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Introdução

Da mesma forma que você procura pesquisar onde comprar mais barato para
economizar seu dinheiro, a Administração Pública busca a proposta mais
vantajosa – de acordo com exigências pré-estabelecidas e divulgadas – para
contratar serviços, adquirir bens e realizar obras.

Entretanto, diferentemente de nós, a Administração Pública não sai pela rua


indo de loja em loja ou de empresa em empresa atrás da melhor proposta. Ela
faz isso por meio do processo denominado licitação, ou seja, o processo pelo
qual os órgãos e empresas públicas contratam serviços e adquirem bens de
uma pessoa jurídica e/ou física.

Nesta aula, após breve histórico sobre a licitação, você estudará alguns
conceitos básicos a respeito do tema.

Vamos lá e excelente estudo!


No Brasil o primeiro registro encontrado aponta que a licitação aparece no
direito público brasileiro desde 1862, inicialmente por meio do Decreto nº.
2.926, de 14 de maio de 1862. O referido decreto regulamentava as
“arrematações dos serviços a cargo do então Ministério da Agricultura,
Comércio e Obras Públicas.” (Pereira Júnior, apud CASTRO e LOPES, 2004,
p.25).

Após o decreto, outras leis surgiram. Entretanto, a consolidação, em âmbito


federal, só aconteceu com o Decreto nº. 4.536, de 28 de janeiro de 1922,
responsável pela organização do Código de Contabilidade da União.

Desde 2004 o governo vem estudando mudanças na Lei nº. 8.666/93. O


objetivo destas mudanças aponta para a implementação de inovações no
procedimento de licitação atual e a maior utilização dos meios eletrônicos nos
moldes do pregão. Também fazem parte desse contexto as parcerias público-
privadas que você estudará adiante.

É importante observar que todas estas alterações, além de buscarem garantir a


Administração Pública maior legitimidade no processo, garantiram que a
normatização da licitação não ficasse somente restrita a Administração Pública
de âmbito federal, estendendo as orientações, parâmetros e limites ao Distrito
Federal, aos estados e municípios.

Sendo assim, é importante que todos profissionais que atuam nas diversas
esferas da Administração Pública saibam como se processam as licitações e os
contratos. Por isso, a seguir você estudará os principais conceitos e definições
relacionados ao tema.

Decreto-Lei nº. 200, de 25.02.67 (arts.125 a 144)- estabelece a reforma


administrativa federal;

Lei nº. 5.456 de 20.06.68 – estende as disposições do Decreto Lei nº 200,


referentes às normas relativas a licitações para compras, obras, serviços e
alienações às administrações dos estados e municípios;

Decreto-Lei nº. 2.300, de 21.11.86 – Dispõe sobre as licitações e contratos da


Administração Federal;

Constituição Federal de 1988 – Eleva a licitação a status de princípio


constitucional, obrigando a observância da Administração Pública, direta ou
indireta de todos os poderes: União, Estado e Municípios;

Lei nº. 8.666 de 21. 06. 93 – Regulamenta o inciso XXI do art. 37 da


Constituição Federal, disciplinando as licitações e contratos da Administração
Pública celebrados atualmente;
Lei nº 10.520 de 17 de julho de 2002 – Institui a modalidade de licitação
denominada pregão no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Observe o conceito a seguir!

Apesar de o conceito ser claro e de fácil entendimento, é necessário que se


possa analisar outros termos contidos na sua redação. Então, para facilitar a
compreensão, vamos analisar um a um.

Veja que está escrito que a licitação é um procedimento administrativo. O que


significa isso?

Significa dizer que é o meio formal pelo qual a Administração Pública deve
convocar, mediante edital ou convite, empresas que estejam interessadas a
oferecer bens e serviços
Em seguida, observe que o autor destaca que este procedimento administrativo
deve ser “obediente aos princípios constitucionais”. Quais são esses princípios?

> A licitação tem por objetivo garantir a observância do princípio


constitucional da isonomia, ou seja, necessita garantir oportunidade
igual a todas as empresas que estejam interessadas em participar
do processo.

Além do princípio da isonomia, como você leu, outros também devem ser
observados nos procedimentos de licitação. São eles:
Princípios que orientam as licitações

Princípios Objetivos

Vincular a Administração Pública e os licitantes


Legalidade às regras estabelecidas nas normas e princípios
contidos na legislação em vigor.

Impedir a discricionariedade e o subjetivismo no


decorrer do procedimento de licitação,
Impessoalidade
garantindo critérios objetivos estabelecidos
previamente.

Garantir a observância por parte de todos os


envolvidos no processo de licitação (servidores
Moralidade e Probidade públicos e licitantes) para a necessidade de
Administrativa conduta ilibada, pautada na ética, na legalidade
e nas normas técnicas do próprio procedimento
licitatório.

Garantir a transparência no decorrer do


procedimento de licitação, por meio da
Publicidade divulgação e da possibilidade de acesso, aos
licitantes, dos atos da administração. Garantia
da transparência dos atos públicos.

Garantir que as exigências e critérios previstos


Vinculação ao no edital ou convite possam ser seguidos pelos
Instrumento Convocatório licitantes e pelos servidores públicos
responsáveis pelo procedimento da licitação.

