Biguaçu
2010
VANESSA SILVA PIRES
Biguaçu
2010
VANESSA SILVA PIRES
This monograph was developed with the objective to verify the legality of the
incidence of urban taxes on the marine lands. These lands are classified as property
of the Union, receiving the designation of “bens dominicais” (Union public good).
These lands are located on the mainland, on the coast and along the rivers and
lakes, even where be possible fell the influence of tides, located at a depth of 33
(thirty three) meters from the position of “preamar-média” (high tide-average). The
Union is authorized to conduct contract for use of such property to third parties, like
for example, the contract of tenure, may it still be subject of occupation. The property
urban taxes are imposed by the jurisdiction of the municipalities and will focus on the
ownership, tenure and useful control property, located in urban areas of the
Municipality. To achieve the goal of this research, issues like the tenure to the end of
IPTU (property urban tax) are approached, and other like the reciprocal tax immunity
among the entities of the federation and the constitutionality of Articles 32 and 34 of
the National Tax Code.
Keywords: Marine lands; Property; Property urban tax; Reciprocal tax immunity;
Tenure.
ROL DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12
1 TERRENOS DE MARINHA.................................................................................... 15
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA .......................... 17
1.2 LINHA DE PREAMAR-MÉDIA DE 1831 (LPM/1831) ................................... 26
1.3 TERRENOS ACRESCIDOS DE MARINHA ................................................. 31
1.4 FORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS TERRENOS DE MARINHA ..................... 34
1.4.1 Terrenos de Marinha – bens dominicais ........................................... 34
1.4.2 Aforamento (enfiteuse) ....................................................................... 36
1.4.3 Ocupação ............................................................................................. 41
2 IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO – IPTU ..................................... 44
2.1 COMPETÊNCIA ............................................................................................... 45
2.2 HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR ........................................ 48
2.3 ASPECTO MATERIAL DA INCIDÊNCIA DO IPTU .......................................... 51
2.3.1 Propriedade .............................................................................................. 51
2.3.2 Posse ........................................................................................................ 53
2.3.3 Domínio útil .............................................................................................. 55
2.3.4 Bem imóvel ............................................................................................... 56
2.4 ASPECTO TERRITORIAL – LUGAR DE OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR
............................................................................................................................... 57
2.4.1 Zona urbana ............................................................................................. 58
2.5 LANÇAMENTO ................................................................................................ 62
2.6 ASPECTO QUANTITATIVO ............................................................................ 67
2.6.1 Base de cálculo ........................................................................................ 68
2.6.2 Alíquota .................................................................................................... 70
2.7 ASPECTO PESSOAL - SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO .................... 72
3 A INCIDÊNCIA DE IPTU SOBRE TERRENOS DE MARINHA ............................ 76
3.1 DOS EFEITOS DA OCUPAÇÃO EM TERRENOS DE MARINHA ................... 77
3.1.1 Da impossibilidade de usucapião dos Terrenos de Marinha ............... 79
3.1.2 Da posse para fins de incidência do IPTU ............................................. 80
3.2 DOS EFEITOS DO AFORAMENTO EM TERRENOS DE MARINHA .............. 84
3.3 DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA ENTRE OS ENTES DA
FEDERAÇÃO ......................................................................................................... 88
3.3.1 Imunidade tributária ................................................................................ 88
3.3.2 Imunidade tributária recíproca ............................................................... 90
3.4 DA AMPLIAÇÃO DO ROL DO ARTIGOS 32 E 34, DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO
NACIONAL – CTN ................................................................................................. 96
3.5 DA POSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DE IPTU SOBRE TERRENOS DE
MARINHA ............................................................................................................ 100
CONCLUSÃO ......................................................................................................... 107
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 112
12
INTRODUÇÃO
1 TERRENOS DE MARINHA
1
BRASIL. Decreto-lei n. 9.760, de 5 de setembro de 1946. Dispõe sobre os bens imóveis da União
e da outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto–
Lei/Del9760.htm>. Acesso em: 01 jul. 2010.
2
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 747.
3
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 747.
4
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 14. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 938.
16
5
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal,
1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm>. Acesso
em: 10 jul. 2010.
6
BRASIL. Lei n. 7.661, de 16 de maio de 1988. Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7661.htm>.
Acesso em: 10 jul. 2010.
7
Detrítico. [De detrito + -ico]. Adj. Relativo a detritos; alotígeno. FERREIRA, Aurélio Buarque de
Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3. ed. rev. e atual. Curitiba: Positivo, 2004.
p. 667.
8
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 748.
9
BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários à constituição do Brasil:
promulgada em 5 de outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 1992. v. 3. tomo I. p. 76.
17
10
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal,
1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm>. Acesso
em: 10 jul. 2010.
11
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves apud BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra.
Comentários à constituição do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. São Paulo: Saraiva,
1992. v. 3. tomo I. p. 76.
12
História do Brasil.net. Textos e imagens da história do Brasil, fonte de pesquisas históricas.
Disponível em: <http://www.historiadobrasil.net>. Acesso em: 05 jul. 2010.
13
História do Brasil.net. Textos e imagens da história do Brasil, fonte de pesquisas históricas.
Disponível em: <http://www.historiadobrasil.net>. Acesso em: 05 jul. 2010.
18
14
MENEZES, Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em: 05 jul. 2010.
15
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 5. e
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 6.
16
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 6.
17
Sesmaria: Pedaço de terra devoluta ou abandonada que, no Brasil Colônia, os governos das
capitanias hereditárias doavam a quem se dispusesse a cultivá-las. ACQUAVIVA, Marcus Cláudio.
Dicionário jurídico brasileiro acquaviva. 11. ed. ampl., rev. e atual. São Paulo: Jurídica Brasileira,
2000. p. 1163.
18
MENEZES, Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em: 05 jul. 2010.
19
19
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 11.
20
PUGLIESE, Roberto J. O patrimônio imobiliário da União Federal e o ordenamento jurídico. Jus
Navigandi, Teresina, ano 6, n. 52, nov. 2001. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/pecas/texto.asp?id=437>. Acesso em: 05 jul. 2010.
21
MENEZES, Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em: 05 jul. 2010.
22
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 12
20
Essa lei não especifica o que são terrenos de marinha, ela trata apenas de
regulamentar a administração das mesmas no que diz respeito ao aforamento. Em
razão desse silêncio na legislação foi criado, em 14 de novembro de 1832, a
Instrução n. 348, que traz em seu art. 4º, a definição de terrenos de marinha23:
Hão de considerar-se terrenos de marinha todos os que, banhados
pelas aguas do mar ou dos rios navegaveis, vão até a distancia de
15 braças craveiras para a parte da terra, contadas estas desde os
pontos a que chega o preamar médio.24 [sic] (grifo no original)
Da leitura desse artigo verifica-se que ele define não só o que são terrenos
de marinha mas, inclusive, a forma de delimitação e demarcação dos mesmos, qual
a seja a linha da preamar-média.
Em relação à delimitação dos terrenos de marinha, não se pode deixar de
citar o Aviso de 18 de novembro de 1818, considerado o primeiro ato oficial em que
se determinou a extensão das terras de marinha “[...]15 braças da linha d’água do
mar, e pela sua borda são reservados para servidão pública; e que tudo que toca a
água do mar e acresce sobre ela é da nação”.25
As explanações que seguem acerca da evolução legislativa dos terrenos de
marinha, tomam por base os ensinamentos de Rosita de Souza Santos, com o fito
de tornar o contexto mais compreensível e objetivo.
Em 1834, com a criação da Lei Orçamentária n. 38, foi concedido à Câmara
Municipal da cidade do Rio de Janeiro o direito de receber o valor recebido a título
de foro dos terrenos de marinha. Essa permissão foi derrubada pelo Decreto-lei n.
710 de 1938.26
Em 1868, o Decreto n. 4.105, pela primeira vez definiu terrenos de marinha e
regulamentou sua concessão, bem como dos reservados nas margens dos rios e
dos acrescidos natural ou artificialmente.27 Conforme segue:
Art. 1º A Concessão directa ou em hasta publica dos terrenos de
marinha, dos reservados para a servidão publica nas margens dos
rios navegaveis e de que se fazem os navegaveis, e dos accrescidos
natural ou artificiamente aos ditos terrenos, regular-se-ha pelas
disposições do presente Decreto. § 1º São terrenos de marinha todos
23
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 13 e MENEZES,
Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha. Jus Navigandi, Teresina, ano 9,
n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em:
05 jul. 2010.
24
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 13
25
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 7.
26
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 14
27
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 17.
21
os que banhados pelas aguas do mar ou dos rios navegaveis vão até
a distancia de 15 braças craveiras (33 metros) para a parte de terra,
contadas desde o ponto a que chega o preamar médio. Este ponto
refere-se ao estado do lugar no rio tempo da execução da lei de 15
de. Novembro de 1831, art. 51 §14 (Instrucções de 14 de Novembro
de 1832 art. 4º). § 2º São terrenos reservados para a servidão
publica nas margens dos rios navegaveis e de que se fazem os
navegaveis, todos os que banhados pelas aguas dos ditos rios, fóra
do alcance das marés, vão até a distancia de 7 braças craveiras
(15,4 metros) para a parte de terra, contadas desde o ponto médio
das enchentes ordinarias (Lei nº 1507 de 26 de Setembro de 1867,
art. 39). § 3º São terrenos accrescidos todos os que natural ou
artificialmente se tiverem formado ou formarem além do ponto
determinado nos §§ 1º e 2º para a parte do mar ou das aguas dos
rios (Res. de Cons. de 31 de Janeiro de 1852 e Lei nº 1114 de
Setembro de 1860, art. 11 § 7º) 28 [sic]
28
BRASIL. Decreto n. 4.105, de 22 de fevereiro de 1868. Regula a concessão dos terrenos de
marinha, dos reservados nas margens dos rios e dos accrescidos natural ou artificialmente.
