Grupo B / 5ª feira
19-05-2018
1. Índice
2. Introdução ..................................................................................................................... 2
3. Descrição do SEE a analisar ......................................................................................... 3
4. Estudos a realizar sobre a análise do trânsito de potências .......................................... 4
4.1. Trânsito de potências para o caso base .............................................................. 4
4.2. Diminuição de perdas ativas ...................................................................................... 5
4.2.1. Apenas com a alteração das condições de despacho de potência ativa .......... 5
4.2.2. Com atuação nos mecanismos de regulação de tensão e potência reativa ..... 5
5. Análise de Curto-Circuitos ........................................................................................... 7
5.1. Caracterização dos nós da rede em termos de potência de curto-circuito ................. 7
5.1.1. A partir do resultado da alínea anterior .......................................................... 7
5.1.2. Com a rede em vazio ...................................................................................... 7
5.2. Análise do efeito dos diferentes tipos de curto-circuitos ........................................... 8
5.2.1. Impedância de Thévenin de sequência direta, inversa e homopolar .............. 8
5.2.2. Ocorrência de um CC trifásico simétrico ....................................................... 9
5.2.3. Ocorrência de um CC Fase-Fase .................................................................. 10
5.2.4. Ocorrência de um CC fase-terra ................................................................... 11
5.2.5. Ocorrência de um CC fase-fase-terra ........................................................... 12
6. Conclusão ................................................................................................................... 14
7. Referências ................................................................................................................. 14
7. Anexos ........................................................................................................................ 15
1
2. Introdução
2
3. Descrição do SEE a analisar
Neste trabalho será estudado o SEE representado na figura 1, tendo este dez
barramentos, sendo três deles produtores e seis consumidores. O SEE da figura 1 tem a
seguinte estrutura topológica:
- Duas redes radiais localizadas entre os barramentos: 7 e 10, e 7 e 3;
- Uma rede em anel entre os barramentos 4, 5 e 7.
Este sistema elétrico de energia pode ser dividido em três zonas de tensão
diferentes:
- Zona 1 com 6kV;
- Zona 2 com 30kV;
- Zona 3 com 15kV.
De modo a que se consiga analisar o este sistema foi necessário converter todas
as impedâncias e admitâncias para o sistema pu, para isso considerou-se os valores de
base da tabela 1 para se conseguir construir a tabela 2.
3
4. Estudos a realizar sobre a análise do trânsito de potências
4.1. Trânsito de potências para o caso base
Tabela 3 – Classificação dos barramentos do SEE a partir dos dados da tabela 4 do guião.
Barramento Classificação
1 PV
2 REF
3 PV
4 PQ
5 PQ
6 PQ
7 PQ
8 PQ
9 PQ
10 PQ
Legenda
Dentro dos limites
Fora dos limites
Figura 2 – Tabelas com a solução obtida no PSS/E para as condições da alínea A.
4
4.2. Diminuição de perdas ativas
4.2.1. Apenas com a alteração das condições de despacho de potência ativa
5
- A alteração da posição das tomadas originou pouca variação na produção,
contudo uma diminuição significativa das perdas. Verificou-se o aumento das tensões em
mais de 10% nos barramentos 9 e 10, no resto dos barramentos notasse um aumento
mínimo, diminuição em 15% e 10% nas perdas ativas e reativas respetivamente.
O aumento do valor da bateria provoca, conforme o que podemos ver através da
simulação, um valor mais elevado das tensões em cada barramento, o que na prática
resulta de uma diminuição das correntes que circulam nas linhas, reduzindo assim
significativamente as perdas (p=RI2).
Concluímos ainda que a bateria de condensadores deveria ser colocada no
máximo possível físico estipulado de 6 Mvar, de forma a maximizar o aumento de tensão
pela injeção de energia reativa no barramento em questão. Neste caso, seria possível evitar
parte da produção de energia reativa produzida nos geradores, que estaria sujeita a mais
perdas pelo transporte nas linhas para alimentar todas as cargas.
Quanto à alteramos da posição das tomadas, quando o fazemos, estamos a alterar
a relação de transformação do lado de mais elevada tensão do transformador, podendo
assim alterar os valores de tensão para lá do enrolamento de mais baixa tensão. Em função
da regulação e do caso em concreto (transformador elevador de tensão ou abaixador),
podemos aumentar a tensão nos barramentos, diminuindo significativamente as perdas do
nosso sistema.
Para os transformadores T1, T2, T3 visto estes terem função de elevadores de
tensão, se aumentarmos a relação nas tomadas, contribuímos para que a tensão seja maior
no lado BT, diminuindo as perdas. Já nos transformadores T4 e T5, visto que são
abaixadores de tensão, se diminuirmos a razão de transformadores estamos a contribuir
para a diminuição das perdas devido igualmente ao aumento da tensão no secundário.
