I – ELETROMAGNETISMO
1. INTRODUÇÃO
O eletromagnetismo é o ramo da física que estuda
os fenômenos relacionados à atração de metais e imãs e a d) É impossível separa os pólos de um ímã - Princípio da
relação entre esses fenômenos e a eletricidade. inseparabilidade dos pólos de um ímã. Se secionar-
A palavra magnetismo tem sua origem na Grécia mos ao meio um ímã em forma de barra, surgirão novos
Antiga, porque foi em Magnésia, antiga cidade grega, que pólos norte e sul em cada um de seus pedaços, constitu-
se observou um minério com a propriedade de atrair objetos indo cada um deles um novo ímã. Prosseguindo a divi-
de ferro. Tal minério ficou conhecido por magnetita (Fe3O4) são, pode-se chegar em escala atômica. Uma explica-
que é considerado ímã natural . Um imã natural pode se ção desse fenômeno foi proposta pelo cientista André-
desmagnetizar por vibrações (marteladas) ou por aqueci- Marie Ampère (1775-1836). Ele supôs cada ímã constitu-
mento. A temperatura em que o imã se desmagnetiza é ído de pequenos ímãs elementares; a soma dos efeitos
denominado ponto curie e vale cerca de 585ºC.Atualmente de todos esses ímãs elementares é que resultaria no ímã
se sabe que eletricidade e magnetismo são aspectos do completo.
mesmo fenômeno, o eletromagnetismo, no qual estuda-
mos os fenômenos magnéticos originados por correntes
elétricas e as suas conseqüências.
Na teoria atual, dos domínios magnéticos – grupos
2. ÍMÃS OU MAGNETOS de átomos – cada átomo de um corpo, é um pequeno
ímã, que recebe o nome de dipolos magnéticos.
São corpos que atraem Ferro, Níquel, Cobalto e ou-
tros materiais ferromagnéticos. Podem se apresentar em
diversas formas tais como barras cilíndricas, barras prismá-
ticas, ferraduras, anel circular, etc.
3. CAMPO MAGNÉTICO
Campo magnético é a região em volta de um
ímã ou de um condutor percorrido por corrente. O cam-
po magnético é caracterizado em cada ponto pelo ve-
2.1 – Propriedades dos Ímãs tor indução magnética B , tangente as linhas de indu-
ção, e detectado por BÚSSOLAS.
a) Tem propriedades de atrair ferro, cobalto, níquel e
materiais ferromagnéticos. Limalhas de ferro ade- B
rem às regiões extremas de um ímã, denominadas
pólos, que só existem aos pares.
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1ª) ÍMÃS ARTIFICIAIS, são mais fortes que os ímãs natu- Ferromagnéticas – são aqueles cujos ímãs elementares
se orientam facilmente quando submetidas à ação de um
rais; são usados para movimentação de cargas pesadas. campo magnético. Possuem poderes de imantação. Exem-
plo: ferro, níquel, cobalto e algumas ligas metálicas.
2ª) Em geral, o simples contato de um corpo com um ímã
não é suficiente para magnetizá-lo; torna-se necessário, Paramagnéticas – são aquelas cujos ímãs elementares
então, atritá-los várias vezes e sempre no mesmo senti- não se orientam facilmente sob a ação de um campo magné-
do, abrangendo toda a superfície do corpo a ser imanta- tico. Possuem fraco poder de imantação . Exemplo: madeira,
do. plástico, óleo, ar, oxigênio líquido e metais como alumí-
nio, cromo, manganês, paládio, platina, etc.
3ª) Como basicamente a magnetização da matéria ocorre
sempre que conseguimos orientar seus ímãs elementa- Diamagnéticas – são aquelas cujos ímãs elementares se
res, outros métodos de imantação de menor importân- orientam em sentido contrário ao vetor indução magnéti-
cia podem ser sugeridos, como, por exemplo, o marte- ca.Não possuem propriedades magnéticas, não podem ser
imantadas e são repelidas por ímãs. Exemplos: ouro, prata,
lamento de um corpo de substância magnética que es- chumbo, mercúrio, zinco, bismuto, antimônio, água etc.
teja alinhado com o eixo magnético da Terra. Este mar-
telamento pode também ser substituído por um leve
aquecimento do corpo com idêntico resultado.
