2017
Parte V- (abril/ Junho)
(@waninedias)
TENTATIVA ABANDONADA (05/03/2017)
Art. 14, II CP descreve o crime tentado. O crime vai ser tentado quando o resultado não
ocorre por seguranças alheias a vontade do agente.
A tentativa é verificada qunado da prática dos atos executórios. Não tendo os atos
executórios iniciados, não tem que se falar em tentative.
Ex: Tício queria matar Mévio e fico atrás do poste com uma arma de fogo. A polícia
aborda Tício e pergunta que ele está fazendo. Isso não é tentative, mesmo que ele tenha a
intenção de matar, mas ele não iniciou os atos executórios.
No art. 15 tem a desistência voluntária e arrependimento eficaz. É o que chamamos de
ponte de ouro.
A gente desistir de prosseguir a ação diante dos atos executórios, tem-se a desistência
voluntária. A desistência não precisa ser espontânea.
Quando após os atos executórios, o agente adota uma postura para evitar a execução:
arrependimento eficaz.
Quando está nos atos executórios e ele desista, ele desiste da prática da conduta.
Quando ele desiste dos atos executórios (está na tentativa), temos a tentativa abandonada.
No arrependimento eficaz, o agente adota uma providência e evita a cinsumção do
resultado. Essa providência é adotada após iniciado os atos executórios.
Enquanto não ocorrer a consumação, temos um crime tentado. Quando se fala em
desitência voluntária é uma forma de tentativa abandonada. No arrependimento eficaz, a
providência do agente já é após os atos executórios, tem também a tentativa abandonada.
- Para assegurar a execução de um crime: Tício quer matar Mévio, grande empresário.
Mévio contratou Paulo para fazer sua segurança. Para matar Mévio, ele acaba matando
também Paulo. O homicídio do Paulo é qualificado. Ele vai responder por homicídio qualificado
pela conexão em relação a Paulo e por motivo fútil em relação ao Mévio.
Ex: Tem o Mévio, grande empresário, Paulo seu segurança e Tício que quer sequestrar
o Mévio. Ele mata Paulo para sequestrar o Mévio. O homicídio do Paulo e qualificado pela
conexão.
Essa conexão que ele mata para ter a execução de outro delito chama-se conexão
teleológica. É a motivação de ele ter matado.
Ex: Tìcio matou Paulo para sequestrar o Mévio. Quando ele foi sequestrar o Mévio, ele
desistiu (desistência voluntária) => essa desistência enseja retira a roupagem da qualificadora
de ordem subjetiva do homicídio qualificado pela conexão? Art. 4, CP: tempo do crime
considera que quando ele pratiou o homicídio ele tinha a intenção de praticar o outro delito,
por isso a qualificadora terá incidência sim.
Cuidado que, as vezes a lei pode dar tratamento específico ao caso do agente matar a
vítima para praticar outro delito, aí não deve ser jogado a qualificadora e tratar como o art.
121. Ex: Mévio quer subtrair o carro do Paulo e ele mata Paulo, a lei tem tratamento
específico, o latrocínio.
- Para asseguar a ocultação de outro crime: Tício matou o Mévio e estava escondendo
corpo. Paulo visualizou. Como Tício não quer que ninguém fique sabendo, ele para ocultar o
homicídio de Mévio, mata Paulo.
- Para assegurar a impunidade do crime: Tício pratica o delito de estupro com a vítima e
para que ficasse impune e não fosse reconhecido, ele mata a vítima. Outro exemplo é matar
uma testemunha de um crime. Esse homicídio do comparsa é qualificado pela conexão
consequencial.
Pedra detoque: O homicídio vai ser qualificado pela conexão teleológica quando o
agente pratica o homicídio para assegurar a execução de outro crime.
Ex: Mévia terminou relacionamento com Tício, que fica perturbando. Mévia contrata
Paulo para fazer a segurança de sua casa. Tìcio, querendo perturbar Mévia, decide matar Paulo
para poder tirar a tranquilidade de Mévia. Tem um homicídio, mas não será qualificado pela
conexão teleológica (ele praticou um homicídio para assegurar a pratica de uma contravenção
penal, a de perturbação da tranquilidade- art. 65 LCP). Princípio da taxatividade e da
legalidade, não há de se falar em analogia in malam partem.
Ex: Tìcio ameaça de morte o Zouk. Zouk contrata Paulo para sua segurança. Zouk mata
Palo para matar o Zouk, entra na casa e atira para matar o Zouk, que já estava morto de
parada cardíaca (crime impossível). Esse homicídio ão é qualificado pela conexão teleológica.
A conexão é sequencial quando se pratica um utro crime para assegurar a ocultação,
impunidade ou vantagem de outro crime.
Ex: Mévia está muito doente e começou a buscar a cura para sua doença. Nos jornais
Tícia dizia que fazia trabalho de curas para curar essa doença. Tícia sabe que os trabalhos que
realiza não cura ninguém (está induzindo a erro). Mévia procura Tícia, já induzida a erro, para
que seja curada. Mévia faz o pagamento. Mèvia verificando eu não estava sendo curada, diz a
Tìcia que não pagará mais porque acha que está sendo enganada.
Ao falar que uma pessoa precisando de cura, faz-nos pensar no crime do art. 284,
curandeirismo. Mas se tem intenção de induzir alguém a erro, não é curandeirismo,é
estelionato. Para ter o curandeirismo, a pessoa que faz o trabalho te que acreditar que seja ele
capaz de curar a pessoa.
Curandeirismo é um crime de ação vinculada e habitual.
Curandeirismo é crime vago, tem como sujeito passivo a coletividade.
O agente só responde no curandeirismo, quando ele sem a habilitação ara curar uma
pessoa, ele pratia essas ações do art. 284. O agente acredita que seja capaz de curar alguém.
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
De acordo com o exemplo, Tìcia tinha conhecimento que a prática de suas ações não
curava ninguém, assim, induziu Mèvia a erro para obter vantagem econômica=> Estelionato.
Quando Mévia diz que não quer mais os trabalhos de Tìcia por se sentir enganada e
manda ela interrompa os trabalhos, pois não irá mais pagar. Tícia diz que já fez uns trabalhos
para filhos de Mévia e que, portanto, ela a deve 32.000,00 para que ela desfaça o trabalho.
EXTORSÃO- Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com
o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se
faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Apesar de no exemplo não ter a violência, tem a ameaça de forças espirituais.
STJ decidiu que ameaça de mal espiritual, em razão da garantia da liberdade religiosa,
não pode ser considerada inidônea ou inacreditável. Para vítima e boa parte do povo brasileiro
existe a crença em forças sobrenaturais. Não há de se falar que sejam fantasiosas. Configura
sim grave ameaça a ensejar a elementar do art. 158. Resp. 129.9021
Quanto à grave ameaça, o STJ tem externado posicionamento bastante extensivo. STJ
entendeu num julgado recente que ameaça de destruir patrimônio configura grave ameaça
para caracterizar a extorsão.
Ex: Tício subtraiu veículo do Mévio, mediante violência, tendo um roubo. Depois Tício
liga para Mévio dizendo que roubou o carro dele e que só devolve se Mévio realizar o
pagamento de determinada quantia e que se ele não der, ele destruirá o veículo.