Situação ótima:
6
5. Análise de Curto-Circuitos
5.1. Caracterização dos nós da rede em termos de potência de curto-circuito
5.1.1. A partir do resultado da alínea anterior
7
5.2. Análise do efeito dos diferentes tipos de curto-circuitos
5.2.1. Impedância de Thévenin de sequência direta, inversa e homopolar
Impedância de Thévenin
Direta Inversa Homopolar
Barramento i
Módulo Arg. Módulo Arg. Módulo Arg.
1 0.039392 84.067 0.039392 84.067 0.044444 90.000
2 0.036020 83.809 0.036020 83.809 0.037500 90.000
3 0.064670 82.309 0.064670 82.309 0.066667 90.000
4 0.044983 80.290 0.044983 80.290 0.018258 86.605
5 0.042616 81.366 0.042616 81.366 0.030463 83.104
6 0.077649 78.629 0.077649 78.629 0.038491 86.665
7 0.064429 70.695 0.064429 70.695 0.077260 67.914
8 0.095409 73.834 0.095409 73.834 7.733413 -0.208
9 0.162973 49.648 0.162973 49.648 7.905856 0.437
10 0.230232 59.994 0.230232 59.994 1000000.0 90.000
A impedâncias direta e inversa têm o sempre o mesmo valor, uma vez a matriz
proveniente da transformação de Fortescue fornece, em todos os casos com a exceção na
situação de existência de máquinas rotativas, dois elementos iguais correspondentes às
respetivas impedâncias direta e inversa. Neste SEE, como é nos dito que a impedâncias
direta e inversa dos geradores têm os mesmos valores, estas são iguais, apenas variando
por barramento. Comparando estes valores de impedância com os valores de tensão
obtidos anteriormente, concluímos que os barramentos de menor tensão têm uma maior
impedância direta, posteriormente inversa também, e vice-versa.
A impedância homopolar de cada barramento não tem a mesma impedância direta
ou inversa, já que esta depende de outros fatores como a configuração dos
transformadores e das máquinas rotativas e do esquema de impedâncias. Os barramentos
geradores têm impedâncias homopolares baixas e estas não influenciam o valor deste
parâmetro nos barramentos a jusante já que estes têm uma configuração do tipo Y0. O
barramento 8 não apresenta qualquer ligação ao barramento 7, uma vez que o
transformador tem configuração Dyn. Isto leva a que a impedância homopolar deste
barramento dependa apenas da reatância de fugas e resistência da ligação neutro à terra
do transformador T4. O barramento 9 terá uma impedância homopolar semelhante ao
barramento 8 já que esta é aproximadamente igual à soma da impedância do barramento
8 e da linha que faz a ligação entre os dois barramentos. O barramento 10 tem um
transformador (T5) com configuração Dy, o que leva a que o circuito equivalente de
Thévenin de sequência homopolar neste barramento esteja isolado do sistema. Tal
acontecimento leva que a impedância homopolar deste barramento seja muito elevada
(teoricamente infinita).
8
Figura 3 – Esquema equivalente de Thévenin da componente homopolar.
Pós-defeito
Barramento Variável Módulo Arg.
V+ 0 0
Va 0 0
7
Vb 0 0
Vc 0 0
V+ 0 0
Va 0 0
10
Vb 0 0
Vc 0 0
9
Estando perante um curto circuito simétrico, admitimos que todas as fase possuem
igual impedância, como tal derevão possuir igual corrente para cada caso em todas as
fases. Podemos ainda verificar uma elevada corrente de curto circuito inicial quando este
ocorre no barramento 7. Isto acontece devido à elevada impedância associada a todos os
barramentos e linhas que se interligam neste ponto, que com o acrescento que a
componente continua pode adicionar (em função do respetivo argumento) poderá tomar
proporções muito elevadas.
No barramento 8 não existe qualquer passagem de corrente de CC, visto que o
transformador T4 possui ligação à terra.
Visto o não envolvimento da terra no curto circuito e o sistema ser equilibrado, o
uso das componentes simétricas podem ser desconsideradas. A tensão pós-defeito e
respetivos argumentos, devem ser 0 no local onde se dá o CC como podemos verificar.
Correntes
Barramento Componentes simétricas Por fase
I+ Arg. I- Arg. Ia Arg. Ib Arg. Ic Arg.
7 8.2711 -73.83 8.2711 106.17 0 0 14.326 -163.83 14.326 16.17
10 2.2476 -66.12 2.2476 113.88 0 0 3.893 -156.12 3.893 23.88
Pos-defeito
Barramento Variavel Modulo Arg.
V+ 0.5329 -3.13
V- 0.5329 -3.13
7 Va 1.0658 -3.13
Vb 0.5329 176.87
Vc 0.5329 176.87
V+ 0.5175 -6.13
V- 0.5175 -6.13
10 Va 1.0349 -6.13
Vb 0.5175 0.5175
Vc 0.5175 0.5175
10
Visto o curto circuito fase-fase não envolver a terra não existe qualquer tipo de
componentes homopolares no sistema nas correntes curto circuito.
Na fase onde não ocorre o defeito não existe qualquer tipo de passagem de
corrente enquanto que nas restantes fases diminui para metade a tensão pós defeito em
relação à tensão antes do mesmo ocorrer.
