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SEMICONDUTORES:

Introdução
Os semicondutores provocaram uma verdadeira revolução na tecnologia da eletrônica.
Nenhum aparelho eletrônico atual, desde um simples relógio digital ao mais avançado
dos computadores, seria possível sem os mesmos.

Para uma correta compreensão do funcionamento, são necessários alguns fundamentos


simplificados da teoria atômica, objeto dos tópicos iniciais desta página.

Compostos, elementos, átomos

A maioria das substâncias presentes na natureza é formada pela combinação de outras,


isto é, são compostos. Um exemplo comum é a água, formada por hidrogênio e
oxigênio, os quais individualmente apresentam propriedades bastante distintas do
composto.

Entretanto, tanto o hidrogênio como o oxigênio não admitem decomposição em outras


substâncias e, por isso, são chamados elementos. Existem pouco mais de 100 elementos
conhecidos (entre naturais e artificiais) e todas as substâncias na natureza são
combinações deles. E as substâncias diferem uma das outras pelas diferentes
combinações de elementos, em seus tipos e/ou proporções.

Mas o que faz um elemento diferente de outro? Uma porção qualquer de um


determinado elemento não pode ser subdividida indefinidamente. Há uma partícula
elementar a qual, se subdividida, faz elemento perder suas características. Essa partícula
é denominada átomo. Assim, cada elemento se caracteriza por ter uma estrutura atômica
própria.

A formação de um composto ocorre de maneira organizada. Cada elemento contribui


com um determinado número de átomos para formar uma partícula maior, denominada
molécula, que caracteriza o composto. Portanto, de forma similar ao átomo do
elemento, a molécula é a menor porção possível de um composto. Se subdividida, ele
perde suas características.

O átomo

O átomo, por sua vez, é formado por partículas. A sua estrutura lembra o sistema solar,
mas de dimensões ínfimas. No lugar do sol, um núcleo formado por um aglomerado de
partículas. Orbitando em torno do núcleo, um outro conjunto de partículas.

São três as partículas fundamentais do átomo: prótons, nêutrons e elétrons (na realidade
existem mais. Mas isso é assunto de física avançada e não é necessário para o objetivo
deste estudo).

Os prótons estão sempre presentes no núcleo e têm carga elétrica positiva.

Os nêutrons podem estar ou não presentes no núcleo e não têm carga elétrica. Sua
massa é próxima da do próton.
Os elétrons estão sempre nas órbitas e têm carga elétrica negativa, mas de valor
absoluto igual à do próton. Sua massa é cerca de 1/1840 da massa do próton.

Figura 01
Lembrar que prótons, nêutrons e elétrons são únicos e não são diferentes em cada
elemento. Assim, o que caracteriza um elemento é a quantidade destas partículas no
átomo. Mais especificamente, é o número de prótons no núcleo. Isso é denominado
número atômico e é característica única de cada elemento. Elementos diferentes têm
sempre números atômicos diferentes.

A Figura 01 deste tópico dá o esquema simplificado de um átomo de lítio. Prótons são


identificados pelo sinal positivo, nêutrons pela ausência de sinal e elétrons pelo sinal
negativo.

O número atômico do lítio é 3 e, portanto, existem 3 prótons no núcleo.

O número de nêutrons também depende do elemento mas não é característica exclusiva.


Um mesmo elemento pode ter variações com diferentes números de nêutrons. Elas são
chamadas isótopos.

Normalmente, o número de elétrons é igual ao número de prótons. Assim, a carga


elétrica total do átomo é nula.

Em algumas situações, o átomo poderá perder ou ganhar elétrons, isto é, ficar


positivamente ou negativamente carregado. Nessas condições, ele é denominado íon
positivo ou íon negativo.

Níveis de energia

A maneira com que os elétrons se distribuem nas órbitas em torno do núcleo não é
aleatória. Segue regras bem definidas, que são as mesmas para todos os elementos.