Impedir que o julgador utilize critérios


subjetivos ou não previstos no edital ou convite,
Julgamento Objetivo
mesmo que isto ocorra em favor da
Administração Pública.

Simplificar o processo evitando formalidades em


Celeridade
excesso e exigências desnecessárias.

Os objetivos da Administração deverão estar embasados nos princípios que


auxiliarão no planejamento e na execução de todo o procedimento de licitação,
de acordo com o Direito.

Ainda com relação ao conceito de licitação utilizado, observe que o autor utiliza
o verbo “escolher” quando se refere que por meio do procedimento de licitação
se “escolhe a proposta de fornecimento de bem, obra ou serviço”.

> Com isso reforça um dos propósitos da licitação: preceder aos contratos.
Antes de terminar esta Unidade, cabe ainda apresentar alguns pontos
importantes pautados na Lei nº. 8.666/93, que se relacionam com os conceitos
básicos da licitação.

- Além dos órgãos da administração direta, estão sujeitos às normas da


licitação contidas na Lei nº. 8.666/93 os fundos especiais, autarquias,
fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.

- São responsáveis pelos procedimentos de licitação os agentes públicos


designados pela autoridade competente para integrar as comissões de licitação.
Esta designação se dá por meio de ato administrativo próprio, como por
exemplo, portaria.

- Como você estudou, a licitação é um procedimento que Administração Pública


necessita realizar quando contrata obras, bens e serviços. A Lei que
regulamenta as licitações e contratos (Lei nº. 8.666/93) apresenta exceções a
este procedimento, podendo a licitação ser legalmente dispensada, dispensável
ou inexigível, e somente nos casos previstos na referida Lei. Sobre as exceções
e a inexigibilidade veja os artigos 24 e 25, da Lei citada.

Resumo

No Brasil o primeiro registro encontrado aponta que a licitação apareceu no


direito público brasileiro em 1862, por meio do Decreto nº. 2.926, de 14 de
maio de 1862. O referido decreto regulamentava as “arrematações dos serviços
a cargo do então Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.” (Pereira
Júnior, apud CASTRO e LOPES, 2004, p.25).

Atualmente os procedimentos de licitação são regulamentados pela Lei nº


8.666 de 21.06.93, sendo a modalidade de pregão regulamentada pela Lei nº
10.520 de 17.07.02.

Desde 2004 o governo vem estudando mudanças na Lei nº. 8.666/93 e o


objetivo dessas mudanças apontam para a implementação de inovações no
procedimento de licitação atual e a maior utilização dois meios eletrônicos nos
moldes do pregão.
Segundo Motta, licitação é “o procedimento administrativo pelo qual a
Administração Pública, obediente aos princípios constitucionais que a norteiam,
escolhe a proposta de fornecimento de bem, obra ou serviço mais vantajosa
para o erário.” (MOTTA, 1998, p. 26).

Isso significa dizer que a licitação é o meio formal pelo qual a Administração
Pública deve convocar, mediante edital ou convite, pessoas jurídicas e/ou
físicas que estejam interessadas em oferecer bens e serviços. Afinal, todos
temos os mesmos direitos, inclusive de negociar com a Administração Pública,
salvo quando impedidos por lei.

A licitação tem por objetivo garantir a observância do princípio constitucional da


isonomia, ou seja, necessita garantir oportunidade igual a todos que estejam
interessados em participar do processo. Um dos propósitos da licitação é
preceder ao contrato, que retratará os direitos e obrigações indicados no edital
e legislação aplicável.

Como dito, a Lei nº. 8.666/93 regulamenta as normas que regem as licitações
e contratos, cabendo a ela também descrever as exceções, seja para os casos
de dispensa ou inexigibilidade da licitação.

A escolha da proposta mais vantajosa possibilita que a Administração Pública


alcance um de seus principais objetivos: a melhor utilização do dinheiro do
erário para a concretização do interesse público.

Vocês podem encontrá-lo no site


http://conjur.estadão.com.br/static/text/7549,1 (acessado em 20 de junho de
2013).
Que a licitação é um procedimento formal da Administração Pública e por isso
necessita obedecer a uma série de princípios, você já sabe. Mas, talvez o que
ainda não saiba é que, como todo procedimento formal da Administração
Pública, a licitação possui uma série de especificidades e ritos dispostos em Lei.

Indo mais fundo na análise da Lei nº. 8.666/93, nesta aula você estudará sobre
as modalidades, os tipos e as fases da licitação e sobre aquilo que é uma das
finalidades da licitação: a execução de contratos. Estudará também sobre
convênios.

Modalidades

As modalidades de licitação referem-se às formas de condução do


procedimento de licitação, ou seja, como a licitação vai ocorrer.

O artigo 22 da Lei nº. 8.666/93 estabeleceu cinco modalidades de


licitação:
A Lei nº 8.666/93 só trata dessas 5 modalidades, mas há uma sexta, que é o
PREGÃO. O pregão foi instituído como modalidade de licitação aplicável no
âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios pela Medida Provisória
nº 2026/2000 e consagrada, mais tarde, pela Lei nº 10520/2002. Em 8 de
agosto de 2000, o Poder Executivo editou o Decreto nº 3555/2000, aprovando
o regulamento para a modalidade pregão, instituída pela Medida Provisória
2026/2000. Esse Decreto foi recepcionado pela lei 10520/2002 e continua em
pleno vigor. A princípio, a regra atual é licitar pela modalidade de pregão.