3.5 - EXPERIÊNCIA DE OERSTED - Campo Magné-
4ª) Inversamente, se desalinharmos os ímãs elementares tico criado por corrente
de um material magnético, ele perderá grande parte de
sua imantação. Assim, os materiais magnéticos não de- Até o começo do século XIX, não se conhecia uma
vem ser aquecidos acima de determinada temperatura relação entre a Eletricidade e o Magnetismo. Através de
(denominada ponto de Curie), sob pena de perderem experiências, verificou-se que cargas elétricas fixas não
suas propriedades magnéticas. O ponto de Curie é dife- interagem de modo algum com os ímãs. Porém, com
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4. CAMPOS MAGNÉTICOS DE
CORRENTES ELÉTRICAS
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μ 0 .N.i
B
Módulo: B ( tesla, T)
L
As linhas de campo entram por um lado e saem pelo Envolva o solenóide com a mão direita de modo que
outro. O lado onde entram as linhas associa-se o pólo SUL a ponta dos dedos indique o sentido da corrente e o pole-
e o que sai ao NORTE. gar indique o sentido de B . Também podemos dispor o
polegar no sentido da corrente e os demais dedos, por
Características do vetor campo magnético no cen- dentro do solenóide, indicando as linhas de indução saindo
tro da espira: ou entrando na extremidade considerada.
μ .i
Módulo: B 0 ( tesla, T) 5- FORÇA MAGNÉTICA DE LORENTZ
2.R
Mostra a experiência que o campo magnético é capaz
Onde: μ0 = permeabilidade magnético do meio in-
de atuar sobre a carga em movimento, exercendo nela uma
terno à espira força de campo denominada força magnética de Lorentz,
i = intensidade da corrente que desvia a carga de sua trajetória original.
R = raio da espira (anel circular) A força magnética resulta da interação dos campos
da carga em movimento e do meio.
Direção: perpendicular ao plano da espira
Sentido: regra da mão direita Nº 01 5.1. FORÇA SOBRE CARGAS MÓVEIS
O sentido das linhas de indução pode ser determina-
do, também, pela regra do parafuso ou, sendo mais con-
veniente escrever uma letra N (Norte) ou S (Sul) acompa-
nhando o sentido da corrente.
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Módulo : Fm = q.v.B.senθ
1º Caso: Lançamento paralelo ao campo
q = módulo da carga lançada; (θ=0º ou θ=180º).
v = módulo da velocidade da carga
Uma carga elétrica lançada na direção das linhas de
θ = ângulo entre v e B
indução de um campo magnético uniforme realiza um mo-
B = módulo do campo magnético.
vimento retilíneo e uniforme. Temos Fm = 0 ⇒ M.R.U
Θ = 0Ί
Θ= 180º
Nota: Temos, também, Fm = 0 (força nula) se a carga for
abandonada em repouso no campo magnético.
Regra da MÃO ESQUERDA Regra da MÃO DIREITA Nº 02
2º Caso: Lançamento perpendicular ao
campo magnético
Direção: Fm perpendicular a B e a v
Sentido: regra da esquerda direita nº2 (regra do
tapa) ou regra da mão esquerda, de Fle-
ming.
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Assim, a força magnética Fm tem as seguintes caracte-
3ºCaso: Carga elétrica lançada obliqua- rísticas:
mente às linhas de indução. a) Módulo: Fm = B . i . sen
A partícula realiza Movimento Helicoidal Uniforme. Te- b) Direção – é perpendicular ao condutor e ao vetor
mos: Fm = q.v.B.senθ ⇒ MHU indução.
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através de um circuito fechado, surge neste uma femi mé- c) O ângulo θ varia.
dia em (força eletromotriz induzida média).
Define-se fluxo do vetor indução B , através da espira, Aproximando o ímã com um SUL, aparecerá
Afastando o ímã com um NORTE,
aparecerá um SUL na espira
como sendo a grandeza escalar dada por: um SUL na espira. Aproximando com um
NORTE, aparecerá um NORTE.
= B . A . cosθ
Por exemplo, a aproximação de um ímã em relação a
B : indução magnética, em tesla ( T ) uma espira causa a variação de fluxo magnético através da
A: área da espira, em m² espira, originando uma femi e a conseguente corrente
induzida. Esta corrente irá, então, produzir um fluxo
Φ: fluxo magnético, em weber(Wb) ,
magnético induzido que se oporá à variação do fluxo
magnético indutor.