Disponível em: < http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=74305>. Acesso
em: 10 jul. 2010.
29
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 19.
30
BRASIL. Lei n. 3.348, de 20 de outubro de 1887. Orça a Receita Geral do Império para o exercício
de 1888 e dá outras providencias. Disponível em:
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=67926>. Acesso em: 10 jul. 2010.
31
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 12
22
32
ANTUNES, José Carlos. Terrenos de marinha: formas de utilização. 2003. 46 f. Monografia
(apresentada ao final do curso de Gestão Imobiliária) – Universidade do Vale do Itajaí, São José. p.
17.
33
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 19.
34
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 19-20.
35
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 20.
36
BRASIL. Lei n. 25, de 30 de dezembro de 1891. Orça a receita geral da Republica dos Estados
Unidos do Brasil para o exercício de 1892, e dá outras providencias. Disponível em:
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=64579> . Acesso em: 10 jul. 2010.
23
37
PASSOS, Stalin. Terras de marinha. 1999. 61 f. Monografia (apresentada ao final do curso de
especialização em direito imobiliário) – Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí. p. 10.
38
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 23
39
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 21-22.
40
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 22.
41
PASSOS, Stalin. Terras de marinha. 1999. 61 f. Monografia (apresentada ao final do curso de
especialização em direito imobiliário) – Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí. p. 12.
42
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 24-25.
43
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 25.
24
Ocorre que o texto constitucional apenas apresentava as terras que não pertenciam
à União, nada tratando de terras de marinha.44
O STF já havia se manifestado sobre o assunto, e vinha mantendo,
reiteradamente, o mesmo posicionamento, entendendo que o domínio e propriedade
plena das terras de marinha eram da União Federal.45
Epitácio Pessoa, então deputado no Congresso Constituinte46, defendia o
entendimento adotado pelo STF:
[...] a Fazenda Nacional tem pleno domínio das terras de marinha
não aforadas e o directo das aforadas, cuja posse não perder com a
cessão do util. [...] Na expressão terras devolutas do art. 64 da
Constituição47 não se comprehendem os terrenos de marinha, que
são, material e juridicamente, coisa diversa. Nem podia estar nas
vistas do legislador constituinte transferir aos Estados esses
terrenos, que são necessarios à União para o desempenho dos
arduos deveres que a própria Constituição lhe impoz e para o
exercício dos direitos de soberania que lhe pertencem.[...] Os
terrenos de marinha não abrangem “as margens de todos os rios
navegaveis de daquelles de que se fazem navegaveis” e mais as dos
rios “que correm só dentro do territorio do Estado”: os terrenos de
marinha as margens de taes rios sómente até ao ponto onde chegam
as marés.[...] apezar do disposto nos arts. 64 e 65, nº 248, da
Constituição, os terrenos de marinha são de propriedade federal.49
[sic] (grifo no original)
44
PASSOS, Stalin. Terras de marinha. 1999. 61 f. Monografia (apresentada ao final do curso de
especialização em direito imobiliário) – Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí. p. 11-12.
45
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 25 e 30.
46
Portal São Francisco. Governo Epitácio Pessoa. Disponível em:
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/governo-epitacio-pessoa/governo-epitacio-pessoa-2.php>.
Acesso em: 11 jul. 2010.
47
Art 64 - Pertencem aos Estados as minas e terras devolutas situadas nos seus respectivos
territórios, cabendo à União somente a porção do território que for indispensável para a defesa das
fronteiras, fortificações, construções militares e estradas de ferro federais. BRASIL. Constituição da
República dos Estados Unidos do Brasil de 1891. Rio de Janeiro, RJ: Congresso Nacional
Constituinte, 1891. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao91.htm>. Acesso em: 10 jul. 2010.
48
Art 65 - É facultado aos Estados: 2º) em geral, todo e qualquer poder ou direito, que lhes não for
negado por cláusula expressa ou implicitamente contida nas cláusulas expressas da Constituição.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891. Rio de Janeiro, RJ:
Congresso Nacional Constituinte, 1891. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao91.htm>. Acesso em: 10 jul. 2010.
49
PESSOA, Epitácio apud SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense,
1985. p.31.
50
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 32.
25
51
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 33.
52
ANTUNES, José Carlos. Terrenos de marinha: formas de utilização. 2003. 46 f. Monografia
(apresentada ao final do curso de Gestão Imobiliária) – Universidade do Vale do Itajaí, São José. p.
18-19 e SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 50.
53
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 50-51.
54
PASSOS, Stalin. Terras de marinha. 1999. 61 f. Monografia (apresentada ao final do curso de
especialização em direito imobiliário) – Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí. p. 15. e FREITAS,
Mariana Almeida Passos de. Zona costeira e meio ambiente: aspectos jurídicos. Curitiba: Juruá,
2006. p. 169.
55
Art. 20. São bens da União: VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos.
26
56
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 50 e 52.
57
Humberto Haydt de Souza Mello apud NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha:
aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba : Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 747.
58
Lunação. [Do latim tard. Lunatione.]. S. f. 1. Astr. Intervalo de tempo que separa duas luas novas
consecutivas cuja duração é de aproximadamente 29 dias e meio. 2. P. ext. A sucessão das fases
lunares nesse intervalo. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da
língua portuguesa. 3. ed. rev. e atual. Curitiba: Positivo, 2004. p. 1.235.
27
59
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 747
60
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 7.
61
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 14. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 939.
62
MENEZES, Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em: 13 jul. 2010.
63
MADRUGA, Manoel apud SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha.
Jurisprudência Catarinense. Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 5.
64
CRETELLA JUNIOR, J. apud FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Zona costeira e meio
ambiente: aspectos jurídicos. Curitiba: Juruá, 2006. p. 174.
28
65
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 747.
66
LISBOA, Alfredo apud ANTUNES, José Carlos. Terrenos de marinha: formas de utilização. 2003.
46 f. Monografia (apresentada ao final do curso de Gestão Imobiliária) – Universidade do Vale do
Itajaí, São José. p. 20.
67
SILVA, João Alfredo Raymundo apud NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos
destacados. Revista Zênite, Curitiba : Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 747.
29
68
Art. 9º É da competência do Serviço do Patrimônio da União (S.P.U.) a determinação da posição
das linhas do preamar médio do ano de 1831 e da média das enchentes ordinárias. Art. 10º. A
determinação será feita à vista de documentos e plantas de autenticidade irrecusável, relativos
àquele ano, ou, quando não obtidos, a época que do mesmo se aproxime.
69
LIMA, Obéde Pereira de. Terrenos de marinha e seus acrescidos: localização e demarcação
destes bens da União pelo método científico versus critérios praticados pela SPU. 2009. 76 f.
Monografia (elaborada para exposição na Câmara dos Deputados, em audiência pública no dia
13/05/2009). Brasília/DF. p. 43. Disponível em: <http://sosterrenosdemarinha.org.br/downloads>.
Acesso em: 13 jul. 2010.
70
Secretária do Patrimônio da União. Instrução Normativa n. 2, de 12 de março de 2001.
Demarcação LPM e LMEO. Disponível em:
<http://www.mp.gov.br/noticia.asp?p=not&cod=559&cat=136&sec=9>. Acesso em: 09 jul. 2010.
71
Secretária do Patrimônio da União. Orientação Normativa GEADE-002/2001,de 12 de março de
2001. Disciplina a demarcação de terrenos de marinha e seus acrescidos. Disponível em:
<http://www.mp.gov.br/noticia.asp?p=not&cod=2647&cat=136&sec=9>. Acesso em: 09 jul. 2010.
72
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba :
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 749.
30
73
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 749
74
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 749.
75
Linha do Jundu. Dir. Adm. Linha natural que, ao longo da faixa litorânea, separa os terrenos de
marinha das terras particulares, ou seja, onde começa a vegetação adjacente às praias, denominada
“jundu”. SIDOU, J. M. Othon (Coord.). Dicionário jurídico: academia brasileira de letras jurídicas.
9. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. p. 526.
76
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 8-9.
77
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 14. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 940.
78
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 14. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 941.
31
mais correto para buscar uma correta demarcação dos terrenos de marinha, na
opinião de Óbede Pereira de Lima, seria a reforma do art. 3º do Decreto-lei n.
9.760/1946.79
O Engenheiro Cartógrafo apresenta como proposta a seguinte redação:
São terrenos de marinha, os que se tiverem formado, natural ou
artificialmente, para o lado do mar, a partir da margem marítima
limitada pela linha de costa; e para o lado das águas das baías,
enseadas, lagunas e rios situados em zonas até onde se façam
sentir a influência das marés, a partir das suas respectivas margens.
Também, seguindo o mesmo critério, os que se formarem no entorno
das ilhas costeiras e oceânicas, e nas situadas em baías, enseadas,
lagunas e rios, até onde se façam sentir a influência das marés.80
79
LIMA, Obéde Pereira de. Terrenos de marinha e seus acrescidos: localização e demarcação
destes bens da União pelo método científico versus critérios praticados pela SPU. 2009. 76 f.
Monografia (elaborada para exposição na Câmara dos Deputados, em audiência pública no dia
13/05/2009). Brasília/DF. p. 60. Disponível em: <http://sosterrenosdemarinha.org.br/downloads>.
Acesso em: 13 jul. 2010.
80
LIMA, Obéde Pereira de. Terrenos de marinha e seus acrescidos: localização e demarcação
destes bens da União pelo método científico versus critérios praticados pela SPU. 2009. 76 f.
