CURVA CARACTERÍSTICA DE UMA BOMBA CENTRÍFUGA

Guilherme Zanette¹, Junior A. Boita¹, Matheus H. Cavagnoli¹, Rodrigo

Bilibio¹, Murilo C. Costelli²
1
Alunos do ACEA/UNOCHAPECÓ 2 Professor ACEA /UNOCHAPECÓ
Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Resumo

O experimento baseia-se no estudo de bombas centrifugas que em trabalho são maquinas hidráulicas,
pois tem a função de desenvolver um escoamento do fluido para um especificado local, gerando
vazão, e consequentemente convertendo energia mecânica em energia cinética e potencial. Esse tipo
de bomba é empregado em diversas indústrias devido seu baixo custo para aquisição e manutenção.
Na realização deste experimento foi utilizada uma bomba centrífuga, com o diâmetro do rotor
próximo aos 12 cm. Também foi utilizado um reservatório com volume de 200 litros, além de
tubulações de PVC, válvula de impulso para iniciar a vazão, um medidor de vazão em l/min, um
manômetro de Bourdoun, um manômetro do tipo tubo U e diversos tipos de conexões dos tubos. Para
a realização das medidas de vazão da tubulação, o experimento foi dividido em duas etapas. Na
primeira etapa, a válvula de saída do reservatório estava totalmente aberta e operando em seu regime
natural. Posteriormente, na segunda etapa a válvula de saída do reservatório estava fechada pela
metade, ocasionando o regime de cavitação. Através do levantamento de uma série de dados sobre a
vazão e a variação de altura no manômetro, foram realizados alguns cálculos com o objetivo de
mostrar graficamente o comportamento da curva da bomba nas duas etapas mencionadas acima.
Através da análise das curvas características geradas, notou-se que na operação em regime natural
(válvula totalmente aberta), o maior rendimento foi de: 25,9%, a potência foi de: 0,08624 HP para
uma vazão de: 20 L/min.

