HOSPITALAR
Julho 2007
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO_ 7
OBJETIVOS_ 10
Objetivo Geral 10
Objetivos Específicos 10
2. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS_ 16
CONSIDERAÇÕES FINAIS_ 51
REFERÊNCIAS_ 52
INTRODUÇÃO
Esta nova realidade tem forçado as empresas a buscar mais intensamente novas formas
de agregar valor aos seus produtos ou serviços, desenvolver novas tecnologias e
competências, produzir a um custo cada vez menor sem comprometer suas margens de
lucro e outras tantas ações.
Às muitas ações empreendidas, que tem como alvo diversos aspectos corporativos
considerados competitivos, são somadas ações no aspecto humano das organizações.
Está claro que o cumprimento das atividades e formulação das diversas ações
competitivas depende das pessoas, e, uma vez que as pessoas precisam da devida
capacitação profissional e pessoal para cumprirem atividades e formularem tais ações
competitivas, entendemos que, quanto melhor a capacitação delas, tanto melhor seja o
seu desempenho.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
O objetivo geral deste trabalho é investigar o grau de relevância do desenvolvimento de
competências dos profissionais da Recepção Hospitalar como contribuição na melhoria do
atendimento em serviços das empresas médico-hospitalares.
Objetivos Específicos
Conforme Nishijima (2006) et al, o sistema de saúde brasileiro pode ser descrito, em linhas
gerais, pelo convívio de um sistema de saúde público e um mercado privado de saúde.
O setor privado de saúde é denominado por setor de saúde suplementar pelo fato do
sistema público ter caráter universal e aquele ter surgido como um complemento (apud
Almeida,1998).
Ainda conforme os autores, o Sistema Único de Saúde (SUS), se caracteriza por possuir
uma oferta insuficiente de bens de saúde para a população, ou seja, por possuir um
tamanho pequeno em relação à demanda existente no mercado (apud Farias e Melamed -
2003).
Esta oferta insuficiente de bens públicos de saúde limita o acesso da população através da
necessidade de um longo tempo de espera por um tratamento, principalmente quando a
necessidade de tal tratamento não se configura como uma emergência.
A política de saúde concretizada através do Sistema Único de Saúde (SUS), como toda
política pública de caráter universal, é freqüentemente questionada no sentido de sua real
capacidade de atingir a parcela da população mais necessitada. Ainda que o SUS tenha
sido concebido como uma política para toda a população, independentemente de condição
socioeconômica, a existência de grandes desigualdades sociais e a presença do sistema
privado pode gerar a expectativa de que a política pública seja dirigida preferencialmente
para as parcelas da população não cobertas pelo sistema privado.
Diante da carência de oferta dos serviços e o perfil dos usuários, surgem com grande força
as organizações médico-hospitalares privadas, em rápido crescimento no setor e trazendo
melhorias dos serviços médicos.
A demanda por estes serviços aumentou de forma sustentada até o final dos anos 90,
apesar dos problemas trazidos pelo aumento de preços dos serviços na segunda metade
da década de noventa e pela redução da renda de boa parte da clientela, especialmente
da classe média urbana, entre 1999 e 2003. Alguns problemas foram então surgindo no
mercado, como desemprego e a terceirização da mão-de-obra, pois famílias que tinham
planos pagos pelas empresas, ficaram sem cobertura de forma abrupta.
À época dados da ANS mostravam que o setor privado de saúde suplementar atendia no
ano 2000 quase 1/4 da população brasileira, movimentando cerca de R$ 23 bilhões.
Segundo RIBEIRO (2003) et al, entre outros aspectos, os indivíduos atendidos pelo SUS
apresentaram como características sócio-demográficas o predomínio de mulheres;
crianças, adultos e idosos em proporções semelhantes às observadas para o total de
atendidos; baixa escolaridade (52,8% até 3 anos de estudo); concentração nos quatro
primeiros quintis de renda familiar per capita com excesso relativo de indivíduos nos dois
primeiros quintis e sem posse de plano de saúde privado.
Observa-se que a doença foi o motivo mais freqüente para a procura de serviços de
saúde, porém esse motivo foi mais indicado pelos usuários do SUS, o que está de acordo
com as características socioeconômicas mais desfavoráveis desta parcela da população.