Veja cada uma das modalidades de licitação:

 Concorrência

 Tomada de preços

 Convite
É importante destacar que na modalidade convite é possível a participação de
interessados que não tenham sido convidados formalmente, mas desde que
sejam do ramo do objeto licitado e estejam cadastrados no órgão ou entidade
licitadora, ou, ainda, no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores
– SICAF. Contudo, os interessados deverão fazer a solicitação do convite com
antecedência de até 24 horas da apresentação da proposta.

 Concurso

 Leilão
 Pregão

É a modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou


serviços comuns é feita em sessão pública.

O principal fator de escolha entre as modalidades de concorrência, tomada de


preços e convite é o valor estimado para a contratação, conforme define o art.
23 da Lei 8.666/93. Contudo, no âmbito da União, de acordo com o art. 4º do
Decreto nº 5.450/05, a licitação para contratação de bens ou serviços comuns
deverá ser realizada sob a modalidade de Pregão, preferencialmente, na forma
eletrônica: "Art. 4° Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns
será obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua
forma eletrônica. § 1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo
nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade
competente.”

I - para obras e serviços de engenharia:


a) convite: até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);
b) tomada de preços: até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
1. convite: até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
2. tomada de preços: até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais);
3. concorrência: acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).
Tipos de licitação

Tipo de licitação não é o mesmo que modalidade. Os tipos de licitação estão


relacionados aos critérios que serão utilizados para avaliar e classificar as
propostas apresentadas pelos licitantes, para seleção da proposta mais
vantajosa. O quadro a seguir foi elaborado de acordo com § 1º do art. 45 da
Lei 8.666/93. Além dos tipos, você encontrará os critérios e a orientação de
quando utilizá-los:

Orientação para o uso dos tipos de licitação

Tipo O que é considerado Quando é utilizado

Nas compras e serviços de modo geral e


Critério que considera como nas aquisições de bens e serviços de
vencedora - após verificar se a informática realizadas na modalidade de
Menor Preço proposta atende às especificações pregão eletrônico ou presencial e no caso
do edital - aquela que apresentar o de obras e serviços de engenharia,
menor preço. alienações e locações imobiliárias na
modalidade de convite.

Exclusivamente para serviços


predominantemente de natureza
intelectual. Ex: elaboração de projetos,
Critério que considera como
cálculos, fiscalização, supervisão e
vencedora a proposta mais
Melhor Técnica gerenciamento e de engenharia
vantajosa, escolhida com base em
consultiva em geral e, em particular, para
aspectos de ordem técnica.
a elaboração de estudos técnicos
preliminares e projetos básicos e
executivos.

Critério em que considera como


Pode ser utilizada na contratação de bens
Técnica e preço vencedora a proposta mais
e serviços de informática e nas
vantajosa, escolhida com base na
modalidades de tomada de preço e
maior média ponderada,
considerando-se as notas obtidas concorrência.
nos aspectos de preço e técnica.

Maior lance ou A proposta que oferecer melhor Nos casos de alienação de bens ou
oferta lance ou oferta concessão de direito real de uso.

O Decreto nº 7174, de 12 de maio de 2010, que regulamenta a contratação de


bens e serviços de informática e automação pela administração pública federal,
estabelece no § 4º do art. 9º que "A licitação do tipo técnica e preço será
utilizada exclusivamente para bens e serviços de informática e automação de
natureza predominantemente intelectual, justificadamente, assim considerados
quando a especificação do objeto evidenciar que os bens ou serviços
demandados requerem individualização ou inovação tecnológica, e possam
apresentar diferentes metodologias, tecnologias e níveis de qualidade e
desempenho, sendo necessário avaliar as vantagens e desvantagens de cada
solução."
Os parágrafos e incisos do artigo 46 da Lei 8.666/93 explicam os
procedimentos adotados nas licitações do tipo melhor técnica e melhor técnica
e preço. Leia-os antes de prosseguir seus estudos. Observe que os aspectos a
serem cobrados na avaliação e classificação das propostas deverão ser
definidos com clareza e objetividade no ato convocatório. Assim, merecerá
especial atenção a fase interna ou preparatória da licitação, como você poderá
constatar a seguir.

Fases da Licitação

O procedimento de licitação compreende as seguintes fases:

Fase interna ou preparatória- Esta fase delimita e determina as condições do


ato convocatório, antes de divulgá-lo aos interessados. Esta fase é trabalhosa e
requer o máximo de atenção, pois dela dependerá o sucesso da execução da
fase externa.

Fase externa ou executória – A fase externa poderá ser subdivida considerando


a modalidade de licitação. Esta fase tem início com a publicação do edital ou a
entrega do convite e só termina com a contratação do licitante para o
fornecimento do bem, da execução da obra ou da prestação do serviço.