Ex: Um flanelinha que diz se Joã não der dinheiro irá amassar seu veículo, para o STJ
tem a grave meaça e configurada a extorsão.
Ex: Mévio está no terceiro período da faculdade, pega o gabarito da prova no armário
do professor e divulga para seus amigos. Divulgação de gabaritos de avaliações periódicas do
corpo discente não entra nesse artigo.
Inciso IV, ex: prova da ordem.
O tipo pena tem dois verbos, sendo misto ou alternativo: divulgar e utilizar.
Ex: Se Mévio descobriu o gabarito oficial da CESPE e divulgou para Zou que estava
realizando o concurso ara delegado. Zouk pega o gabarito, mas não utiliza porque não quer, é
fato atípico para ele porque o verbo fala utilizar!
Quem divulga e quem utiliza agem em concurso, segundo a teoria monista.
-É um crime de forma livre, não exige uma forma exata de passar o gabarito.
Conteúdo sigiloso é qualquer informação secreta ao público em geral.
- Elemento subjetivo do tipo: agente tem que agir com dolo. É um dolo específico, a fim
de beneficiar-se, a si ou a outrm, ou comprometer o certame.
No art. 325 tem o delito de violação de sigilo funcional. Ele é um crime subsidiário.
Violação de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime
mais grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha
ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou
banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
A competência para julgar os delitos de fraude vai depender: se for fraude em concurso
federal, será da Justiça Federal; se for da polícia civil, será da Justiça Estadual. Tem que olhar a
ofensa ao bem jurídico.
Art. 121 ECA: A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado (na sentença), devendo sua
manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
Entre os parágrafos 2 e 3 parece haver um contrassenso. Esclarecendo, §2 quer dizer
que o juiz, ao aplicar a internação, ele não pode dizer que adolescente vai pegar um tempo
determinado de internação, ele apenas submete o infrator à internação, e a cada 6 meses será
feita uma reavaliação. A internação não comporta prazo na sentença.
Pedra de toque:No art. 122 tem as possibilidades de plicação da internação, em ro
taxativo.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
Ex: Tício menor de idade, nervoso, pega um ferro e com violência quebra o carro de
Mévio. Praticou ato infracional análogo ao crime de dano. Vai ser submetido a internação?
Não, porque o art. 122 diz que é grave ameaça ou violência a pessoa.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da
multa.
Ex: Tício aborda Mévio com arma de fogo. Subtrai seu veículo e reconhece Mévio ao
comprar droga em sua boca de fumo e não ter pagado. Em decorrência dessa dívida, Tício atira
em Mévio. A morte não foi para facilitar a subtração. Tem-se roubo consumado e um
homicídio pela conexão ocasional. Esse homicídio seria qualificado por ser considerado
conexivo?
A conexão qualifica o homicídio, mas a conexão teleológica ou consequêncial. A
conexão ocasional não qualifica o homicídio. Nesse caso ele não vai ser qualificado pela
conexão, mas não será simples, será qualificado pelo motivo torpe.
Por ser o latrocínio um crime contra o patrimônio, será que a cada morte contará como
um crime de latrocínio? Não, tem que verificar quantos patrimônios existem.
Ex: Tício entra na residência de u casal, e para subtração do patrimônio deles ele mata
marido e mulher, isso e somente um latrocínio, pois, subtraiu somente um patrimônio e a
quantidade de morte vai para dosimetria da pena. Posicionamento do STJ no HC 86005 SP.
Se forem subtraídos dois patrimônios e ele mata os dois donos dos dois patrimônios,
tem dois latrocínios.
Se o agente entra na casa para subtrair patrimônio do casal, e para isso mata o casal.
Subtraindo televisão, som e as alianças. Tem uma divergência nesse caso, porque o STJ
entende que a aliança é patrimônio individual, sendo caracterizados dois crimes de latrocínio.
O STF Entende que tem que ser analizado a intenção do agente, que queria subtrair o
patrimônio do casal, e isso que tem que srer levado em consideração, sendo somente u crime
de latrocínio.
Dia 08/11/2016 chegou um caso concreto na 1 turma do STF, onde o agente teria
praticado cárcere privado e latrocínio de duas vítimas + ocultação de cadáver. Recurso em HC
133575. Marco Aurélio entendeu que memso com pluralidade de mortes deveria ser
considerado crime único e não concurso formal impróprio. Divergindo desse entendimento, o
ministro Roberto Barroso e Rosa Veiber entendem que o agente deve responder por dois
crimes de latrocínio em concurso formal impróprio.
O ministro Luis Fux pediu vista dso altos
No dia 21/02/2017, a 1ª turma concluiu o julgamento, e Fux deu entendimento que
assistia razão o relaor Marco Aurélio, sendo o latrocínio um crime complexo e a pluralidade de
mortes é insuficiente para indicar que há concurso formal impróprio ou imperfeito de crimes,
tendo que levar em consideração o patrimônio. Não há de se falar em responder por diversos
latrocínios considerando apenas a pluralidade de mortes. HC 133575/PR.
Para o STJ, a pessoa que sai para praticar um delito de roubo com outa pessoa que sabe
portar arma de fogo, tem o domínio do fato e não há de se falar em desvio subjetivo de
condulta ou colaboração dolosa distinta. O comparsa assume o risco do resultado mais grave.
Não tem como ‘jogar’ no art. 29, §2 CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave.
Para o STF é dolo eventual.
Teria colaboração dolosa distinta e desvio subjetivo de conduta se, dois agentes entram
numa residência e um, na posse de ara de fogo. Se na residência, um entra no quarto da vítima
e pratica crime sexual, não há de se falar em domínio final do fato em relação ao crime sexual.
Não era previsível o crime de estupro nessa situação.
CESPE vai colocar dois comparsar agindo e um realizando o disparo. Pergunta se os dois
respondem por latrocínio? Sim, para o STF o comparsa, mesmo não portando arma de fogo,
ele assume o domínio final do fato. O comparsa age com dolo eventual.
A 3ª sessão do STJ nalizando a divergência com a 5ª turma (entende que ações penais e
inquéritos em curso podem materializar fundamento para afastar o privilégio no sentido de
que o agente se dedica a atividade criminosa) e 6ª turma (entende que não é possível, devido
ao princípio da presunção de inocência , não pode ter ess certeza e afastar o privilégio se ainda
não tem uma prova concreta que venha a sistentar uma condenação com trânsito em julgado)
do STJ.
O art. 33, §4 aumentou a pena do tráfico e criou a minorante do tráfico privilegiado.
A 3ª sessão entendeu que ações penais em curso e inquérito penais em curso podem
sim ser considerados para afastar privilégio. Pode sim dizer que se dedica a atividade criminosa
o fato de ter diversos inquéritos ou ações penais em curso, não se pode querer alegar o
princípio da inocência, pois, há indícios fortes de se dedicar a atividade criminosa. A 3ª sessão
ainda diz que, pensar diferente seria tornar o princípio da presunção de inocência com uma
roupagem de direito constitucional absoluto. Os princípios constitucionais devem ser
interpretados de forma harmônica e, nenhum direito é absoluto. Tanto não é que, hoje tem-se
a possibilidade da relativização do princípio constitucional da presunção de inocência quando
se trata da execução provisória da pena em decisão de 2ª instância.
