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LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE

(ROTEIROS DE PRÁTICAS)

Prof. Nildo Loiola Dias

2018
ÍNDICE
Relatório .................................................................. 1

1. Medidas Elétricas ..................................................... 3

2. Capacitores ............................................................. 13

3. Campo Elétrico ....................................................... 21

4. Resistências Não-ôhmicas ...................................... 35

5. Leis de Kirchhoff ................................................... 43

6. Diodo Retificador .................................................. 51

7. Osciloscópio ........................................................... 59

8. Circuito RC .............................................................. 71

9. Força Magnética ..................................................... 85

10. Indução Eletromagnética ....................................... 97

Figura da capa obtida de: http://portalcetec.net.br/eletricidadebasica/ acesso em 29/03/2017.


INSTRUÇÕES SOBRE A CONFECÇÃO DE RELATÓRIO
O que é Relatório?

Relatório é o relato de um trabalho científico ou não, ou simplesmente de um


experimento de laboratório com o objetivo de informar para outra pessoa, ou para um
grupo de interessados sobre o trabalho realizado. Um relatório deve permitir para quem o
lê, reproduzir o trabalho realizado, tal qual ele foi feito pelo autor.
Em nosso caso, a elaboração de relatórios de práticas pelos alunos é parte
importante da preparação para a vida profissional e será usado para a avaliação do aluno
na disciplina.

Em nossa disciplina recomendamos que os relatórios tenham a seguinte estrutura:

Capa

Na capa deverá constar o nome da universidade, o nome da disciplina, o número e o título


da prática, a identificação do aluno (nome e número de matrícula), a turma, o nome do
professor, a data e horário da realização da prática.

Objetivos

Citar os objetivos da prática em questão. Aqui é permitido reproduzir os objetivos citados


no Roteiro de Práticas.

Material

Listar o material utilizado na prática. Aqui é permitido reproduzir a lista de material


citada no Roteiro de Práticas.

Introdução

Na introdução cada aluno deve redigir um texto de sua própria autoria sobre a
fundamentação teórica envolvida na prática em questão. Aqui se pretende que o aluno
exercite a habilidade de escrever em linguagem científica. Para redigir a introdução
recomenda-se que o aluno pesquise em manuais, livros-texto e/ou Internet. Não será
tolerada a cópia total ou parcial em nenhuma hipótese. A reprodução de figuras obtidas
de outras fontes é permitida desde que seja citada a fonte devidamente.

1
Procedimento

Nesta parte o aluno deve descrever detalhadamente os procedimentos realizados (em


primeira pessoa); apresentar os resultados das medidas (tabelas, gráficos, cálculos, etc).
Atenção: anotar sempre as unidades.

Questionário

No questionário devem constar as perguntas e as respostas de acordo com o roteiro de


prática do ano em curso.

Conclusão

Na conclusão o aluno deve apresentar uma discussão sobre os resultados obtidos em


função dos objetivos do experimento. Cabe também comentar sobre as possíveis fontes
de erros.

Bibliografia

Mencione as fontes consultadas: manuais, livros-texto, páginas da Internet, etc.

ATENÇÃO: RELATÓRIOS IGUAIS OU PARCIALMENTE IGUAIS OU AINDA COM TEXTO OU


FRAGMENTOS DE TEXTOS COPIADOS DE QUALQUER FONTE (LIVROS, INTERNET, ETC)
TERÃO NOTA ZERO!

2
PRÁTICA 1: MEDIDAS ELÉTRICAS
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

1.1 OBJETIVOS

- Utilizar o Multímetro Digital para medir resistências, voltagens e correntes


elétricas.
- Verificar que a corrente que passa em cada um dos resistores em uma
associação de resistores em série é sempre a mesma.
- Verificar que numa associação de resistores em paralelo os mesmos estão
sob uma mesma diferença de potencial.
- Determinar a resistência equivalente de uma associação de resistores em
série, em paralelo e numa associação mista.

1.2 MATERIAL

- Multímetro digital.
- Três resistores em bases de madeira (R1 = 470Ω, R2 = 1kΩ e R3 = 3,3kΩ)
- Cabos (dois médios e quatro pequenos);

1.3 FUNDAMENTOS

MULTÍMETRO

Multímetro é um aparelho destinado a fazer medidas elétricas. Os modelos mais simples


são constituídos de um ohmímetro (medidor de resistências) um voltímetro (medidor de voltagem
ou diferença de potencial) e a um amperímetro (medidor de corrente elétrica). Alguns modelos
são capazes de medir capacitância, freqüência e até temperatura. Nesta prática estudaremos
apenas as funções: ohmímetro, voltímetro e amperímetro.

OHMÍMETRO

O multímetro digital que será utilizado apresenta um ohmímetro com escalas que vão de
600 Ω até 60 MΩ, Figura 1.1.
A escala de 600 Ω deve ser usada para medir resistências de até 600 Ω. A escala de 6 kΩ
deve ser usada para medir resistências entre 600 Ω e 6 kΩ e assim por diante. Quando tentamos
medir uma resistência cujo valor é maior do que o limite da escala utilizada o multímetro fornece
a seguinte leitura: ( OL. ); neste caso você deverá mudar para uma escala maior até obter uma
leitura adequada. Quando uma resistência pode ser medida em várias escalas, você deverá
escolher a menor destas escalas de modo a obter um maior número de algarismos significativos.

3
Figura 1.1. Multímetro digital.

CUIDADOS AO MEDIR COM O OHMÍMETRO:

a) Conecte a ponta de prova preta ao terminal “COM” (negativo) e a ponta de prova vermelha
ao terminal “VHzΩ” (positivo). Embora a utilização do ohmímetro seja feita sem distinção
de polaridade, é importante que você adquira o hábito de obedecer sempre a esta convenção.
b) Escolha a escala adequada ao valor da resistência a ser medida.
c) Certifique-se que o resistor medido não está associado a nenhum outro resistor ou fonte.
d) Cuide para que haja um bom contato entre as pontas de prova e os terminais do resistor.
e) Durante a medida não toque nas partes metálicas das pontas de prova, pois a resistência do
seu corpo poderá influenciar na medida.

VOLTÍMETRO

Tensão é a diferença de energia potencial elétrica entre dois pontos, sendo sua unidade volts
(V). Temos dois tipos de tensões, contínua e alternada, que representamos respectivamente por
VDC e VAC.
A tensão contínua é aquela que não muda de polaridade com o tempo, isto é, apresenta um
pólo sempre positivo e o outro sempre negativo. Como exemplo de tensão contínua temos a
tensão fornecidas por pilhas, por baterias e por algumas fontes para aparelhos eletrodomésticos.
Já a tensão da rede elétrica das casas é alternada, variando entre positiva e negativa, cerca de 60
vezes por segundo (60 Hz).

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Figura 1.2. Voltímetro medindo a tensão sobre o elemento R2. Observe que se o terminal VHzΩ
(+) do voltímetro for ligado a um ponto de maior potencial elétrico do que o terminal COM (-) , o
mesmo fornecerá uma leitura positiva; caso contrário a leitura terá um sinal negativo.

CUIDADOS AO MEDIR COM O VOLTÍMETRO

a) Para medir uma tensão, você deve escolher antes de tudo uma escala apropriada. Se você
desconhece a ordem de grandeza da tensão a ser medida, escolha inicialmente a maior escala
(para não danificar o aparelho). Se for necessário diminua a escala para a mais apropriada.
b) As pontas de prova do voltímetro devem ser ligadas em PARALELO com o componente
que se deseja medir a tensão, Figura 1.2.
c) Se a tensão for CONTÍNUA (DC, do inglês direct current ou em português CC, corrente
contínua) escolha uma das escalas que vão de 600 mV a 1000V. Se a tensão for
ALTERNADA ( AC, do inglês alterneted current ) escolha uma das escalas que vão de 6 V a
750 V.

AMPERÍMETRO

O amperímetro é o instrumento utilizado para medidas de correntes; para tanto devemos


abrir o circuito e inserir o amperímetro em série, como mostra a Figura 1.3, de modo que a
corrente a ser medida possa passar pelo instrumento.

Figura 1.3. Amperímetro em operação. Observe que o mesmo deve ser ligado em SÉRIE.

5
Nesta prática usaremos um multímetro digital cujo amperímetro apresenta escalas
diferentes para correntes contínuas ou alternadas. Ao escolher a escala você deve também se
certificar de que as pontas de provas estão conectadas corretamente. Ao terminal “COM”
(negativo) deve ser conectada a ponta de prova preta, entretanto, existem dois terminais onde
conectar a ponta de prova vermelha (positivo). Para a escala de 20 A MAX devemos conectá-la ao
terminal mais a esquerda, para as demais escalas a ponta de prova vermelha deve ser conectada
ao terminal indicado por “mA µA”. Para efetuarmos uma medida cujo valor da corrente nos é
desconhecido, devemos por medida de precaução, colocar a chave seletora numa escala bem alta
e ir diminuindo, até atingir uma escala apropriada.

CUIDADOS AO MEDIR COM O AMPERÍMETRO

a) Para medir uma CORRENTE, você deve escolher antes de tudo, uma escala apropriada.
Se você desconhece a ordem de grandeza da CORRENTE a ser medida, escolha
inicialmente a maior escala (para não danificar o aparelho). Se for necessário diminua a
escala para a mais apropriada.
b) As pontas de prova do amperímetro devem ser ligadas em SÉRIE, para isso é necessário
abrir o circuito, Figura 1.3. NUNCA LIGUE O AMPERÍMETRO EM PARALELO!
c) Se a CORRENTE é CONTÍNUA (DC, do inglês direct current ou em português CC,
corrente contínua) escolha uma das escalas que vão de 60 µA a 600 mA ou
separadamente 20 A. Se a corrente for ALTERNADA (AC, do inglês alterneted current)
escolha uma das escalas que vão de 6 mA a 600 mA ou separadamente 20 A.