1. Introdução bomba tem grande emprego nas indústrias,

Esse trabalho necessita de embasamento
teórico sobre máquinas de fluxo, que dentre os
tipos de maquinas de fluxo estão ás bombas
centrífugas.
Máquinas de fluxo podem ser
consideradas como um dispositivo que realiza
trabalho sobre um fluido ou absorve trabalho
de um fluido. As máquinas de fluxo são
classificadas de dois tipos, denominadas da
seguinte maneira: máquinas de deslocamento
positivo ou máquinas dinâmicas.
As máquinas de deslocamento positivo
tendem a transferir a energia por meio da
variação de volume que ocorre, devido ao
movimento da fronteira onde o fluido
encontra-se confinado. Por conseguinte, as
máquinas dinâmicas tendem a direcionar o
fluido com lâminas ou pás fixadas em um
elemento rotativo, considerando-se uma
turbomáquina.
Dentro dessas turbomáquinas, está
presente ás bombas centrífugas. Esse tipo de
pelo fato de ter um custo baixo de aquisição,
na manutenção, e na flexibilidade de
instalação. As bombas centrífugas encontram-
se de forma menor, quando se têm uma vazão
baixa e com a operação em uma pressão de
descarga baixa até aquelas de dimensões
maiores que trabalham com grandes vazões,
operando em altas pressões.
Normalmente, a bomba centrífuga é
constituída por um rotor que gira no interior de
uma carcaça. O fluido tende a entrar na bomba,
através do eixo rotor propulsor e
consequentemente é lançado para o circuito da
ação centrífuga. Portanto, com á energia
cinética ocasionada pelo fluido tende a
aumentar do centro do rotor até chegar ás
pontas das palhetas, possibilita a formação de
um alto valor de pressão.
Os rotores que compõe uma bomba
centrífuga podem ser classificados dos tipos
simples ou dupla sucção. Basicamente, para
rotores de simples sucção, o fluido tende a
entrar no rotor através de um dos lados da
bomba, já nos rotores de dupla sucção, o rotor
é alimentado através dos dois lados da bomba.
A carcaça que compõe as bombas
centrífugas tem sua geometria de construção
de diversas formas, porém todas tem a missão
em converter a energia cinética produzida pelo
fluido, para um alto valor de pressão na seção
de descarga da bomba.
Dentre os diferentes tipos de bombas
centrífugas construídas, o método de
funcionamento é o mesmo para todos os tipos.
Todas tendem a converter a energia cinética
ocasionada pelo fluido, em um elevado
gradiente de pressão.
A análise da curva característica de
uma bomba é a melhor forma para obter os
valores de rendimento, potência e vazão da
mesma. A Figura 1 ilustra o comportamento de
curvas características de grande parte das
bombas centrífugas existentes, para alguns
valores de rotação. Os gráficos de curvas
características de uma bomba normalmente
são fornecidos juntamente com o manual de
instruções, pela empresa responsável pela
fabricação da bomba.
Figura 1: Curva característica de bombas.
1.1. Comportamento de curvas características de
uma bomba
O comportamento das curvas
característica de uma bomba centrífuga pode
ser calculado através da equação da energia,
como mostra a Equação 1:
𝑷𝟐 −𝑷𝟏 𝑽𝟐𝟐 −𝑽𝟐𝟏
𝒉𝒓 = + 𝒁𝟐 − 𝒁𝟏 + (1)
𝜸 𝟐𝒈
Onde 𝑷𝟐 − 𝑷𝟏 representa a variação de
pressão; 𝜸 é o peso específico do fluido; 𝒁𝟐 −
𝒁𝟏 é variação de altura; 𝑽𝟐 − 𝑽𝟏 representa a
variação de velocidade; g é a aceleração
gravitacional e 𝒉𝒓 representa o aumento de
carga real no sistema, porém quando o sistema
envolve valores insignificativos de velocidade
e altura, a equação da energia pode ser
simplificada, como mostra a Equação 2:
𝑷𝟐 −𝑷𝟏
𝒉𝒓 ≅ (2)
𝜸
Sendo então 𝑷𝟏 a pressão de entrada da
bomba e 𝑷𝟐 é a pressão de saída da bomba.
Com a coleta dos dados de variação de altura
do mercúrio, considerado como fluido interior
do manômetro de tubo U, é possível de obter o
valor da pressão de entrada (𝑷𝟏 ) com auxílio
da equação 3:
𝑷𝟏 = (𝝆𝑯𝒈 − 𝝆Á𝒈𝒖𝒂 ). 𝒈. (𝒁𝟐 − 𝒁𝟏 )
(3)
Onde 𝝆𝑯𝒈 representa a densidade do
mercúrio e 𝝆Á𝒈𝒖𝒂 representa a densidade da
água.
Calculando o valor da pressão 𝑷𝟏 e
com os valores da coleta de pressão no
manômetro de Bourdon, o cálculo para
encontrar a variação de pressão se resume na
Equação 4:
∆𝑷 = (𝑷𝟐 − (−𝑷𝟏 ))
(4)
Sendo que a pressão de entrada leva o
sinal de negativo, pois a pressão na sucção da
bomba sempre é negativa.
A potência transferida da bomba para o
fluido pode ser obtida com a utilização da
equação 5:
𝑷𝒐𝒕𝒇 = 𝜸. 𝑸. 𝒉𝒓
(5)
Onde 𝑸 representa a vazão volumétrica
de água na descarga da bomba.
Por fim, a eficiência da bomba é
calculada através da Equação 6, sendo
calculado um parâmetro adimensional
2
indicado pela letra grega 𝜼, que indica o valor
de eficiência da bomba.
𝑷𝒐𝒕𝒇
𝜼= (6)
𝒘̇𝒆𝒊𝒙𝒐
Onde 𝑷𝒐𝒕𝒇 é a potência da bomba entregue
ao fluido e 𝒘̇𝒆𝒊𝒙𝒐 representa a potência do
eixo fornecida para a bomba.
A eficiência da bomba sofre alterações
de acordo com a perda hidráulica na própria
bomba, juntamente com as perdas mecânicas
ocasionadas pelos mancais e vedações. Outros
fatores que podem colaborar para variação da
eficiência é perda volumétrica ocasionada pelo
vazamento do fluido em algumas partes da
bomba.
1.2. Análise de parâmetros adimensionais
A análise dos parâmetros
adimensionais é fundamental no planejamento
e no andamento do experimento, pois as curvas
características de uma bomba normalmente
são definidas através de experimentos. Para
esse experimento os parâmetros adimensionais
foram definidos como a vazão e a pressão.
Com isso, a determinação dos
parâmetros adimensionais pode ser calculada
através do Teorema de Buckingham, que para
valores de Reynolds em escoamento
turbulento, os valores entre os adimensionais
de carga e vazão são obtidos através da
Equação 7:
𝑯𝑩 .𝒈 𝑸 O experimento tem por objetivo
= 𝒇. ( ) (7)
𝑵².𝑫² 𝑵.𝑫𝟑
Assim sendo, realiza-se o cálculo da
vazão adimensional e posteriormente da
pressão adimensional com o auxílio da
Equação 8:
∆𝑷
𝑷𝒂𝒅 = (8)
𝝆.𝑵².𝑫²
Onde o aumento da pressão é ocasionado pela
vazão volumétrica (𝑸); sua massa específica
(𝝆); de sua viscosidade (𝒇); da velocidade de
rotação da bomba (N); do diâmetro do rotor
(D); da carga manométrica (𝑯𝑩 ) e por fim da
aceleração gravitacional (g).
1.3. Cavitação
A cavitação é um processo que está
presente em tubulações industriais, e que deve
ser minimizado o máximo possível, com o
intuito de evitar a danificação da tubulação. A
cavitação ocorre com qualquer equipamento
que trabalha com fluido. Quando a pressão
estática do fluido possuir um valor menor que
a pressão de vapor do próprio fluido irá ocorrer
á cavitação.
Com a ocorrência da cavitação, a
eficiência das bombas ou turbinas tende a
diminuir rapidamente, por isso deve ser
mantido um padrão de vazão estável para que
a bomba possa operar de forma eficiente. Além
de que pressões superficiais podem ter valores
altos em um determinado local, quando a bolha
de vapor implode, acarretando em danos na
superfície da tubulação.
Portanto, a cavitação é um fenômeno
que pode ser evitado, tornando a pressão
estática do fluido em todos os pontos do
equipamento, mantida acima dos valores da
pressão de vapor. A velocidade do escoamento
deve ser mantida constante no processo e
limitar a queda de pressão na tubulação de
sucção da bomba.
2. Metodologia
determinar a curva característica de uma
bomba centrifuga (1), que está sendo
alimentada por um tanque reservatório de agua
com capacidade de aproximadamente 200
litros (2). A sucção e a descarga da bomba são
ligadas ao tanque de tal maneira que o liquido
circule pela bomba e volte ao mesmo tanque.
A medida da vazão será feita diretamente
através do rotâmetro (6).
3