Em comparação com o curto circuito simétrico, podemos registar correntes de
curto circuito por fase mais baixos, que pode ser justificado pelo facto de não ser
considerada as impedâncias indiretas no caso trifásico equilibrado e envolver as três fases.
Pré-defeito
Barramento Variável Módulo Arg.
7 Va 1.0658 -3.13
10 Va 1.0349 -6.13
Pós-defeito
Barramento Variável Módulo Arg.
V+ 0.7326 -3.6
V- 0.3332 177.91
V0 0.3996 175.13
7
Va 0 0
Vb 1.0852 -126.64
Vc 1.1157 119.35
V+ 1.0349 -6.13
V- 0 0
V0 1.0349 173.87
10
Va 0 0
Vb 1.7926 -156.13
Vc 1.7926 143.87
11
Como ocorre um curto circuito fase-terra no barramento 10, visto que o neutro
estar isolado no transformador T5, não existe qualquer tipo de corrente de curto circuito
no barramento 9.
No barramento 8 não existe qualquer componente homopolar visto que o
transformador T4 possui ligação aberta do equivalente Thévenin. O valor de tensão pós-
-defeito, como foi previsto, na fase onde se observou o CC foi de 0.
Por análise ainda nó de defeito, podemos observar que as componentes da corrente
de CC inicial são todas iguais, ou seja, 1/3 da corrente CC inicial da fase.
Concluímos ainda que a corrente de curto circuito fase-terra é menor que a mesma
no sistema trifásico equilibrado, visto que a impedância homopolar possui um valor
superior que a impedância direta e inversa.
12
Analisando o nó onde ocorre o curto circuito, como uma fase se irá encontrar sem
corrente, passando para componentes simétricas da corrente, concluímos que estas
somadas devem dar 0, tal como verificado (o módulo da componente direta é igual às
compontentes indireta e homopolar somadas em módulo).
No barramento 8 não existe qualquer componente homopolar visto que o
transformador T4 possui ligação aberta do equivalente Thévenin. Da mesma forma,
quando este ocorre no barramento 10, visto que o neutro está isolado no transformador
T5 não registamos componente homopolar no barramento 9.
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6. Conclusão
Através da elaboração deste relatório, foram retiradas algumas conclusões
relativamente a cada uma das partes que foram estabelecidas pelo guião fornecido.
Na parte da análise do trânsito de potências, podemos observar que a alteração das
condições de despacho de potência ativa nos geradores diminuía as perdas, no entanto
não afetava significativamente comparativamente às alterações nos valores da bateria de
condensadores e das posições das tomadas dos transformadores pedido na alínea seguinte.
Na parte de analise dos curto circuitos, conseguimos na prática observar as
distintas consequências que cada tipo de curto circuito pode provocar numa rede, e de que
forma os esquemas de ligação dos enrolamentos das máquinas podem interferir com o
mesmo. Ter os conhecimentos destes valores num sistema real é muito importante de
forma a garantir a segurança de pessoas e dos equipamentos, dimensionando o sistema de
forma a prevenir por um certo intervalo de tempo, correntes até determinados valores.
7. Referências
- PSS/E. (2016). Siemens Power Technologies International.
- Moreira, C. (s.d.). Análise de curto-circuitos simétricos. Disponível em:
https://moodle.up.pt/pluginfile.php/165814/mod_resource/content/21/3_RESEE_CC_Si
m.pdf [Acedido a 11 de maio de 2018].
- Moreira, C. (s.d.). Análise de curto-circuitos assimétricos. Disponível em:
https://moodle.up.pt/pluginfile.php/165815/mod_resource/content/27/4_RESEE_CC_A
ssimetricos.pdf [Acedido a 11 de maio de 2018].
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7. Anexos
15
Tabela 7A – Valores de corrente em variáveis simétricas e por fase na ocorrência de um
CC fase-fase-terra no barramento 7 (módulos em pu e argumentos em graus).
Barrameto 7
Corrente Direta Corrente Inversa Corrente Homopolar Corrente por Fase Impedância Thévenin
Bar. Origem / Destino
I+ Arg. I- Arg. I0 Arg. 3*I0 Ia Arg. Ib Arg. Ic Arg. Z+ Arg. Za Arg.
4 4,2828 -69,61 2,1916 102,58 1,7342 109,53 5,2026 0,4971 -29,02 6,4744 172,31 6,0244 45,24 0,023 -89,42 2,0204 26,42
5 3,1096 -69,78 1,5961 103,11 1,1325 109,23 3,3976 0,4494 -40,89 4,6304 173,72 4,3425 43,61 0,0414 -91 2,3113 37,83
6 3,6173 -73,24 1,8048 95,04 2,004 106,31 6,012 0,4124 38,66 5,8204 162,86 5,1989 46,91 0,0441 -90 2,3394 -40,6
8 0,4505 146,26 0,4505 146,26 0 0 0 0,9009 146,26 0,4505 -33,74 0,4505 -33,74 0 0 0,863 -152,05
16