Monografia (elaborada para exposição na Câmara dos Deputados, em audiência pública no dia
13/05/2009). Brasília/DF. p. 60. Disponível em: <http://sosterrenosdemarinha.org.br/downloads>.
Acesso em: 13 jul. 2010.
32
87
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2006. p. .678.
88
MELLO, Bandeira de. apud FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Zona costeira e meio
ambiente: aspectos jurídicos. Curitiba: Juruá, 2006. p. 177.
89
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm>. Acesso em: 13 jul. 2010.
90
BRASIL. Decreto n. 24.643, de 10 de julho de 1934. Decreta o Código de Águas. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D24643.htm>. Acesso em: 13 jul. 2010.
91
MENEZES, Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em:
< http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em: 13 jul. 2010.
34
92
FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Zona costeira e meio ambiente: aspectos jurídicos.
Curitiba: Juruá, 2006. p. 177-178.
93
BRASIL. Decreto n. 24.643, de 10 de julho de 1934. Decreta o Código de Águas. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D24643.htm>. Acesso em: 13 jul. 2010.
94
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2006. p. .642.
95
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 33.ed. atual. São Paulo: Malheiros,
2007. p. 522 -523.
35
quer por meio da celebração de contratos com terceiros [...]. Inclusive é permitido à
União alienar os terrenos de marinha, com amparo no art. 101 do Código Civil”.96
As principais características dos bens dominicais, nos quais se incluem os
terrenos de marinha podem ser colhidas dos ensinamentos de Di Pietro:
comportam função patrimonial ou financeira, porque se destinam a
assegurar rendas ao Estado [...]; submetem-se a um regime jurídico
de direito privado, pois a Administração Pública age, em relação a
eles, como um proprietário privado.”97 (grifo nosso)
96
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 748.
97
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2006. p. .642.
98
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 752 e GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 14. ed.
rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 942-943.
99
BRASIL. Lei n. 9.636, de 15 de maio de 1998. Dispõe sobre a regularização, administração,
aforamento e alienação de bens imóveis de domínio da União, altera dispositivos dos Decretos-lei
nos 9.760, de 5 de setembro de 1946, e 2.398, de 21 de dezembro de 1987, regulamenta o § 2º do
art. 49 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9636.htm>. Acesso em: 31 jul. 2010.
36
103
GOMES, Orlando. Direitos reais. 18. ed. atual. Rio de Janeiro: Forense, 2001. p. 263.
104
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 33.ed. atual. São Paulo: Malheiros,
2007. p. 533.
105
PASSOS, Stalin. Terras de marinha. 1999. 61 f. Monografia (apresentada ao final do curso de
especialização em direito imobiliário).Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí. p. 34-35 e NIEBUHR, Joel
de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba: Zênite. v. 44, p.
747-759, mar.2005. p. 752.
106
DINIZ, Maria Helena. Direito das coisas. 19. ed. rev., aum. e atual. São Paulo: Saraiva, 2004. v.
4. p. 352 e 359. e SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência
Catarinense. Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 11.
107
DINIZ, Maria Helena. Direito das coisas. 19. ed. rev., aum. e atual. São Paulo: Saraiva, 2004. v.
4. p. 352 e 363-364.
38
112
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 12.
113
SANTOS, Rosita de Souza. Terras de marinha. Rio de Janeiro: Forense, 1985. p. 79.
114
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 33.ed. atual. São Paulo: Malheiros,
2007. p. 533.
115
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 33.ed. atual. São Paulo: Malheiros,
2007. p. 534.
40
116
FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Zona costeira e meio ambiente: aspectos jurídicos.
Curitiba: Juruá, 2006. p. 183.
117
Art. 201. São consideradas divida ativa da União, para efeito de cobrança executiva, as
provenientes de aluguéis, taxas, foros, laudêmios e outras contribuições concernentes de utilização
de bens imóveis da União.
118
FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Zona costeira e meio ambiente: aspectos jurídicos.
Curitiba: Juruá, 2006. p. 183.
119
Art. 101. Os terrenos aforados pela União ficam sujeitos ao foro de 0,6% (seis décimos por cento)
do valor do respectivo domínio pleno, que será anualmente atualizado. Parágrafo único. O não-
pagamento do foro durante três anos consecutivos, ou quatro anos intercalados, importará a
caducidade do aforamento.
120
Art. 103. O aforamento extinguir-se-á: I - por inadimplemento de cláusula contratual; II - por acordo
entre as partes; III - pela remissão do foro, nas zonas onde não mais subsistam os motivos
determinantes da aplicação do regime enfitêutico; IV - pelo abandono do imóvel, caracterizado pela
ocupação, por mais de 5 (cinco) anos, sem contestação, de assentamentos informais de baixa renda,
retornando o domínio útil à União; ou V - por interesse público, mediante prévia indenização.
121
MENEZES, Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha . Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em: 05 jul. 2010.
41
1.4.3 Ocupação
122
BRASIL. Decreto-lei n. 1.561, de 13 de julho de 1977. Dispõe sobre a ocupação de terrenos da
União e dá outras previdências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-
Lei/1965-1988/Del1561.htm>. Acesso em: 14 jul. 2010.
123
PASSOS, Stalin. Terras de marinha. 1999. 61 f. Monografia (apresentada ao final do curso de
especialização em direito imobiliário) – Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí. p. 32. e NIEBUHR, Joel
de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba: Zênite. v. 44, p.
747-759, mar.2005. p. 753.
124
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite,
Curitiba: Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 754.
42
125
Art. 105. Tem preferência ao aforamento: 4º. os ocupantes inscritos até o ano de 1940, e que
estejam quites com o pagamento das devidas taxas, quanto aos terrenos de marinha e seus
acrescidos.
126
Art. 132. A União poderá, em qualquer tempo que necessitar do terreno, imitir-se na posse do
mesmo, promovendo sumariamente a sua desocupação, observados os prazos fixados no § 3º, do
art. 89. § 1º As benfeitorias existentes no terreno somente serão indenizadas, pela importância
arbitrada pelo S.P.U., se por êste fôr julgada de boa fé a ocupação. § 2º Do julgamento proferido na
forma do parágrafo anterior, cabe recurso para o C.T.U., no prazo de 30 (trinta) dias da ciência dada
ao ocupante. § 3º O preço das benfeitorias será depositado em Juizo pelo S.P.U., desde que a parte
interessada não se proponha a recebê-lo.
127
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 13.
128
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 14. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 943.
43
129
BRASIL. Decreto-lei n. 2.398, de 21 de dezembro de 1987. Dispõe sobre foros, laudêmios e
taxas de ocupação relativas a imóveis de propriedade da União, e dá outras providências. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del2398.htm>. Acesso em: 15 jul.
2010.
130
MICHELOTI, Marcelo Adriano. Taxa de ocupação de terrenos de marinha. Revista Cej -
Conselho da Justiça Federal, Brasília, v.14, n. 48, p. 71-76, jan./mar.2010. p. 72.
131
SILVA, João Alfredo Raymundo e apud NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha:
aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba: Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 754.
44
132
BRASIL. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5172.htm>. Acesso em: 15 jul. 2010.
133
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 318-319.
134
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 81.
135
BRASIL. Alvará de 27 de Junho de 1808. Cria o imposto da décima dos prédios urbanos.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_32/alvara_imposto.htm>. Acesso
em: 17 jul. 2010.
136
BRASIL. Lei n. 58, de 8 de outubro de 1833. Disponível em:
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=83241>. Acesso em: 17 jul. 2010.
45
2.1 COMPETÊNCIA
e BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código tributário
nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 224-225.
137
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município
138
BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários à constituição do Brasil:
promulgada em 5 de outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 1990. v. 6. tomo I. p. 527.
139
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos.
140
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p.
235.
46
141
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p.
233.
142
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 93.
143
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos.
144
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre.
145
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre. Art. 156. Compete
aos Municípios instituir impostos sobre.
146
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 66.
147
Art. 6º. A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa
plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e
nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
148
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 95.
149
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 313.
47
150
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial
urbana.
48
manteve essa competência em seu art. 24, II, e atribuiu aos Estados a competência
de instituir impostos sobre propriedade territorial, exceto a urbana (art. 23, I, “a”) e,
ainda manteve a separação entre impostos, como na anterior. Com a Constituição
de 1946, a competência dos Municípios foi mantida, de acordo com o art. 29, I,
ocorrendo uma espécie de unificação desses impostos – imposto predial e territorial
urbano.151
Essa competência foi mantida no texto Constitucional de 1967, em seu art.
152
25, I e se aplica atualmente, de acordo com a atual Constituição, conforme art.
156, I.
Partindo-se da competência atribuída aos Municípios, passa-se a detalhar
acerca dos aspectos que envolvem esse imposto, quais sejam, hipótese de
incidência, fato gerador, base de cálculo, entre outros.
151
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 407.
152
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1967. Brasília, DF: Senado
Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao67.htm>.
Acesso em: 17 jul. 2010.
153
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 156 -158.
49
154
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 166.
155
PAULSEN, Leandro. Direito tributário: constituição e código tributário à luz da doutrina e
jurisprudência. 9. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria dos Advogados: ESMAFE, 2007. p. 881.
156
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência. e Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que,
na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
principal.
50
157
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 256 e PAES,
P. R. Tavares. Comentários ao código tributário nacional. 5. ed. rev., atual. e aum. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1996. p. 292.
158
FLORIANÓPOLIS. Lei n. 5054/97 e Lei Complementar n. 007/97, de 27 de junho de 2003.