Da definição de fluxo magnético resulta:
2 Wb
1 Wb = 1 T . 1 m T = 2 6.3 – LEI DE FARADAY- NEUMANN
m
A variação do fluxo de indução através da área de
Temos variação de fluxo de indução uma espira induz nela uma F.E.M., provocando o apareci-
magnética (∆Φ) quando: mento de uma corrente elétrica (ou “ A f.e.m. induzida num
circuito é igual ao quociente da variação do fluxo magnético
a) O campo(B) do ímã na espira varia. pelo intervalo de tempo decorrido.
- 1
em _ _ 2 volt(V)
t t 2 t1
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submetidos a uma força magnética que provoca o acúmulo Isto decorre porque, num transformador ideal, a potên-
de cargas negativas em uma das extremidades do condutor cia no primário é igual à potência no secundário
e falta de cargas negativas na outra extremidade. À medida (P1 = P2).
que as cargas elétricas vão se separando no interior do
condutor vai se estabelecendo um campo elétrico, até que 8. CORRENTES DE FOUCAULT
os elétrons ficam em equilíbrio, quando as forças elétrica e
magnética assumem o mesmo módulo. Como resultada da Circulam em condutores maciços, uma vez que
separação surge entre os extremos do condutor uma tensão nestes existem muitos percursos fechados e forças eletro-
e, chamada fem induzida (femi). motrizes induzidas fazem circular, no interior dos mesmos
correntes induzidas, produzindo aquecimento.; são nocivas,
A f.e.m. induzida entre os terminais de um condu- pois provocam gastos de energia na forma de calor. Os
tor que se desloca num campo e dada por: núcleos dos transformadores são formados de percas lami-
nadas justapostas para evitar formação dessas correntes.
As correntes de Foucault são utilizadas na a construção
de fornos de indução, para fundir peças metálicas, e nos
velocímetros de carros.
⊙ Bi
e = ℓ.B.v i
EXERCÍCIO - ELETROMAGNETISMO
e = fem induzida, na espira, em volts; 01. Nas questões de 1 a 2 lançou-se com velocidade V
B = módulo do campo magnético, em teslas; uma partícula eletrizada com carga elétrica q, num campo
ℓ = comprimento do lado móvel, em metros;
v = velocidade constante do lado móvel (DC), em m/s. magnético uniforme de indução B . Represente a força
magnética Fm que age na partícula, na posição de lança-
mento.
7 .TRANSFORMADORES
Uma aplicação importante do fenômeno da indução
eletromagnética está nos dispositivos denominados trans-
formadores elétricos.
Transformador de tensão é um dispositivo capaz de
elevar ou rebaixar uma ddp. É constituído, basicamente, de
um núcleo de substância facilmente imantável (ferro puro) e
duas bobinas (primário e secundário).
N1 U1 i2
= =
N2 U2 i1
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a) Qual a direção das linhas desse campo magnéti- 08. Nas figuras abaixo, tem-se um condutor retilíneo per-
co? corrido por corrente elétrica e imerso num campo magnéti-
b) Explique por que | u | = | v |. co uniforme de indução B . Represente a força magnética
04. Duas cargas elétricas A e C, de mesma massa, são
Fm que age no condutor.
lançadas perpendiculares a um campo magnético uniforme
com as mesmas velocidades. As trajetórias seguidas por
elas estão mostradas na figura. Assim, a razão entre as
cargas elétricas de A e C é igual a:
A) 1 B) 2 C) 4 D) 1/2 E) 1/4
a) Qual o trabalho realizado pela força magnética Uma partícula de carga elétrica positiva q é lançada com
que age sobre a partícula no trecho AC da trajetó- velocidade inicial V0, paralelamente ao condutor e logo
ria circular? abaixo dele, ficando submetida a uma força magnética Fm .
b) Calcule a velocidade V da partícula em função de Assinale a opção que representa corretamente o vetor
B, R, m e q. força Fm , no instante em que a carga q é lançada.
A) à intensidade do campo magnético; 11. (FAAP-97) O condutor retilíneo muito longo indicado na
B) à carga da partícula; figura é percorrido pela corrente de intensidade I = 62,8 A.