Vale ressaltar que na fase externa não poderá haver nenhuma alteração.
Qualquer falha ou irregularidade constatada ocasionará a anulação do
procedimento de licitação.

Os procedimentos a seguir ilustram os passos da fase interna e da fase externa


de um procedimento de licitação nas modalidades que não sejam o Pregão.

Passos da fase Interna

1º Verificação da necessidade pública a ser atendida:

A necessidade deve ser definida por meio de solicitação justificada do setor


requisitante, por meio de documento próprio que comporá o processo,
configurando assim o passo um do procedimento licitatório. Exemplo: Obras a
serem executados, bens a serem adquiridos etc.

2º Aprovação da autoridade competente:


A aprovação da autoridade competente deverá estar devidamente motivada e
compreender a autorização para a autuação do processo correspondente, o
qual deverá estar protocolizado e numerado. O ato autorizativo, quando não
vinculado diretamente à lei, porque esta é omissa ou obscura, deverá levar em
consideração os aspectos de oportunidade, conveniência e relevância do
interesse público, e nesta hipótese o administrador deve justificar (motivar) de
forma ainda mais completa.

3º Elaboração da especificação do objeto da licitação:


A redação da especificação deve ser clara, objetiva e sucinta. Não deve deixar
dúvidas sobre o que se espera como resultado do processo licitatório. Quando o
processo envolver critérios técnicos. Estes devem ser descritos utilizando o
vocabulário adequado. No caso de Pregão esta elaboração das especificações do
objeto e sinalização de contratação será denominada de Termo de Referência.
Nas demais modalidades chama-se Projeto Básico, e deverá conter no caso de
obras soluções técnicas suficientemente detalhadas, de forma a serem
utilizadas na elaboração do projeto executivo.

4º Estimativa do valor da contratação:


Deve ser feita uma ampla pesquisa no mercado relevante para a melhor
avaliação do valor esperado.

5º Indicação dos recursos:


Indicação dos recursos orçamentários que cobrirão as despesas. Aqui deve ser
verificada a adequação orçamentária e financeira, bem como a Lei de
Responsabilidade Fiscal, caso seja necessário.

6º Escolha da modalidade e do tipo de licitação:

Verificar de acordo com o objeto e se for o caso (não sendo a hipótese de


pregão) o valor da licitação e, então definir, quais as melhores modalidade e
tipo de licitação.

7º Elaboração do edital:
O edital deve ser claro, preciso, objetivo e ainda contemplar os seguintes
aspectos: a descrição do objeto, os requisitos de habilitação, os critérios de
julgamento, de aceitabilidade dos preços, as condições de pagamento, os
prazos de execução, prazos e condições para assinatura de contratos, local de
realização do certame, bem como horários e prazos para esclarecimentos,
impugnações e publicações, critérios de participação, reajustes, sanções e
outras indicações especificas ou peculiares à licitação. A redação do edital
deverá considerar ainda o princípio da isonomia e os demais princípios que
orientam o processo licitatório.

Antes de continuar seus estudos, veja exemplos de editais consultando o site


www.mj.gov.br/licitacao, www.agu.gov.br e www.tcu.gov.br.
(Acessados em 21 de junho de 2013).

Passos da Fase Externa


Os procedimentos da fase externa sofrerão alterações de acordo com o objeto,
da modalidade e do tipo de licitação. Os procedimentos a seguir, apresentam
apenas os passos principais, executados na maioria das modalidades.

1º Início da publicação do aviso:


O objetivo desta fase é divulgar o processo licitatório, atendendo assim o
princípio de divulgação.(publicidade/transparência).

2º Habilitação das licitantes:


Quando pertinente, deverá haver a habilitação dos licitantes. A habilitação
poderá ser realizada considerando: aspectos jurídicos, regularidade fiscal,
qualificação técnica e qualificação econômico-financeira.

3º Classificação das propostas:


A classificação das propostas deverá atender as especificidades contidas na Lei
de acordo com a modalidade adotada.

4º Contratação e Execução do Objeto:


Após a classificação, e não havendo recursos e/ou decisão judicial suspendendo
qualquer ato administrativo, cabe então a contratação e a posterior execução
do objeto de licitação.
O prazo de divulgação da publicação do aviso da licitação dependerá da
modalidade que venha a ser adotada. Assim temos:
Modalidades Prazos

45 dias: quando a licitação for do tipo


melhor técnica ou técnica e preço, ou
Concorrência
o regime de execução do objeto for
empreitada integral; 30 dias: para os
demais casos

30 dias: no caso de licitação do tipo


Tomada de Preços
melhor técnica ou técnica e preço; 15
dias: para demais casos;

Convite
05 dias úteis: qualquer caso
Obras e serviços merecem atenção especial, principalmente, no que se refere
as fases da licitação. Leia atentamente a Seção III (art. 7º e seguintes) da Lei
nº. 8.666/93. Veremos agora sobre Contratos, Convênios e Consórcios.