OBS: Tenha a máxima atenção para NÃO ligar o amperímetro em PARALELO a


uma fonte de tensão.

1.4 PRÉ-LABORATÓRIO

Figura 1.4. Exemplo de circuito para medidas de corrente e tensão.

No circuito da Figura 1.3, E = 20 V e os valores nominais das resistências são: R1 = 100


Ω ; R2 = 2,4 kΩ e R3 = 600 Ω . Considere que você dispõe de um voltímetro com as escalas
(200 mV; 2 V; 20 V; 200 V e 1000 V) e um amperímetro com as escalas (200 µ A; 2 mA; 20
mA; 200 mA e 10 A). Calcule os valores esperados para:

a) As tensões em R1. R2 e R3. Indique também, em cada caso, a escala apropriada do voltímetro
para efetuar a medida.
b) As correntes em R1. R2 e R3. Indique também, em cada caso, a escala apropriada do
amperímetro para efetuar a medida.

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1.5 PROCEDIMENTO

PROCEDIMENTO 1: Medidas elétricas numa associação de resistores em série.

1.1 Regule a fonte de tensão em 10 Vcc. Verifique com um voltímetro e ajuste se necessário.
Antes de medir escolha no voltímetro uma escala apropriada para as tensões a serem
medidas.
1.2 Monte o circuito da Figura 1.5.
1.3 Meça as tensões sobre os resistores R1, R2 e R3, respectivamente e anote na tabela 1.1. Meça
também a tensão total sobre os três resistores e anote. Lembre-se que o voltímetro deve ser
ligado em PARALELO.

Figura 1.5. Circuito para o PROCEDIMENTO 1.

1.4 Usando os valores nominais das resistências calcule a resistência total do circuito da Figura
1.5. Calcule a corrente esperada teoricamente e escolha uma escala de corrente apropriada no
multímetro. Anote.

RT = ____________

IT = ____________

Escala do multímetro: _____________

1.5 Meça a corrente total IT na saída da fonte e anote na Tabela 1.1. Meça também a corrente na
saída de cada um dos resistores e anote. CUIDADO! O amperímetro deve ser ligado em
SÉRIE.

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Tabela 1.1. Medidas no circuito do PROCEDIMENTO 1.
R V ( V) I (mA) R=V/I (Ω) RMEDIDO (Ω)
R1
R2
R3
RT

1.6 Meça as resistências individualmente. Meça também as três resistências associadas em série,
RT. Anote na tabela 1.1. Lembre-se de que as resistências não podem ser medidas conectadas ao
circuito.

PROCEDIMENTO 2: Medidas elétricas numa associação de resistores em paralelo.

2.1 Utilize a fonte de tensão em 10 Vcc. Verifique com um voltímetro e ajuste se necessário.
2.2 Meça com o ohmímetro a resistência (RT) equivalente aos três resistores associados em
PARALELO e anote na Tabela 1.2. Anote também os valores das resistências medidos no
procedimento 1.5.
2.3 Calcule a corrente esperada teoricamente em cada resistor e a corrente total no circuito.
Indique qual a escala de corrente apropriada no multímetro em cada caso. Anote.

I1 = ____________ escala 1:

I1 = ____________ escala 2:

I1 = ____________ escala 3:

IT = ____________ escala 4:

2.4 Monte o circuito da Figura 1.6.


2.5 Meça as correntes nos resistores R1, R2 e R3, respectivamente e anote na tabela 1.2.
CUIDADO! O amperímetro deve ser ligado em SÉRIE.

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Figura 1.6. Circuito para o PROCEDIMENTO 2.

2.6 Meça a corrente IT na saída da fonte e anote na Tabela 1.2.


2.7 Calcule a tensão sobre cada resistor (R1, R2 e R3) multiplicando a corrente obtida no
procedimento 2.5 pelo valor da resistência medida no procedimento 1.5. Calcule também o
produto RT x IT e anote na Tabela 1.2.

Tabela 1.2. Medidas no circuito do PROCEDIMENTO 2.


R RMEDIDO (Ω) I (mA) V= RM x I
( V)
R1
R2
R3
RT

PROCEDIMENTO 3: Medidas elétricas numa associação mista de resistores.

3.1 Regule a fonte de tensão em 10 Vcc.


3.2 Monte o circuito da Figura 1.7.
3.3 Meça as tensões sobre os resistores R1, R2 e R3, respectivamente e anote na tabela 1.3. Meça
também a tensão total sobre os três resistores e anote na Tabela 1.3.

Figura 1.7. Circuito para o PROCEDIMENTO 3.

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Tabela 1.3. Medidas no circuito do PROCEDIMENTO 3.
R V ( V) I (mA)
R1
R2
R3
RT

3.4 Calcule a corrente esperada teoricamente em cada resistor e a corrente total no circuito.
Indique qual a escala de corrente apropriada no multímetro em cada caso. Anote.

I1 = ____________ escala 1:

I1 = ____________ escala 2:

I1 = ____________ escala 3:

IT = ____________ escala 4:

3.5 Meça as correntes nos resistores R1, R2 e R3, respectivamente e anote na tabela 1.3.
3.6 Com base nos valores medidos da Tabela 1.3 determine a resistência equivalente dos dois
resistores em paralelo. Determine também a resistência equivalente da associação mista.
Anote na Tabela 1.4.
Cálculos para determinação da resistência em paralelo e da associação mista:

Tabela 1.4. Medidas no circuito do PROCEDIMENTO 3.


Associação R=V/I (Ω) RMEDIDO (Ω)
R1 e R2
Mista

3.7 Meça com um ohmímetro as resistências equivalentes referidas no item anterior e anote.

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1.6 QUESTIONÁRIO

1- Com base nos resultados experimentais do PROCEDIMENTO 1, que conclusão podemos


tirar sobre a corrente elétrica em resistores associados em série?
2- Verifique com os valores experimentais da Tabela 1.1 a relação para a resistência
equivalente de resistores associados em série. Comente.
3- Com base nos resultados experimentais do PROCEDIMENTO 2, que conclusão podemos
tirar sobre a diferença de potencial nas extremidades de resistores associados em
paralelo?
4- Verifique com os valores experimentais da Tabela 1.2 (três resistores) e Tabela 1.4 (dois
resistores) a relação para a resistência equivalente de resistores associados em paralelo.
Comente.
5- Calcule teoricamente a resistência equivalente da associação mista de resistores da
Figura 1.7 e compare com o valor medido experimentalmente. Comente os resultados.
6- Calcule as correntes esperadas em cada resistor utilizado no PROCEDIMETO 3, caso o
circuito tivesse sido montado erroneamente como na Figura abaixo.

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PRÁTICA 2: CAPACITORES
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

2.1 OBJETIVOS

- Identificar capacitores;
- Determinar o valor da capacitância pelo código de cores;
- Verificar o valor da capacitância da associação de capacitores em série e em
paralelo;
- Medir a capacitância utilizando um capacímetro.

2.2 MATERIAL

- Capacitores diversos;
- Capacímetro;
- Cabos.

2.3 FUNDAMENTOS

Capacitores são dispositivos usados em circuitos elétricos que tem a capacidade


de armazenar carga elétrica. Na sua forma mais simples, são formados por duas placas
condutoras, separadas por um material isolante ou dielétrico, Figura 2.1. Ligados às
placas condutoras, estão os terminais para a conexão do capacitor com o circuito
desejado.

Figura 2.1. Capacitor.

A propriedade de um capacitor armazenar mais ou menos carga por unidade de


tensão é chamada de CAPACITÂNCIA, que pode ser escrita matematicamente como:
q
C= (2.1)
V
onde C é a capacitância, q é a carga elétrica armazenada e V é a tensão.

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A unidade de capacitância no SI é o coulomb/volt que recebeu o nome especial de
farad (abreviado F). Para efeitos práticos o farad é uma unidade muito grande por isso é
mais comum encontrarmos capacitores em faixas de valores submúltiplos do farad, tais
como:
Microfarad: 1µF = 10-6 F
Nanofarad: 1nF = 10-9 F
Picofarad: 1pF = 10-12 F

Além do valor da capacitância, é preciso especificar também o valor limite da tensão a ser
aplicada entre os terminais de um capacitor. Como sabemos, todo dielétrico possui como
característica uma rigidez dielétrica que é o valor máximo do campo elétrico que o
material pode tolerar sem haver ruptura do poder isolante, assim, conforme o tipo de
capacitor, haverá um valor máximo de tensão, chamado de tensão de isolação, que não
pode ser ultrapassado, sob pena de se danificar o capacitor.

TIPOS MAIS COMUNS DE CAPACITORES

Figura 2.2. Tipos mais comuns de capacitores.

1- Capacitores cerâmicos: apresentam como dielétrico um material cerâmico, que é


revestido por uma camada de tinta, que contém elemento condutor, formando as
armaduras. O conjunto recebe um revestimento isolante. São capacitores de baixos
valores e altas tensões de isolação.

2- Capacitores eletrolíticos: consistem em uma folha de alumínio anodizada como


armadura positiva, onde por um processo eletrolítico, forma-se uma camada de óxido
de alumínio que serve como dielétrico, e um fluido condutor, o eletrólito, que
impregnado em um papel poroso, é colocado em contato com outra folha de alumínio
de maneira a formar a armadura negativa. O conjunto é bobinado, sendo a folha de
alumínio anodizada, ligada ao terminal positivo e a outra ligada ao encapsulamento do
conjunto, o terminal negativo.