Com essa visão de não entender que há uma roupagem de direito absoluto, a 3ª sessão
entendeu que o juiz pode sim considerar ações penais e IP em curso para afastar o privilégio.
Estou considerando as ações penais em curso e IP para afastar o privilégio. Não os
considera para agravar a pena base. São coisas diferentes. Ações penais em curso e IP em
curso não constituem maus antecedentes.
Súmula 444/STJ - 26/10/2016. Pena. Fixação da pena. Pena-base. Inquéritos policial.
Ação penal em curso. Agravação da pena-base. Inadmissibilidade. CP, art. 59.
É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a
pena-base.
O egislador vai tentar fazer confundir o Eresp em curso com a súmula 444.
O IP e ações penais podem ser considerados para afastar o privilégio com base nos
maus antecedentes? ERRADO, eles não constituem maus antecendetes. Requisito seria outro,
o de se dedicar a atividades criminosas.
No direito civil, quando é estabelecida uma relação contratual, tem que ter o equilíbrio
e a boa fé objetiva na relação.
Ex: Se Tício compra um veículo e fica estabelecido o pagamento de 1.000,00 por mês,
estava dentro de seu rçamento na época. Devido uma alteração econômica, o contrato se
tornou oneroso para ele. Aplica-se a concepção de que o contrato deve ser cumprido quando
ocorre fato imprevisível? Não seria uma injustiça? O direito não poderia abrir uma
possibilidade de rever o que foi decidido?
O direito está alerta para essas injustiças. Existe a cláusula rebus sic standibus que
materializa a teoria da imprevisão. É uma cláusula implícita aos contratos que possibilita
qualquer das partes, rever o que foi acordado por ter ocorrido um fato posterior que tornou
onerosa a relação contratual.
Aplicando a rebus sic standibus ao processo penal: quando uma decisão puder ser
revista. Decisão que arquiva IP pode ser revista? Sim, pois a decisão que homologa
arquivamento é uma decisão rebus sic standibus, pois pode ser revista. O surgimento de novas
provas (súmula 524) é um exemplo.
Uma prisão preventiva quando decretada, é outra hipótese de decisão que pode ser
revista.
Quando é possível rever uma decisão, diz, processualmente, que a decisão fez coisa
julgada apenas formal. Então, a rebus sic standibus é compatível com a coisa julgada formal.
A decisão que homologa o arquivamento do IP é uma decisão rebus sic standibus?
Certo!
A regra é que i IP pode ser desarquivado. Então em regra, a coisa julgada é apenas
formal. Há exceções, por exemplo, atipicidade do fato, onde o IP não pode ser desarquivado.
A decisão que arquiva IP com base na atipicidade do fato é uma cláusula rebs sic
standibus? Falso, não porque essa decisão faz coisa julgada formal e material.
A doutrina aponta também que uma decisão que arquiva IP com base em causa
extintiva de punibilidade também faz cosia julgada material. Ex: com base na prescrição. Não
há possibilidade de ser revista,pois faz cois a julgada material
Extiste causa extintiva da punibilidade, mesmo que reconhecida e arquivado o IP,
aquela decisão não vai fazer coisa julgada formal e material. O óbito do agente é uma causa
extintiva da punibilidade.
E:x Tício pratica um homicídio. Falsifica sua própria cetidão de óbito e pede que sua
mãe leve à delegacia para aquivar o IP contra ele sobre o homicídio. O delegado relata no IP a
morte de Ticio e manda o IP para o jui e o MP pede seu arquivamento. Depois é descoberto
que essa certidão de óbito era falsa, a decisão que homologou o arquivamento do IP com base
na causa extintiva de punibilidade baseada na morte do agente. Antigamente o STF entendia
que, mesmo o agente utilizando certidão falsa, declarada a extinção, fazia coisa julgada
material e o agente respondia somente por falsidade de documento. STF evoluindo, entende
agora que o agente não pode se beneficiar desse manto da coisa julgada, não é absoluto.
Revendo esse posicionamento, a declaração que reconhece a extinção de punibilidade com
base em documento falso não faz coisa julgada material e pode ser revista. Entende-se agora
que essa dcisão é rebus sic standibus.
O IP, uma vez arquivado, pode ser desarquivado com base na súmula 524:
Súmula 524, STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento
do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
Essa súmula dá esse reconhecimento de decisão rebus sic sandibus quando se fala em
IP.
Novas provas: existem provas substancialmente novas e formalmente novas. Tem que
ser aptas a produzir alteração no panorama probatório.
Substancialmente nova é quando se tem provas inéditas.
A prova formalmente nova é quando a prova já existia, só terá uma nova roupagem,
uma nova versão.
Ex: Tício matou o Mévio, e teve como testemunha o Zouk Lindo e Zouk Téo, que
negaram o fato ao testemunhar. Delegado relata o IP e MP opta pelo arquivamento. Depois,
Zouk Lindo e Zouk Téo vão à delegacia e confessam que viram o crime, mas negaram por estar
sendo ameaçados. As testemunhas já existiam, só mudram seu depoimento.
IP arquivado com base na atipicidade do fato geral coisa formal e material, não
podendo ser desarquivado.
Se Tício briga com Mévio, o esqueiaa e alega legítima defesa. O delegado ouvindo uma
testemunha que diz ter viso Tìcio se defendendo, acha notório uma excludente de ilicitude. E o
juizMP homologa essa decisão de arquivamento do IP com base na excludente de ilicitude.
Aparecendo uma testemunha com provas de que não foi legítima defesa, o delegado pode
solicitar desarquivamento?
Temos dois posicionamentos:
- STJ entende que arquivamento do IP com base na excludente de ilicitude faz coisa
julgada formal e material, não podendo ser desarquivado.
- STF entende que essa decisão faz somente coisa julgada apenas formal, podendo ser
revista. É uma decisão rebus sic standibus.
Atipicidade do fato, tanto para STJ como para STF, não é uma decisião rebus sic
standibus.
Recurso em HC 70.141/RJ reforçou uma jurisorudência que já vem sendo aplicada pelo
STJ.
Não basta ser policial para portar arma de fogo, ele tem que ter registro na polícia
federal se for de uso permitido, ou do comando do exército se for de uso restrito.
STJ analizou agra um caso que envolve um delegado de polícia que portava uma arma
de fogo e na casa dele ele tinha outra arma. A justiça epediu mandados de busca. Foi
encontrada a arma na casa do delegado e a que ele estava portando. O Delegado só tinha o
registro das armas na divisão de fiscalização de armas e explosivos, mas não tinha o registro da
polícia federal. Entendendo que o delegado necessita desse registro, o MP ofertou a ação
penal pela prática do delito do art. 12 (posse irregular) e art. 14 (porte ilegal de arma de fogo).
O fato de o delegado figurar no art. 144, o MP usou o art. 20 (causas de aumento de pena).
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da
metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e
8o desta Lei.