Como já sabemos todo contrato é precedido de licitação. Portanto, concluído o


procedimento licitatório ou os procedimentos de dispensa ou inexigibilidade
(arts. 24 e 25 da Lei 8.666/93) é hora de celebrar o contrato. Nesta
oportunidade toda atenção é recomendável, pois as cláusulas, direitos,
obrigações e responsabilidades da Administração e do licitado deverão ser
claras e precisas. Nesta lição você estudará sobre esta questão.

 Definição

A Lei 8.666/93 define contrato como:

Os contratos administrativos são regulados por cláusulas, normas da Lei


8.666/93 conforme o Art. 54 da lei 8.666/93.
Regulação de contratos

1. De acordo com os preceitos da Administração Pública, deverá prevalecer o


interesse da coletividade sobre o particular. Entretanto, deve ser observado
pela Administração o direito dos particulares, zelando pela justiça.

2. Há diferença entre os contratos celebrados entre a Administração Pública e o


particular comparados àqueles firmados entre particulares. Isso está
relacionado à natureza e aos preceitos de ordem pública que regem a
Administração para a qual deve prevalecer o interesse público.

3. O contrato só poderá ser celebrado com o licitante que venceu a licitação ou


com aquele que tenha cumprido os procedimentos de dispensa ou de
inexigibilidade. Caso contrário poderá ser declarada a nulidade do procedimento
licitatório e, consequentemente, a do contrato.

Elaboração de Contratos

Um contrato é formado por cláusulas


enumeradas e que especificam as condições para
sua execução.

As cláusulas que compõem o contrato deverão


estar em consonância com o ato convocatório da
licitação. Em caso de dispensa ou inexigibilidade
de licitação a redação do contrato deverá
considerar a proposta do contratado e o ato de
autorização da contratação sem licitação.

Com relação às cláusulas, na elaboração dos


contratos celebrados deverá ser observado o
comando do art. 55, da Lei 8.666/93.
Contratos Especiais

Apesar da maioria dos contratos ser regida pelas normas de Direito Público, há
contratos celebrados pela Administração pública que tem suas cláusulas
regulamentadas por normas do Direito Privado, observada as regras dos artigos
55 e 58 a 61 da Lei 8.666/93.

Exemplos de contratos especiais: contratos de seguro, de financiamento, de


locação (nos quais a Administração Pública seja a locatária) e aqueles em que a
Administração Pública é usuária de serviço público.

Muitas pessoas utilizam o termo convênio como sinônimo de contrato, mas


além de conceitos distintos existem outras diferenças.

A Gestão Contratual
A gestão dos contratos deve ser organizada de modo que sejam designados,
formalmente, servidores públicos qualificados como responsáveis pela execução
de atividades e/ou pela vigilância e garantia da regularidade e adequação dos
serviços e produtos elaborados e aceitos.

Após o inicio da execução do contrato a Administração deve acompanhar para


saber se a contratada está cumprindo com o pactuado, o que será feito pelos
servidores prévia e formalmente designados para exercerem tais atribuições.

E este controle e fiscalização da execução contratual, principalmente com


relação às obrigações da contratada, é de responsabilidade do fiscal do
contrato, lembrando que o fiscal do contrato tem responsabilidade solidária
com a contratada por possíveis danos causados pela execução irregular do
contrato, conforme o art. 16, § 2º, da Lei nº. 8.443, de 16 de julho de 1992,
que estabelece a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União.

I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos


demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos
atos de gestão do responsável;

II - regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer


outra falta de natureza formal de que não resulte dano ao erário;

III - irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:

1. omissão no dever de prestar contas;

2. prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à


norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional ou patrimonial;

3. dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico;


4. desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos.

§ 1° O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no


descumprimento de determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita
em processo de tomada ou prestação de contas.

§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar


irregulares as contas, fixará a responsabilidade solidária:

1. do agente público que praticou o ato irregular, e

2. do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do


mesmo ato, de qualquer modo haja concorrido para o cometimento do dano
apurado.

§ 3° Verificada a ocorrência prevista no parágrafo anterior deste artigo, o


Tribunal providenciará a imediata remessa de cópia da documentação
pertinente ao Ministério Público da União, para ajuizamento das ações civis e
penais cabíveis.

Principais pontos a serem observados com relação a regulação de


contratos.

Vale ressaltar, um dos primeiros passos na execução contratual é haver


previamente a autoridade competente designado um representante (ou mesmo
colegiado, no caso de objeto contratual complexo) para cada contrato
celebrado. isto pode ser feito mediante cláusula contratual ou ato
administrativo específico, importando aqui que se cumpra o previsto no artigo
67, da lei 8.666/93.

O gestor ou fiscal do contrato deve conhecer bem o contrato que está sob
responsabilidade dele. Ele deve deter boa organização quanto a todos os atos
que se relacionem ao contrato. Nos contratos de prestação de serviços, por
exemplo, é imprescindível que verifique a frequência, se a quantidade de
empregados na prestação daquele serviço está de acordo com o pactuado,
verificar se a folha de pagamento está de acordo com a planilha de formação de
custos e preços pactuada, e, no caso de fornecimento de material, se aquele
objeto é o contratado e se não há nenhuma variação em relação ao
efetivamente comprado.