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3- Capacitores plásticos: consistem em duas folhas de alumínio separadas pelo
dielétrico de material plástico (poliestireno, poliéster). Sendo os terminais ligados às
folhas de alumínio, o conjunto é bobinado e encapsulado, formando um sistema
compacto.

CÓDIGOS DE CAPACITORES

Normalmente, o valor da capacitância, a tensão de isolação e a tolerância são


impressos no próprio capacitor, todavia também é comum o emprego de códigos e em
alguns casos como nos capacitores de poliéster metalizado, estes parâmetros são
especificados por um código de cores. Abaixo descrevemos os códigos dos capacitores
usados nesta prática.

1- Código de Capacitores Cerâmicos

Alguns capacitores cerâmicos apresentam uma codificação como ilustrado na


Figura 2.3. Os valores são em picofarad (10-12F) e a letra maiúscula ao lado dos números
refere-se à tolerância de acordo com a Tabela 2.1 abaixo. Às vezes os fabricantes
imprimem nos capacitores suas iniciais, o valor da capacitância codificado como descrito
acima e mais um código para indicar o coeficiente de temperatura. Nesta prática não
faremos uso de capacitores com esse segundo tipo de codificação.

Figura 2.3. Capacitores cerâmicos.

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Tabela 2.1. Códigos de tolerâncias de capacitores.
Até 10pF Código Acima de 10pF
+ 0,1 pF B
+ 0,25 pF C
+ 0,5 pF D
+ 1,0 pF F + 1%
+ 2,0 pF G + 2%
H + 3%
J + 5%
K + 10%
M + 20%
S -50% -20%
Z +80% -20%
Ou +100% -20%
P +100% -0%

2- Código de Capacitores de Poliéster

Os capacitores de poliéster metalizado são, muitas vezes, especificados por um


código de cores conforme indicado na Figura 2.4 e Tabela 2.2 abaixo. Os valores são
codificados em picofarad (10-12 F).

Figura 2.4. Capacitores de Poliéster.

Tabela 2.2. Código de cores para capacitores.


Fator Tensão
COR 1O Alg. 2O Alg. multiplicativo Tolerância nominal
Preta ------ 0 ----- 20% -----
Marron 1 1 101 ----- -----
2
Vermelha 2 2 10 ----- 250V
Laranja 3 3 103 ----- -----
Amarela 4 4 104 ----- 400V
Verde 5 5 105 ----- 100V
Azul 6 6 ----- ----- 630V
Violeta 7 7 ----- ----- -----
Cinza 8 8 10-2 ----- -----
-1
Branca 9 9 10 10% -----

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3- Capacitores Eletrolíticos

Nos capacitores eletrolíticos o valor da capacitância e da tensão de isolamento


vem impresso no corpo do capacitor. Estes capacitores têm uma característica particular
de apresentarem uma polaridade definida, sendo o terminal negativo também indicado no
corpo do mesmo. Eles são encontrados com terminais radiais unilaterais ou com terminais
axiais como mostra a Figura 2.2.

2.4 PROCEDIMENTO

IDENTIFICAÇÃO DE CAPACITORES

1- Identifique os capacitores fornecidos quanto ao tipo (cerâmico, poliéster ou


eletrolítico) e anote na Tabela 2.3.

Tabela 2.3. Identificação do tipo de capacitor.


TIPO (cerâmico,
CAPACITOR poliéster ou eletrolítico
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13

2- Para os capacitores cerâmicos fornecidos determine pelo código impresso o valor


nominal da capacitância e a tolerância. Meça com o capacímetro a capacitância e
calcule o erro percentual do valor medido em relação ao valor nominal. Anote na
Tabela 2.4.

Tabela 2.4. Capacitores Cerâmicos.


CAPACITOR CAPACITÂNCIA TOLERÂNCIA CAPACITÂNCIA ERRO
NÚMERO NOMINAL (%) MEDIDA (%)

17
3- Para os capacitores cerâmicos de poliéster fornecidos determine pelo código de
cores o valor nominal da capacitância e a tolerância. Meça com o capacímetro a
capacitância e calcule o erro percentual do valor medido em relação ao valor
nominal. Anote na Tabela 2.5.

Tabela 2.5. Capacitores de Poliéster.


CAPACITOR CAPACITÂNCIA TOLERÂNCIA CAPACITÂNCIA ERRO
NÚMERO NOMINAL (%) MEDIDA (%)

4- Para os capacitores eletrolíticos fornecidos anote o valor impresso da capacitância


e da tensão de isolação. Meça com o capacímetro a capacitância e calcule o erro
percentual do valor medido em relação ao valor nominal. Anote na Tabela 2.6.

Tabela 2.6. Capacitores Eletrolíticos.


CAPACITOR CAPACITÂNCIA TENSÃO CAPACITÂNCIA ERRO
NÚMERO NOMINAL (V) MEDIDA (%)

5- Associe em série os capacitores montados nas bases de madeira e meça a


capacitância equivalente. Anote o valor medido de cada capacitor bem como o
valor medido da associação.

Tabela 2.7. Associação em série.


CAPACITOR 1 CAPACITOR 2 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE

6- Associe em paralelo os capacitores montados nas bases de madeira e meça a


capacitância equivalente. Anote o valor medido de cada capacitor bem como o
valor medido da associação.

Tabela 2.8. Associação em paralelo.


CAPACITOR 1 CAPACITOR 2 ASSOCIAÇÃO EM PARALELO

18
2.5 QUESTIONÁRIO

1- Determine a capacitância, a tolerância (quando possível) e a tensão de isolação


(quando possível) de cada um dos capacitores ilustrados abaixo.

Tabela 2.9. Capacitores.


CAPACITOR CAPACITÂNCIA TOLERÂNCIA TENSÃO DE
NÚMERO NOMINAL (µF) (%) ISOLAÇÃO (V)
1
2
3

2- Determine a capacitância, a tolerância e a tensão de isolação de cada um dos


capacitores de poliéster metalizado ilustrados abaixo.

Tabela 2.10. Capacitores de Poliéster.


CAPACITOR CAPACITÂNCIA TOLERÂNCIA TENSÃO DE
NÚMERO NOMINAL (µF) (%) ISOLAÇÃO (V)
1
2

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3- Determine a capacitância e a tensão de isolação de cada um dos capacitores
eletrolíticos ilustrados abaixo.

Tabela 2.11. Capacitores Eletrolíticos.


CAPACITOR CAPACITÂNCIA TENSÃO DE
NÚMERO NOMINAL (µF) ISOLAÇÃO (V)
1
2

4- Baseado nos valores individuais das capacitâncias dos capacitores 1 e 2 medidas


no Procedimento 5, determine a capacitância equivalente esperada teoricamente
para a associação dos mesmos em série e compare com o valor medido
experimentalmente. Comente o resultado.

5- Baseado nos valores individuais das capacitâncias dos capacitores 1 e 2 medidas


no Procedimento 6, determine a capacitância equivalente esperada teoricamente
para a associação dos mesmos em paralelo e compare com o valor medido
experimentalmente. Comente o resultado.

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PRÁTICA 3: CAMPO ELÉTRICO
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

3.1 OBJETIVOS

- Obter experimentalmente linhas equipotenciais em diversas configurações de


eletrodos;
- Representar o campo elétrico a partir de linhas equipotenciais;

3.2 MATERIAL

- Fonte de tensão 12 VAC;


- Multímetro digital;
- Cuba transparente;
- Eletrodos metálicos com diversos formatos;
- Base metálica;
- Cabos (04);
- Garras tipo jacaré (02);
- Fios de cobre (sensores);
- Água;
- Folhas de papel quadriculado com indicação das posições dos eletrodos.

3.3 FUNDAMENTOS

A presença de uma carga em uma dada região do espaço modifica o espaço em


torno. Esta modificação pode ser verificada colocando-se uma segunda carga, chamada
r
“carga de prova”, positiva por convenção, que será submetida a uma força F . Dizemos
r
que no ponto onde está a carga de prova existe um campo elétrico E , definido por:
r
r F
E= (3.1)
qo

O campo elétrico pode ser visualizado através das chamadas “linhas de força”. As
linhas de força são uma representação conveniente de um campo elétrico. Elas são
traçadas de forma que a tangente a uma dada linha esteja na direção do campo. A
intensidade do campo é indicada pela proximidade das linhas, de modo que as linhas mais
próximas indiquem campos mais intensos. As linhas de força sempre se originam em
cargas positivas e terminam em cargas negativas.

Assim como para o campo gravitacional é possível determinar uma energia


potencial gravitacional, também é possível determinar uma energia potencial elétrica para

21
uma carga de prova qo cujo valor dependa somente da posição desta carga no campo
elétrico.
A variação ∆U na energia potencial elétrica U, de um objeto carregado quando
este se move de um ponto inicial i para um ponto final f é:

∆U = Uf – Ui = - Wif (3.2)

Onde Wif é o trabalho realizado pelo campo elétrico. Tomando-se a energia potencial nula
no infinito, a energia potencial elétrica U do corpo num ponto é:

U = - W∞ (3.3)

Onde W∞ é o trabalho realizado pelo campo elétrico quando o objeto é movido do infinito
para o ponto em questão.
Definimos a diferença de potencial ∆V entre dois pontos num campo elétrico
como:
W
∆V = V f − Vi = − ∞ (3.4)
qo

Sendo qo a carga de prova sobre a qual o trabalho é realizado pelo campo elétrico. O
potencial num ponto é:

W∞
V =− (3.5)
qo

O lugar geométrico dos pontos que possuem o mesmo potencial é chamado de


superfície equipotencial. Um conjunto de superfícies equipotenciais pode ser usado para
representar o campo elétrico numa dada região. Conhecendo-se as equipotenciais para
uma dada distribuição de cargas, é possível traçar as linhas de força que representam o
campo elétrico gerado pela distribuição.
De acordo com a Equação 3.4 o trabalho realizado pelo campo elétrico no
deslocamento de uma carga qo ao longo de uma trajetória que começa e termina sobre
uma mesma equipotencial é nulo; desta forma concluímos que o campo elétrico é sempre
perpendicular às equipotenciais. Se o campo elétrico não fosse perpendicular à superfície
equipotencial, ele teria um componente paralelo à mesma, este componente realizaria um
trabalho diferente de zero quando uma carga qo se movimentasse sobre a superfície
equipotencial.