Um Delegado foi abordado na rua sem o registro da arma que está portando. Foi
levado à delegacia. O delegado de delegacia realizaria a prisão em flagrante, mas não poderia
arbitrar fiança, pois, tem que levar em consideração as causas de aumento (art. 14 c/c/ art.
20=> 4 anos + ½, ultrapassando os 4 anos que permite o arbitramento da fiança pelo
delegado).
Porte de arma de fogo de calibre diferentes responde por dois crimes, de uso permitido
e de uso restrito, entende STJ.
O art. 19 estabelece uma causa de aumento para o comércio ilegal e o tráfico de arma
de fogo.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a
arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali
tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
internet.
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho
de 1990.
O art. traz a conduta de corromper menor.
Infração penal (crime e contravenção).
Induzir o menor é autoria mediata.
Caso: Policiais militares alvejaram dois meliantes numa suposta troca de tiro. Segundo
os PM’s eles estavam em legítima defesa. Comparecendo à delegacia, os policiais receberam
voz de prisão, pois so delegado entendeu estar em flagrante, de homicídio qualificado por
impossibilidade dedefesa da vítima.
O art. 23, CP elenca as causas de excludentes de ilicitude. Entre elas tem a legítima
defesa (usando moderadamente os meios necessários, repele injusta agressão atual o
iminente). Na legítima defesa (LD) a agressão deve ser humana.
Se for um cão atacando um policial, e ele atira, tem-se, em tese, o estado de
necessidade. É uma agressão animal. Seria LD se uma outa pessoa instigasse o cachorro para
atacar o policial, pois o animal eria utilizado como instrumento meio.
Meios necessários são os meios disponíveis no momento. O emprego da arma de fogo
pode ser o único disponível no momento, anaçizando os outros requisitos.
Se o PM atira, para neutralizar o agente e após a utilização dos meios moderados ele
continua efetuando disparos, teremos o excesso.
Outro requisito da LD é que o agente tem que ter conhecicmento da situação
justificante. Ex: Tìcio atirou em Mévio, ele queria matá-lo. No momento que ele atirou, ele não
tinha conhecimento que Mévio estava sacando a arma para atirar em Pedro, desse jeito a
corrente majoritparia entende que não é LD. Corrente minoritária entende que sim, porque o
tipo penal do art. 25 não fala que teria que ter conhecimento da situação justificante.
Quanto ao aspecto subjetivo, a LD pode ser real ou putativa. A LD putativa recai sobre
uma discriminante putativa, o agente acha que está sendo agredido, quando não é verdade.
Ex: Tício caminha num local escur e encontra Mévio seu desafeto. Mévio coloca a mão no
bolso e Tício acha que ele ia atirar, e saca primeiro sua arma e atira, quando na verdade Mévio
estava pegando uma carta no bolso para entregar a Tício. È LD putativa decorrente de erro de
tipo. Local totalmente escuro, não tinha como saber que era uma carta, tem o erro de tipo
invencível (exclui dolo e culpa). Se o local tinha iluminação e dava para Tício ter verificado, o
erro de tipo é vencível e Tício responde por homicídio culposo.
A LD subjetiva é a q que decorre da exaltação de ânimo. Ex: Tícia foi agredida pelo
Mévio, estuprador. Mévio com uma faca começa a agredir Tícia para estupra-la. Tícia começa a
agredir Mévio e consegue tirar a faca dele, atingindo-o. Mévio já neutralizado, Tícia continua a
atingí-lo. Não se pode esperar outra reação de Tícia. Tem a LD subjetiva, decorrente do
excesso escusável. Essa LD não é real, pois decorre do excesso. Não sendo uma excludente
real, ela exclui a culpabilidade (exigibilidade de conduta diversa). Mévio agora pode agir em LD
contra o excesso da vítima de estupro, e será LD sucessiva.
Quanto a forma da LD, o que vem a ser a LD agressiva? A vítima é agredida e age
provocando uma lesão corporal em seu agressor.
Temos o excesso doloso (agente tem intenção de se exceder), o culposo (agente não
observa o dever jurídico de cuidado e acaba se excedendo) e o acidental.
Ex: Vítima age em LD e acaba neutralizando seu ofensor e acaba torcendo muito o
braço dele, sem querer. É um excesso culposo.
Excesso esculpante (exclui a culpabilidade) é o excesso da LD subjetiva.
1) Delegado- PF- 2013: Um homem foi flagrado com arma de fogo de uso restrito,
tendo a perícia técnica posteriormente atestado a cabal impossibilidade de o instrumento
produzir disparos. Nessa situação, configura-se atípica a conduta de porte de arma, não
podendo ser considerado o uso desse artefato para a prática de outra infração como
majorante de pena pelo uso de arma.
R: Correto.
A lei 10826 dá tratamento homogêneo a porte ou posse de arma de fogo de uso
restrito, diferente de como trata porte e posse de uso permitido.
Sendo de uso permitido, para o porte ou possse, o delegado pode arbitrar fiança.
Se a arma é de uso permitido, mas está com o sinal raspado, não pode aplicar fiança
porque o agente responde como se de uso restrito fosse. Art. 16.
Se a arma está sendo portada por policial civil, maas não tem autorização legal (sem
registro), vai responder por porte ilegal. Não pode arbitar fiança na esfera policial, pois
considera as causas de aumento do art. 20.
Diferente não ter registro e ele está vencido!
A questão menciona que a arma é absolutamente inapta para realizar disparos não
entra no coneito técnico de arma, se compara a um simulacro, constituindo fat atípico.
Cuidado: se a arama tem uma uneta acoplada, o agente responde pelo acessório.
Arma de pressão: STJ entende que a importação é contrabando.
Não entra no conceito de arma de fogo portar arma de pressão, não é fato típico.
Para STF, Se portar arma de brinquedo, se for similar a arma de fogo, se estiver
importando considera-se contrabando.
NÃO é do estatuto do desarmamento importar arma de briquedo ou arma de pressão.
STF entende que importação de colete balístico é contrabando também.
Arma de brinquedo não pode ser considerada para majorar pena de um delito, a arma
configura grave ameaça.
Mara majorar, basta ser arma, não necessariamente tem que ser de fogo.
Um policial chega em casa e deixa a arma de fogo em cima da mesa para que o filho
dele pegue. O filho dele pega. Isso não é art. 13 porque nele é crime culposo. Se o policial
deixou a arma intencionado, tem o dolo. Cai no art. 16, §único, V. CUIDADO: tem que olhar se
ele deixou a arma culposa ou dolasamente com a intenção do filho dele pegar a arma.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que
esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Tem divergência na doutrina para que configure o art. 13 tem que acontecer o
aponderamento. Outra parte da doutrina ententende que não, porque a lei assim não faz.
Se o policial não tomou as cautelas necessárias, independe se teve aponderamento ou
não.
O art. 13 é um tipo híbrido, tem a modalidade culposa no caput e no §único tem que
ter o dolo. Um aluno perguntou quando começa a contar o prazo para apresentar para Polícia
FEDERAL? A letra da lei diz que depois de ocorrido o fato tem 24hrs (letra de lei). No contexto
fático, é a partir do conhecimento do fato que o tempo irá contar, para não admitir uma
responsabilidade objetiva do diretor ou responsável da empresa.