Figura 2 – Esquema do equipamento.
Para iniciar o experimento, a válvula
que interliga a bomba ao reservatório foi
totalmente aberta e antes da ligação da bomba,
a válvula esfera que interliga a bomba ao
rotâmetro foi fechada (3), logo em seguida foi
ligada a bomba centrífuga (1).
Figura 3 – Bomba centrífuga.
A vazão da bomba então, é variada
somente através da válvula que interliga a
bomba ao rotâmetro, de 5 em 5 litros/minuto,
variando de zero (L/min) até 50(L/min).
Anotando suas respectivas pressões de
descarga e de sucção para a confecção da curva
característica da bomba em regime normal
com a válvula totalmente aberta.
Em seguida é fechada completamente a
válvula de descarga e pela metade a válvula
que interliga a bomba ao reservatório, de 5 em
5 litros/minuto, anotando suas respectivas
pressões de descarga e de sucção para a
confecção da curva característica da bomba.
3. Resultados e Discussões.
Para a descoberta de valores
experimentais, realizamos cálculos sobre os
estudos e dados retirados da atividade em
laboratório.
No experimento em si, conforme
abríamos a válvula, conseguíamos retirar o
valor da sua vazão, litro por minuto, obtidos do
rotâmetro, este sendo convertido para metro
cúbico por segundo. Conforme a vazão
aumenta, a pressão manométrica diminui.
Plotou-se o gráfico de vazão por
pressão manométrica, para melhor observação
de como a vazão influencia diretamente na
pressão manométrica.
3
Pressão Manométrica (kgf/cm²)
2.5
2
1.5
1
0.5
0
0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008
Vazão (m³/s)
Regime Normal
Figura 4 - Gráfico da vazão versus altura manométrica,
para a válvula total.
4
 3 30
Pressão Manométrica (kgf/cm²)

2.5 25

2 20

Hm (m)
1.5 15

1 10

0.5 5

0 0
0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008 0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008
Vazão (m³/s)
Vazão (m³/s)
Regime Normal
Regime Normal Regime Cavitação

Figura 5: Gráfico de vazão por pressão manométrica Figura 6: Gráfico de vazão por altura manométrica para
para a válvula meia aberta. a válvula totalmente aberta.