Observa-se diferença também na procura de serviços para realizar atividades de
prevenção, que é mais freqüente entre os não usuários SUS. Dados da Pesquisa Mundial
de Saúde mostram que em relação à assistência ambulatorial, os usuários do sistema
público no Brasil referem menor grau de satisfação em todos os aspectos considerados
quando comparados aos usuários do sistema privado. Os itens com menor aprovação
foram: o tempo de espera e a falta de liberdade de escolha do profissional.
Considerando-se as informações, conclui-se que o perfil dos usuários atendidos pelo setor
privado é pagante e muito exigente. Marques (2007) salienta que, a população seleta que
transita por estas organizações além de outro nível sócio-cultural também tem um perfil
patológico diferente, pois goza de mais saúde pelo fato de ter acesso à alimentação mais
rica e hábitos mais salutares.
Engana-se o gestor que não trata os Estabelecimentos de Assistência a Saúde como uma
empresa, embora a saúde seja um bem inalienável e todos que estejam empenhados com
ela deverão, de forma altruística, atende-la em todas as circunstâncias, nunca poderemos
deixar de entendê-la como uma empresa geradora de serviços,... na era da Globalização
não basta acreditar que o cliente-paciente nos dará a preferência, mesmo nas Instituições
privadas deveremos primar pela qualidade de nossa equipe, plano de cargos e salários,
oferecimento de serviços qualificados, treinamento no sentido de polir os nossos serviços,
o indivíduo faz parte do processo e qualifica o nosso atendimento. MARQUES, (2007, p. 1)
2. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS
2.1 – Competências – Aspectos Gerais
Tudo o que uma função/cargo de uma empresa exige para que o serviço/produto seja bem
administrado e de boa qualidade pode ser descrito por meio de três componentes, onde as
primeiras letras formam a sigla conhecida como CHA:
Atitudes - querer fazer; comportamentos que temos diante de situações do nosso cotidiano
e das tarefas que desenvolvemos no nosso dia-a-dia.
Nos dias atuais, os profissionais não podem mais comportar-se como antigamente, sob
pena de tornarem-se obsoletos. Devem se esforçar para desenvolver as novas
competências que os tempos atuais exigem, e que abordam essencialmente:
Algumas destas competências podem ser adquiridas no dia-a-dia, através das atividades
desempenhadas e por meio de treinamentos, devidamente incentivados pela empresa,
permitindo sua aplicação sem entraves de qualquer tipo.
Conforme MAIA, inicialmente, o conceito de competência surgiu com base nas
competências essenciais (core competencies), conceito desenvolvido por Prahalad e
Hamel (apud FLEURY 1999). De acordo com os autores, o aumento de competição entre
as empresas, conhecimentos altamente perecíveis, principalmente sobre a tecnologia e
grande instabilidade são alguns dos fatores que fizeram – e fazem - com que as empresas
passem de uma perspectiva de estrutura estável para a de estabilidade e generalidade,
orientadas por um conjunto de competências que as diferenciem da concorrência; as
posições defensivas dão lugar a um desenvolvimento de vantagem competitiva que se
sustente, e a estratégia alinhada ao mercado passa a ser uma estratégia que pressupõe
que o mercado apresenta tantas mudanças e possibilidades que torna necessária uma
visão consistente para criar as oportunidades de realização.
Seguindo para o campo mais individual, uma das definições mais conhecidas e aceitas
sobre o conceito de competência, é dada por FLEURY (1999):
Competência é um saber agir responsável e reconhecido, que implica em mobilizar,
integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades que agreguem valor econômico à
organização, e valor social ao indivíduo.
As competências técnicas são aquelas obtidas por meio de educação formal, treinamentos
e experiência profissional. São elas: nível de escolaridade formal exigido para o pleno
desenvolvimento das atribuições do cargo, e treinamentos, cursos específicos, habilitações
profissionais, especializações, ou seja, itens necessários para obter melhores resultados
no desempenho do cargo, aplicados e aprimorados em experiência profissional. Podem
ser um diferencial, mas com muito estudo, qualquer um pode adquiri-las. Por isso, é
importante, sempre, avaliar quais competências técnicas são relevantes na execução das
tarefas ou importantes na preparação para novos desafios, sendo necessário uma
atualização constante. Como exemplo destas competências, temos a aprendizagem de
outros idiomas; formação superior de qualidade; especialização; MBA, mestrado, etc.