Há posicionamento da doutrina que pode registrar a ocorrência e comunicar a polícia
civil.*
Respondendo a qustão: ERRADA. Não desconfigura o delito de porte de arma de fogo
com sinal de identificação de sinal raspado.
OBS: Ficar ligado no porte de arma de fogo de uso permitido ou restrito; comércio
ilegal de arma de fogo e causa de aumento do art. 20 e a vedação de liberdade provisória do
art. 21 que foi considerada inconstitucional.
Pontos importantes:
- Súmula 711 do STF: se sai lei mias grave aumentando a pena do porte, passando de 2
a 6, e o agente está portando essa arma, aplica-se a lei mais gravosa. Crime continuado.
- Porte ou posse de arma de calibres diferentes responde por dois crimes.
- Conselheiro de tribunais de contas são equiparados aos magistrados, portnto, tem
direito ao porte de arma.
- Policial civil aposentado perde o direito ao porte funcional.
- Porte de arma de fogo não há necessidade da apreensão da arma e perícia, mas, se
apreender, tem que realizar a perícia.
- O praticante de tiro esportivo, em alteração recente, pode transportar essa arma
municiada.
- Agente recebe arma de fogo produto de crime responde por receptação e porte ilegal
de arma de fogo em concurso material. Não se aplicao o princípio da especialidade.
Ex: Um agente atribui uma falsa comunicação de uma conduta delituosa ligada a crime
contra o meo ambiente. Essa informação ainda não chegou a delegacia, foi levada direto ao
MP. MP resolve instaurar logo uma ação civil pública. Ação civil pública dá ensejo a processo
civil e não penal, mas quando a lei fala em processo judicial, engloba os dois (processo judicial
e processo civil).
- Investigação administrativa:
Tanto a instauração de investigação policial, quanto de processo judicial ou de
instauração de investigação administrativa tem que decorrer da atribuição do agente a uma
conduta delituosa a uma pessoa que ele sabe inocente, o de uma conduta contrvencional.
Ex: Tício chega a uma corregedoria e diz que Mévio trabalha muito mal, isso sendo
mentira. A corregedoria decide instaurar PAD para apurar falta disciplinar isso NÃO configura
denunciação caluniosa porque o PAD foi instaurado com base em fato atípico (não constitui
crime e nem contravenção).
Ex: Tício fala que Mévio, funcionário úblico, furtou objeto que estava na custódia da
administração, sabendo ser Mévio inocente. Tem aqui o crime peculato furto (se aproveitando
de suas funções para subtrari o bem). O fato ainda não chegou na delegacia, mas foi
instaurado uma sindicância. Durante a sindicância descobriu-se que a acusação era falsa.
Rogério Sanches entende que há consumação da denunciação caluniosa, mas o STJ e Masson
entendem que quando a lei fala de investigação administrativa refere-se a PAD e não
sindicância.
STJ: entende que tem que ter PAD instaurado para configurar a denunciação caluniosa.
- Inquérito civil:
Alei também faz referência ao inquérito civil, que é destinado para obter informação
para subsidiar uma ação civil pública. Então se um agente imputa fato criminioso a uma pessoa
que ele sabe ser inocente e esse fato dá ensejo a uma ação civil pública, tem-se materializado
a denunuciação caluniosa.
Ex: Agente atribui à prática de um delito da relação de consumo. MP instaura um
inquérito civil para propor defesa de direitos mea indiivsuais. Tem-se maerailizado o crime. É
difente se um agente diz que Tício está ofendendo direitos do consumidor, e a ofensa a esses
direitos não configuram crime contra a relação de consumo, e disso instaura um inquérito civil
(fato atípico, não vai configurar art. 339).
- Imprbidade administrativa:
Ação de improbidade administrativa não depende de IP instaurado.
Pode ter uma ação de improbidade administrativa decorrete de acusação falsa e não
venha ater a denunciação caluniosa configurada. Ex: Eu digo que um prefeito está usando da
publicidade para se promover (estou atribuindo um fato que não é verdadeiro). Isso dá ensejo
a ação de improbidade administrativa por atentar contra os princípios da adm. pública. Não vai
configurar art. 339 porque o fato atribuído ao prefeito é atípico.
O legislador vai jogar um fato e dizer que ensejou um inquérito civil, ou uma ação de
improbidade administrativa ou mesmo uma investigação administrativa, mas não vai dizer que
esse fato é atípico.
A lei 8429/92:
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público
ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Quando esse fato for um fato típico, joga para o art. 339, CP; se esse fato for atípico, cai
aqui no art. 19.
Ex: Agente é acusado de ter praticado um delito da lei 8.666/90 e antes de ser
instaurado um IP é proposto ação de improbidade administrativ. Ao final concluir que o fato é
falso, cai no ar. 339 porque o fato atribuído é típico.
O crime de denunciação caluniosa é um crime de forma livre, pode ser por carta, email,
telefone.
Professor Flávio Queiroz de Moraes aponta uma situação em que um ato omissivo
configura uma denunciação caluniosa.
Ex: Tício e Mévio vão a uma delegacia para comunicar um fato. Chegando lá, Tício
começa a falar e diz que Paulo cometeu um homicídio (sabendo ser falsa) e Mévio ficou ‘na
sua’. Tício fala ainda que Mévio havia testemunhado. No momento em que Mévio ficou quieto,
ele ratifica a opnião de Tício. Configura-se o art. 339 decorrente do silêncio.
No art. 339, essa falsa imputação deve ser relacionada a crime/contravenção e pessoas
determinadas.
Ex: Mévio presenciou Tício subtraindo a bolsa da Mévia. Tício empurrou a Mévia e
levou a bolsa. Mévio vai até a delegacia e ralata o fato, dizendo inclusive que Tício apontou
uma arma de fogo. Mévio imputa o roubo com aumento da arma de fogo. Há de se falar em
art. 339 em relação a causa de aumento? Agravante que não existiu não se fala em art. 339,
por o caput fala que é atribuir crime/contravenção e não agravante.
Diferente se o agente pratica um furto e ao chegar à delegacia, Tício relata que foi um
roubo. Está se imputando um crime, que tem adequação típica.
- Falsidade da imputação:
Ex: Tício imputa à Mévio a prática de um homicídio de Paulo, pelo simples fato de Paulo
ter sumido. Chega ao delegado e diz o que não ocorreu. Isso é falsidade de imputação.
Outra hipótese que pode acontecer, é de um fato ter ocorrido, mas o Tício fala que foi
o Mévio, mas na verdade o autor é o Paulo.
Pode ocorrer que o Tício é autor de um furto com destreza e, Mévio na delegacia diz
que Tício bateu na vítima para subtrari a res. Não há de se falar em causa de aumento aqui. É
um furto e acusação é de roubo, havendo falsidade da imputação.
Ex: Mévio chega para o MP e diz que Tício matou o filho ele na estrada ao perder a
direção do carro (homicídio culposo na direção de veículo automotor). MP propõe ação penal.
Juiz concede perdão judicial (causa extintiva de punibilidade).