Nos pagamentos de contratos continuados que envolvam mão-de-obra, o


gestor dos contratos, ou em alguns casos a área responsável pelos
pagamentos, deverão estar atentos à regularidade fiscal, bem como a
previdenciária dos empregados da contratada que prestaram os respectivos
serviços, pois, apesar de o contratado ser responsável diretamente pelos
encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução do contrato, a Administração Pública responde solidariamente com o
contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato,
nos termos do art. 31, da Lei nº. 8.212, de 24 de julho de 1991.

Para que os contratos sejam fielmente cumpridos, em todas as cláusulas, sem


exceção, o gestor do contrato precisa atuar de forma adequada e imediata.
Com esse fim deve comunicar, por escrito, a necessidade de o contratado sanar
falhas, e vícios redibitórios verificados durante a execução dos contratos. E não
só isso, deve ele, ainda, comunicar, também por escrito, à chefia imediata de
situações que firam ao que foi pactuado, sugerindo, inclusive, sanções e até a
própria rescisão contratual. E quando no caso de renovação contratual, precisa
compor o processo de aditamento contratual com manifestação favorável e
motivada.

O Processo de Execução do Contrato

O Passo A Passo da Execução Contratual

Você estudou na aula 1 a definição do gestor do contrato, as atribuições deste e


os pontos a serem observados. Nesta aula você verá as características dos
gestores ou fiscais de contratos, bem como, o acompanhamento da execução
contratual.

O Passo a Passo da Execução Contratual:

O contrato também é acompanhado do processo de pagamento, e este por sua


vez precisa cumprir todos os ritos previstos na legislação, como o da
regularidade fiscal, para que seja cumprido, liquidado, ou seja, pago, o serviço
ou o objeto adquirido, é necessária a expressão da execução do contrato por
meio do atesto que foi expedido pelo gestor do contrato ou pelo substituto
eventual formalmente nomeado pela autoridade competente como o titular.

É importante que o gestor do contrato tenha um processo montado, paginado e


rubricado com todos os documentos relativos à execução contratual, uma
organização que permita e facilite:

 arquivar todos os documentos relevantes, relativos à execução;

 registrar por meio de ata no processo todos os fatos ocorridos;

 estar atento quanto aos despachos emitidos dentro dos prazos;

 manter cópia do contrato, da planilha de formação de preços, do ato


convocatório (edital) para consulta em caso de esclarecimentos;

 manter cópia de todas as comunicações escritas à chefia imediata,


contendo as decisões ou solicitação de providências que fujam à
competência dele e careçam de decisão superior.
 O Papel do Gestor de Contratos

Gestor de contratos ou fiscal de contratos é o termo designativo para
função exercida por servidor que irá acompanhar e fiscalizar a execução
contratual, desde o início da contratação até o termino do contrato.

Existem várias nomenclaturas atribuídas ao servidor designado como


representante da Administração que irá agir no acompanhamento,
fiscalização e atestação da execução contratual. A Lei nº 8.666/93, no
artigo 67 estabelece as atribuições, do servidor denominado
representante:

§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências


relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização
das faltas ou defeitos observados.

§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão


ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

Já o Decreto nº 2.271 de 7 de julho de 1997, e, seu artigo 6° traz a


nomenclatura de Gestor.

Independentemente da terminologia atribuída ao servidor, seja fiscal de


contrato, gestor de contrato, fiscalizador de contrato, executor de contrato,
agente fiscalizador, dentre outras, a atribuição é a mesma.

Na Administração Pública normalmente existe um grande envolvimento dos


setores de compras durante o certame licitatório, comissão de licitação,
pregoeiro, equipe de apoio dentre outros e para muitos dos envolvidos sua
participação no processo termina ali, mas o processo continua e é na fase de
execução do contrato que entra em cena a figura do fiscal do contrato ou
gestor do contrato, nomeado para acompanhar, fiscalizar, certificar e atestar o
objeto contratado.
Características do Gestor de Contratos

O gestor de contratos precisa conhecer o processo licitatório, o projeto básico


ou termo de referência, precisa saber fiscalizar e gerenciar o contrato,
contratos de cunho mais técnico precisam ser acompanhados por fiscais que
tenham conhecimento ou formação na área, como nos casos de obras, por
exemplo, o ideal é que seja alguém com formação na área de engenharia. Mas
também precisa conhecer as fases da despesa pública como o empenho, a
liquidação e o pagamento (Artigo 58 da Lei 4.320 de 17 de março de 1964) e
conhecer os instrumentos de planejamento orçamentário (PPA, LOA, LDO),
porque assim como o ordenador, como já vimos, ele também pode responder
ao Tribunal de Contas da União, até mesmo com o patrimônio pessoal em
ações regressivas nos casos considerados lesivos ao Erário, sem prejuízo das
demais ações passíveis. Daí ser primordial sempre fundamentar todas as
decisões e fazê-las por escrito, inclusive juntando os documentos que o
convenceram da decisão tomada.