Guiraud salienta que ao se adquirir competências técnicas é importante primar por aquelas
necessárias para o desenvolvimento das atividades que se pretende realizar. Caso
contrário, com o pouco uso de tanto conhecimento, todo o investimento de dedicação,
tempo e dinheiro em adquiri-las vai se perdendo no decorrer dos anos. As competências
técnicas, além de capacitar os indivíduos, aprimoram a capacidade crítica e discernimento.
À época deste trabalho, foi realizada breve pesquisa na internet, com acesso a sites de
Empresas Médico-hospitalares. A relevância dada ao desenvolvimento de suas equipes
pode ser verificada através das ações destas empresas:
Se uma empresa escolhe adotar um programa de Gestão por Competências significa dizer
que a Gestão de RH está sendo vista sob uma ótica mais ampliada e sistêmica. Porém,
apesar dos vários benefícios advindos desta prática, algumas empresas ainda encaram o
processo como sendo de difícil implantação e não adequado às suas necessidades e
realidades.
- a do consumidor: produto ou serviço que esteja no nível daquilo que ele deseja, em
relação a custo, forma, desempenho, durabilidade, prazos e outros fatores.
Quanto ao domínio técnico, pouco conhecido pela maioria dos pacientes, há uma
dificuldade de avaliação crítica. Porém o mesmo não acontece com o domínio
interpessoal, sendo desta forma o principal norteador de sua avaliação dos serviços.
Neste aspecto, Xavier & Falk (1997, p.7) apud BARBOSA, relacionam as dimensões
pertinentes aos critérios de qualidade de atendimento nos hospitais, extraídos de diversos
autores pesquisados, os quais agrupamos abaixo:
- médicos;
Na opinião de Mirshawka (1994) apud Barbosa, alguns aspectos como atenção, maiores
benefícios com menores riscos, recursos disponíveis, melhores meios, maiores resultados,
que permeiam as definições de autores diversos sobre o tema da qualidade em serviços
de saúde, estão ligados ao cuidado médico dispensado ao paciente, usuário ou cliente.
Observa-se que a qualidade nesses serviços pode ser avaliada, levando em consideração
três definições:
Para Maximiano (2000, p. 190) apud Barbosa, os custos da não-qualidade ocorrem por
falta de adequação ao uso, podendo ser agrupados em duas categorias:
Em um hospital e/ou centro de saúde, esses custos podem significar falhas irreparáveis,
colocando em risco a saúde ou até mesmo, a vida de um paciente, e prejudicando o
desempenho e a imagem da empresa.
A Hotelaria Hospitalar não fazia parte do contexto do hospital brasileiro até há menos de
10 anos. Desde que o médico fosse competente e o hospital aparentemente limpo, nada
mais importava para o paciente. Nesse período, quem buscava o hospital para cuidar da
saúde era também o paciente, significando que ao entrar no ambiente hospitalar deixava
de ser cidadão, de ter vontade própria, de ter direitos e passava a ser passivo (daí o nome,
paciente), obedecendo às ordens médicas e da enfermagem.
Este conceito mudou significativamente ao longo do tempo. Agora quem busca o hospital
não é mais paciente: é um cidadão que sabe de seus direitos e suas responsabilidades.
Ele vai à procura de solução para seus problemas e sente-se com direito de ser bem
atendido. É um cliente que vai comprar um produto, que é o tratamento e a assistência que
o hospital oferece.
A partir desse momento, o hospital começa a perceber que precisa corresponder não só
às necessidades do cliente, mas também às suas expectativas. Começa a se preocupar
com a concorrência e parte em busca de um diferencial para atrair o cliente. Já não basta
a competência do médico, do enfermeiro e nem a aparência limpa do hospital. O cliente
quer ciência e tecnologia, mas também conforto e segurança. Quer que seus medos sejam
minimizados e o ambiente branco e aparentemente estéril do hospital tradicional não lhe é
favorável. Ele quer continuar em contato com o mundo, agora não só através do telefone,
mas ele quer televisão, jornais, revistas.