Será que a concessão do perdão juidical iria desconfigurar o delito do art. 339? A
sentença que homologa perdão judicial demanda de processo, então foi instaurado o processo
e tem a condiguração do art. 339 materializado.
Ex: Mévio foi na delegacia e chegando lá quis atribuir fato criminoso a Tício, dizendo
que ele tinha praticado um homicídio. O advogado de Mévioliga para ele bem na hora do
depoimento e Mévio relata que está dizendo que Tício cometeu um homicídio. O advogado
manda que ele desista disso porque ele sabe que é mentira. Mévio diz ao delegado que quer
desisitir porque não foi o Tício. Mévio acredita estar desistindo dentro dos atos executórios,
tendo então uma desistência voluntária (chamada ponte de ouro, respondendo somente pelos
atos já praticados). Mévio vai responder só pela calúnia.
Ex: Tício vai à delegacia falar que Mévio está praticando jogo do bicho. O advogado liga
para ele e manda ele interromper o depoimento antes de ser instaurado IP. Tício diz ao
delegado que vai desistir voluntariamente. O delegado alega que o advogado o ligou.
Espontaneidade é diferente de voluntariedade. Desistência tem que ser voluntária, não fala
que tem que ser espontânea. Nesse exemplo Tício não vai responder por calúnia porque jogo
do bicho não é crime, é contravenção, então vai responder por difamação.
Imputar a autria de contravenção a uma pessoa que se sabe ser inocente, ensejando a
uma investigação policial configura o art. 339 de forma privilegiada porque tem diminuição de
pena.
STF: Investigação administrativa tem que ser um processo administrativo. Sindicância
instaurada não configura o delito em comento.
Para configurar a denunciação caluniosa o fato imputado tem que ser típico.
-Arrependimento posterior:
Ex: Tício deu depoimento imputando crime a Mévio, iniciou-se a investigação e antes
do recebimento da denuncia ele se retratou. Causa de diminuição de pena. (Cleber Masson).
- Art. 339 x MP
MP propõe ação penal e ao final do processo conclui-se que aquela pessoa não é
autora do delito? Se a denúncia é feita de forma temerária, com abuso de poder, sem a
chamada justa causa e o MP sabe que o indivíduo é inocente, pode o MP responder pelo art.
339.
- Dolo:
STF: entende ter que ser o dolo direito (pois é imputar fato que sabe e, não que assume
o risco).
Ex: Um delegado federal foi cumprir um mandado de busca na casa de uma deputada.
A deputada foi ao MP dizer que o delegado tinha praticado abuso de autoridade. Foi
instaurado um procedimento investigativo e foi arquivado. O MPF propôs ação de denunciação
caluniosa em face dessa deputada. O STF entendeu que ela não agiu com dolo direto (o fato de
pedir a instauração de um procedimento em face de uma suposta conduta de uma autoridade,
não quer dizer que você está dizendo que essa pessoa é autora daqueles crimes). Para o STF a
deputada teria que saber que o delegado não tinha cometido nada e imputar esse fato a ele.
- Art. 339 em face de erro de tipo:
Ex: Tício vê uma pessoa com as características de Mévio e a camisa vermelha atirando
no Paulo. Chega à delegacia e diz que viu Mévio atirando em Paulo, ele está em erro de tipo
(excui o dolo). Como não tem o dolo, não tem o art. 339 materializado.
Se eu me utilizo de uma terceira pessoa que esteja em erro para praticar art. 339
Ex: Mévio chega para João, filho de um delegado, e fala que Tício matou Paulo. João
induzido a erro, provocado por terceiro, vai à delegacia e diz ao pai dele o que Mévio falou. É
uma denunciação por erro de terceiro. Quem está agindo em erro é um mero instrumento
(autoria mediata). Mévio responde pelo art. 339. O terceir tem que ser de boa fé, caso
contrário entra em coautoria com Mévio.
Ex: Zouk chega para João e diz que Tício matou Paulo, querendo somente ofender a
honra do Tício e não induzí-lo a erro. João vai contar ao pai na delegacia. Não se fala em art.
339, pois Zouk não queria, necessariamente, a instauração de uma investigação. ZOuk só
queria atribuir fato delituoso. Zouk responde por calúnia.
Obs:
A doutrina aponta que a síndrome se manifesta quando uma mulher, em decorrência
da rejeição atribui fato delituoso a pessoa que ela sabe ser inocente, dando ensejo a uma
investigação criminal.
O art. 339 menciona dar causa a investigação, imputando-lhe crime que sabe ser
incocente. O caput menciona crime, mas contravenção penal também caracteriza o crime §2
do art. Alguns autores chamam de denunciação caluniosa privilegiada.
Prova: A imputação da denunciação caluniosa tem que ser objetivamente e
subjetivamente falsa. O crime do art. 339 demanda que a imputação seja objetiva e
subjetivamente falsa. Crime não pdoe ter sido cometido pela vítima (o fato tem que ser falso
ou o fato não pode ter ocorrido) e subjetivamente falsa (o agente que pratica a conduta te que
saber que está acusando um inocente.
Ex: Tício imputa ao Mévio uma conduta criminosa, um homicídio, que ele sabe ser
inocente, querendo que seja instaurado um IP. Chegou-se a conclusçao durante a investigação
que Mévio é sim autor ho homicídio, entãoo, a imputação era subjetivamente falsa, mas
objetivamente não é. Logo, não tem a denunciação caluniosa.
Ex: Mévio imputa a Tício a autoria de uma ação criminosa, mas não com a vontade de
falser a verdade, porque ele viu uma pessoa com as mesmas características de Tício atirando
na vítima. Após o fato, apura-se que Tício é incocente. Tem-se uma imputação subjetivamente
verdadeira e o fato objetivamente falso.
Quando se tem um dolo subsequente, tamém não altera o panorama. Ex: Mévio viu
uma pessoa com as características de Tício atirando em Paulo e vai a Delegacia e diz que Tício
matou Paulo. Tem-se uma imputação subjetivamente verdadeira, não tendo o crime do art.
339.
Ex: Mévio diz ao delegado que Tício matou Paulo. A investigação foi prosseguindo.
Mevio tomou conhecimento que um armazém havia filmado as imagens e Mévio vai atrás. Ao
analisar as filmagens Mévio verifica que Tício não matou Paulo e, mesmo assim, fica calado.
Esse dolo superveniente não enseja a caracterização do art. 339.
No delito de receptação é diferente. Ex: Tício compra veículo sem saber ser produto de
crime. Três dias depois ele descobre e, mesmo assim decide ficar com o veículo. Há um dolo
superveniente. Mas, Tício vai responder por receptação dolosa (dolo direto).
- Consumação:
É um delito material, só caracterizando a consumação do delito quando ocorrer o
desencadeamento do Inquérito civil, da ação de improbidade, etc.
É possível tentativa no art. 339? É um crime plurisubsitente. Ex: Tício acusa Mévio da
prática de uma ação criminosa, de ter matado Paulo. O delegado já sabe que quem matou
Paulo foi José. Isso é denunciação caluniosa tentada porque a investigação não foi iniciada.
- Ação Penal:
Pública incondicionada.
O caput é de elevado potencial ofensivo, não sendo possível aplicar a lei 9099.
