Considere a cônica (
x = 2 + sec t
C: ; t ∈ R,
y = 3 + 3 tan t
dada por suas equações paramétricas, para responder às questões 1, 2 e 3.
Solução:
(1) Como a parametrização da cônica C foi feita usando as funções trigonométricas tangente e secante
de t, vamos utilizar a identidade trigonométrica abaixo para encontrar sua equação cartesiana:
y−3
y = 3 + 3 tan t ⇐⇒ tan t = . (3)
3
Substituindo as equações 2 e 3 na equação 1, temos que:
(y − 3)2
(x − 2)2 −=1
9
é a equação cartesiana da cônica C. Logo, C é uma hipérbole.
(2) Pela equação encontrada no item anterior, temos que os elementos da cônica C são:
√
• a = 1, b = 3 e c2 = a2 + b2 = 10 ⇐⇒ c = 10;
• reta focal: y = 3;
√ √ √
• focos: (2 ± 10, 3), então F1 = (2 − 10, 3) e F2 = (2 + 10, 3);
• assı́ntotas: 3x − y = 3 e 3x + y = 9.
(3) Veja o esboço da cônica C contendo todos os seus elementos na figura abaixo.
(y−3)2
Figura 1: Hipérbole (x − 2)2 − 9
= 1 e seus principais elementos.
C : ρ2 + 4ρ cos θ + 4ρ sen θ = 1
Questão 4 (1,0 ponto): Verifique que a equação C é de um cı́rculo, encontre seu centro em
coordenadas cartesianas e seu raio.
Questão 5 (1,0 ponto): Encontre o centro de C em coordenadas polares.
Solução:
ρ2 + 4ρ cos θ + 4ρ sen θ = 1 ⇐⇒ x2 + y 2 + 4x + 4y = 1
⇐⇒ x2 + 4x + 4 + y 2 + 4y + 4 = 1 + 4 + 4
⇐⇒ (x + 2)2 + (y + 2)2 = 9.
Pela equação encontrada acima, temos que C é um cı́rculo de centro (−2, −2) e raio 3.
(5) Para encontrar o centro do cı́rculo em coordenadas polares, vamos utilizar novamente a equação
6 para calcular primeiramente o valor de ρ:
q √ √
ρ= (−2)2 + (−2)2 = 8 = 2 2.
√
Agora, utilizando as equações 4 e 5 obtemos sen θ = − 2√2 2 = − √12 = − 2
2
e cos θ = − 2√2 2 =
√
− √12 = − 2
2
, logo
5π
θ= 4
+ 2kπ, onde k ∈ R.
√
Assim, o centro de C em coordenadas polares é (2 2, 5π
4
+ 2kπ), onde k ∈ R.
E1 : −x2 + 3y 2 + 6x − 12y = −4 e E2 : x2 − y 2 − 6x − 2y = −8
Observação: Não se esqueça de fazer o esboço em um sistema de eixos coordenados OXY e de marcar os
pontos de interseção entre as curvas que delimitam a região .
Solução:
(y − 2)2
(6) Completando os quadrados da equação de E1 , obtemos (x − 3)2 − = 1 que é a equação
1/3
de uma hipérbole centrada em (3, 2) e reta focal paralela ao eixo OX.
Completando os quadrados da equação de E2 , obtemos (x − 3)2 − (y + 1)2 = 0 que é a equação
de uma cônica degenerada. Neste caso, desenvolvendo a equação encontrada, obtemos as equações
x − y = 4 e x + y = 2, que representam duas retas concorrentes em (3, −1).
Assim, os pontos de interseção entre as curvas são A = (−4, 6), B = (10, 6), C = (1, 1) e D = (5, 1).
(8) Veja o esboço da região R contendo os pontos de interseção encontrados no item anterior
desenhada da cor azul. Os pontos de interseção encontrados anteriormente não pertencem à região
R.
Figura 2: Região R.
OBS.: Não serão aceitas justificativas baseadas apenas no desenho. É necessário apresentar todos os
cálculos realizados para se obter a resposta final.
Solução:
Como P ∈ / r, temos que o simétrico de r em relação ao ponto P é uma reta não coincidente com
r, que chamaremos de a. Vejamos como determiná-la.
Notemos inicialmente que a reta a simétrica a r em relação a P é uma reta paralela a r. Assim, sua
equação é da forma x − y = k, onde k é um número real que precisamos descobrir. Para encontrar
um ponto pertencente a a e assim determinar k, basta tomar qualquer ponto em r e encontrar seu
simétrico em relação a P .
Sejam s a reta perpendicular a r que passa pelo ponto P e A o ponto de interseção entre r e s.
Note que o ponto B = a ∩ s é o simétrico de A com respeito à P . Encontrando B, nosso problema
estará solucionado.
Como (1, −1) ⊥ r, então (1, 1) ⊥ s. Assim, x + y = d é a equação cartesiana de s, onde d é um
número real. Utilizando o ponto P , podemos determinar o valor de d da seguinte maneira:
P = (2, 3) ∈ s ⇐⇒ 2 + 3 = d ⇐⇒ d = 5.
(
x=t+2
Logo, x + y = 5 é a equação cartesiana e , t ∈ R são equações paramétricas de s.
y = −t + 3
Como A = r ∩ s, resolvendo o sistema
(
x−y =3
.
x+y =5
encontramos que A = (4, 1).
Note que, como A e B são simétricos em relação a P , temos que
d(A, P ) = d(B, P ).
Como B ∈ s, então B = (t + 2, −t + 3) para algum t real. Assim,
q √
(−2)2 + (−2)2 = t2 + t2 ⇐⇒ t = ±2.
Se t = −2, então encontramos B = (0, 5). Se t = 2, o ponto encontrado coincide com o ponto A.
Portanto, se a reta a : x − y = k passa por B = (0, 5),concluı́mos que k = −5. Logo, o simétrico
de r em relação a P
x − y = −5.