Consolidação das leis tributárias do Município de Florianópolis. Disponível em:
<http://www.leismunicipais.com.br/cgi-local/form_vig.pl>. Acesso em: 19 jul. 2010.
159
BALNEÁRIO CAMBORIÍU. Lei Ordinária de Balneário Camboriú/SC, n. 223 de 27/08/1973. Institui
o novo código tributário de Balneário Camboriú, e revoga a Lei n. 145/70. Disponível em:
< http://www.leismunicipais.com.br/cgi-local/form_vig.pl>. Acesso em: 02 nov. 2010.
160
ASSUMPÇÃO, Mário Zelli. Implicações jurídicas do imposto sobre a propriedade territorial
urbana: IPTU. São Paulo: Vale do Mogi, 2001. p. 54.
161
PAULSEN, Leandro. Direito tributário: constituição e código tributário à luz da doutrina e
jurisprudência. 9. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria dos Advogados: ESMAFE, 2007. p. 389.
51
2.3.1 Propriedade
O CC/2002, em seu art. 1.228, define como proprietário quem tem o direito
de usar, gozar e dispor da coisa, e de reavê-la do poder de quem quer que
162
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 167.
163
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial
urbana.
164
Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação
aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes.
165
ALVES, Anna Emilia Cordelli. Do impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. In:
PEIXOTO, Marcelo Magalhães; LACOMBE, Rodrigo Santos Masset. (Coords.). Comentários ao
código tributário nacional. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: MP, 2008. p. 286.
166
FORNEROLLI, Luiz Antônio Zanini. IPTU: um estudo sobre sua estrutura jurídica. Jurisprudência
Catarinense, Florianópolis, v.32, n.113, p.23-81, out.2006/jan.2007. p. 42.
52
dos direitos inerentes dela para estar sujeito ao pagamento do tributo. Ser
proprietário, posseiro ou exercer domínio útil de imóvel urbano acarreta a obrigação
tributária.172
O IPTU recai sobre a propriedade em seu aspecto mais característico, o uso
e fruição do bem, por esse motivo é que o exercício de um dos direitos provenientes
da propriedade é o elemento principal para que o IPTU possa ser exigido.173
2.3.2 Posse
172
MARTINS, Sérgio Pinto. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 308.
173
BARRETO, Aires Fernandino; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Manual do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985. p. 71.
174
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de
algum dos poderes inerentes à propriedade.
175
FORNEROLLI, Luiz Antônio Zanini. IPTU: um estudo sobre sua estrutura jurídica. Jurisprudência
Catarinense, Florianópolis, v.32, n.113, p.23-81, out.2006/jan.2007. p. 27.
176
PELUSO, Cezar (Coord.). Código civil comentado: doutrina e jurisprudência. 3. ed. rev. e atual.
Barueri: Manole, 2009. p. 1101.
54
O art. 32, do CTN, define a posse como uma das hipóteses de incidência do
IPTU. Somando-se ao direito de uso e gozo de bem imóvel, o dever de pagamento
do tributo.177
De acordo com entendimento majoritário da doutrina, para que a posse seja
considerada tributável é necessário que ela seja exercida com animus domini, de
forma a gerar usucapião, ou seja, que o possuidor manifeste o interesse de ser
proprietário.178 Caso não preencha esse requisito, o possuidor não é considerado
sujeito passivo da obrigação tributária. Esse entendimento é aplicado, aos locatários,
comodatários, arrendatários entre outros, não sendo esses considerados
contribuintes do IPTU.179
Sobre esse entendimento segue trecho da obra de Ichihara:
[...] o possuidor nos termos da lei civil não é a qualquer título, mas
aquele que detém a posse com o ânimo de ser proprietário. Estão
excluídos, assim, o possuidor do imóvel decorrente de contrato de
locação, de comodato, por requisição, etc.180
177
BARRETO, Aires Fernandino; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Manual do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985. p. 228.
178
FURLAN, Valéria C. P. IPTU: Imposto predial e territorial urbano. São Paulo: Malheiros, 1998. p.
66.
179
BARRETO, Aires Fernandino; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Manual do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985. p. 228.
180
ICHIHARA, Yoshiaki. Iptu - imunidade tributária de imóvel: propriedade do município e cedida em
comodato ou por contrato de concessão de uso a entidade privada. Revista Tributária e de
Finanças Públicas. São Paulo, RT. v.38, p. 50-58, maio 2001. p. 52.
181
COELHO, Sacha Calmon Navarro apud FORNEROLLI, Luiz Antônio Zanini. IPTU: um estudo
sobre sua estrutura jurídica. Jurisprudência Catarinense, Florianópolis, v.32, n.113, p.23-81,
out.2006/jan.2007. p. 27.
55
182
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
183
DINIZ, Maria Helena. Direito das coisas. 19. ed. rev., aum. e atual. São Paulo: Saraiva, 2004. v.
4. p. 352 e 359.e SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência
Catarinense. Florianópolis, v. 98, p. 5-18, abr. 2002. p. 11.
184
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as
existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de
1916, e leis posteriores. § 2° A enfiteuse dos terr enos de marinha e acrescidos regula-se por lei
especial.
185
GOMES, Orlando. Direitos reais. 18. ed. atual. Rio de Janeiro: Forense, 2001. p. 263.
186
PEREIRA, Cáio Mário da Silva. Instituições de direito civil: direitos reais, posse, propriedade,
direitos reais de fruição, garantia e aquisição. 19. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2006. v.
IV. p. 258.
187
ALVES, Anna Emilia Cordelli. Do impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. In:
PEIXOTO, Marcelo Magalhães; LACOMBE, Rodrigo Santos Masset. (Coords.). Comentários ao
código tributário nacional. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: MP, 2008. p. 288.
56
O CTN determina, em seu art. 32, que o IPTU incidirá sobre a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como
definido na lei civil.
Conforme determina o CC/2002 em seu art. 79188, são bens imóveis o solo e
tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Por natural entende-se o
solo e seus agregados (vegetação, árvores, etc.), e por acessão física, tudo o que
adere ao imóvel por acessão (por formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por
abandono de álveo e por plantações ou construções).189
Os imóveis classificam-se em: por natureza, por acessão física, por acessão
intelectual e por disposição em lei. Para fins de incidência de IPTU consideram-se
apenas os imóveis por natureza e por acessão física. 190
O IPTU é considerado imposto incidente sobre a propriedade imóvel. Que,
por sua vez, abrange o terreno e edificações possivelmente existente sobre ele.
Nesse sentido conclui-se que, o IPTU incide sobre a propriedade territorial urbana,
haja ou não, construção sobre ela.191
Nesse sentido pode-se concluir que o IPTU é calculado considerando-se o
terreno em si e eventuais construções/edificações existentes sobre ele.
188
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
189
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 312.
190
MARTINS, Sérgio Pinto. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 308.
191
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 408.
57
192
Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições
legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.
193
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País,
fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios
de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.
194
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 120.
195
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p.
184-185.
196
DERZI, Misabel de Abreu Machado; COELHO, Sacha Calmon Navarro. Do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. São Paulo: Saraiva, 1982. p. 150.
197
FURLAN, Valéria C. P. IPTU: Imposto predial e territorial urbano. São Paulo: Malheiros, 1998. p.
46.
58
A questão territorial do IPTU tem sua característica bem definida no art. 32,
do CTN onde estabelece que o imposto, de competência dos Municípios, incidirá
sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel localizado na zona
urbana do Município. O limite territorial do Município e a característica de zona
urbana definem o âmbito territorial de alcance do IPTU.198
Sobre o aspecto territorial da hipótese de incidência do IPTU esclarece
Barreto:
Em se tratando de tributo que grava o conteúdo econômico do direito
de propriedade sobre imóveis, e mercê de uma clara delimitação
jurisdicional dos Municípios, poder-se-ia afirmar, em princípio, que
esse imposto não apresenta problemas no que respeita ao aspecto
espacial da hipótese de incidência (territorialidade).
[...] essa apuração, no caso do IPTU, é singelíssima, porquanto se
trata de tributo que recai sobre coisa (que não muda de local), qual
seja, a propriedade imobiliária na zona urbana do território
municipal.199
198
DERZI, Misabel de Abreu Machado; COELHO, Sacha Calmon Navarro. Do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. São Paulo: Saraiva, 1982. p. 151.
199
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 239.
200
Art. 32. § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão
urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo
anterior.
59
201
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, definem-se: I - "Imóvel Rural", o prédio rústico, de área contínua
qualquer que seja a sua localização que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agro-
industrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada.
BRASIL. Lei n. 4.504, de 30 de novembro de 1964. Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L4504.htm>. Acesso em: 19 jul.
2010.
202
FURLAN, Valéria C. P. IPTU: Imposto predial e territorial urbano. São Paulo: Malheiros, 1998. p.
46.
203
FURLAN, Valéria C. P. IPTU: Imposto predial e territorial urbano. São Paulo: Malheiros, 1998. p.
48.
204
BRASIL. Lei n. 9.393, de 19 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural - ITR, sobre pagamento da dívida representada por Títulos da Dívida Agrária e dá
outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9393.htm>. Acesso
em: 31 jul. 2010.
205
BRASIL. Decreto-lei n. 57, de 18 de novembro de 1966. Altera dispositivos sobre lançamento e
cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, institui normas sobre arrecadação da
Dívida Ativa correspondente, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del0057.htm>. Acesso em: 19 jul. 2010.
60
206
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 241.
207
BRASIL. Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição
Federal estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/LEIS_2001/L10257.htm>. Acesso em: 19 jul. 2010.
208
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 240-241.