Saiu decisão do STF que a venda de drogas nas imediações dos complexos prisionais no
sentido de que não precisa visar detentos.
Causa de aumento do transporte público: STF e STJ entendem que tem que ocorrr a
pulverização da droga no transporte.
Tráfio interestadual: não há necessidade da transposição de fronteira. Ex: Tício está
levando uma droga para comercializar em Goiânia, mas foi abordado ainda em Brasília. Se tiver
elemento probatório que essa droga ia para Goiânia, tem o tráfico interestadual.
Uma droga que se destina à Brasília passou por Minas Gerais. A droga ter passado por
estado somente por ordem geográfica, não configura o tráfico interestadual.
Pode incidir transacionalidade e interestadual juntos.
O inciso IV traz a incidência de aumento se o crime tiver sido praticado com violência,
grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou
coletiva. Ex: Tício vende droga em determinada localidade e avisa que quem avisar à polícia ele
irá mandar matar, ou utiliza de violência ou arma de fogo para proteger seu território.
O legislador utiliza aqui da interpretação analógia ao falar: ou qualquer processo de
intimidação difusa ou coletiva. O juiz vai decidir.
Se um grupo de traficantes utiliza arma de fogo para proteger a boca de fumo, incide a
causa de aumento. O agente não irá responder por tráfico + porte ilegal não. O emprego de
arma de fogo faz parte da cuasa de aumento, então vai ter tráfico com a incidência como causa
de aumento e não como delito autônomo de porte.
Se o agente emprega uma faca ameaçando as pessoas vai ter também a incidência da
causa de aumento porque o legislador fala de violência ou grave ameaça.
O TJRS: a decisão não condenou por porte ilegal de arma de fogo porque condenou por
tráfico com a incidência da causa de aumento. É errado falar que o TJ reconheceu uma
excludente de ilicitude de legítima defesa. A arma encontrada era produto de crime e o MP
denunciou por receptação e o TJ absolveu por entender que o dirieot penal nãoa dota a
responsabilidade penal objetiva. O TJ entendeu que a arma é empregada ao tráfico e a
denúncia deveria já ter inserido a causa de aumento.
Poderia ocorrer legítima defesa no tráfico? Sim. Ex: Tício é traficante e chega Mévio,
policial, e fica ao seu lado. Vem Caio, inimigo do Tício e saca uma arma de fogo. Tício pega a
arma do policial e atira, em legítima defesa, em Caio. Está Tìcio em estado de necessidade em
relação ao policial; e legítima defesa em relação a Caio.
ESCLARECENDO O JULGADO TJRS- TRÁFICO COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO X
LEFGÍTIMA DEFESA (16/04/2017)
No jogo baleia azul, em tese tem o curador que convida os adolescentes para o grupo.
Se o menor for de 14 a 18, teríamos o homicídio, de acordo com a corrente majoritária.
Induzir menor de 18 anos a praticar lesão corporal, o agente nem vai responder.
O curador na baleia azul, se induzir menor de 14 anos, adotando a corrente majoritária,
responde por homicídio (autoria mediata).
A participação é crime autônomo, mesmo a cunduta sendo acessória.
Ameaça: responde por ameaça quando um dos adolescentes quer sair do jogo e o
curador começa a ameaçar ele ou a família.
Durante a investigação conclui-se que esse grupo era formado por menores, não
configuraria a associação criminosa e, sim um análogo.
Eses crimes que podem ser praticados inclusive através da internet são chamados de
crimes cibernéticos abertos (podem ser cometidos pela internet ou não).
Crime eclusivamente cibernético: so pode ser praticado através do computador.
Ex: Tício estava em frente a sua casa, local conheicido por ser ponto de drogas. Os
policiais, achando ser ele um traficante, se aproximam. Avistando viatura, Tício correu para
dentro de casa. Polícia entra na casa e encontra diversas porções de craque e outros
equipamentos que davam um panorama do tráfico. MP denunciou. O juiz de piso condenou
pelo tráfico (4 anos e 2 meses de reclusão no semiaberto). O TJRS entendeu que a entrada da
polícia, sem madado, considerando que correu para dentro de casa, configuraria mera
intuição, o que não justifica a prática do crime, não entendendo ser ossível a polícia ter
entrado na casa, sendo essa prova produzida, ilícita. TJRS promoveu a absolvição do Tício. MP
recorreru, por entender ser situação flagrancial e ter encontrado drogas no local. O relator
Rogério ressalvou a boa fé da polícia, mas não entendeu como lícita a entrada da polícia por
mera intuição. STJ 6ª turma, no julgado Resp.1574681, não havendo possbilidade da entrada
dos policiais simplesmente por ter corrido para dentro de casa, mesmo sendo um crime
permanente, essa prova é considerada ilícita.
Relator: Mera intuição a cerca de eventual traficância, embora pudesse autorizar
abordagem policial em via pública, não configura por si só, autorizar o ingrresso em seu
domicílio sem autorização do morador ou determinação judicial. Entre esses direitos, está o de
não ter a residência invadida a qualquer hora e sem as cautelas dvidas, sob a única
jusitificativa, não amparadas em elemenos concretos de convicção.
Mera ituição não é elemento concreto.
STJ: não e possível entrada sdem mandato judicial.
STF: RE 63616 é uma decisão que possibilita a entrada sem mandado, mas, se presente
fundadas razões.
Ex: Maria, abordada ao sair da residência de Tício transportando drogas e afirma ser
para tráfico. Se Maria sai transportando drogas, é porque na casa de Tício é armazenado
drogas e, os policiais entram nessa residência. Aqui, não se tem mera intuição e, sim, fundadas
razões.
Pode entrar na casa, desde que, apresente fundadas razões. O fato de a pessoa correr
para casa não configura crime.
Se a polícia já tivesse investigando essa pessoa, teria que representar pelo mandato de
busca, pois, na investigação somente não é fundada razão.
Nos crimes em que é possível a interceptação (punidos com reclusão), são chamados
de crime de Listel ou de Catálogo.
A interceptação vai ser possível em sede de investigação policial e de instrução
processual.
O delegado quando vai incluir determinados números no bojo da peça de
interceptação, el tem que fundamentar a inclusão de tais números. Ex: Delegado coiumento e
quer saber se sua namorada é fiel. Aproveita um pedido de receptação que está fazendo de
um caso e, inclui o número da namorada. Fazendo isso, ele induz o juiz a erro, fazendo que
venha a deferir a interceptação de um número que não tem nenhuma relação com os possíveis
autores. Delegado praica o delito configurado no art. 10 da lei 9296/96.
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de
informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com
objetivos não autorizados em lei.
A síndrome da mulher de potifar tem a denunciação caluniosa, pois, atribuiu fato a uma pessoa
determinada.
Sujeito ativo: em regra, qualquer pessoa, pois trata-se de um crime comum. Exceção:
Ex: Tício chega a delegacia e diz que xingaram a Mévia. Não se pode falar em art. 340, e sim em
injúria, pois, para o delegado adotar algum procedimento há necessidade dor equerimento. Teria então
um crime impossível.