BLINDAGEM ELETROSTÁTICA

O campo elétrico no interior de um condutor em equilíbrio eletrostático é nulo.


Assim, para isolarmos um aparelho contra as influências elétricas, colocamos o mesmo
dentro de um dispositivo chamado blindagem eletrostática que nada mais é do que uma
superfície ou rede metálica.

22
3.4 PRÉ-LABORATÓRIO

Na Figura 3.1 estão representadas as linhas de força para uma esfera carregada
negativamente. Trace linhas equipotenciais, pelo menos 3 linhas.

Figura 3.1. Linhas de força para uma esfera carregada negativamente.

3.5 PROCEDIMENTO

Figura 3.2. Arranjo experimental.

23
1- Monte o arranjo experimental (com a fonte de tensão desligada) como indicado na
Figura 3.2:
- Coloque a bandeja sobre a folha de papel quadriculado 1 (em anexo).
- Coloque os eletrodos na bandeja como indicado no papel quadriculado.
- Conecte os eletrodos à fonte de tensão, saída 12 V AC.
- Coloque água na bandeja de modo a formar uma lâmina de aproximadamente 1cm
de espessura.

2- Ligue a fonte de tensão.


3- Conecte a entrada do multímetro (COM) ao terminal (sensor) fixo à base metálica.
4- Conecte a outra entrada do multímetro (V) ao terminal (sensor) móvel e com este,
localize pontos de mesmo potencial, isto é, procure pontos onde a diferença de
potencial seja nula (coloque a ponta do terminal móvel sempre perpendicular à
superfície do líquido). Escolha a escala de 20 V AC no voltímetro. Marque os
pontos de mesmo potencial no papel quadriculado correspondente.
5- Forme linhas equipotenciais ligando os pontos de mesmo potencial e a partir
destas, trace as linhas de força do campo elétrico.
6- Repita o procedimento anterior para as outras configurações de eletrodos.
7- Repita o procedimento com as barras paralelas, mas desta vez coloque um anel
metálico sobre a linha tracejada como indicado no papel quadriculado
correspondente. Observe que o anel metálico “blinda” o campo elétrico (mesmo
que parcialmente).
8- Inclua no seu Relatório os papeis quadriculados com os traçados das linhas
equipotenciais e das linhas de força obtidas para cada configuração.

3.6 QUESTIONÁRIO

1- Como verificar experimentalmente se numa determinada região do espaço há um


campo elétrico?
2- Como verificar experimentalmente se numa determinada região do espaço há um
campo gravitacional?
3- Duas linhas de força nunca se cruzam. Por quê?
4- Duas superfícies equipotenciais diferentes podem interceptar-se? Justifique.
5- Em qual das configurações desta prática foi obtido um campo elétrico
aproximadamente constante? Justifique.
6- É possível isolar uma pequena região do espaço das forças elétricas? Como?

Destaque as folhas anexas de modo a marcar os pontos de mesmo potencial.


Inclua em seu relatório estas folhas com os traçados das linhas equipotenciais e das linhas
de força obtidas para cada configuração.

24
1

5
1

5
1

5
1

5
1

5
1

5
1

5
1

5
PRÁTICA 4: RESISTÊNCIAS NÃO-ÔHMICAS

NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

4.1 OBJETIVOS

- Verificar experimentalmente o comportamento de componentes não ôhmicos;


- Levantar e utilizar curvas características, para obter dados de elementos de um
circuito.
- Determinar o ponto de trabalho de um circuito através da reta de carga.

4.2 MATERIAL

- Fonte de tensão alternada variável (Variac): (0 – 240)Vac;


- Duas lâmpadas (uma de 25-Watts e uma de 60-Watts);
- Resistor de 100Ω/20W;
- Multímetros digitais (dois).

4.3 FUNDAMENTOS

Como foi visto em experiência anterior, quando a resistência de um componente é


descrita por um segmento de reta no plano V contra I, dizemos que este componente é
ôhmico, pois sua resistência obedece à lei de Ohm. Se, por outro lado, sua característica é
não linear, ou seja, sua resistência varia de acordo com o ponto de trabalho, o componente
é dito não ôhmico. A Figura 7.1 apresenta a característica de um componente, ou
dispositivo, não ôhmico. Observe que ocorre uma atenuação da corrente com o aumento
da tensão, o que caracteriza a não linearidade. No entanto, ainda podemos escrever a
expressão V = R × I para qualquer ponto da curva, obtendo assim valores de R diferentes
para diferentes pontos da curva. Para estes tipos de resistências é conveniente levantar
graficamente sua característica, para facilitar o cálculo de circuitos nos quais estes
componentes apareçam em montagens em série ou em paralelo.

Figura 4.1. Característica de um componente não ôhmico.

35
Calculando-se respectivamente as resistências nos pontos A e B da Figura 4.1, obtém-se:
V V
R A = 1 e RB = 2
I1 I2
Note que RA é claramente diferente de RB.
Em geral, componentes eletro-eletrônicos, tais como: lâmpadas, diodos,
transistores, etc, variam suas resistências com a temperatura ou com a tensão aplicada,
sendo de fundamental importância o conhecimento de suas características V x I,
fornecidas em alguns casos pelo fabricante.
Em um circuito elétrico, é comum se ter dispositivos ôhmicos associados a
dispositivos não ôhmicos. Para se determinar as correntes e tensões nestes circuitos,
muitas vezes é necessário se recorrer ao método gráfico quando o método analítico se
torna muito complexo devido aos dispositivos não-lineares.
O método gráfico consiste em se traçar a reta de carga de um circuito juntamente
com a característica de transferência do dispositivo não ôhmico. O ponto de trabalho do
dispositivo não ôhmico se encontra na interseção das curvas.
Veja o exemplo apresentado na Figura 4.2(a). Neste exemplo, uma resistência
ôhmica R é colocada em série com uma resistência não ôhmica RN. Para determinar a reta
de carga deste circuito, podemos escrever:

E = V R + V RN
em que
VR = R × I e V RN = E − ( R × I )

A equação V RN = E − ( R × I ) é linear, isto é, podemos representá-la graficamente


por uma reta, denominada reta de carga. Determinando dois pontos quaisquer da reta,
podemos desenhá-la. Por exemplo, fazendo:
E
V RN = 0 ⇒ I = (primeiro ponto da reta);
R
e fazendo I = 0 ⇒ V RN = E (segundo ponto da reta)
podemos desenhar a reta de carga e, no mesmo gráfico, sobrepor a característica de
transferência do dispositivo não ôhmico. Veja Figura 4.2(b).

Figura 4.2. (a) Circuito e (b) Característica do elemento não-ôhmico e reta de carga.

36
Nesse caso, o ponto em que a reta de carga intercepta a característica de
transferência do dispositivo não ôhmico determina o ponto de trabalho desse dispositivo
(denominado ponto quiescente ou ponto Q).

4.4 PRÉ-LABORATÓRIO

Sejam dois resistores em série, um ôhmico (R) e outro não ôhmico (RN),
alimentados por uma fonte de tensão, conforme o circuito apresentado na Figura 4.3(a).
Usando os valores apresentados na Figura 4.3(a) e a característica de transferência
(gráfico de V versus I) do resistor não ôhmico apresentada na Figura 4.3(b), determine a
tensão e a corrente em cada componente do circuito.

Figura 4.3. Circuito com resistor não ôhmico e curva característica do mesmo.

4.5 PROCEDIMENTOS

1- Meça a resistência, R = __________

2- Mantendo a fonte de tensão desligada, monte o circuito esquematizado na Figura 4.4.


Utilize a resistência R (valor nominal 100 Ω) e inicialmente a lâmpada de 25 W.

Figura 4.4. Circuito com amperímetro e voltímetro.

37
3- Ajuste o voltímetro para medidas de tensão alternada e valores de tensão conforme a
Tabela 4.1. Ajuste o amperímetro para corrente alternada e valores de até 200 mA.

4- Aplique na lâmpada L1 (25-W) as tensões indicadas na Tabela 4.1, meça os valores


correspondentes de corrente e anote na tabela.

5- Anote o valor da tensão VL a partir do qual a lâmpada começa a incandescer (Vinc).

6- Repita o procedimento anterior, utilizando a lâmpada L2 (60 W) e preencha a Tabela


4.2. ATENÇÃO PARA A ESCALA DO AMPERÍMETRO. INICIALMENTE UTILIZE
A ESCALA DE 200 mA. MUDE PARA UMA ESCALA MAIS ALTA CASO
VERIFIQUE SER NECESSÁRIO.

7- Associe as lâmpadas L1 e L2 em paralelo e ligue o conjunto à saída do transformador


sem o resistor R, conforme circuito apresentado na Figura 4.5. Ligue o transformador e
ajuste seu cursor de modo a obter aproximadamente 100 V em sua saída. Compare a
luminosidade e justifique suas observações.

Figura 4.5. Lâmpadas em paralelo.

8- Associe as lâmpadas L1 e L2, em série, como mostra a Figura 4.6. Compare a


luminosidade das lâmpadas e justifique suas observações.

Figura 4.6. Lâmpadas em série.

