara de modo algum ao fim: de
que o futuro do capitalismo mundial e da sociedade liberal não estava de modo
algum assegurado. (HOBSBAWM, 2008, p. 228)

Entende-se por essa afirmação de Hobsbawm que alguns países tinham uma crença,
inclusive os Estados Unidos de que o legado do pós-Guerra seria um mundo em meio a
catástrofes, debilitado em diversos âmbitos desde o econômico ao social e político. E
também que o modo de produção capitalista era incerto, a exemplo da força de influência
que a URSS estava arrecadando nesse período. Muitos países, como a França,
reivindicavam aos Estados Unidos apoio aos seus sistemas econômicos (financeiros),
caso contrário se tornariam adeptos ao comunismo.

A União Soviética acreditava que seguindo uma linha tênue, o capitalismo


acabaria por terminar sob a forma do comunismo, entretanto entendia sua inferioridade
frente aos Estados Unidos. Sob a ótica de Hobsbawm, tal trecho da “Era dos Extremos”
possibilita uma ênfase maior nesse contexto:

Em qualquer avaliação racional, a URSS não apresentava perigo imediato para


quem estivesse fora do alcance das forças de ocupação do Exército Vermelho.
Saíra da guerra em ruínas, exaurida e exausta, com a economia de tempo paz
em frangalhos, com o governo desconfiado de uma população que, em grande
parte fora da Grande Rússia, mostrara uma nítida e compreensível falta de
compromisso com o regime. [...] Precisava de toda a ajuda que conseguisse
obter e, portanto, não tinha interesse em antagonizar a única potência que podia
dá-la, os EUA (HOBSBAWM, 2008, p. 230).

Outra questão é sobre a ilegitimidade do Conselho de Segurança, pois impede o


reconhecimento o governo comunista de Mao Tsetung na China tenha assento, e é por meio
dessa demanda que a União Soviética acredita não ter mais sentido continuar no Conselho,
além de afirmar que os Estados Unidos estão a coordenar e instrumentalizar de forma
especifica as questões no Conselho para tratar da política externa norte-americana e não
global.
O legado que se tem da Guerra Fria é o desenvolvimento tecnológico, intelectual e
midiático influenciados também pelos esforços de guerra que mesmo com as instabilidades
se desenvolveram mediante as tensões e as disputas muito além da concentração bélica. A
guerra se finaliza com os discursos mútuos de que todas as potencias estavam dispostas a
encerrar o cerco de ameaça nuclear.

E a grau de curiosidade é intitulado como Guerra Fria devido ao temor das nações
de iniciarem algo além das tensões, não houvera confrontos, o que se tinha eram ameaças
e disputas na produção de mecanismos ideológicos e materiais como nucleares,
armamentos. Além disso, o que ficou foram os impactos na vida, na reprodução material
da vida, consequências econômicas e políticas com o colapso da União Soviética e a
Europa Oriental, e trouxe incertezas para os sistemas políticos vigentes.

O fim da Guerra Fria provou ser não o fim de um conflito internacional, mas o
fim de uma era: não só para o oriente, mas para todo o mundo. (HOBSBAWM,
2008, p.252)

O mundo se dividiu em dois sistemas políticos, o capitalismo e o socialismo, caracterizou


a corrida espacial e a corrida armamentista, a ascensão do neoliberalismo e o começo de
uma onda de globalização.
REFERENCIAS

HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos: o breve XX (1914-1991). São Paulo:


Companhia das letras, 1995. (Cap. 8 Guerra Fria, p.223-252)

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