Ações penais privadas e públicas condicionadas à representação, o sujeito ativo d crime só
pode ser a pesso que tem as qualidades para figurar no polo passivo.
Ex: Tício vai à delegacia e diz que Mévia e Zouk moram juntos e são companheiros e que, a
Mévia foi lesionada. O delegado pode tomar providências, porque Maria da Pensha lesão corporal é
incondicnionada, não depende da vítima.
Ex: Tício pega um ônibus para ir ao trabalho. Ao colocar a mão no bolso para pegar o celular,
viu que o celular não estava. Tìcio não sabe se esqueceu do celular em casa ou se furtaram. Na dúvida,
ele vai à delegacia e comunica o furto. Ao chegar a casa ele vê que o celular estava em casa. Não há o
crime, poi, falta o dolo.
Ex: Tício compra veículo novo e coloca no seguro. Depois, com a finalidade de receber o seguro,
vai à delegacia e comunica o furto do veículo. Tício se utiliza d uma fraude para receber a indenização.
O art. 171, §2, V traz a fraude para recebimento de seguro. Tício vai responder pelo art. 171, §2, V ou
pela fraude + a falsa comunicação?
-1ª Corrente: responde somente pela fraude. Falsa comunicação de crime seria o meio.
Princípio da consunção. (Cléber Masson).
-2ª Corrente: o agente deve responde rpelos dois delitos, com fundamento de ser bens
jurídicos distintos (administração da justiça e a seguradora).
O delito de falsa comunicação de crime é um crime material, também chamado de causal. Para
que se tenha a consumação do delito, a autoridade deve adotar uma providência.
A 3ª sessão do STJ entende que não há que se falar em norma supra legal do controle
de convencionalidade.
EX: Tício chega na repartição, querendo um processo, e diz que os funcionário do setor
não ‘querem nada’. Quantos crimes de desacato tem nessa situação? Somente um, porque a
adm. pública só foi atendida uma vez só. A quantidade de FP ofendidos é considerada na
órbita da reprovbilidade da condutam na dosimetria da pena.
EX: Tício, na fila da repartição pública e demoraram a atendê-lo. Tício começa a proferir
xingmentos e vai embora. No outro dia, Tício vai a utra repartição e xinga outro funcionário.
Nessa situação tem concurso material de crimes.
Ébrio pode responder por desacato? Na doutrina, prevaleceu por muito tempo que o
ébrio não responderia por desacato, pois, faltaria o dolo de desprestigiar. Tem-se uma
evolução no pensamento doutrinário ao verificar o art. 28, II, CP onde não exclui a
imputabilidade penal a embriaguez voluntária ou culposa (teoria actio libera in causa-> a
consciência da conduta vai ser verificada no momento da ingestão da bebida).
Prova discursiva: o entendimento hoje é que o ébrio responde. Não seria qualquer
ébrio! A teoria actio libera in causa, de origem italiana, foi desenvolvida visualizando a
embriagquez preordenada (bebe para realizar o crime), então a consciência do agente tem que
ser analisada no momento que ele ingere a bebida e, não no momento do crime.
Não se aplica essa teoria quando a embriaguez for fortuita ou de força maior.
Uma pessoa com alteração de ânimo, por si só, não configura o desacato. Mas, se ela
altera o ânimo e ofende um FP, aí sim tem o desacato.
Mas elenão estaria fora de si? O art. 28, I diz que não exclui a imputabilidade penal a
emoção ou paixão.
Obs: Carta interceptada: não está na presença do FP. Mesmo tendo ofensa, teria a
injúria majorada.
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
(catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que,
por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 2o (VETADO)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Será que se eu aponto uma arma para determinada pessoa, sem qualquer contato
físico com ela, fazendo ela se masturbar para saciar minha lascívia, há de se falar em esturpo?
Para o STJ, a contemlação lascívia configura estupro. Não há necessidade do contato físico.
EX: Tìcio manda uma menina de 13 anos se masturbar para satisfazer sua lascívia, sem
tocer ou ameaçar ela. A menina consente e se masturba. O consentimento da menor e nada é
a mesma coisa. Irá configurar estupro de vulnerável.
Outro julgado importane é acerca da comprovação da menor idade dessa vítima. Pode
comprovar essa menor idade através da certidão de nascimento? STJ entende que a prova da
menor idade da vítima pode ser constatada através de outros meios que não necessariamente
a certidão. (Ex: testemunhas que virama vítima nascer).
Numa prova oral: Mencionar que STF e STJ caminham juntos entendendo pela ausência
de justa causa, entendendo que a ação penal deve ser rejeitada com base no art. 395, II.
Entendem que o direito penal é mínimo. Quando menciona no princíio da insignificância,
lançar mão de Roxin e, falar que não basta somente a atipicidade formal (adequação da
conduta ao tipo), há a necessidade da ofensa ou perigo de ofensa a um bem jurídico.
EX: Um flanelinha exige que Tício pague determinada quantia, sob a ameaça de
quebrar o veículo dele.
Aqui não há de se falar em ausência de justa causa. Quando o flanelinha ameaça de
quebrar o veículo, exigidno determinada quantia, configura a extorsão, art. 158. A extorsão
pode ter a pena aumentada se tiver dois flanelinhas (causa de aumento da extorsão).
Pode ter também um ou dois flanelinhas que exigem determinada quantia sob ameaça
utilizando uma faca. Tem extorsão majorada por emprego de arma.
Se o flanelinha é usuário de craque e pratica essa conduta? Ele cometeu fato típico e
antijurídico, e a sua culpabilidade vai ser verificada fora da conduta do agente.
EX: Deixei meu veículo para o flanelinha cuidar e entreguei a chave. Quando eu
retornei, o flanelinha tinha levado o veículo. O flanelinha já tinha a intenção de ter a cosia para
si, o que vai caracterizar
Futo mediante fraude é diferente de estelionato. No estelionato, o agente utiliza o ardil
e a vítima entrega espontaneamente a coisa; no furto mediante fraude, o agente utiliza a
fraude para dimunnnuir a vigilância da vítima e subtrair a coisa.
EX: Tìcio chega em uma residência dizendo que é da NET e foi receber um pagamento
devido e a dona da casa entrega (entregou mediante erro: estelionato); mas se ele diz ser da
NET e pede para entrar para olhar o sinal, pede um copo de água,q uando ele se aproveita e
pega valores em dinheiro que estava em cima da mesa (ele subtraiu: furto mediante fraude).
No exmplo que Tício chega ao local e, o guardador já tinha a intenção de sair com carro,
se passa por flanelinha e Tício entrega a chave, teríamos estelionato, em tese. O
enquadramento, segundo a jurisprudência não é esse. Ela entende que é furto mediante
fraude (STJ). O STJ, nesse contexto, se afastou da técnica e se preocupou mais com o lado
econômico, pois, seguro não para estelionato.
Outro exemplo é o do Test Drive, que pode ser furto mediante fraude ou estelionato.
Para atender as concessionárias e diminuir o prejuízo enorme, será furto mediante fraude.
Numa prova oral: demonstrar a contradição e o posicionamento dos tribunais.
Numa prova objetiva: olhar se tem segundo STJ (colocar fraude); se for questão seca
(estelionato).