Dessarte, o gestor de contratos é peça fundamental na Administração Pública,


pois representa a causa pública. Nas situações nas quais o servidor designado
não se sinta capaz de desempenhar a contento as funções delegadas e não
podendo negar-se em desempenhá-la, deverá solicitar à chefia imediata curso
de capacitação, conforme preconiza o Decreto nº 5.707, de 23 de fevereiro de
2006. Disciplina o artigo 3° desta norma (próxima página):

I - incentivar e apoiar o servidor público em suas iniciativas de capacitação


voltadas para o desenvolvimento das competências institucionais e individuais;

II - assegurar o acesso dos servidores a eventos de capacitação interna ou


externamente ao seu local de trabalho;

III - promover a capacitação gerencial do servidor e sua qualificação para o


exercício de atividades de direção e assessoramento;

IV - incentivar e apoiar as iniciativas de capacitação promovidas pelas próprias


instituições, mediante o aproveitamento de habilidades e conhecimentos de
servidores de seu próprio quadro de pessoal;

V - estimular a participação do servidor em ações de educação continuada,


entendida como a oferta regular de cursos para o aprimoramento profissional,
ao longo de sua vida funcional;

VI - incentivar a inclusão das atividades de capacitação como requisito para a


promoção funcional do servidor nas carreiras da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional, e assegurar a ele a participação nessas
atividades;

VII - considerar o resultado das ações de capacitação e a mensuração do


desempenho do servidor complementares entre si;

VIII - oferecer oportunidades de requalificação aos servidores redistribuídos;

IX - oferecer e garantir cursos introdutórios ou de formação, respeitadas as


normas específicas aplicáveis a cada carreira ou cargo, aos servidores que
ingressarem no setor público, inclusive àqueles sem vínculo efetivo com a
administração pública;

X - avaliar permanentemente os resultados das ações de capacitação;


XI - elaborar o plano anual de capacitação da instituição, compreendendo as
definições dos temas e as metodologias de capacitação a serem
implementadas;

XII - promover entre os servidores ampla divulgação das oportunidades de


capacitação; e

XIII - priorizar, no caso de eventos externos de aprendizagem, os cursos


ofertados pelas escolas de governo, favorecendo a articulação entre elas e
visando à construção de sistema de escolas de governo da União, a ser
coordenado pela Escola Nacional de Administração Pública - ENAP.

Parágrafo único. As instituições federais de ensino poderão ofertar cursos de


capacitação, previstos neste Decreto, mediante convênio com escolas de
governo ou desde que reconhecidas, para tanto, em ato conjunto dos Ministros
de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação.

Logo para que o gestor participe em todas as etapas do processo


administrativo, ele precisa estar envolvido da elaboração do projeto básico ou
do termo de referência até o termino da vigência do contrato, de forma a
aumentar a eficiência das contratações permitindo assim procedimentos de
fiscalização e gerenciamento do contrato precisos e eficazes.

Os recursos constantes do orçamento da União podem ser executados pelo


próprio Governo Federal ou por meio de transferência de recursos para os
Estados e Municípios. Os repasses de recursos federais a Estados e Municípios
são efetuados por meio de três formas distintas de transferências, a saber:

• Transferências Constitucionais – são as parcelas de recursos arrecadados pelo


Governo Federal e repassados automaticamente aos Estados e Municípios, de
acordo com a Constituição Federal (ver arts. 157 a 162). Como exemplos
temos o FPE (Fundo de Participação dos Estados), FPM (Fundo de Participação
dos Municípios); FPEX (Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos
Industrializados); FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação); Imposto
sobre Operações Financeiras – IOF Ouro; e Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural – ITR.

• Transferências Legais – são regulamentadas em leis específicas. Exemplo: Lei


9.478/97 (art. 49), que disciplina o repasse dos royalties do petróleo aos
municípios.
• Transferências Voluntárias – são repasses de recursos da União a Estados,
Municípios e Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos, que não decorrem de
determinação constitucional ou legal, mas do desejo da União de imprimir
agilidade e efetividade ao gasto público. Essa é a modalidade que interessa ao
nosso curso.

Há três formas de se efetivar as Transferências Voluntárias, são elas:

• Convênios - acordo ou ajuste que disciplina a transferência de recursos


financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da
administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou
entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou
indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando à execução
de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade,
serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de
mútua cooperação.

• Contratos de Repasse - instrumento administrativo por meio do qual a


transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição
ou agente financeiro público federal, destinada à execução de programas
governamentais. Assemelha-se ao convênio, no entanto as agências financeiras
oficiais – especialmente a Caixa Econômica Federal – atuam como mandatárias
do Governo Federal. Para operacionalizar o contrato de repasse, o Ministério
concedente firma o chamado Termo de Cooperação com a instituição financeira
escolhida.

• Termo de Parceria - instrumento jurídico para transferência de recursos a


entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público – OSCIP, para o fomento e a execução de atividades consideradas de
interesse público, tais como assistência social, cultural, saúde, educação etc.

Portanto, no caso das transferências a Estados e Municípios, será utilizado o


Convênio, o Contrato de Repasse ou o Termo de Cooperação, dependendo de
que órgão será o repassador dos recursos. Esses instrumentos estão
disciplinados pela Portaria Interministerial nº 507, de 24 de novembro de 2011,
publicada no DOU de 28 de novembro de 2011, alterada pela Portaria
Interministerial nº 205, de 14 de maio de 2012, publicada no DOU de 15 de
maio de 2012. São signatários dessas Portarias os Ministros de Estado do
Planejamento Orçamento e Gestão, Fazenda e Controladoria-Geral da União.