38
L1 (25W, 240V) L2 (60W, 240V)
VL I VL I
VL (min) VL (min)
5 5
10 10
15 15
Vinc Vinc
30 30
50 50
70 70
90 90
120 120
150 150
180 180
210 210
VL (máx) VL (máx)

Tabela 4.1. Resultados p/ lâmpada de 25 W. Tabela 4.2. Resultados p/ lâmpada de 60 W.

4.6 QUESTIONÁRIO

1. Pode a tensão de saída do Variac ser maior que sua tensão de entrada (220V)?
Justifique.

2. Levante as curvas características de cada lâmpada. Assinale no gráfico as tensões para


as quais o filamento começa a incandescer-se. Construa as duas curvas no mesmo par
de eixos (folha anexa).

3. As resistências seguem a lei de Ohm? Justifique.

4. Antes e depois do ponto de incandescência qual o comportamento de cada gráfico?

5. Calcule, pelos gráficos obtidos, as resistências de L1 e L2 quando ambas estão


submetidas a uma tensão de 100 V. Calcule também as resistências para uma tensão
de 200 V.

6. Considere que na Figura 4.4 a lâmpada L1 (25 W) está em série com uma resistência
ôhmica de 1 kΩ e a fonte de tensão está regulada em 120 V. Determine a tensão sobre
a lâmpada L1 e a corrente no circuito. Para isso, trace a reta de carga no gráfico da
questão 2 e determine o ponto de trabalho da lâmpada L1 neste circuito.

7. Usando os gráficos da questão 2, calcule as correntes em cada uma das lâmpadas,


caso as mesmas sejam ligadas em paralelo a 110V.

8. Como você explica o fato de I depender de V não-linearmente?

39
40
FOLHA ANEXA PARA O GRÁFICO DA QUESTÃO 2.

41
PRÁTICA 5: LEIS DE KIRCHHOFF

NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

5.1 OBJETIVOS
- Verificar experimentalmente as Leis de Kirchhoff;

5.2 MATERIAL
- Fonte de tensão contínua (regulável de 0 ...12 V);
- Resistores (470Ω; 820Ω (dois); 1000Ω; 1800Ω; 560Ω);
- Multímetro digital;
- Cabos para conexão.

5.3 FUNDAMENTOS

Um circuito elétrico, seja ele simples ou complexo, é constituído por elementos


que geram e elementos que absorvem energia elétrica. Muitas vezes, devido a
complexidade do circuito, não é tão simples o cálculo das tensões e correntes nos
elementos do mesmo. Assim, é necessário a utilização das Leis de Kirchhoff para a
simplificação desses cálculos.
Para a utilização das leis de Kirchhoff é necessário antes observar a convenção dos
sentidos de tensão e correntes para os circuitos em corrente contínua, bem como
entender os conceitos de malha, nó e ramo em um circuito elétrico.

CONVENÇÃO DE SENTIDOS DE TENSÃO E CORRENTE (CIRCUITO CC)

FONTE DE F.E.M.: Numa fonte de tensão, como representada na Figura 5.1, o traço
maior representa o pólo positivo e o menor o pólo negativo. Quando uma fonte de tensão
está fornecendo energia para um circuito externo a corrente interna tem sentido do pólo
negativo para o positivo, Figura 5.1 (a). É possível que num circuito com mais de uma
fonte de f.e.m., parte das fontes estejam recebendo energia do restante do circuito. Neste
caso o sentido da corrente interna é o indicado na Figura 5.1(b). Independentemente do
sentido da corrente o terminal B sempre tem potencial elétrico maior que o terminal A.

Figura 5.1. Convenção de sinal numa F.E.M.

43
RESISTOR: Em um resistor ôhmico, os sentidos de tensão e corrente são sempre o
convencionado na Figura. 5.2. Isso significa que a passagem de corrente através de um
resistor provoca uma queda de potencial elétrico. Então, podemos associar um sinal (+)
na entrada do resistor e um sinal (-) na saída. O produto tensão versus corrente,
entretanto, é sempre positivo, o que significa que sempre há dissipação de energia em
um resistor (Efeito Joule) quando o mesmo é submetido a uma diferença de potencial V.

Figura 5.2. Convenção de sinal num resistor.

A compreensão prática destas convenções é importante para se entender o


funcionamento de um circuito. Elas são úteis para se fazer o balanço de energia do
mesmo, tanto em funcionamento com correntes contínuas, como com correntes
alternadas.

DEFINIÇÃO DE MALHA, NÓ E RAMO

Um circuito elétrico é composto por malhas, nós e ramos, em que:

- Malha é todo caminho fechado em um circuito constituído por elementos


elétricos;
- Nó é um ponto de interligação de três ou mais componentes;
- Ramo é todo trecho compreendido entre dois nós consecutivos.

Tomando como exemplo o circuito apresentado na Figura 5.3, note que o mesmo é
constituído por três malhas, abcdefa (malha externa), abefa e bcdeb (malhas internas).
O ponto b é um nó que interliga entre si os resistores R1, R2 e R3. O nó e, por sua vez,
interliga os resistores R3, R5 e R6. Note também que o circuito da Figura 5. 3 possui três
ramos, compreendidos entre os nós b e e; o ramo à direita (composto pelos elementos
R2, E2, R4 e R6); o ramo central (composto pelo elemento R3); e o ramo à esquerda
(composto pelos elementos R1, E1 e R5).

Figura 5.2. Circuito com três malhas.

44
LEIS DE KIRCHHOFF

A lei de Kirchhoff para tensão (Lei das malhas) e a lei de Kirchhoff para correntes
(Lei dos nós) são conseqüência dos princípios da conservação de energia e da carga
elétrica respectivamente, sendo assim definidas:

Lei das malhas: a soma algébrica das diferenças de potencial


ao longo de uma malha fechada é igual a zero, ou seja:

∑V i =0

Lei dos nós: a soma algébrica das correntes referentes a um


nó do circuito é igual a zero, ou seja:

∑I i =0

EXEMPLO:
Considere o circuito apresentado na Figura 5.4 (esta figura representa o mesmo
circuito da Figura 5.3, mas com as indicações dos valores de cada elemento). Aplicando-
se as leis de Kirchhoff para este circuito, encontram-
se as correntes nos três ramos anteriormente
indicados (ver Figura 5.3). Para tanto, primeiro se
adota uma corrente para cada malha interna (neste
caso, sentido horário para I1 e sentido anti-horário
para I2). Se o sentido da corrente for contrário ao
escolhido, encontrar-se-á um valor negativo, embora
numericamente correto.
Figura 5.4. Circuito com três malhas.

Utilizando-se a lei das malhas, pode-se calcular I1 e I2:

Malha 1 :10 − 20 I 1 − 100( I 1 + I 2 ) − 20 I 1 = 0


(I)
⇒ 140 I 1 + 100 I 2 = 10

Malha 2 : 2 − 20 I 2 − 100( I 1 + I 2 ) − 30 I 2 − 50 I 2 = 0
( II )
⇒ 100 I 1 + 200 I 2 = 2

Resolvendo o sistema de equações para ( I ) e ( II ), tem-se:

I 1 = 100 mA e I 2 = −40 mA .

45
Como pode ser observado, a corrente I2 é negativa, o que indica que seu sentido é
contrário ao indicado na Figura 5.3. Aplicando a Lei dos nós:

I1 + I 2 + I 3 = 0
100 mA + (−40 mA) + I 3 = 0 ⇒ I 3 = −60 mA

Note que a corrente que chega ao nó b é igual à soma das correntes I2 e I3 que
saem deste mesmo Nó.
Sabendo-se a corrente em cada ramo do circuito, fica fácil calcular as tensões em
cada elemento do mesmo, bem como a potência cedida pelas fontes ao circuito e a
potência dissipada em cada um de seus elementos. Os resultados obtidos são
apresentados na Tabela 5.1.

Tabela 5.1. Resultados para o circuito da Figura 5.4.


I1 100 mA
I2 - 40 mA
I3 - 60 mA
Malha 1 10V – 2V – 6V – 2V = 0
Malha 2 2 V + 0,8V – 6V + 1,2V + 2V = 0
Nó b 100mA + (-40mA) + (-60mA) = 0
P(fonte 10V) (VFonte-10V × IFonte) = 10 V × 100 mA = 1 Watt
P(fonte 2V) (VFonte-2V × IFonte) = 2 V × (-40 mA) = -0,08 Watt
P(dissipada) = Soma das potências dissipadas nos resistores
= 0,20 + 0,032 + 0,36 + 0,08 + 0,20 + 0,048 = 0,92 Watt

5.4 PRÉ-LABORATÓRIO

Baseado no exemplo acima e utilizando as leis de Kirchhoff, preencha a Tabela


5.2 para o circuito da Figura 5.5.

Tabela 5.2. Resultados para o circuito da Figura 5.4.


Malha 1
Malha 2
I1
I2
I3
Nó b
P(fonte 10V)
P(dissipada)

Figura 5.5. Circuito para exercício.

46
5.5 PROCEDIMENTO

1.1 Meça os valores das resistências e anote na Tabela 5.3.


OBS: Os valores nominais das resistências são: R1 = 470Ω; R2 = 820Ω; R3 = 1000Ω;
R4 = 1800Ω; R5 = 560Ω e R6 = 820Ω.

1.2 Monte o circuito apresentado na Figura 5.6 e determine, com o multímetro, a


diferença de potencial (d.d.p.) em cada elemento do circuito. Anote na Tabela 5.3.

Tabela 5.3. Resultados experimentais.


d.d.p’s V(Volts) Resist. RMEDIDO (Ω)
E --------- ----------------
V1 R1
V2 R2
V3 R3
V4 R4
V5 R5
V6 R6
Figura 5.6. Circuito para realizar
medidas.