Com essa mesma pressão encontrada 30

em kgf/cm², foi necessária a conversão de 25
unidades para Pascal (Pa). Tendo então a sua
pressão de saída, representado por (Ps). Para o 20
Hm (m)

cálculo de pressão de entrada (Pe), a equação a 15

seguir foi utilizada:
10
𝑃𝑒 = (𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻20 ) × 𝑔 × 𝛥ℎ (9) 5

Onde, a densidade de Mercúrio e 0

densidade da água, respectivamente, ρ_(Hg ) e
ρ_H20. Com estes respectivos valores,
podemos encontrar a pressão de entrada para
cada amostra.
Com os valores de pressão de entrada e
saída, (Pe) e (Ps), usamos a seguinte equação
para o cálculo da altura manométrica (Hm).
𝑃𝑠−𝑃𝑒
𝐻𝑚 =
𝜌𝐻2𝑂 ×𝑔
Onde, temos:
Pressão de entrada (Pe)
Pressão de saída (Ps)
Densidade da água (ρ_H2O)
Gravidade (g)
Diferença de altura (Δz)
Plotou-se o gráfico de vazão por altura
manométrica para quando a válvula estivesse
totalmente aberta e meio aberta. Assim
podemos analisar os gráficos plotados.
0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008
Vazão (m³/s)
Regime Normal Regime Cavitação
Figura 7: Gráfico de vazão por altura manométrica para
a válvula meia aberta.
Como já apresentado nas figuras 6 e 7,
nota-se que o sistema segue o mesmo
+ 𝛥𝑧 (10)
comportamento, ou seja, enquanto a vazão
aumenta, a pressão manométrica diminui o
mesmo fazendo que a altura manométrica
diminuísse.
Em sequência, calculamos a potência
útil do motor para cada vazão especifica, e para
cada situação da válvula, aberta e meia aberta.
Para este cálculo, utilizou-se a seguinte
equação:
𝑃ú𝑡𝑖𝑙 = 𝐻𝑚 × 𝑔 × 𝜌𝐻2𝑂 × 𝑄 (11)

5
 Com isso, plotou-se um gráfico para a Quando a bomba está trabalhando com
cada vazão e sua potência útil, o que nos a sua válvula totalmente aberta, a mesma
mostra a curva da bomba. consegue fazer com que o ponto ótimo trabalhe
com uma maior vazão do que quando a válvula
0.16 está parcialmente fechada, pois a cavitação
0.14 interfere diretamente nessa curva.
Também podemos analisar a figura
Potência Útil (HP)

0.12
(cavitação), que com a válvula parcialmente
0.1
fechada, ocorre a cavitação na bomba,
0.08
relativamente próximo ao ponto ótimo de
0.06
trabalho.
0.04 Com os dados de potência útil para
0.02 cada amostra, foram calculados os valores do
0 rendimento da bomba, onde plotou-se um
0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008 gráfico de vazão por rendimento.
Vazão (m³/s) 50.00%
Regime Normal 40.00%

Figura 8: Gráfico de vazão por potência útil para a Rendimento (%) 30.00%
válvula totalmente aberta.
20.00%
0.14
10.00%
0.12
Potência Útil (HP)

0.1 0.00%
0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008
0.08
Vazão (m³/s)
0.06
Regime Normal
0.04
0.02 Figura 10: Gráfico de vazão por rendimento para a
0 válvula totalmente aberta.
0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008
Vazão (m³/s) 45.00%
40.00%
Regime Normal Regime Cavitação 35.00%
Rendimento (%)

30.00%
Figura 9: Gráfico de vazão por potência útil para a 25.00%
válvula meia aberta. 20.00%
15.00%
Ao analisarmos as figuras (8) e (9), 10.00%
podemos perceber que as bombas seguem uma 5.00%
curva, onde o ponto máximo de potência 0.00%
obtido é aproximadamente, 0,0006 m³/s para a 0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008
bomba com a válvula totalmente aberta, e Vazão (m³/s)
aproximadamente 0,0005 m³/s para a bomba
com a válvula meia aberta. O que pode ser Regime Normal Regime Cavitação
chamado de ponto ótimo de trabalho, onde a Figura 11: Gráfico de vazão por rendimento para a
vazão é a mais alta possível para a maior válvula meia aberta.
potência utilizada da bomba.