Enfim, o paciente não quer se sentir excluído da sociedade e exige um ambiente com
aspecto que lembre mais um hotel e que cause menos estresse. Nesse momento, o
hospital reconhece que precisa mudar o seu conceito de hospedagem para proporcionar
ao cliente em vez de um ambiente frio e impessoal, um ambiente agradável e humanizado,
ainda que muito complexo.
Somente ciência e tecnologia não bastam para atender bem o cliente. Ao contrário,
quando apenas esses aspectos são considerados, o atendimento é desumano, pois não
considera o sentimento das pessoas envolvidas.
O autor ainda ressalta que a importância do conceito de hotelaria aplicado nas instituições
de saúde reside no fato de características a ele relacionadas, tais como presteza, alegria,
dedicação e respeito. Estas características geram satisfação, encantamento do cliente e
humanização do atendimento. Pela sua preocupação com o bem-estar, a hotelaria
hospitalar é voltada para uma contínua busca da excelência, conciliando os objetivos do
hospital com o ato de hospedar, sem perder de vista a especificidade de sua clientela.
Embora o foco principal seja o tratamento e a assistência, o hospital passa a investir nos
serviços que envolvem a hospedagem, reconhecendo o paciente e o seu acompanhante
como clientes.
A hotelaria hospitalar tem importante papel a desempenhar para agregar valor à qualidade
da assistência prestada ao cliente, não só de maneira direta, como também por meio das
interfaces com os diversos serviços hospitalares.
Mudanças envolvem resistências. O ser humano sente-se muito mais seguro quando tudo
permanece igual. Mudanças em geral envolvem valores e crenças, daí a dificuldade que
as pessoas sentem em mudar suas atitudes, conceitos, enfim, sua maneira de dar sentido
ao seu trabalho. Se cultura organizacional "é um conjunto de crenças, valores e normas
partilhados pelos colaboradores" pode-se inferir que a implantação do novo conceito de
hotelaria hospitalar vai requerer uma firme liderança, definição clara de objetivos e, acima
de tudo, treinamento de todos os membros da equipe para que compreendam e aceitem
essas mudanças. Dessa maneira, a mudança passa a ser vista como uma oportunidade e
não como uma ameaça, sendo abraçada pela equipe e não mais evitada.
b) tamanho do hospital;
c) cultura da instituição;
PERSONA (2007), salienta que pessoas que atendem estão como em uma vitrine. É uma
oportunidade de carreira, seja dentro ou fora do consultório. Se este atendente percebe
que o que faz bem não o faz apenas para a empresa, mas principalmente para o seu
desenvolvimento profissional, aí passa a se interessar mais por qualidade.
Conforme Albrecht apud Braz (2002), entre as coisas a respeito das quais os clientes
reclamam, pode-se observar que há apenas umas poucas que realmente os incomodam,
quando se trata de serviços a serem prestados. Os mesmos poucos temas aparecem
sempre. Nesse sentido, o autor identificou categorias, denominadas por ele de fatores de
reclamação, e que servem para ilustrar as diferentes formas de comportamento do
atendente perante o usuário:
Apatia - verificada quando há uma atitude de pouco caso por parte da pessoa responsável
pelo contato com o cliente. Este tipo de atitude ocorre quando o profissional se entedia
com seu emprego e ninguém está lá para lembrá-lo de que sua missão é servir.
Passeio – É o fator de reclamação que, de acordo com o autor, se faz mais evidente na
maioria das organizações, que ocorre quando o cliente percorre literalmente todos os
setores da organização à procura da solução do seu problema. O funcionário diz que um
outro tomará conta do problema; este, por sua vez, diz para o cliente procurar um terceiro
funcionário, formando um processo que não conduz a solução alguma.
TARABOULSI (2006), ressalta que a busca por profissionais com iniciativa e atitude é
obrigação das instituições de saúde. Os serviços médico-hospitalares exigem-nos na linha
de frente. Devem ser pessoas com atitude, que possibilitam que as promessas de
qualidade sejam cumpridas.
Trabalhar em contato constante com outras pessoas requer uma preparação maior,
principalmente quando se trata de pessoas que estão doentes e passando por um
momento de fragilidade, assim como seus familiares e amigos. Essas situações podem
causar estados emocionais alterados e tudo isso necessita de atenção, dedicação e
carinho pelo trabalho que está sendo realizado.