1.2 Abaixo temos o circuito da Figura 5.5. Anote em cada elemento o valor da tensão
medida. Anote também, entre os parêntesis, os sinais (+) e (-) da tensão relativa entre os
terminais de cada elemento de acordo com os resultados obtidos.

47
1.3 Escreva a Lei das malhas para cada uma das malhas indicadas utilizando os valores
numéricos obtidos.

Malha I:

Malha II:

Malha III (Externa):

1.4 Comente os resultados obtidos.

1.5 Meça as correntes que chegam e que saem em cada nó. Anote na Tabela 5. 4 o valor
da corrente com sinal positivo caso a corrente esteja chegando ao nó e negativo caso
estejam saindo do nó.
CUIDADO: NO AMPERÍMETRO ESCOLHA INICIALMENTE UMA ESCALA
CAPAZ DE MEDIR PELO MENOS 200 mA. DEPOIS, SE NECESSÁRIO, MUDE
PARA UMA ESCALA MENOR. Lembre-se que o Amperímetro deve ser conectado
em série.

Tabela 5.4. Medidas de corrente elétrica.


Nó 1 Nó 2
I1 I2 I3 I3 I5 I6
I(mA)

48
1.6 Escreva a Lei dos nós para os nós 1 e 2 utilizando os valores numéricos obtidos.

Nó 1

Nó 2

1.7 Determine de acordo com os dados obtidos:

A potência fornecida pela fonte E:

PE =

A potência total (soma das potências individuais) dissipada nos resistores:

PR (TOTAL) =

1.8 Comente os resultados obtidos.

1.9 Pelos resultados obtidos qual a resistência elétrica equivalente ligada à fonte de força
eletromotriz E?

1.10 Verifique a potência que seria dissipada nesta resistência equivalente. Comente o
resultado obtido.

PR(equivalente) =

49
1.11 Monte o circuito apresentado na Figura 5.7.

1.12 Faça as medições necessárias para escrever a lei


das malhas e a lei dos nós:

Figura 5.7. Circuito para medidas.

Anote as medidas:

Malha I
Malha II
Malha III
Malha IV (Externa)
Nó 1
Nó 2
Nó 3
Nó 4

50
PRÁTICA 6: DIODO RETIFICADOR
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

6.1 OBJETIVO

Levantar a curva característica de um diodo retificador.


Determinar o ponto de trabalho de um diodo, utilizando uma reta de carga.

6.2 MATERIAL

- Fonte de Alimentação 0 a 30 V - DC;


- Resistor (470 Ω);
- Diodos (um de Silício 1N 4007 ou equivalente e um de Germânio 1N60);
- Multímetros digitais (dois de modelos diferentes);
- Cabos (dois pequenos, dois médios e dois grandes).

6.3 FUNDAMENTOS

Todos os materiais podem ser classificados, grosso modo, como: condutores,


semicondutores e isolantes, dependendo da capacidade de conduzir uma corrente
elétrica, o que, por sua vez, depende do número de elétrons livres no material. Os
materiais semicondutores mais usados em componentes eletrônicos são o silício e, em
menor proporção, o germânio.

O diodo retificador é um dispositivo não-linear que tem a propriedade de conduzir


corrente elétrica quando polarizado em um sentido e não conduzir quando polarizado no
sentido oposto.

Na Figura 6.1 é mostrado um diodo com seus terminais, o anodo (A) e o catodo
(K). Quando o terminal (+) de uma fonte de tensão é conectado ao anodo e o terminal (-)
é conectado ao catodo do mesmo, dizemos que o diodo está polarizado diretamente; caso
contrário, dizemos que o diodo está reversamente polarizado.

Figura 6.1. Diodo, A-anodo, K-catodo. Observe a faixa indicando o catodo.

Na Figura 6.2 é mostrada a curva característica de um diodo. Por esta curva


podemos ver que quando o mesmo é polarizado diretamente, para potenciais abaixo de
VD (VD = 0,7 V para o diodo de silício e 0,3 V para o de germânio), o diodo conduz apenas
uma pequena corrente elétrica. A partir daí, a corrente aumenta de valor, enquanto que a

51
tensão permanece praticamente constante (VD). Por outro lado, quando o diodo é
reversamente polarizado, observamos que o mesmo praticamente não conduz até que se
alcance a tensão reversa máxima VRM (tensão de ruptura), onde a corrente aumenta
rapidamente. A tensão de ruptura é de cerca de 50 V para o diodo 1N4001 e de 1000 V
para o diodo 1N4007. Em geral, se a tensão de ruptura é atingida, o efeito sobre o diodo é
destrutivo. No anexo A1, desta apostila, apresentamos uma tabela com as especificações
de alguns diodos disponíveis comercialmente.

Figura 6.2. Curva característica de um diodo.

Comercialmente, os diodos são especificados por parâmetros que indicam suas


características máximas de trabalho, tais como, corrente direta máxima (IDM) e tensão
reversa máxima (VRM), que são importantes para o dimensionamento do componente em
projetos. Os diodos da série 1N4001 até 1N4007 podem conduzir com segurança,
correntes de até 1,0 A. Os diodos são representados simbolicamente como mostrado na
Figura 6.3.

Figura 6.3. Símbolo do diodo.

DETERMINAÇÃO DA CORRENTE E DA TENSÃO DE TRABALHO DE UM DIODO

Considere o circuito da Figura 6.4. Como determinar o valor da corrente e da


tensão no diodo?

Figura 6.4. Circuito simples.

Como se trata de um circuito em série, a corrente é a mesma em qualquer ponto do


mesmo. Aplicando a lei das malhas de Kirchhoff, temos:

E − RI − V = 0 (6.1)

52
Ou V = E − RI (6.2)

Esta é uma relação linear entre a queda de tensão no diodo (V) e a corrente no mesmo
( I ). Se plotarmos I em função de V obteremos uma reta, chamada de reta de carga.

Considerando o ponto da reta sobre o eixo dos I , temos:

E
V =0⇒ I = (6.3)
R

Considerando o ponto da reta sobre o eixo V, temos:

I = 0⇒V = E (6.4)

Plotando em um mesmo gráfico a reta de carga e a curva do diodo, Figura 6.5,


obteremos um ponto de interseção Q que representa a solução que satisfaz
simultaneamente às duas curvas. O ponto Q é de ponto de trabalho do circuito, também
chamado de ponto quiescente; suas coordenadas representam a corrente e a tensão no
diodo para uma tensão na fonte E, e uma resistência de limitação de corrente R.

Figura 6.5. Determinação do ponto de trabalho de um diodo.

6.4 PROCEDIMENTOS

PROCEDIMENTO 1: Teste de diodo com multímetro.

Podemos verificar rapidamente a condição de um diodo com um multímetro


medindo a resistência no sentido direto e depois no sentido inverso. Os valores das
resistências dependerão das escalas utilizadas. Se o diodo estiver sem problemas, terá
uma baixa resistência no sentido direto e uma alta resistência no sentido reverso.
Se o diodo apresentar uma baixa resistência em ambos os sentidos, o diodo estará em
curto, se apresentar uma alta resistência em ambos os sentidos, estará em aberto. Se a
resistência não for muito alta no sentido reverso dizemos que o diodo está com fuga.

53
Nos multímetros digitais a polarização direta se dá conectando o terminal (+) do
multímetro ao anodo do diodo e o terminal (-) ao catodo. Existem multímetros que
apresentam um teste específico para diodos; neste caso, o multímetro indicará o valor da
queda de tensão sobre o diodo polarizado diretamente.

1.1 Utilizando o teste específico para diodo dos multímetros digitais, teste o diodo
fornecido com os dois modelos de multímetros digitais da bancada; tanto diretamente
quanto reversamente polarizado. Anote o modelo dos multímetros utilizados e as
leituras em cada caso. Interprete o resultado quanto ao estado do diodo.

Tabela 6.1. Teste de diodo com multímetros digitais.


Diodo de Silício Diodo de Germânio
Multímetro Polarização Polarização Polarização Polarização
modelo direta reversa direta reversa

Interpretação dos resultados:

PROCEDIMENTO 2: Levantamento da curva característica de um diodo de Silício.

2.1 Monte o circuito da Figura 6.7.

Figura 6.7. Circuito com diodo diretamente polarizado.

2.2 Ajuste a tensão da fonte de forma a ter no diodo os valores de tensão indicados na
Tabela 6.2. Para cada valor de tensão, meça e anote a corrente no circuito.

Tabela 6.2. Corrente versus tensão sob polarização direta.


VD (V) 0 0,2 0,4 0,5 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8
ID (mA)

2.3 Inverta a polaridade do diodo, conforme mostra a Figura 6.8.

54
Figura 6.8. Circuito com diodo reversamente polarizado.

2.4 Repita o procedimento 2.2, para os valores de tensão da Tabela 6.3.

Tabela 6.3. Corrente versus tensão sob polarização reversa.


VD (V) 0 5 10 15 20 25 30
ID (mA)

PROCEDIMENTO 3: Levantamento da curva característica de um diodo de Germânio.

3.1 Substitua o diodo utilizado no Procedimento 2 pelo diodo de germânio (1N60).

3.2 Ajuste a tensão da fonte de tal forma a ter no diodo os valores de tensão indicados na
Tabela 6.4. Para cada valor de tensão aplicada sobre o diodo, meça e anote a corrente no
circuito.
Tabela 6.4. Corrente versus tensão sob polarização direta.
VD (V) 0 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
ID (mA)

3.3 Inverta a polaridade do diodo e repita o procedimento anterior, para os valores de


tensão da Tabela 6.5.

Tabela 6.5. Corrente versus tensão sob polarização reversa.


VD (V) 0 3 6 9 12 15 Cuidado
ID (mA) XXXXX

Obs: De acordo com o fabricante do diodo de germânio (1N60) a tensão reversa máxima
que o mesmo suporta é de 20 V. Nesta prática, por segurança limitamos em 15 V a
tensão reversa.