C) ao raio do círculo; A intensidade da corrente na espira circular de raio R, a fim
D) à massa da partícula; de que seja nulo o campo magnético resultante no centro 0
E) à velocidade da partícula. da mesma, será igual a:
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22. Uma espira em forma de C está ligada a um condutor 03. (UFS - 03) A figura representa um ímã em forma de
móvel AB. A área do circuito é perpendicular a um campo barra, em queda livre, com o pólo norte voltado para
-2
magnético uniforme de indução B = 2,0 . 10 T. A resis- cima. Na queda, o ímã passa pelo centro de uma espi-
ra circular situada num plano horizontal.
tência total do circuito é de 3,0 e a velocidade de AB é de
2,0 m/s. Determine o sentido e a intensidade da corrente
induzida.
01. (UFAL-02). Analise as afirmações abaixo. 1 1 - Enquanto o ímã se afasta do plano da espira, a
força exercida pela espira no ímã é vertical, para
0 0 - Ao manusear uma bússola, basta girar o corpo da
cima.
bússola que a ponta colorida da agulha acompanha a
rotação, assumindo qualquer posição.
2 2 - Enquanto o ímã se aproxima do plano da espira,
1 1- Pendurando-se um ímã em barra pelo seu centro de uma corrente elétrica induzida é gerada na espi-
massa, o seu pólo norte fica voltado, aproximada- ra, no sentido horário.
mente, para o sul geográfico da Terra.
3 3 - Se o ímã for mantido em repouso acima do plano
2 2- Quando um ímã se parte em dois pedaços, da espira e nesta for estabelecida uma corrente
cada pedaço tem um único pólo magnético. elétrica no sentido horário, ocorrerá repulsão en-
3 3 - Um parafuso de ferro pode atrair a agulha de uma tre o ímã e a espira.
bússola.
44- Se a espira for percorrida por uma corrente elé-
4 4 - Quando duas bússolas estão próximas, a agulha de trica no sentido horário e o ímã se aproximar do
uma delas pode atrair ou repelir a agulha da outra. plano da espira, a intensidade da corrente elétri-
ca diminuirá.
-8
02. (UFS-03) Um condutor de comprimento , percorrido 04. (UFAL-04) Uma partícula de massa m = 2,0. 1 0 Kg
- 6
por uma corrente elétrica i, está imerso em um campo de e carga elétrica q = - 2,0. 1 0 C penetra em uma região
onde existe um campo magnético uniforme de intensidade
indução magnética uniforme B . O campo magnético B e o - 2
B = 1,0. 10 N/A.m, com velocidade de módulo V = 1,0 .
condutor são horizontais e perpendiculares entre si. A força 2
10 mis, perpendicularmente ao campo, como mostra a
magnética que atua no condutor é F . figura.
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06. (PUC-MG-mod) Responda a está questão, conside- 4 4 - Quando o ímã se afasta do solenóide a força mag-
rando as três situações abaixo: nética induzida entre eles é de repulsão.
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10. Uma partícula de peso P e carga elétrica negativa q é
08.(UFS -06) Um próton (massa M) e um elétron (massa m)
lançada, no vácuo, com velocidade V , perpendicularmen-
são lançados com a mesma velocidade V numa região onde
te ao campo magnético B , conforme indica a figura. A
existe um campo magnético uniforme B , descrevendo as
partícula descreve movimento retilíneo uniforme entre os
trajetórias circulares representadas na figura.
pontos R e S; após o ponto S, fica sujeita apenas à ação
do campo gravitacional. Os vetores P , V e B têm inten-
sidades iguais a P, V e B, respectivamente.
0 0 - As linhas de força do campo magnético são per- 0 0. O módulo da velocidade da partícula, entre R e
pendiculares ao plano da figura para dentro des- P
se plano. S, é v .
qB
1 1 - A força magnética que atua no elétron, no instan- 1 1. A força magnética realiza trabalho sobre a partícu-
la, igual a qvBd, sendo d a distância entre R e S.
te que ele penetra na região do campo, tem di-
reção horizontal e sentido para a direita.
2 2. Após o ponto S, a partícula descreve uma trajetó-
2 2 - O trabalho realizado pela força magnética que ria parabólica.
atua no elétron é nulo.
3 3. A energia mecânica da partícula se conserva du-
rante todo o seu movimento.