Não é simplesmente ser um profissional que está ali para fazer agendamento de
consultas, prestar informações ou efetuar altas, mas sim, demonstrar algo mais a essas
pessoas que estão sedentas de um atendimento humanizado.
Segundo PERSONA, muitas vezes o atendimento mais precário é aquele feito por pessoas
resistentes às mudanças e que não têm o mínimo interesse em investir em melhorias no
atendimento. Geralmente são profissionais que ainda não perceberam que os médicos,
como em qualquer área, podem ganhar ou perder clientes em razão não apenas de suas
qualificações profissionais, mas também da qualidade no atendimento. A primeira
impressão que uma pessoa tem do médico é aquela deixada por sua secretária ou
recepcionista, seja de um consultório ou de um hospital.
Ainda neste contexto, ao autor nos indica que é preciso eficiência ao longo de toda a linha
do serviço, desde o começo até o fim. Desta forma os serviços administrativos básicos do
hospital e os serviços de hotelaria adaptados ou inseridos terão consonância e não
comprometerão a qualidade oferecida e percebida pelos clientes de saúde. Não é possível
uma situação de qualidade quando implantamos a hotelaria hospitalar, mas nossos
serviços de apoio (recepção, segurança, manutenção, engenharia, entre outros) estejam
deficientes.
BARROS (1996) corrobora com este raciocínio com a expressão efeito corrente,
designando o relacionamento interno cliente-fornecedor. Ou seja, cada departamento da
empresa ocupa a posição de cliente (quando recebe algo de outro setor) ou a posição de
fornecedor (quando envia/fornece algo para outro setor). O autor propõe com o efeito
corrente conscientizar todas as pessoas quanto às suas responsabilidades enquanto
cliente ou fornecedor interno.
b) Não basta que os elos estejam fortalecidos. É preciso que estejam interligados –
conscientes do papel de fornecedores e de atender as expectativas de seus clientes
internos. Setores ou departamentos que são nichos de poder ou que sofrem com intensa
burocracia terminam por quebrar a corrente ou até não a comporem.
Outro ponto destacado pelo autor diz respeito à educação de funcionários. Fazendo com
que as pessoas entendam os princípios e fundamentos de sua tarefa, que seu trabalho é
importante, bem como a responsabilidade das suas ações, facilita bastante a assimilação
de novas habilidades no trato com o cliente.
Para registrar como exemplo da prática dos conceitos já expostos em relação à atividade
de Recepção Hospitalar, relatamos o caso dos recepcionistas do setor de emergência de
um de nossos grandes hospitais em Recife/PE, no bairro da Ilha do Leite, região esta
denominada Pólo Médico de Recife.
Identificamos que o hospital está orientado nos conceitos em hotelaria hospitalar, através
da prática de duas ações, que usamos como exemplo:
No que diz respeito aos profissionais de recepção, há nítida preocupação com a seleção
adequada do Recepcionista, destacando-se como características necessárias: bom senso,
simpatia, discrição, ética, educação, facilidade de trabalhar em equipe, iniciativa para
solucionar problemas, firmeza para conduzir situações adversas, capacidade de lidar com
estresse, atenção em seguir os procedimentos internos, tanto os referentes ao cuidado
pessoal com aparência quanto aos burocráticos. Ressalta-se ao profissional que sua
atividade é a "porta da empresa".
Organização e definição de prioridades são também importantes, uma vez que há clientes
em um estado de saúde mais delicado que outro. Neste caso há apoio da equipe de
enfermagem para uma correta definição destas prioridades.
Segundo o coordenador, o treinamento também tem uma visão futura, pois a preparação
adequada do profissional lhe proporciona mais competitividade no mercado de trabalho.
- "Um hospital desse porte só poderia ter uma equipe bem treinada como essa. Parabéns."
A equipe atual de recepcionistas tem membros com um perfil emocional bem semelhante.
Além deste fato, a coordenação procura diversificar a composição dos membros por
horário, equilibrando o desempenho individual (membros mais experientes com os menos
experientes; mais velhos com mais jovens; homens e mulheres).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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