209
FORNEROLLI, Luiz Antônio Zanini. IPTU: um estudo sobre sua estrutura jurídica. Jurisprudência
Catarinense, Florianópolis, v.32, n.113, p.23-81, out.2006/jan.2007. p. 29.
61
210
VERGUEIRO, Guilherme Von Müller Lessa. Do impostos sobre a propriedade territorial rural. In:
PEIXOTO, Marcelo Magalhães. LACOMBE, Rodrigo Santos Masset. (Coords.). Comentários ao
código tributário nacional. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: MP, 2008. p. 257.
211
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 313.
212
DERZI, Misabel de Abreu Machado; COELHO, Sacha Calmon Navarro. Do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. São Paulo: Saraiva, 1982. p. 152.
213
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 248.
214
DERZI, Misabel de Abreu Machado; COELHO, Sacha Calmon Navarro. Do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. São Paulo: Saraiva, 1982. p. 152.
215
FORNEROLLI, Luiz Antônio Zanini. IPTU: um estudo sobre sua estrutura jurídica. Jurisprudência
Catarinense, Florianópolis, v.32, n.113, p.23-81, out.2006/jan.2007. p. 30.
62
2.5 LANÇAMENTO
216
MELO, José Eduardo Soares de; PAULSEN, Leandro. Impostos: federais, estaduais e
municipais. 3. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 262.
217
FABRETTI, Láudio Camargo. Código tributário nacional comentado. 8. ed. rev. e atual. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 63.
218
PAULSEN, Leandro. Direito tributário: constituição e código tributário à luz da doutrina e
jurisprudência. 9. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria dos Advogados: ESMAFE, 2007. p. 694.
219
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
220
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 313.
63
(gerador) que faz nascer a obrigação para com o Fisco. O resultado dessa obrigação
é o pagamento do tributo.221
A obrigação tributária pode ser classificada como principal e acessória, de
acordo com o art. 113, do CTN, in verbis:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador,
tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e
extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade
pecuniária.
221
CASSONE, Vittorio. Direito tributário: fundamentos constitucionais, análise dos impostos,
incentivos à exportação, doutrina, prática e jurisprudência. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2000. p. 136.
222
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
223
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 198-199.
224
CARVALHO, Paulo de Barros apud PAULSEN, Leandro. Direito tributário: constituição e código
tributário à luz da doutrina e jurisprudência. 9. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria dos Advogados:
ESMAFE, 2007. p. 935.
225
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 199.
64
226
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
227
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 213.
228
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 200.
229
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 256 e PAES,
P. R. Tavares. Comentários ao código tributário nacional. 5. ed. rev., atual. e aum. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1996. p. 342.
230
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 201.
231
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 213.
232
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da
ocorrência do fato gerador da obrigação
65
233
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
234
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 201.
235
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº. 297.885 (2000⁄0144648-7), Primeira
Turma do Superior Tribunal de Justiça. Recorrente: Profiplast Industrial S/A. Recorrido: Fazenda
Nacional. Relator: Min. Garcia Vieira. Brasília, 03 de abril de 2001. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/ita.asp?registro=200001446487&dt_publicacao=11/6/2001>.
Acesso em: 19 jul. 2010.
236
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro,
quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
66
237
JANCZESKI, Célio Armando. Direito processual tributário. Florianópolis: OAB/SC Editora, 2005.
p. 24.
238
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 215.
239
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida
pelo obrigado, expressamente a homologa.
240
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 215. e CASSONE, Vittorio. Direito tributário: fundamentos constitucionais, análise
dos impostos, incentivos à exportação, doutrina, prática e jurisprudência. 12. ed. São Paulo: Atlas,
2000. p. 180-181.
241
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa [...].
242
JANCZESKI, Célio Armando. Direito processual tributário. Florianópolis: OAB/SC Editora, 2005.
p. 22 e SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo:
Premier Máxima, 2005. p. 215.
243
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 414.
244
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 260.
67
245
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 313.
246
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 261.
247
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.
248
ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário jurídico brasileiro acquaviva. 11. ed. ampl., rev. e
atual. São Paulo: Jurídica Brasileira, 2000. p. 1301.
249
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 407.
250
Art, 156. § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II,
o imposto previsto no inciso I poderá: I - ser progressivo em razão do valor do imóvel.
251
MELO, José Eduardo Soares de; PAULSEN, Leandro. Impostos: federais, estaduais e
municipais. 3. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 271.
68
252
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 164.
253
MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao código tributário nacional. São Paulo: Atlas, 2003.
p. 377.
254
MELO, José Eduardo Soares de; PAULSEN, Leandro. Impostos: federais, estaduais e
municipais. 3. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 269-270
255
MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao código tributário nacional. São Paulo: Atlas, 2003.
p. 379.
69
256
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 253.
257
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de
cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65.
258
MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao código tributário nacional. São Paulo: Atlas, 2003.
p. 378.
259
Art. 97. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a
atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
260
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 314.
261
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n. 160. É defeso, ao Município, atualizar o IPTU,
mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. Disponível em:
<http://www.stj.jus.br/SCON/sumulas/doc.jsp?livre=%40docn&&b=SUMU&p=true&t=&l=10&i=293>.
Acesso em: 20 jul. 2010.
262
CASSONE, Vittorio. Direito tributário: fundamentos constitucionais, análise dos impostos,
incentivos à exportação, doutrina, prática e jurisprudência. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2000. p. 310.
263
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 315.
70
2.6.2 Alíquota
264
FURLAN, Valéria C. P. IPTU: Imposto predial e territorial urbano. São Paulo: Malheiros, 1998. p.
92.
265
CARVALHO, Paulo de Barros apud PAULSEN, Leandro. Direito tributário: constituição e código
tributário à luz da doutrina e jurisprudência. 9. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria dos Advogados:
ESMAFE, 2007. p. 371.
266
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 164.
267
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 164.
71
268
FORNEROLLI, Luiz Antônio Zanini. IPTU: um estudo sobre sua estrutura jurídica. Jurisprudência
Catarinense, Florianópolis, v.32, n.113, p.23-81, out.2006/jan.2007. p. 73.
269
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 257.
270
MELO, José Eduardo Soares de; PAULSEN, Leandro. Impostos: federais, estaduais e
municipais. 3. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 270.
271
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 315.
272
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 315 -316.
72
273
BARRETO, Aires F. Imposto predial e territorial urbano – IPTU. In: MARTINS, Ives Gandra da
Silva (Coord.). Curso de direito tributário. 9. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 870.
274
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 315- 316. e MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao código tributário
nacional. São Paulo: Atlas, 2003. p. 357.
275
ASSUMPÇÃO, Mário Zelli. Implicações jurídicas do imposto sobre a propriedade territorial
urbana: IPTU. São Paulo: Vale do Mogi, 2001. p. 56 e 60.
73
276
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 168.
277
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 169.
278
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 297-298.
279
BARRETO, Aires F. Imposto predial e territorial urbano – IPTU. In: MARTINS, Ives Gandra da
Silva (Coord.). Curso de direito tributário. 9. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 894.
280
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 413.
74
Cabe ressaltar que apesar de todas essas possibilidades, nem toda posse
caracteriza a tributação do IPTU, conforme ensinamento de Barreto:
“A posse prevista no Código Tributário Nacional como tributável é a de
pessoa que já é ou pode ser proprietária da coisa”.281
Partindo-se dessa distinção, pode-se considerar sujeito passivo do IPTU (a)
o proprietário: pleno, de domínio exclusivo ou na condição de co-proprietário; (b) o
titular do domínio útil: enfiteuta/foreiro; (c) o possuidor: desde que detenha posse
com a possibilidade do domínio ou aquisição por usucapião;282 (d) o superficiário:
pode figurar como contribuinte, pois, de acordo com o art. 1.371, do CC/2002,
responde pelos encargos e tributos que incidem sobre o imóvel; (e) o usufrutuário:
pois tem direito a posse e uso do imóvel283.284 (sem grifo no original)
Não é considerado sujeito passivo: (a) o usuário e o titular do direito de
habitação (arts. 1.412 a 1.416 do CC/2002); (b) o locatário, o arrendatário e o
comodatário, pois apenas possuem a posse direta do bem, não podendo transferi-
la. O art. 123, do CTN determina que as convenções particulares, contrato de
locação, por exemplo, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não
podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes. Logo se o locatário não paga o
tributo, o Fisco cobrará do proprietário do imóvel;285 e (c) o cessionário do direito
de uso, por ser possuidor por relação de direito pessoal. O promitente comprador
do imóvel só será considerado contribuinte quando se tratar de promessa
irretratável de venda, se as parcelas estiverem quitadas e se encontrar habilitado a
lavras à escritura. 286 (sem grifo no original)
Constata-se então, que o art. 34, do CTN, que traz a definição de quem
pode ser considerado contribuinte do IPTU, abarca algumas exceções.
281
BARRETO, Aires F. Imposto predial e territorial urbano – IPTU. In: MARTINS, Ives Gandra da
Silva (Coord.). Curso de direito tributário. 9. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 896.
282
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 311.
283
Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
284
MELO, José Eduardo Soares de; PAULSEN, Leandro. Impostos: federais, estaduais e
municipais. 3. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 264.
285
FABRETTI, Láudio Camargo. Código tributário nacional comentado. 8. ed. rev. e atual. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 64.
286
MELO, José Eduardo Soares de; PAULSEN, Leandro. Impostos: federais, estaduais e
municipais. 3. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 264-266.
75
287
Art. 20. São bens da União. VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos.
288
FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Zona costeira e meio ambiente: aspectos jurídicos.
Curitiba: Juruá, 2006. p. 177-178.
289
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2006. p. .642.