3 3 - O raio da trajetória descrita pelo próton é dado
m.V
por r . 4 4. Se o campo magnético fosse tão intenso, a
e.B ponto de considerar-se o peso da partícula des-
prezível, ela descreveria uma trajetória circular
4 4 - O tempo de permanência do elétron na região do na região do campo magnético.
m.
campo é t .
e.B 5 5. Se a carga q fosse positiva, ainda assim a par-
tícula atingiria o ponto S.
09. Considerando-se os conceitos do Eletromagnetismo,
pode-se afirmar: 11. A figura abaixo representa uma lâmpada L, feita para
operar a 110 V, ligada, por um fio condutor fino e rígido, às
0 0. As linhas de força do campo magnético produzi- extremidades de uma barra metálica, com 1m de compri-
do por um ímã e as do campo elétrico produzido mento. O conjunto se desloca perpendicularmente a um
por uma carga puntiforme têm a mesma configu- campo de indução magnética B de 10 teslas, com veloci-
ração. dade u.
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GABARITO
Um fóton é um quantum (partícula) de energia ele-
EXERCÍCIOS- ELETROMAGNETISMO tromagnética.
03) a) Perpendicular ao plano da circunferência. Os fótons não têm todos a mesma energia. Os
b) A força magnética que atua sobre a partícula é per- “quanta” de luz azul são de maior energia que os de
pendicular ao vetor velocidade e não altera o mó- luz vermelha, pois têm menor comprimento de onda
dulo do mesmo. e portanto, maior freqüência.
Temos:
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Depois de inúmeras reflexões internas, praticamente quirir energia suficiente para serem ejetados; isto
todo fóton que penetra na cavidade é absorvido. é, uma energia mínima para arrancar um elétron,
chamada Função Trabalho Φ = h.fo (fo = fre-
Observação importante: qüência de corte).
Não confundir corpo negro com cor preta, o corpo A energia absorvida em excesso aparece na forma
negro tem características ideais em relação à absor- de energia cinética. Ec = h.f – .
ção e à emissão de radiação. Nestes corpos, temos:
A energia cinética dos fotoelétrons é independente
Poder absortivo máximo (a = 1), para qualquer fre- da intensidade da luz incidente.
qüência e em qualquer ponto;
A energia cinética máxima dos fotoelétrons depen-
Absorve toda energia incidente e não reflete nem
de da freqüência da luz incidente.
calor nem luz;
Não pode ser detectado nem visto por reflexão, daí
Quando a luz de certa freqüência(f) arranca elé-
a sua denominação de corpo negro,
trons do metal, eles não saem todos com mesma
É perfeito emissor, segundo a lei de Kirchhoff, toda energia. Suas energias distribuem-se entre um va-
a radiação nele gerada será emitida. lor mínimo e um máximo.
3) EFEITO FOTOELÉTRICO 4) Efeito Compton
”Quando uma superfície metálica é iluminada por “Os fótons apresentam propriedades corpusculares
uma radiação eletromagnética adequada, pode o- (partículas) quando se chocam com um elétron. Nessas
correr a emissão de fotoelétrons”. circunstâncias, o fóton perde energia para o elétron,
diminuindo sua freqüência e aumentando o seu
comprimento de onda.”
h.f
Ec = h.f –
(fotoelétrons)
metal
Ec = energia cinética dos elétrons
Φ = função trabalho (energia mínima, h.fo)
fo = freqüência de corte Espalhamento de fótons por elétrons livres
Os elétrons expulsos do metal são chamados fotoelé- Compton estudou o espalhamento de radiação por
trons. A energia necessária para o elétron escapar da su- elétrons. De acordo com a tória Clássica, a radiação inci-
perfície do metal é fornecida pela energia de agitação tér- dente poria os elétrons em oscilações forçadas; por sua
mica. Esse fenômeno foi descoberto por Hertz em 1887 vez, estes elétrons em oscilação emitiriam nova radiação,
que evidentemente teriam o mesmo comprimento de onda
O efeito fotoelétrico não ficou suficientemente explica- da radiação incidente. Entretanto, Compton observando a
do na Física Clássica até que Einstein, em 1905, desenvol- radiação espalhada percebeu que o comprimento de onda
veu uma teoria, levando em consideração a quantização da e, também, a freqüência se modificavam com relação à
energia. Einstein propôs que, no efeito fotoelétrico, um radiação incidente, resultados estes - experimentais, incon-
fóton da radiação incidente, ao atingir o metal, é comple- sistentes com a física clássica.
