Santo André
Março de 2018
A - Observação da estrutura de aço inox
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Figura 4: Amostra B - aço inoxidável ferrítico 439 com ampliação de a) 500x b) 1000x
Figura 6: Amostra C - aço inoxidável ferrítico 439 com ampliação de a) 500x b) 1000x
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de Cr e um teor de carbono ligeiramente menor no aço ferrítico, por tanto, apresenta
uma resistência à corrosão intergranular maior que o aço austenítico. Outro fator que
contribui para essa maior resistência à corrosão intergranular é a presença de Ti na
composição, pois o Ti compete com o Cr na formação de carbonetos. [1]
As imagens das micrografias obtidas no laboratório confirmam a maior
resistência à corrosão dos aços ferríticos, sendo que é necessária uma maior
temperatura para ocorrer a sensitização deste aço (aproximadamente 900ºC) em
relação ao aço austenítico (de 500ºC a 850ºC). Nas imagens é possível observar
estrutura mista (de acordo com norma ASTM A262), nas amostras de aço austenítico,
que foram aquecidas a 800ºC por 1h, porém nenhum grão foi completamente
contornado pela corrosão. Já nas amostras de aço ferrítico não foi possível observar
os contornos de grão com indícios de corrosão.[1][2][3][4]
As temperaturas de sensitização apresentadas acima confirmam o que foi
observado nas imagens obtidas: uma estrutura em degrau no aço inoxidável
austenítico aquecido a 675ºC e uma estrutura mista na amostra aquecida a 800ºC. Já
na amostra de aço inoxidável austenítico que foi aquecida a 800ºC por 5h é possível
observar estrutura do tipo vala em poucos grãos próximos à superfície, indicando que
o maior tempo favoreceu a sensitização desta amostra.
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temperatura. A amostra A figura 1 (675ºC, 1h), portanto, foi a que apresentou menores
índices aparentes de corrosão e seria a mais ideal para aplicações biomédicas.
Além disso, deve ser levado em consideração que o meio biológico é altamente
corrosivo, portanto é recomendado, dentre os aços inoxidáveis, aqueles com menor
teor de carbono, para que dificulte a precipitação dos carbetos de cromo nos
contornos de grão. Portanto, dos dois graus de aços inoxidáveis apresentados no
roteiro o mais recomendado é de grau 2, que apresenta menor teor de carbono. [8]
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sólidas que são capazes de reorganizar seus átomos na rede cristalina. A martensita
é uma fase que possui estrutura flexível, pouca simetria e estado livre de tensões e
pode ser induzida tanto por tensão quanto por temperatura.[10]
Figura 8: representação das mudanças na estrutura cristalina das ligas com memória de forma[10]
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● Possuir um pequeno intervalo de transição de fase, com o intuito de possuir o
tempo suficiente para a amarração do arco e ao mesmo tempo ser ativo a
temperaturas da boca e inativo a mudanças ligeiras de temperatura.
O alto limite elástico, o baixo módulo de elasticidade (baixa rigidez) e a alta
resiliência são as propriedades únicas que fazem esses materiais serem utilizados
para o nivelamento e alinhamento dos dentes, ou seja, mesmo com aplicações de
grandes flexões, esses materiais são capazes de retornar ao formato original com a
aplicação de forças moderadas e uniformes, não sendo necessário a confecção de
alças, otimizando o tempo do profissional que está instalando o aparelho
ortodôntico.[12][13]
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3. Escolher o NiTi de memória de forma ou o NiTi superelástico: Citam outra
aplicação e relacionam as propriedades destas ligas com a ação do implante
sobre a patologia.
O NiTi superelástico possui vasta aplicação no campo biomédico, pois sua
propriedade superelástica permite que os engenheiros da área biomédica tenham
maior liberdade no design de seus dispositivos em comparação aos materiais de liga
convencionais. Uma de suas aplicações pode ser vista na utilização na fabricação de
stents. Além de serem biocompatíveis, os implantes de nitinol ainda podem sofrer um
tratamento superficial que lhes confere uma camada passivadora de óxido de titânio,
a qual protege o dispositivo contra a corrosão.[9][13]
Os stents são dispositivos que possuem o objetivo de manter os vasos
circulatórios abertos, evitando que os mesmos contraiam e gerem problemas ao
paciente, dessa forma, devem suportar alto estresse mecânico. Por conta disso, o
Nitinol, é recomendado para tal utilização, uma vez que ele é capaz de lidar melhor
com essas situações devido às suas características de superelasticidade. Além disso,
esses materiais apresentam boa resistência à torção, o que também é requerido nos
stents. [9]
Referências
[1] CARBÓ, H. M.; Aços inoxidáveis: aplicações e especificações. Acellor Mittal.
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[2] ASTM - American Society for Testing Materials. ASTM F 138 - 00 - Standard
Specification for Wrought 18 Chromium-14 Nickel-2.5 Molybdenum Stainless Steel
Bar and Wire for Surgical Implants.
[3] M. O. H. Amuda and S. Mridha, “An Overview of Sensitization Dynamics in
Ferritic Stainless Steel Welds,” International Journal of Corrosion, vol. 2011, Article
ID 305793, 9 pages, 2011.
[4] Austral Wright Metals, Sensitisation of Austenitic Stainless Steels. Disponível em:
<www.australwright.com.au/sensitisation-of-austenitic-stainless-steels/> Acesso em:
14/03/2018.
[5] Ren, Yibin & Yang, Ke & Bingchun, Zhang & Yaqing, Wang & Yong, Liang. (2004).
Nickel-free stainless steel for medical applications. Journal of Materials Science and
Technology -Shenyang-. 20. 571-573.
[6] Mariotto, Sabrina de Fátima Ferreira, Guido, Vanessa, Yao Cho, Liu, Soares,
Cristina Pacheco, & Cardoso, Kátia Regina. (2011). Porous stainless steel for
biomedical applications. Materials Research, 14(2), 146-154. Epub April 15, 2011.
[7] MARCHI, J. Aula prática 1 - Biomateriais Metálicos. Biomateriais - NAESZM032,
2017.
[8] CHAMPEAU, M. Aula 4 - Biomateriais metálicos. Biomateriais - NAESZM032,
2018.
[9] JOHNSON M., USA Nitinol for Medical Applications: A Brief Introduction to the
Properties and Processing of Nickel Titanium Shape Memory Alloys and their use in
Stents, Inc, 1070 Commercial St, Suite 110, California 95112
[10] CORRÊA FILHO, Luimar Nogueira. Efeito do tratamento térmico nas
propriedades mecânicas e térmicas de uma liga NiTi pseudoelástica. 2013. xii, 51 f.
Dissertação (Mestrado em Ciências Mecânicas)—Universidade de Brasília, Brasília,
2013.
[11] QUINTAO, Cátia Cardoso Abdo; BRUNHARO, Ione Helena Vieira Portella. Fios
ortodônticos: conhecer para otimizar a aplicação clínica. Rev. Dent. Press Ortodon.
Ortop. Facial, Maringá , v. 14, n. 6, p. 144-157, Dec. 2009.
[12]Gravina, M., Motta, A., Almeida, M., Quintão, C. Fios ortodônticos: propriedades
mecânicas relevantes e aplicação clínica. Revista Dental Press de Ortodontia e
Ortopedia Facial. 9. 113-128, 2004.
[13] A.R. Pelton, D. Stöckel and T.W. Medical Uses of Nitinol Duerig Nitinol Devices
& Components - Cordis Corporation, 47533 Westinghouse Dr., Fremont, CA 94539,
USA.