290
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite,
Curitiba: Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 752. e GASPARINI, Diógenes. Direito
administrativo. 14. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 942 -943.
77
291
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 14. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 943.
292
PASSOS, Stalin. Terras de marinha. 1999. 61 f. Monografia (apresentada ao final do curso de
especialização em direito imobiliário) – Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí. p. 32. E NIEBUHR, Joel
de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba: Zênite. v. 44, p.
747-759, mar.2005. p. 753.
293
BRASIL. Decreto-lei n. 2.398, de 21 de dezembro de 1987. Dispõe sobre foros, laudêmios e
taxas de ocupação relativas a imóveis de propriedade da União, e dá outras providências. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del2398.htm>, Acesso em: 15 jul.
2010.
78
O ocupante não atrai para si o direito de propriedade, como prevê o art. 131,
do Decreto-lei n. 9.760/1946, in verbis:
“A inscrição e o pagamento da taxa de ocupação, não importam, em
absoluto, no reconhecimento, pela União, de qualquer direito de propriedade do
ocupante sobre o terreno ou ao seu aforamento [...]”.
Os imóveis ocupados por particulares podem, a qualquer momento, ser
tomados pela União, cabendo aos ocupantes apenas o direito ao recebimento de
indenização pelas benfeitorias, de acordo com o previsto no art. 132 e seus
parágrafos do Decreto-lei n. 9.760/1946. O valor dessa indenização será arbitrado
pelo SPU.298
294
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite,
Curitiba: Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 754.
295
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 33.ed. atual. São Paulo: Malheiros,
2007. p. 188.
296
Art. 7°. A inscrição de ocupação, a cargo da Secre taria do Patrimônio da União, é ato
administrativo precário, resolúvel a qualquer tempo, que pressupõe o efetivo aproveitamento do
terreno pelo ocupante, nos termos do regulamento, outorgada pela administração depois de
analisada a conveniência e oportunidade, e gera obrigação de pagamento anual da taxa de
ocupação.
297
SILVA, Franciny Beatriz A. de F. Prática de registro de imóveis. 2. ed. Florianópolis: Conceito
Editorial, 2010. p. 150.
298
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis, v. 98, abr. 2002. p. 13.
79
299
MICHELOTI, Marcelo Adriano. Taxa de ocupação de terrenos de marinha. Revista Cej -
Conselho da Justiça Federal, Brasília, v.14, n.48, p. 71-76, jan./mar.2010. p. 8.
300
Art. 183. § 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. e Art. 191. Parágrafo
único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
301
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 340. Desde a vigência do código civil, os bens
dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=340.NUME. NÃO
S.FLSV.&base=baseSumulas >. Acesso em: 25 set. 2010.
80
302
MENEZES, Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em: 25 set. 2010
303
BRASIL. Tribunal Regional Federal (4. Região). Apelação Cível n⁰ 2005.72.07.006179-1/SC.
Apelante: Jose Walter Burigo e outro. Apelada: União Federal. Relator: Juiz Nicolau Konkel Junior.
Porto Alegre, RS, 26 de novembro de 2009. Disponível em:
<http://gedpro.trf4.gov.br/visualizarDocumentosInternet.asp?codigoDocumento=3115521>. Acesso
em: 25 set. 2010.
304
BRASIL. Tribunal Regional Federal (4. Região). Apelação Cível n⁰ 0000692-59.2006.404.7204/SC.
Apelante: Antonio Scheffer Silveira. Apelada: União Federal. Relator: Desembargadora Federal Maria
Lúcia Luz Leiria. Porto Alegre, RS, 07 de abril de 2010. Disponível em:
<http://gedpro.trf4.gov.br/visualizarDocumentosInternet.asp?codigoDocumento=3357185&termosPes
quisados=usucapiao|terreno|marinha>. Acesso em: 11 out. 2010.
81
exercida de forma a gerar usucapião, devendo ser exercida com animus domini.305
Na falta desse requisito, o possuidor não é considerado sujeito passivo da obrigação
tributária.306
Barreto reafirma o entendimento:
“A posse prevista no Código Tributário Nacional como tributável é a de
pessoa que já é ou pode ser proprietária da coisa”.307
Partindo-se dessa premissa, pode-se considerar sujeito passivo do IPTU o
possuidor que exerça posse com a possibilidade do domínio ou aquisição da
propriedade por usucapião.308
A posse somente será passível de tributação quando não originária de
precariedade e quando o proprietário for desconhecido ou, quando conhecido,
estiver em local incerto e não sabido. Caracterizando assim posse ad usucapionem,
e conduzindo ao domínio. Na falta desses requisitos o possuidor não será
considerado contribuinte do IPTU. 309
Sobre esse requisito, leciona Sabbag:
A sujeição passiva abrange aquele que detém qualquer direito de
gozo, relativamente ao bem imóvel, seja pleno ou limitado. Os
titulares desse direitos, como sujeitos passivos do IPTU, são [...]
possuidor (ad usucapionem) – somente a posse com animus
domini, isto é, aquela com a possibilidade de aquisição do domínio
ou propriedade pelo usucapião.310
305
FURLAN, Valéria C. P. IPTU: Imposto predial e territorial urbano. São Paulo: Malheiros, 1998. p.
66.
306
BARRETO, Aires Fernandino; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Manual do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985. p. 228.
307
BARRETO, Aires F. Imposto predial e territorial urbano – IPTU. In: MARTINS, Ives Gandra da
Silva (Coord.). Curso de direito tributário. 9. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 896.
308
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 311.
309
FORNEROLLI, Luiz Antônio Zanini. IPTU: um estudo sobre sua estrutura jurídica. Jurisprudência
Catarinense, Florianópolis, v.32, n.113, p.23-81, out.2006/jan.2007. p. 52.
310
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 311.
311
ICHIHARA, Yoshiaki. Iptu - imunidade tributária de imóvel: propriedade do município e cedida em
comodato ou por contrato de concessão de uso a entidade privada. Revista Tributária e de
Finanças Públicas. São Paulo, RT. v.38, p. 50-58, maio 2001. p. 52.
82
312
COELHO, Sacha Calmon Navarro apud FORNEROLLI, Luiz Antônio Zanini. IPTU: um estudo
sobre sua estrutura jurídica. Jurisprudência Catarinense, Florianópolis, v.32, n.113, p.23-81,
out.2006/jan.2007. p. 27.
313
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n⁰ 1.089.827/ RJ. Recorrente: Medise
Medicina Diagnósticos e Serviços Ltda. Recorrida: Município de Rio de Janeiro. Relatora: Ministra
Denise Arruda. Brasília, DF, 09 de dezembro de 2009. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/websecstj/cgi/revista/REJ.cgi/MON?seq=6023310&formato=PDF>. Acesso em:
09 out. 2010.
314
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n⁰
1.159.449/RJ. Agravante: Município de Rio de Janeiro. Agravada: Jato Aviação Rio Ltda. Relator:
Ministro Herman Benjamin. Brasília, DF, 01 de outubro de 2009. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sSeq=917343&sReg=200900346811&s
Data=20091009&formato=PDF>. Acesso em: 09 out. 2010.
83
315
MARTINS, Ives Gandra da Silva. Incidência do iptu sobre bens da união em posse de entidades
não imunes. Revista do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, v.19. p.
171-190, jan.2004. p. 179.
316
BRASIL. Tribunal Regional Federal (4. Região). Apelação cível nº 2000.04.01.103825-1/SC.
Apelante: Gustavo Adolfo Bofill Ambrosio e Outro. Apelada: União Federal. Relatora: Juíza Taís
Schilling Ferraz. Porto Alegre, RS, 5 de novembro de 2002. Disponível em:
<http://iteor.trf4.gov.br/trf4/volumes2/VOL0044/20030205/ST3/82003/200004011038251A.0798.PDF.
Acesso em: 25 set. 2010.
84
O CTN em seu art. 34, elenca como sujeito passivo do IPTU o titular do
domínio útil decorrente do contrato de aforamento.
O instituto do aforamento ou enfiteuse foi excluído do ordenamento jurídico
pela CRFB/1988, através do art. 49, da ADCT. Tal proibição está expressa no
CC/2002, que veda a realização de enfiteuse, determinando que as já existentes,
observem a o Código anterior (1916).318
Essa proibição, no entanto, não alcançou os terrenos de marinha. Para
esses imóveis, a constituição de aforamento permanece prevista, desde que
observado o Decreto-lei n. 9.760/1946, conforme art. 49, § 3º da ADCT.319
De acordo com o art. 678, do Código Civil de 1916, ocorre aforamento
quando por ato entre vivos, o proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel,
mediante pagamento de pensão ou foro anual, certo e invariável. Essa
317
BRASIL. Tribunal Regional Federal (4. Região). Apelação cível n⁰ 2002.04.01.018602-2/RS.
Apelante: Miguel Florentino. Apelada: União Federal. Relator: Juiz Federal Fernando Quadros da
Silva. Porto Alegre, RS, 5 de outubro de 2006. Disponível em:
<http://gedpro.trf4.gov.br/visualizarDocumentosInternet.asp?numeroProcesso=200204010186022&da
taPublicacao=01/11/2006>. Acesso em: 25 set. 2010.
318
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as
existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei nº. 3.071, de 1º, de janeiro
de 1916, e leis posteriores.
319
Art. 49. §3°. A enfiteuse continuará sendo aplicad a aos terrenos de marinha e seus acrescidos,
situados na faixa de segurança, a partir da orla marítima.
85
320
MENEZES, Roberto Santana de. Regime patrimonial dos terrenos de marinha. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 486, 5 nov. 2004. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5855>. Acesso em: 05 jul. 2010.