tamente absorvido por um único elétron, cedendo-lhe sua
energia h.f, ficando então o elétron do metal com uma
energia adicional h.f. Essa teoria de Einstein sugere, por- 5) Dualidade onda- partícula
tanto, que a luz ou outra forma de energia radiante é com-
posta de “partículas”, os fótons, que podem ser absorvi-
dos pelo metal apenas um de cada vez, não existindo “Em determinados fenômenos a luz apresenta propri-
frações de um fóton. Tais afirmações estão em total con- edades ondulatórias (reflexão, refração, difração e inter-
cordância com as hipóteses de Planck, sendo que com isso, ferência) e, em outros, corpusculares – de partículas (e-
Einstein explicou corretamente que a energia do elétron feito fotoelétrico e efeito Compton)”. (NATUREZA
deve aumentar com a freqüência e não tem nada a ver DUAL DA LUZ). Contudo, a luz nunca apresenta o mes-
com a intensidade da radiação, fato que a Física Clássica mo comportamento num único fenômeno.
não conseguiria explicar.
Na Teoria Corpuscular, a LUZ consiste num fluxo de
partículas que são emitidos em ritmo contínuo por fontes
Segundo Albert EINSTEIN (1905):
luminosas.
A taxa de emissão de fotoelétrons é diretamente
Na Teoria Ondulatória, a LUZ é uma onda e, sendo assim,
proporcional à intensidade de luz incidente. O úni-
ela é apenas uma freqüência de energia, e não matéria. A
co efeito em aumentar a intensidade de é au-
difração e a interferência são fenômenos tipicamente
mentar o número de elétrons emitidos.
ondulatórios, isto é, só as ondas sofrem difração e interfe-
rência. As experiências de YOUNG demonstraram que,
Para que um elétron escape da superfície de um
realmente, a luz sofre difração e interferência, caracterizan-
metal, deve-se usar um trabalho contra as forças
do assim, seu comportamento ondulatório.
que o fixam aí, ou seja, os fotoelétrons devem ad-
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III – ONDAS ELETROMAGNÉTICAS A relação entre B e E , a partir das equações de Max-
well é dada por:
E
São aquelas originadas por cargas elétricas osci- V= , v = velocidade de propagação.
lantes aceleradas, constituídas por dois campos variá- B
veis (um elétrico e outro magnético) propagando no es-
paço. ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
Baseado nos resultados obtidos por Faraday e Neu- Raios gama (γ)
mann sobre a indução eletromagnética, Maxwell estabe-
leceu e previu teoricamente, em 1865, a existência de
PP
Raios X
ondas eletromagnéticas, o que, mais tarde, foi confirma-
do, experimentalmente, por Hertz. λ
Ultravioleta
f Luz visível
T
HIPÓTESE DE MAXWELL – “Um campo magnético
infravermelho
( B ) variável faz aparecer um campo elétrico ( E ) variá-
vel, esse campo elétrico variável faz aparecer outro
campo magnético variável e assim sucessivamente;
E Microondas
b) Microondas
São conhecidas como UHF (ultrahigh frequency –
freqüência muito alta). O intervalo de freqüência vai
9 11
de 10 Hz até 3. 10 Hz. Correspondem às ondas
curtas de rádio. Usadas em FM ( frequência modu-
Os campos B e E são perpendiculares entre si e lada), TV, radar e celular.
variam “em fase – valor nulo e máximo no mesmo pon-
to”; Não alcançam longas distâncias e necessitam de
satélites.
As ondas eletromagnéticas se propagam com a mes-
ma freqüência da fonte. Atualmente, fornos de microondas são largamente
utilizados nas cozinhas e nas indústrias, pois po-
A velocidade das ondas eletromagnéticas é constante e dem aquecer e cozinhar rapidamente.
8
igual para todas (c 3.10 m/s).
1 Só a água e produtos orgânicos absorvem as mi-
v = C = λ.f ou v croondas.