Nos termos da citada portaria, os atos e os procedimentos relativos à


formalização, execução, acompanhamento, prestação de contas e informações
acerca de tomada de contas especial dos convênios, contratos de repasse e
termos de parceria serão realizados no Sistema de Gestão de Convênios e
Contratos de Repasse - SICONV, aberto à consulta pública, por meio do Portal
dos Convênios do Governo
Federal https://www.convenios.gov.br/siconv/ (acessado em 21 de junho de
2013).

Sendo assim, o Estado ou Município que desejar celebrar Convênio ou Contrato


de Repasse com a União deverá apresentar proposta de trabalho no SICONV,
em conformidade com o programa e com as diretrizes disponíveis no sistema,
que conterá, no mínimo:

• descrição do objeto a ser executado;

• justificativa contendo a caracterização dos interesses recíprocos, a relação


entre a proposta apresentada e os objetivos e diretrizes do programa federal e
a indicação do público alvo, do problema a ser resolvido e dos resultados
esperados;

• estimativa dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser realizado


pelo concedente ou contratante e a contrapartida prevista para o proponente;

• previsão de prazo para a execução; e

• informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente para


execução do objeto.

Por fim, para encerrar este estudo introdutório acerca dos Convênios e
Contratos de Repasse, relacionamos abaixo algumas cláusulas necessárias que
devem estar contidas nos citados instrumentos:

• o objeto e seus elementos característicos, em consonância com o Plano de


Trabalho;

• as obrigações de cada um dos partícipes;

• a contrapartida, quando couber, e a forma de sua aferição quando atendida


por meio de bens e serviços;

• as obrigações do interveniente, quando houver;

• a vigência, fixada de acordo com o prazo previsto para a consecução do


objeto e em função das metas estabelecidas;

• a obrigação de o concedente ou contratante prorrogar "de ofício" a vigência


do instrumento antes do seu término, quando der causa a atraso na liberação
dos recursos, limitada a prorrogação ao exato período do atraso verificado;

• a prerrogativa do órgão ou entidade transferidor dos recursos financeiros


assumir ou transferir a responsabilidade pela execução do objeto, no caso de
paralisação ou da ocorrência de fato relevante, de modo a evitar sua
descontinuidade;

• a classificação orçamentária da despesa, mencionando-se o número e data da


Nota de Empenho ou Nota de Movimentação de Crédito e declaração de que,
em termos aditivos, indicar-se-ão os créditos e empenhos para sua cobertura,
de cada parcela da despesa a ser transferida em exercício futuro;

• o cronograma de desembolso conforme o Plano de Trabalho, incluindo os


recursos da contrapartida pactuada, quando houver;
• a obrigatoriedade de o convenente ou contratado incluir regularmente no
SICONV as informações e os documentos exigidos por esta Portaria, mantendo-
o atualizado;

• a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos pela Portaria


Interministerial;

• no caso de órgão ou entidade pública, a informação de que os recursos para


atender às despesas em exercícios futuros, no caso de investimento, estão
consignados no plano plurianual ou em prévia lei que os autorize;

• a obrigação do convenente de manter e movimentar os recursos da conta


bancária específica do convênio ou contrato de repasse em instituição
financeira controlada pela União, quando não integrante da conta única do
Governo Federal;

• a definição, se for o caso, do direito de propriedade dos bens remanescentes


na data da conclusão ou extinção do instrumento, que, em razão deste, tenham
sido adquiridos, produzidos, transformados ou construídos, respeitado o
disposto na legislação pertinente;

• a forma pela qual a execução física do objeto será acompanhada pelo


concedente ou contratante, inclusive com a indicação dos recursos humanos e
tecnológicos que serão empregados na atividade;

• o livre acesso dos servidores dos órgãos ou entidades públicas concedentes


ou contratantes e os do controle interno do Poder Executivo Federal, bem como
do Tribunal de Contas da União aos processos, documentos, informações
referentes aos instrumentos de transferências regulamentados por esta
Portaria, bem como aos locais de execução do objeto;

• a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer tempo;

• a previsão de extinção obrigatória do instrumento em caso de o Projeto


Básico não ter sido aprovado ou apresentado no prazo estabelecido, quando for
o caso;

• a indicação do foro para dirimir as dúvidas;

• a obrigação de o convenente ou o contratado inserir cláusula nos contratos


celebrados para execução do convênio ou contrato de repasse que permitam o
livre acesso dos servidores dos órgãos ou entidades públicas concedentes ou
contratantes, bem como dos órgãos de controle, aos documentos e registros
contábeis das empresas contratadas;

• a forma de liberação dos recursos ou desbloqueio, quando se tratar de


contrato de repasse;

• a obrigação de prestar contas dos recursos recebidos no SICONV;

• a responsabilidade solidária dos entes consorciados, nos instrumentos que


envolvam consórcio público; e

• o prazo para apresentação da prestação de contas.

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