Um elétron em órbita tem uma energia potencial que depende da sua distância até o
núcleo e uma energia cinética que depende da sua velocidade. A soma de ambas é a
energia total do elétron.

Aqui não cabem considerações mais profundas sobre a teoria quântica. Ela diz, em
linhas gerais, que os estados da matéria não variam continuamente, mas sim em
pequenos intervalos discretos, chamados quanta. No mundo prático isso não é
perceptível porque os valores são muito pequenos. Mas os elétrons são partículas
elementares e o seu comportamento é bem definido por tais intervalos. Assim, a energia
total que o elétron pode ter é definida em valores discretos e, portanto, ele só pode
ocupar determinadas órbitas ou níveis de energia. Os níveis possíveis são sete e estão
representados na Figura 01 deste tópico.

Figura 01
O número máximo de elétrons que cada nível pode ter é limitado segundo o princípio
de exclusão de Pauli:

2n2 onde n é o número do nível.

Assim, o nível 1 poderá no máximo 2, o nível 2 no máximo 8 e assim sucessivamente.

É regra geral na natureza a estabilização na menor energia possível. Assim, os níveis são
preenchidos na seqüência do menor para o maior e um nível só poderá conter elétrons se
o anterior estiver completo. Ver exemplo da Figura 01 do tópico anterior.

Os elétrons em cada nível ocupam subníveis e cada um pode conter um número máximo
de elétrons e são, de forma similar, preenchidos do menor para o maior. As designações
e números máximos são dadas a seguir.

Subnível s p d f
Valor máximo 2 6 10 14

É evidente que, por exemplo, o nível 1 só pode ter o subnível s, pois o número máximo
do nível é 2. Já o nível 2 pode ter os subníveis s e p e assim sucessivamente.

Valência

Seja o exemplo a seguir da distribuição dos elétrons em um átomo de cobre, número


atômico 29. O nível mais externo (4, neste exemplo) é denominado nível de valência e
os elétrons presentes nele são os elétrons de valência.

Nível 1 2 3 4
Subnível s s p s p d s
Elétrons 2 2 6 2 6 10 1
O número de elétrons de valência é um fator importante do elemento. Ele define a
capacidade do átomo de ganhar ou perder elétrons e de se combinar com outros
elementos. Muitas das propriedades químicas e elétricas dependem da valência.

A convenção adotada para a representação gráfica da distribuição de elétrons no átomo


do elemento é a indicação seqüencial do níveis e respectivos subníveis, com o número
de elétrons de cada subnível na forma de expoente. Para esse caso do cobre:

1s22s22p63s23p63d104s1.

Bandas de energia

Quando os átomos não estão isolados mas juntos em um material sólido, as forças de
interação entre eles são significativas. Isso provoca uma alteração nos níveis de energia
acima da valência. Podem existir níveis de energia não permitidos, logo acima da
valência.

Figura 01

Para que um material conduza eletricidade, é necessário que os elétrons de valência, sob
ação de um potencial elétrico aplicado, saltem do nível de valência para um nível ou
banda de condução.

Conforme Figura 01, em um material condutor quase não existem níveis ou banda de
energia proibidos entre a condução e a valência e, portanto, a corrente flui facilmente
sob a ação do campo elétrico.

Um material isolante apresenta uma banda proibida de grande extensão entre a valência
e condução. Pos isso, dificilmente há condução da corrente.

Os semicondutores possuem bandas proibidas com larguras intermediárias. Isso


significa que podem apresentar alguma condução, melhor que a dos isolantes mas pior
que a dos condutores.
Impurezas

Conforme já dito, a capacidade de um átomo de se combinar com outros depende do


número de elétrons de valência. A combinação só é possível quando este é menor que 8.
Elementos com 8 elétrons de valência não se combinam. São estáveis e inertes.

Considera-se agora o silício, que é o semicondutor mais usado, dispondo de 4 elétrons


de valência.