6.5 QUESTIONÁRIO

1- Como você pode identificar os terminais de um diodo com o ohmímetro?


2- Ao medir-se a resistência de um diodo, obteve-se um valor baixo tanto para a
resistência direta como para a reversa. O que aconteceu com o diodo?
3- Com os dados experimentais da Tabela 6.2 construa a curva característica do
diodo de silício: I = f (V).
4- Com os dados experimentais da Tabela 6.4 construa a curva característica do
diodo de germânio: I = f (V).
5- Considere que a fonte da Figura 6.7 está regulada em 4,0 V. Trace a reta de carga
no gráfico da questão anterior e determine o ponto de trabalho do diodo. Verifique
se os valores obtidos para I e V são compatíveis com os valores experimentais.
55
56
PAPEL MILIMETRADO PARA GRÁFICO

57
PRÁTICA 7: OSCILOSCÓPIO
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

7.1 OBJETIVOS

- Aprender a manusear o Osciloscópio e o Gerador de Função;


- Medir amplitudes e freqüências com o Osciloscópio;
- Observar o comportamento de um diodo retificador.

7.2 MATERIAL

- Osciloscópio;
- Gerador de função;
- Pontas de prova;
- Diodo;
- Resistor;
- Cabos.

7.3 FUNDAMENTOS

O Osciloscópio é um instrumento que utiliza um tubo de raios catódicos, TRC


(alguns Osciloscópios modernos utilizam telas de cristal líquido em vez de TRC), para
mostrar o gráfico de uma dada voltagem em função do tempo. O Osciloscópio é um
instrumento bastante versátil e de larga utilização em pesquisas, no desenvolvimento de
componentes e equipamentos eletrônicos, em monitoramentos os mais diversos, na
manutenção e assistência técnica de equipamentos, etc. Embora seja um instrumento com
muitos controles, dificilmente o mesmo poderá ser danificado desde que você observe os
seguintes cuidados:
- Nunca use o Osciloscópio para estudar altas voltagens, em particular, não o
conecte diretamente a uma fonte residencial de 220V.
- Procure sempre manter o brilho (INTEN) em um nível baixo para não danificar
a tela fluorescente, especialmente quando o ponto luminoso estiver parado na
tela. Um halo de luz em torno do ponto luminoso ou do sinal mostrado na tela
indica um brilho excessivo; reduza-o imediatamente!

59
O TUBO DE RAIOS CATÓDICOS (TRC)

Figura 7.1. Tubo de Raios Catódicos.

O princípio de funcionamento de um Osciloscópio baseia-se no tubo de raios


catódicos, Figura 1. Neste tubo, elétrons são produzidos por um catodo aquecido, em um
processo conhecido como emissão termiônica. Estes elétrons são então acelerados por
campos elétricos produzidos por placas, catodo e anodo, mantidas a uma diferença de
potencial de milhares de volts após o que, emergem como um feixe estreito. Quando o
feixe de elétrons atinge a tela fluorescente, produz sobre a mesma um ponto luminoso. A
trajetória dos elétrons do feixe, e portanto a posição do ponto luminoso na tela, é
controlada por placas defletoras horizontais e verticais. Quando uma diferença de
potencial é aplicada às placas que defletem o feixe verticalmente (placas horizontais), o
feixe se deslocará para cima ou para baixo, dependendo da polaridade da diferença de
potencial aplicada. Quando aplicamos às placas um sinal alternado, forma-se na tela uma
linha reta vertical; na verdade só se forma um ponto luminoso, mas devido a persistência
da visão (cerca de 0,05 segundos) e ao tempo de decaimento da tela, percebemos uma
linha reta. Se a freqüência for baixa poderemos ver o ponto se deslocando. Processo
semelhante ocorre na direção horizontal.
Os Osciloscópios são projetados de tal modo que as posições horizontal e vertical
do ponto luminoso são proporcionais às diferenças de potenciais aplicadas às placas
defletoras, isto faz do Osciloscópio um instrumento muito útil como medidor de
voltagens.
As imagens mostradas na tela variam de acordo com as tensões aplicadas às placas
defletoras. No modo de uso mais comum, uma voltagem dependente do tempo, que
queremos investigar, é aplicada às placas que defletem o feixe horizontalmente (placas
verticais). Para que este sinal seja mostrado na tela em função do tempo, uma voltagem
60
dente de serra, Figura 7.2, é gerada internamente e é aplicada às placas que defletem o
feixe horizontalmente. Esta voltagem, chamada de varredura horizontal, faz com que o
feixe de elétrons se desloque da esquerda para a direita da tela com uma velocidade
horizontal constante, e, ao chegar à extremidade direita, retorna à posição inicial à
esquerda para nova varredura. E assim sucessivamente; desta forma o Osciloscópio
mostrará na tela o gráfico da tensão (eixo vertical) em função do tempo (eixo horizontal).

Figura 7.2. Gráfico da varredura horizontal, VH, em função do tempo t. A voltagem VH,
gerada internamente, é aplicada às placas que defletem o feixe horizontalmente.

DESCRIÇÃO DOS CONTROLES DO OSCILOSCÓPIO

Figura 7.3. Painel frontal do osciloscópio.

O equipamento que será usado predominantemente em nosso laboratório, é um


Osciloscópio MINIPA modelo MO-1222, de dois canais, com faixa de freqüência DC-
20MHz, com máxima sensibilidade de 1mV/divisão e tempo máximo de varredura de
10ns/divisão. A tela do Osciloscópio é retangular, de 152,4mm. O painel frontal do
61
Osciloscópio está mostrado na Figura 3. São muitos controles, é verdade, mas operar com
os mesmos não é tão complicado como possa parecer. Se você precisar de mais detalhes
consulte o manual do fabricante. Outros Osciloscópios terão controles semelhantes e não
será difícil operá-los com base neste roteiro.

CONTROLES DO FEIXE DE ELÉTRONS

(9) POWER Liga/Desliga o instrumento. Quando pressionado, o LED


(8) LED (8) permanece aceso indicando que o instrumento está
ligado.
(2) INTEN Ajusta o brilho do ponto ou do traço na tela.
(4) FOCUS Focaliza o traço ou o ponto de modo a obter uma imagem
mais nítida.
(5) TRACE ROTATION Potenciômetro para alinhar o traço horizontal em paralelo
às linhas da tela.

CONTROLES DO EIXO VERTICAL

(12) CH1 Terminal de entrada vertical 1. Funciona como terminal de


entrada do eixo X se (27) X-Y estiver habilitado.
(16) CH2 Terminal de entrada vertical 2. Funciona como terminal de
entrada do eixo Y se (27) X-Y estiver habilitado
(36) CH2 INV Inverte o sinal de (16) CH2
(11)(15) AC-DC-GND Seleciona o modo de conexão entre o sinal de entrada e o
amplificador vertical.
AC= Acoplamento AC
DC= Acoplamento DC
GND= Liga a entrada vertical ao terra. Os terminais de
entrada ficam desconectados.
(10)(14) VOLTS/DIV Seleciona a escala do eixo vertical. São 12 possibilidades.
(13)(17) VARIABLE Altera (ajusta) a escala (10)(14) selecionada. Na posição
CAL a escala fica calibrada de acordo com o valor
escolhido em (10)(14).
(40)(37) POSITION Controla a posição vertical do sinal na tela.
(39) VERT MODE Seleciona o sinal que será mostrado na tela:
CH1 mostra somente o sinal da entrada vertical 1.
CH2 mostra somente o sinal da entrada vertical 2.
DUAL mostra simultaneamente os dois sinais das entradas
verticais 1 e 2.
ADD mostra a soma algébrica CH1+CH2. Mostrará a
diferença CH1-CH2 quando o botão (36) CH2 INV está
acionado.
62
CONTROLES DA BASE DE TEMPO (HORIZONTAL)

(18) TIME/DIV Seleciona o tempo de varredura.


(21) SWP.VAR. Altera (ajusta) o tempo de varredura selecionado em (18).
(19) SWP.UNCAL Isto é possível somente quando o botão (19) SWP.UNCAL
está acionado.
(33) x10MAG Quando pressionado há uma amplificação de 10 vezes.
(34) POSITION Controla a posição horizontal do sinal na tela.
(27) X-Y Quando acionado, (12) CH1 é entrada horizontal (eixo-x) e
(16) CH2 é entrada vertical.

CONTROLES DO GATILHO (TRIGGER)


Um mecanismo muito importante nos Osciloscópios é o gatilho (trigger) que é
responsável pelo sincronismo entre o sinal de varredura aplicado às placas defletoras
horizontais e o sinal aplicado à entrada vertical. Isto é necessário para se ter uma fixação
da imagem mostrada na tela. Quando observamos um sinal periódico, isto é, um sinal que
se repete a intervalos de tempo regulares, é importante que o mesmo se apresente na tela
na forma de uma figura estacionária; para que isto ocorra o Osciloscópio dispõe de
circuitos internos que gatilham (iniciam) a varredura através de uma amostra do sinal de
entrada. Assim, através de controles do nível e da polaridade da amostra é possível
observar a onda sempre iniciando de um determinado ponto da mesma.