ε 0 .μ 0
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Os raios infravermelhos são originados pela agita- Na radioterapia, embora destruam células elas
ção térmica das partículas dos corpos. Devido a agi- destroem mais facilmente células cancerosas.
tação, as cargas elétricas dos átomos e moléculas
oscilam e emitem a radiação eletromagnética. h) Raios γ (gama)
EXERCÍCIOS DE AULA
01. ( U. E. Londrina –PR ) Na tabela que segue são com-
λ aumenta paradas propriedades da luz e do som. Assinale a alter-
λ 7 , 5 . 10 7 m λ 4,0.10 7 m nativa cuja comparação está correta:
Foram descobertos acidentalmente, em 1895, pelo a) os comprimentos de onda da luz são muito menores
físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen ( 1845 – 1923) que as dimensões do buraco da fechadura.
enquanto estudava cargas elétricas em tubos de raios cató- b) os comprimentos de onda da luz são muito maiores
dicos.Têm comprimento de onda que varia entre 0,01Å e que as dimensões do buraco da fechadura.
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PRÉ – UNI – 2009 – DASE Eletromagnetismo – Física Quântica - Ondas Eletromagnéticas Prof. ASTROGILDO FILHO
A ______é o fenômeno pelo qual a luz é decomposta nas 0 0 - Elas são ondas transversais que só se propagam
suas componentes monocromáticas. no vácuo.
a) difração, dispersão, absorção.
1 1 - Os campos elétricos e magnéticos que geram as
b) dispersão, absorção, polarização. ondas eletromagnéticas variam em fase, isto é,
quando um deles atinge a intensidade máxima, o
c) polarização, dispersão, absorção.
mesmo ocorre com o outro.
d) difração, polarização, dispersão.
22- O módulo da velocidade de propagação de uma
e) polarização, absorção, dispersão. onda eletromagnética pode ser obtido pela rela-
06. (ITA-SP) Os físicos discutiram durante muito tempo ção entre as intensidades máximas do campo
sobre o modelo mais adequado para explicar a natureza da E
elétrico e do campo magnético ( V ).
luz. Alguns fatos experimentais apóiam o modelo de partí- B
culas (modelo corpuscular) enquanto outros são coerentes 3 3 - No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas se
com um modelo ondulatório. Existem também fenômenos propagam com a mesma velocidade constante,
que podem ser explicados tanto por um quanto por outro
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modelo. Considere, então, os seguintes fatos experimen- dada por V , onde 0 é a permissivi-
tais: 0 . 0
dade elétrica e µ0 é a permeabilidade magnética
I. A luz se propaga em linha reta nos meios homo-
do vácuo.
gêneos.
II. Os ângulos de incidência e de reflexão são i- 44- O sentido de propagação das ondas eletromag-
guais. néticas pode ser determinado pela regra da mão
esquerda, conforme a figura.
III. A luz pode exibir o fenômeno da difração.
IV. A luz branca refletida nas bolhas de sabão apre-
senta-se colorida.
Nesse caso, pode-se afirmar que o modelo ondulatório é
mais adequado para explicar:
a) Somente I. d) Todos eles.
b) Somente III e IV.
03. (UFS – 04) Apesar das ondas eletromagnéticas serem
c) Somente III e) Nenhum deles todas de mesma natureza, e se propagarem todas com
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velocidade 3,0 10 m/s, costumam ser separadas em
RESPOSTAS tipos, dependendo da faixa de freqüência a que pertencem.
O conjunto de todos os tipos dessas ondas é chamado de
01 02 03 04 05 06 espectro eletromagnético.
E C D A D D
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3 3 - Todo corpo emite radiação. 2 2 - No vácuo, a onda se propaga com maior velocida-
de do que em um meio material qualquer.
4 4 - Para um determinado corpo, a razão entre o po-
der de emissão e o poder de absorção não de- 3 3 - Os campos elétrico e magnético estão em fase.
pende da sua temperatura.
4 4 - A onda poderia se propagar em qualquer mei-
06. (UFS-06) Analise as afirmações acerca das radia- o.
ções eletromagnéticas.
GABARITO- Ondas Eletromagnéticas e Física Quântica
0 0 - As ondas eletromagnéticas transportam, no vácuo,
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sons e imagens à velocidade de 3,0. 10 m/s. 01 02 03 04 05 06 07 08
00 V F V V V N V F
1 1 - As ondas eletromagnéticas são transversais. 11 V V V F F V F F
22 F V F F V V V V
2 2- O campo eletromagnético é, essencialmente, a 33 V V V V V F F V
junção de dois campos variáveis: um elétrico e ou-
44 V V V F F F V F
tro magnético.
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