Figura 01
No estado puro, cada par de elétrons de átomos distintos forma a chamada ligação
covalente, de modo que cada átomo fica no estado mais estável, isto é, com 8 elétrons
na camada externa.

O resultado é uma estrutura cristalina homogênea conforme Figura 01. Na realidade é


tridimensional. Está assim mostrada por questão de simplicidade.

Até agora, nada de novo. O material continua um semicondutor. Entretanto, quando


certas substâncias, denominadas impurezas, são adicionadas, as propriedades elétricas
são radicalmente modificadas.

Se um elemento como o antimônio, que tem 5 elétrons de valência, for adicionado e


alguns átomos deste substituírem o silício na estrutura cristalina, 4 dos 5 elétrons irão se
comportar como se fossem os de valência do silício e o excedente será liberado para o
nível de condução (Figura 02).

Figura 02
O cristal irá conduzir e, devido à carga negativa dos portadores (elétrons), é
denominado semicondutor tipo n.

Notar que o material continua eletricamente neutro, pois os átomos têm o mesmo
número de prótons e elétrons. Apenas a distribuição de cargas muda, de forma a permitir
a condução.

Agora a situação inversa conforme Figura 03: uma impureza com 3 elétrons de valência
(alumínio, por exemplo) é adicionada.
Figura 03
Alguns átomos de silício irão transferir um elétron de valência para completar a falta no
átomo da impureza, criando um buraco positivamente carregado no nível de valência e o
cristal será um semicondutor tipo p, devido à carga positiva dos portadores (buracos).

Junção PN (diodo de junção)

Se um semicondutor tipo P é posto junto de um semicondutor tipo N, na região de


contato, denominada junção, há formação de uma barreira de potencial.

Figura 01
No estado normal, o semicondutor é eletricamente neutro, pois os átomos tanto do
semicondutor quanto da impureza têm iguais números de elétrons e prótons.

Na junção, os elétrons portadores da parte N tendem a ocupar buracos na parte P,


deixando esta última com um potencial negativo e a parte N com um potencial positivo,
formando a barreira potencial Vo. Assim, a polaridade da barreira de potencial mantém
os elétrons na parte N e os buracos na parte P (Figura 01 A).

Se um potencial externo V > Vo for aplicado conforme Figura 01 B, o potencial de


barreira será quebrado e a corrente será elevada, pois existem muitos elétrons em N.
Diz-se então que a junção está diretamente polarizada.
No caso da junção inversamente polarizada, Figura 01 C, o potencial de barreira será
aumentado, impedindo ainda mais a passagem de elétrons e a corrente será pequena.

Figura 02
Esse conjunto, denominado diodo de junção, funciona como um retificador. Na Figura
02, uma curva típica (não em escala) e o seu símbolo elétrico.

Notar que, acima de um pequeno valor de polarização direta, a corrente aumenta


significativamente. A expressão matemática é:

I = I0 (eeV/kT − 1). Onde:

I0: corrente de saturação.

e: carga do elétron.
k: constante de Boltzmann.
T: temperatura absoluta.

A polarização inversa tem limite. Acima de um determinado valor ocorre um efeito de


ruptura, quebrando a barreira de potencial e a corrente sobe quase na vertical. Esse
fenômeno é usado, por exemplo, em diodos reguladores de tensão (diodos zener)

Figura 03
A Figura 03 mostra a parte inicial da polarização direta de um diodo no qual a
concentração de impurezas nas partes P e N é muito grande.

Nessa condição, a região efetiva de junção é muito estreita e alguns elétrons podem
pular a barreira de potencial, resultando em diminuição da corrente com o aumento da
tensão em uma determinada faixa.

O fenômeno é denominado efeito túnel e diodos assim construídos são ditos diodos
túnel.

Diodos túnel são componentes muito úteis para circuitos osciladores simples e de alta
freqüência.

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