321
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro: direito das coisas. São Paulo: Saraiva,
2006. v. V. p. 609. e GOMES, Orlando. Direitos reais. 18. ed. atual. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
p. 263.
322
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: direitos reais. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. v. 5. p. 413.
323
GELLER, Rodolfo Hans; BORGHEZAN, Miguel. Resgate da enfiteuse (aforamento).
Jurisprudência Catarinense, Florianópolis, v.83/84. jul. 1998. p. 23-37. p. 27.
324
LIMA, Frederico Henrique Viegas de. Os aforamentos em terras públicas e a alienação fiduciária
em garantia de coisa imóvel: a necessidade de alteração da Lei 9.514/97. Revista de Direito
Imobiliário. São Paulo, RT. v.49. jul. 2000. p. 111-123. p. 119.
86
325
LIMA, Frederico Henrique Viegas de. Os aforamentos em terras públicas e a alienação fiduciária
em garantia de coisa imóvel: a necessidade de alteração da Lei 9.514/97. Revista de Direito
Imobiliário. São Paulo, RT. v.49. jul. 2000. p. 111-123. p. 119.
326
FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Zona costeira e meio ambiente: aspectos jurídicos.
Curitiba: Juruá, 2006. p. 182.
327
Art. 101 - Os terrenos aforados pela União ficam sujeitos ao foro de 0,6% (seis décimos por cento)
do valor do respectivo domínio pleno, que será anualmente atualizado.
328
Art. 686. Sempre que se realizar a transferência do domínio útil, por venda ou dação em
pagamento, o senhorio direto, que não usar da opção, terá direito de receber do alienante o laudêmio,
que será de 2,5% (dois e meio por cento) sobre o preço da alienação, se outro não se tiver fixado no
título de aforamento.
329
SCHAEFER, João José Ramos. A posse em terras de marinha. Jurisprudência Catarinense.
Florianópolis v. 98, abr. 2002, p. 12.
330
MELO, José Eduardo Soares de; PAULSEN, Leandro. Impostos: federais, estaduais e
municipais. 3. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 264.
87
331
BARRETO, Aires F. IPTU. In: MARTINS. Ives Gandra da Silva. Comentários ao código
tributário nacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. p. 228.
332
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n⁰ 1.111.202/SP. Recorrente: Município
de São José dos Campos. Recorrido: Ximango Incorporações Imobiliárias Ltda. Relator: Ministro
Mauro Campbell Marques. Brasília, DF, 10 de junho de 2009. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sSeq=892440&sReg=200900091426&s
Data=20090618&formato=PDF>. Acesso em: 10 out. 2010.
88
333
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p.
233.
334
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 93.
335
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 150.
336
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 47.
337
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 304.
338
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 151.
89
339
Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - cobrar imposto
sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) o
patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; d) papel destinado exclusivamente à
impressão de jornais, periódicos e livros.
340
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 50.
341
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: § 4º - Não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado.
342
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 52.
343
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p.
208.
344
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 310.
345
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 57.
90
Os arts. 150, VI, ‘a’ da CRFB/1988 e 9°, IV, ‘a’ do CTN, vedam a instituição
de impostos por partes dos entes federados sobre patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros. É a chamada imunidade tributária recíproca.347
Essa impossibilidade de tributação elencada na atual Constituição foi
prevista também em Constituições anteriores. A Constituição dos Estados Unidos do
Brasil, de 18 de setembro de 1946, em seu art. 31, V, ‘b’, já proibia que a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, lançassem impostos sobre bens, rendas
e serviços uns dos outros.348
Posteriormente, a Emenda Constitucional n. 18, de 02 de dezembro de 1965
estabeleceu a mesma imunidade tributária recíproca em seu art. 2°, VI, ‘a’, proibindo
a cobrança de imposto sobre bens, rendas e serviços entre os entes da
federação.349 Vedação essa repetida pelo CTN, em seu art. 9°, IV , ‘a’. A imunidade
346
FREITAS, Vladimir Passos de (Coord.). Código tributário nacional comentado: doutrina e
jurisprudência, artigo por artigo. 2.ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. p.
41.
347
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou
serviços, uns dos outros.
348
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 18 de setembro de 1946. Brasília,
DF: Senado Federal, 1946. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm>. Acesso em: 02 out. 2010.
349
BRASIL. Constituição (1946). Emenda Constitucional n. 18, de 01 de dezembro de 1965.
Brasília, DF: Senado Federal, 1965. Disponível em:
91
foi mantida pela Constituição de 1967, em seu art. 20, III, ‘a’, estendendo-se á atual
Constituição.
Da doutrina colhem-se os seguintes conceitos de imunidade tributária
recíproca:
As entidades políticas integrantes da Federação não podem fazer
incidir impostos umas sobre as outras. Estão protegidos pela
imunidade o patrimônio, a renda e os serviços dessas entidades, e
de suas autarquias.350
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/emecon/1960- 969/emendaconstitucional-18-1-dezembro-1965-
363966-publicacao-1-pl.html>. Acesso em: 02 out. 2010.
350
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 305.
351
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 153.
352
BALEEIRO, Aliomar apud LENZ, Carlos Eduardo Thompson Flores. A imunidade tributária
recíproca. Revista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Porto Alegre, v.5, p. 147-156,
ago.2004. p. 152.
353
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p.
208.
354
MARTON, Ronaldo Lindimar José. A “imunidade tributária recíproca” e a competência municipal
para a instituição do IPTU – a utilização de imóveis da União por particulares. In: Âmbito Jurídico,
Rio Grande, 69, 01/10/2009 [Internet]. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6617>.
Acesso em: 02 out. 2010.
92
355
FREITAS, Vladimir Passos de (Coord.). Código tributário nacional comentado: doutrina e
jurisprudência, artigo por artigo. 2.ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. p.
41.
356
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 307.
357
ASSUMPÇÃO, Mário Zelli. Implicações jurídicas do imposto sobre a propriedade territorial
urbana: IPTU. São Paulo: Vale do Mogi, 2001. p. 34.
358
LENZ, Carlos Eduardo Thompson Flores. A imunidade tributária recíproca. Revista do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região. Porto Alegre, v.5, p. 147-156, ago.2004. p.150.
359
SARAIVA FILHO, Oswaldo Othon de Pontes. Imunidade tributária recíproca e a ECT. Revista
Fórum de Direito Tributário – Rfdt, Belo Horizonte, v.5, n.26, p. 19-54, mar./abr.2007.p. 22.
93
360
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n⁰ 363412/BA.
Agravante: Município de Salvador. Agravada: Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária-
Infraero. Relator: Min. Celso de Mello. Brasília, DF, 07 de agosto de 2007. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=(RE$.SCLA. E
363412.NUME.) OU (RE.ACMS. ADJ2 363412.ACMS.)&base=baseAcordaos>. Acesso em: 02 out.
2010.
94
361
BRASIL. Tribunal Regional Federal (4. Região). Apelação Cível n⁰ 2004.71.00.042550-1/RS.
Apelante: Município de Porto Alegre. Apelada: União Federal (Fazenda Nacional). Relator: Juiz
Marcos Roberto Araujo dos Santos. Porto Alegre, RS, 04 de fevereiro de 2010. Disponível em:
<http://gedpro.trf4.gov.br/visualizarDocumentosInternet.asp?codigoDocumento=3276524>. Acesso
em: 02 out. 2010.
362
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 307.
363
SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário: elementos do direito. 8. ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2005. p. 49.
95
364
MELO, José Eduardo Soares de; PAULSEN, Leandro. Impostos: federais, estaduais e
municipais. 3. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. p. 317. e SARAIVA FILHO,
Oswaldo Othon de Pontes. Imunidade tributária recíproca e a ECT. Revista Fórum de Direito
Tributário – Rfdt, Belo Horizonte, v.5, n.26, p. 19-54, mar./abr.2007.p. 29.
365
SARAIVA FILHO, Oswaldo Othon de Pontes. Imunidade tributária recíproca e a ECT. Revista
Fórum de Direito Tributário – Rfdt, Belo Horizonte, v.5, n.26, p. 19-54, mar./abr.2007.p. 29.
366
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 305.
367
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 154.
96
368
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Embargos Declaratórios no Recurso Especial n⁰ 964789/
PR. Embargante: Andréa Bordin Jacob Santos e Outros. Embargado: Município de Curitiba. Relator:
Ministro Luiz Fux. Brasília, DF, 09 de março de 2010. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sSeq=951123&sReg=200701482379&s
Data=20100323&formato=PDF>. Acesso em: 09 out. 2010.
369
ASSUMPÇÃO, Mário Zelli. Implicações jurídicas do imposto sobre a propriedade territorial
urbana: IPTU. São Paulo: Vale do Mogi, 2001. p. 54.
97
370
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial
urbana.
371
ALVES, Anna Emilia Cordelli. Do impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. In:
PEIXOTO, Marcelo Magalhães; LACOMBE, Rodrigo Santos Masset. (Coords.). Comentários ao
código tributário nacional. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: MP, 2008. p. 286.
372
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 413.
373
MARTINS, Sérgio Pinto. Manual de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 308.
374
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 28. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2007. p. 407.