6
 Analisando as figuras (10) e (11), o seu 6
maior rendimento de trabalho foi de

Pressão Adimensional
aproximadamente 45% para vazão de 0,0006 5
m³/s, após este ponto o rendimento cai 4
conforme sua vazão aumenta.
3
Já na figura (00), o seu maior rendimento
é de 40% para sua vazão de 0,0005 m³/s. já 2
quando houve cavitação na bomba, o maior 1
rendimento foi de 30% para uma vazão de
0,0007 m³/s. 0
Posteriormente calculamos o coeficiente 0 0.005 0.01
de vazão ou vazão adimensional (𝑄𝑎𝑑 ), a partir Vazão Adimensional
da equação:
Regime Normal
𝑄
𝑄𝑎𝑑 = 𝑁×𝐷3 (12) Figura 13: Gráfico de vazão adimensional por pressão
𝑟
adimensional para a válvula meia aberta.

Em seguida calculamos o coeficiente de Analisando as figuras 12 e 13, pode-se

pressão ou pressão adimensional (𝑃𝑎𝑑 ), a partir dizer que para estas vazões e pressões
da equação: adimensionais, o comportamento da bomba
𝑃𝑠+𝑃𝑒 pode ser analisado para qualquer fluido.
𝑃𝑎𝑑 = 𝜌×𝑁2 ×𝐷2 (13) Observou-se o mesmo comportamento que
𝑟
anteriormente nas figuras (pressão por
Com isso plotou-se os gráficos de vazão manométrica), ou seja, a pressão diminui
adimensional por pressão adimensional. conforme a vazão aumenta.

6 5. Conclusões
Pressão Adimensional

5
No experimento, notou-se que as
4 curvas características seguiram conforme a
literatura em que a potência aumenta junto
3
com o aumento da vazão até um ponto máximo
2 e a partir deste ponto ela decai.
1
Foi possível notar o decaimento da
altura manométrica durante o aumento da
0 vazão pelas perdas (atrito e turbulência) no
0 0.005 0.01 regime normal e de cavitação, mas no regime
Vazão Adimensional de cavitação a queda foi mais brusca a partir de
um ponto em que começou a ocorrer cavitação
Regime Normal
na máquina.
Figura 12: Gráfico de vazão adimensional por pressão Os resultados para o ponto de melhor
adimensional para a válvula totalmente aberta. eficiência da bomba foram: de 0,08624 Hp de
potência e vazão de 20 l/min, A eficiência foi
de 25,9%.
O experimento mostra o quanto é
importante fazer o estudo das bombas, para
serem operadas em suas melhores eficiências e
vazões adequadas, para reduzir perdas de
energia e evitar o fenômeno da cavitação.

7
6. Referências

FILHO, D. O.; RIBEIRO, M. C.;

MANTOVANI, E. C.; SOARES, A. A.;
FERNANDES, H. C. (2010)
Dimensionamento de motores para o
bombeamento de água. Eng. Agríc. vol.30
no.6 Jaboticabal Dec.

FOUST, A. S. et al. Princípios das Operações

Unitárias. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982.

MUNSON, BRUCE R.; YOUNG, DONALD

F.; OKIISHI, THEODORE H., Fundamentos
da mecânica dos fluidos. 4ª edição. São
Paulo: Editora Edgard Blucher, 2004.

APOSTILA DE BOMBAS. Dequi

<http://www.dequi.eel.usp.br/~tagliaferro/Ap
ostila_de_Bombas.pdf> acesso em 29 de maio
de 2016.

EXP6_BOMBA_CENTRIF. Unicamp
<http://www.fem.unicamp.br/~franklin/EM88
6/Exp6_bomba_centrif.pdf> acesso em 29 de
maio de 2016.