98
propriedade predial e territorial urbana”. Esse texto foi mantido pela atual
Constituição (art. 156, I). Logo o elemento propriedade deve ser observado para a
imposição do imposto.375 (sem grifo no original)
O CTN, em seus arts. 32 e 34, determina que o IPTU incida sobre a
propriedade predial e territorial e tenha como fato gerador a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física. E que serão
contribuintes do imposto, o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o
possuidor a qualquer título. (sem grifo no original)
Embora tenha sido promulgado na vigência da Emenda Constitucional n. 18,
de 1965, que estabelecia em seu art. 10 “Compete aos Municípios o imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana”. O CTN ampliou o rol previsto nos arts. 25, I
da Constituição de 1967 e 156, I da CRFB/1988,”.376 (sem grifo no original)
A constitucionalidade ou inconstitucionalidade dos arts. 32 e 34 é
questionada em razão da ampliação que se faz da competência tributária atribuída
ao Município. Apesar de a CRFB/1988 determinar, em seu art. 146, III que cabe a lei
complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, dos
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes, questiona-se a
recepção desses artigos pela atual Constituição, visto que a mesma nada menciona
sobre domínio útil ou posse.377
A atual Constituição permite que lei complementar defina os fatos geradores
dos tributos, porém o art. 110, do CTN impede que a lei tributária altere definição,
conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados,
expressa ou implicitamente, pela CRFB/1988.378
375
MARTON, Ronaldo Lindimar José. A “imunidade tributária recíproca” e a competência municipal
para a instituição do IPTU – a utilização de imóveis da União por particulares. In: Âmbito Jurídico,
Rio Grande, 69, 01/10/2009 [Internet]. Disponível em:
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6617>.
Acesso em: 09 out. 2010.
376
BRASIL. Constituição (1946). Emenda Constitucional n. 18, de 01 de dezembro de 1965.
Brasília, DF: Senado Federal, 1965. Disponível em:
<http://www2.camara.gov.br/legin/fed/emecon/1960-1969/emendaconstitucional-18-1-dezembro-
1965-363966-publicacao-1-pl.html>. Acesso em: 09 out. 2010.
377
MARTON, Ronaldo Lindimar José. A “imunidade tributária recíproca” e a competência municipal
para a instituição do IPTU – a utilização de imóveis da União por particulares. In: Âmbito Jurídico,
Rio Grande, 69, 01/10/2009 [Internet]. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6617>.
Acesso em: 09 out. 2010.
378
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição
99
Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos
Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
379
ALVES, Anna Emilia Cordelli. Do impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. In:
PEIXOTO, Marcelo Magalhães; LACOMBE, Rodrigo Santos Masset. (Coords.). Comentários ao
código tributário nacional. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: MP, 2008. p. 287.
380
PAULSEN, Leandro. Direito tributário: constituição e código tributário à luz da doutrina e
jurisprudência. 9. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria dos Advogados: ESMAFE, 2007. p. 694.
381
DINIZ, Maria Helena apud MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao código tributário
nacional. São Paulo: Atlas, 2003. p. 359.
382
MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao código tributário nacional. São Paulo: Atlas, 2003.
p. 359.
100
383
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n⁰ 772.443/ SP. Recorrente: Rhamo
Indústria Comércio e Serviços Ltda. Recorrido: Município de Santos. Relator: Ministro Luiz Fux.
Brasília, DF, 21 de agosto de 2007. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sSeq=713141&sReg=200501319827&s
Data=20070920&formato=PDF> . Acesso em: 11 out. 2010.
101
No mesmo sentido:
384
MARTON, Ronaldo Lindimar José. A “imunidade tributária recíproca” e a competência municipal
para a instituição do IPTU – a utilização de imóveis da União por particulares. In: Âmbito Jurídico,
Rio Grande, 69, 01/10/2009 [Internet]. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6617>.
Acesso em: 09 out. 2010.
385
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental em Recurso Extraordinário n⁰ 599417/ RJ.
Agravante: Município do Rio de Janeiro. Agravado: Lider Signature S.A. Relator: Ministro Eros Grau.
Brasília, DF, 29 de setembro de 2009. Disponível em:
<http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=604736> . Acesso em: 09 out.
2010.
102
386
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário n⁰ 253394/SP. Recorrente:
Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP. Recorrido: Município de Santos. Relator:
Ministro Ilmar Galvão. Brasília, DF, 26 de novembro de 2002. Disponível em:
<http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=258274> . Acesso em: 09 out.
2010.
387
MARTON, Ronaldo Lindimar José. A “imunidade tributária recíproca” e a competência municipal
para a instituição do IPTU – a utilização de imóveis da União por particulares. In: Âmbito Jurídico,
Rio Grande, 69, 01/10/2009 [Internet]. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6617>.
Acesso em: 09 out. 2010.
388
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no Recurso Especial n⁰ 885.353/ RJ.
Agravante: Município do Rio de Janeiro. Agravado: DISBARRA - Distribuidora Barra de Veículos Ltda.
Relator: Ministro Mauro Campbell Marques. Brasília, DF, 23 de junho de 2009. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sSeq=896449&sReg=200600373362&s
Data=20090806&formato=PDF>. Acesso em: 09 out. 2010.
103
No mesmo sentido:
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. IPTU. ART. 34 DO CTN.
PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL PERTENCENTE AO ESTADO.
IMUNIDADE.
1. O permissionário do imóvel público, que detém a posse
mediante relação pessoal, sem animus domini não se confunde
com o contribuinte do IPTU, qual seja, o proprietário do imóvel,
o titular do domínio útil ou o possuidor por direito real (art 34 do
CTN). Assim, cabendo ao Estado, proprietário do bem, o
pagamento do imposto, e tendo ele a imunidade tributária, não
há a incidência do IPTU. Precedentes.
2. Agravo regimental não provido.389(sem grifo no original)
389
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no Recurso Especial n⁰ 721.095/RJ.
Agravante: Município do Rio de Janeiro. Agravado: Petrobrás Distribuidora S/A. Relator: Ministro
Mauro Campbell Marques. Brasília, DF, 08 de setembro de 2009. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sSeq=910567&sReg=200500150695&s
Data=20090924&formato=PDF >. Acesso em: 09 out. 2010.
390
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n⁰ 267.099/BA. Recorrente: Município de
Salvador. Recorrido: Companhia das Docas do Estado da Bahia - CODEBA. Relator: Ministra Eliana
Calmon. Brasília, DF, 16 de abril de 2002. Disponível em:
<https://ww2.stj.jus.br/websecstj/cgi/revista/REJ.cgi/IMG?seq=12691&nreg=200000703001&dt=20020
527&formato=PDF>. Acesso em: 09 de out. 2010.
391
NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de marinha: aspectos destacados. Revista Zênite, Curitiba:
Zênite. v. 44, p. 747-759, mar.2005. p. 752 e GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 14. ed.
rev. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 942 – 943.
104
392
BRASIL. Projeto de Lei Complementar n. 116, de 25 de setembro de 2007. Acrescenta
dispositivo à Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, que "Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional
e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/sileg/integras/507462.pdf>. Acesso em: 10 out. 2010.
105
393
BRASIL. Projeto de Lei Complementar n. 222, de 30 de novembro de 2004. Estabelece norma
geral de matéria tributária relativa ao IPTU. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/sileg/integras/254814.pdf>. Acesso em: 10 out. 2010.
394
BRASIL. Projeto de Lei Complementar n. 116, de 25 de setembro de 2007. Acrescenta
dispositivo à Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, que "Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional
e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/sileg/integras/779553.pdf>. Acesso em: 11 out. 2010.
395
BRASIL. Projeto de Lei n. 676, de 28 de novembro de 2007. Altera o Decreto-Lei nº 9.760, de 5
de setembro de 1946, que dispõe sobre bens imóveis da União e dá outras providências, para isentar
o foreiro e ocupante do pagamento de foro e taxa de ocupação no caso que especifica. Disponível
em: <http://legis.senado.gov.br/mate-pdf/11902.pdf>. Acesso em: 11 out. 2010.
106
redução na receita da União, porém comparado com o total de receitas desse ente
esse valor seria extremamente baixo. Sem contar que as pessoas sujeitas a essa
cobrança dúplice são consideradas efetivas proprietárias dos imóveis para a
exigência do IPTU, e como meros inquilinos para a exigência dos foros e taxas de
ocupação. E, em atenção ao Princípio da Justiça, defende a aprovação do projeto de
lei.396
De fato, o número de imóveis localizados em terrenos de marinha é bastante
alto, principalmente em cidades de grande extensão litorânea, como é o caso de
Florianópolis/SC e Balneário Camboriú/SC. A possibilidade de os ocupantes e
foreiros dos terrenos de marinha serem desonerados pelo pagamento de IPTU
abarca questões políticas e tributárias, se de um lado há respaldo jurídico para que a
cobrança seja considerada ilegal, de outro não é viável para o Município a
aprovação de lei que resulte na perda de grande volume de arrecadação,
considerando ainda, que as áreas em que esses terrenos estão localizados recebem
benfeitorias por parte do ente municipal.
396
BRASIL. Projeto de Lei n. 676, de 28 de novembro de 2007. Altera o Decreto-Lei nº 9.760, de 5
de setembro de 1946, que dispõe sobre bens imóveis da União e dá outras providências, para isentar
o foreiro e ocupante do pagamento de foro e taxa de ocupação no caso que especifica. Disponível
em: < http://legis.senado.gov.br/mate-pdf/60803.pdf>. Acesso em: 11 out. 2010.
107
CONCLUSÃO
de ocupação e aforamento, não sobre o valor venal do imóvel, mas apenas sobre a
área edificada. E, por sua vez, a taxa de ocupação e foro devem ser calculadas,
sobre o domínio útil apenas, e não sobre o domínio pleno do imóvel, visto que, nem
ocupante e nem foreiro tem direito ao referido domínio pleno.
Da forma como são calculados atualmente representam injustiça para com
terceiros que utilizam os terrenos de marinha, visto estarem obrigados ao
pagamento de taxas e imposto sobre um domínio pleno que, na verdade, não
possuem.
112
REFERÊNCIAS
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