8
 ANEXOS

SIMBOLOGIA

Pad Potência adimensional (*) Pútil Pressão utilizada na bomba (Pa)

Δh Diferença de altura (m) Patm Potência da bomba (Pa)

Q Vazão volumétrica (m³/s) Hg Densidade do mercúrio (kg/m3)

Vazão mássica
g Aceleração da gravidade (m/s2) Qad *
adimensional
 Eficiência da bomba (%) agua Densidade da água (kg/m3)
N Rotação da bomba (1/s1) P Potência da bomba (HP)

* Parâmetros adimensionais

7. Memorial de Cálculo

Realizaram-se os cálculos para o memorial, com a quinta amostra da válvula totalmente

aberta, onde a obteve-se a vazão através do rotâmetro, sendo a vazão para esta amostra de 20 L/min.
Primeiramente, deve-se converter a vazão de litros por minuto, para metros cúbicos por
segundo, usando um fator de conversão.
𝑚3
𝐿
𝑄 = 20 × 1,67 × 10−5 𝑠
𝑚𝑖𝑛 𝐿
𝑚𝑖𝑛
𝑚3
𝑄 = 3,34 × 10−4
𝑠

Como obteve-se a pressão de saída pelo Manômetro de Bourdoun, o mesmo dava se em

kgf/cm² e foi necessário a conversão para a unidade internacional de pressão Pascal (Pa)

Pressão de Saída (Ps)

𝐾𝑔𝑓 𝑃𝑎
𝑃𝑠 = 2,0 × 98066,5
𝑐𝑚 2 𝐾𝑔𝑓
𝑐𝑚2
𝑃𝑠 = 196133 𝑃𝑎

9
 7.1. Cálculo Pressão de entrada (Pe)

𝑃𝑒 = (𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻20 ) × 𝑔 × 𝛥ℎ
𝐾𝑔
𝜌𝐻𝑔 = 13579
𝑚3
𝐾𝑔
𝜌𝐻20 = 997,07 3
𝑚
𝑚
𝑔 = 9,81 2
𝑠
𝛥ℎ = 0,029𝑚

𝐾𝑔 𝐾𝑔 𝑚
𝑃𝑒 = (13579 3
− 997,07 3 ) × 9,81 2 × 0,029𝑚
𝑚 𝑚 𝑠
𝑃𝑒 = 3579,43 𝑃𝑎

7.2. Cálculo Altura Manométrica (𝑯𝒎 )

𝑃𝑠 − 𝑃𝑒
𝐻𝑚 = + 𝛥𝑧
𝜌𝐻2𝑂 × 𝑔

196133 − 3579,43
𝐻𝑚 = + 𝛥𝑧
997,07 × 9,81
𝐻𝑚 = 19,686𝑚

7.3. Potência Útil (𝑷ú𝒕𝒊𝒍 )

𝑃ú𝑡𝑖𝑙 = 𝐻𝑚 × 𝑔 × 𝜌𝐻2𝑂 × 𝑄

𝑃ú𝑡𝑖𝑙 = 19,686 × 9,81 × 997,07 × 3,34 × 10−4

𝑃ú𝑡𝑖𝑙 = 64,31 𝑊𝑎𝑡𝑡𝑠

Necessitou-se a conversão da unidade em Watts para HP.

𝐻𝑃
𝑃ú𝑡𝑖𝑙 = 64,31 𝑊𝑎𝑡𝑡𝑠 × 0,001341
𝑊𝑎𝑡𝑡𝑠
10
 𝑃ú𝑡𝑖𝑙 = 0,08624 𝐻𝑃
7.4. Cálculo da Eficiência da Bomba (η)

𝑃ú𝑡𝑖𝑙
𝜂=
𝑃𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎

0,08624 𝐻𝑝
𝜂= × 100
0,333 𝐻𝑝

𝜂 = 25,9%

7.5. Cálculo da Vazão Adimensional ou Coeficiente de Vazão (𝑸𝒂𝒅 )

𝑄
𝑄𝑎𝑑 =
𝑁 × 𝐷𝑟3

3,34 × 10−4
𝑄𝑎𝑑 =
56,333 × 0,123

𝑄𝑎𝑑 = 3,43 × 10−3

7.6. Cálculo da Pressão Adimensional ou Coeficiente de Pressão (𝑷𝒂𝒅 )

𝛥𝑃
𝑃𝑎𝑑 =
𝜌 × 𝑁 2 × 𝐷𝑟2

Como 𝛥𝑃 = 𝑃𝑠 − 𝑃𝑒, logo a Pe é a pressão na sucção, 𝑃𝑒 = −𝑃𝑒, então:

𝑃𝑠 + 𝑃𝑒
𝑃𝑎𝑑 =
𝜌 × 𝑁 2 × 𝐷𝑟2

196133 + 3579,43
𝑃𝑎𝑑 =
997,07 × 56,3332 × 0,122

𝑃𝑎𝑑 = 4,383

11