(23) EXT Terminal de entrada para sinais de gatilhamento externo e sinais


horizontais externos. Para utiliza-lo coloque a chave (26)SOURCE
na posição EXT.
(26) SOURCE Seleciona o sinal que será usado para o gatilhamento.
CH1(X-Y) Seleciona o sinal do CH1
CH2 Seleciona o sinal do CH2
LINE Seleciona o sinal de alimentação AC da rede
elétrica.
EXT Seleciona o sinal externo aplicado ao terminal
de entrada (23) EXT.
(24)TRIG. ALT Seleciona alternadamente entre CH1 e CH2 o sinal de
gatilhamento. A chave (39) VERT MODE deve estar na posição
DUAL ou ADD e a chave (26) SOURCE na posição CH1 ou CH2.
(25) COUPLING
(22) SLOPE Seleciona o gatilhamento quando o sinal é crescente ou quando é
decrescente.
(30) LEVEL Controla o nível (intensidade) do ponto de gatilhamento.
(29) LOCK Quando ativado controla o nível de gatilho automaticamente.
(31) HOLDOFF Controla o intervalo de tempo entre varreduras sucessivas. Deve
ser usado quando o controle (30) LEVEL não for capaz de deixar
estável o gatilhamento.
63
OUTROS

(1)CAL 2Vp-p, 1kHz Este terminal fornece uma tensão de calibração de 2Vp-p, de
aproximadamente 1kHz, onda quadrada positiva.
(20) Terra Terminal de aterramento do chassi do Osciloscópio.

DESCRIÇÃO DOS CONTROLES DO GERADOR DE FUNÇÃO

Segue abaixo descrição dos controles do painel frontal do Gerador de Funções da


marca Minipa, modelo MFG-4202:

OUT Conector para a saída do sinal do gerador de funções


DADJ Duty Cycle (ajuste da simetria da forma da onda)
FADJ Frequencia (ajuste fino).
AADJ Amplitude (ajuste)
ATT-20dB Atenuador de 20dB (ajusta a amplitude em combinação com
AADJ)
ATT-40dB Atenuador de 40dB (ajusta a amplitude em combinação com
AADJ)
WAVE Seleciona a forma de onda: 1-Senoidal 2-Quadrada e 3-Triangular
RANGE Seletor de faixa de freqüência. São 7 faixas como indicado na
Tabela abaixo:
Indicação Faixa
1 0.2 – 4Hz
2 4Hz – 40Hz
3 40Hz – 400Hz
4 400Hz – 4kHz
5 4kHz – 50kHz
6 30kHz – 300kHz
7 200kHz – 2MHz
RUN Completa a seleção da faixa de freqüência (RANGE) e da forma de
onda (WAVE). Deve ser pressionado após selecionar uma nova
forma de onda ou uma nova faixa de freqüência

OBS: Os valores para a amplitude mostrados no painel frontal do gerador de


funções não são confiáveis. Podem apresentar erros apreciáveis.

64
7.4 PROCEDIMENTOS

AJUSTES PRELIMINARES DO OSCILOSCÓPIO


i) Antes de ligar o Osciloscópio, posicione os controles do mesmo conforme
mostrado na tabela abaixo:

ITEM AJUSTE
(9) POWER Posição OFF
(2) INTEN Girar para a posição “3 horas”
(4) FOCUS Metade do cursor
(39) VERT MODE CH1
(40)(37) POSITION Posição central
(10)(14) VOLTS/DIV 0.5V/DIV
(13)(17)VAR Posição CAL
(11)(15) AC-DC-GND GND pressionado (assim AC-DC fica desativado)
(26) SOURCE CH1
(25) COUPLING AC
(22) SLOPE +
(24) TRIG. ALT Liberado (para fora)
(29) LEVEL LOCK Pressionado
(31) HOLDOFF Mínimo (girado no sentido anti-horário)
(28) TRIGGER MODE AUTO
(18) TIME/DIV 0.5ms/DIV
(34) POSITION Metade do cursor
(19) SWP.UNCAL Liberado
(41) CHOP Liberado
(36) CH2 INV Liberado
(27) X-Y Liberado
(33) X10MAG Liberado

ii) Pressione o botão (9)POWER e verifique se o LED de alimentação acendeu.


Aguarde alguns segundos para o aparecimento do sinal.

iii) Regule o traço para um brilho apropriado e para uma imagem bem nítida por meio
dos controles (2)INTEN e (4)FOCUS.

iv) Alinhe o traço com a linha horizontal central da tela através do controle POSITION do
CH1.
Estes ajustes preliminares servem apenas como guia. Ajuste os controles sempre
que for necessário. Use o bom senso.

65
OBSERVAÇÃO DO SINAL DO CALIBRADOR

1.1 Conecte a ponta de prova (ajustada em 1:1) ao terminal CH1, e aplique o sinal
proveniente do (1) CALIBRADOR à extremidade da ponta de prova. Não há
necessidade de conectar o terra (jacaré) da ponta de prova, neste caso.
1.2 Coloque (11)AC-DC-GND em AC e GND liberado. Surgirá na tela uma onda
quadrada como mostrado na Figura 7.4.

Escala: X: 0.5 ms/DIV Y: 0.5V/DIV


Figura 7.4. Tela do Osciloscópio mostrando a onda quadrada proveniente do
CALIBRADOR.

1.3 Mude a escala horizontal para 0.2ms/DIV. Observe o sinal e reproduza-o na Figura
7.5 da folha anexa.
1.4 Mude a escala vertical para 1V/DIV. Observe o sinal e reproduza-o na Figura 7.6 da
folha anexa.

OBSERVAÇÃO DO SINAL FORNECIDO PELO GERADOR DE FUNÇÃO

1.5 Conecte o gerador de função ao CH1 do Osciloscópio com um cabo BNC-BNC.


Selecione no OSCILOSCÓPIO a escala vertical em 1V/DIV e a escala horizontal em
0.2ms/DIV.
1.6 No gerador de função, selecione a forma senoidal e a freqüência em 1kHz. Em
seguida pressione RUN. Ajuste a amplitude para 5Vpp. Certifique-se de que o sinal
observado tem mesmo amplitude de 5Vpp e freqüência de 1kHz. Se for necessário,
ajuste o gerador de função. Se houver discrepância entre o valor da amplitude
fornecido pelo gerador de função e o valor observado no Osciloscópio, considere
como correto o deste último.
1.7 Trace na Figura 7.7 da folha anexa o sinal observado.
1.8 Mude a escala horizontal para 0.1ms/DIV e trace na Figura 7.8 da folha anexa o sinal
observado.

66
OBSERVAÇÃO SIMULTÂNEA DE DOIS SINAIS (OPTATIVO)

1.9 No gerador de função, selecione a forma senoidal e ajuste a amplitude para 8Vpp e a
freqüência para 1kHz. Aplique o sinal do gerador de função no CH1 do Osciloscópio.
Ligue a ponta de prova ao terminal (+) do gerador e o terra (jacaré) da ponta de prova
ao terra do gerador de função. Certifique-se de que o sinal observado tem mesmo
amplitude de 8Vpp e freqüência de 1kHz.

1.10 Utilize o circuito ilustrado na Figura 7.9 e aplique o sinal do gerador de função
nos terminais de entrada, Ventrada, do circuito.

Figura 7.9. Circuito com diodo e resistor.

1.11 Observe no canal CH1 do osciloscópio o sinal de entrada, Ventrada, e utilizando


uma outra ponta de prova, observe o sinal de saída, Vsaída, no canal CH2 do
Osciloscópio (selecione DC em (15) AC-DC-GND no CH2). Para ver os dois sinais
ao mesmo tempo, coloque (39)VERT MODE em DUAL. Ajuste os controles de
modo a observar dois períodos do sinal do CH1 na metade superior da tela e o sinal
do CH2 na metade inferior da tela. Coloque os terras das duas pontas de prova em um
ponto comum.
1.12 Trace na Figura 7.10 da folha anexa os sinais observados. Observe que o diodo só
deixa passar o sinal positivo, isto é, só conduz quando está polarizado positivamente.
1.13 Coloque (39)VERT MODE em ADD. Você deverá observar a soma dos dois
sinais. Trace na Figura 7.11 da folha anexa o sinal observado.
1.14 Pressione (36) CH2 INV e observe a diferença entre os sinais.

67
68
Escala X:_______ Y:________ Escala X:_______ Y:________
Figura 7.5. Figura 7.6.

Escala X:_______ Y:________ Escala X:_______ Y:________


Figura 7.7. Figura 7.8.

Escala X:_______ Y(CH1):________ Escala X:_______ Y:________


Y(CH2):________

Figura 7.10. Figura 7.11.

69
PRÁTICA 8: CIRCUITO RC
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

8.1 OBJETIVOS

- Estudar o circuito RC;


- Estudar a associação de capacitores em série e em paralelo;
- Determinar a constante de tempo capacitiva do circuito RC.

8.2 MATERIAL

- Capacitor de 1000 µF (dois);


- Resistor 30 kΩ;
- Fonte de Tensão contínua de 10V (pode ser outro valor)
- Cronômetro;
- Cabos (sete);
- Multímetro digital (de alta impedância);
- Chave (comutadora).

8.3 FUNDAMENTOS

Capacitores são dispositivos usados em circuitos elétricos que tem a capacidade de


armazenar carga elétrica. Na sua forma mais simples, é formado por duas placas condutoras,
separadas por um material isolante ou dielétrico, Figura 8.1. Ligados às placas condutoras, estão
os terminais para a conexão do capacitor com o circuito desejado.

Figura 8.1: Capacitor

71
A propriedade de um capacitor armazenar mais ou menos carga por unidade de tensão é
chamada de CAPACITÂNCIA, que pode ser escrita matematicamente como:
q
C= (8.1)
V
onde C é a capacitância, q é a carga elétrica armazenada e V é a tensão.
A unidade de capacitância no SI é o coulomb/volt que recebeu o nome especial de farad
(abreviado F). Para efeitos práticos o farad é uma unidade muito grande por isso é mais comum
encontrarmos capacitores em faixas de valores submúltiplos do farad, tais como:

Micro farad: 1µF = 10-6 F


Nano farad: 1nF = 10-9 F
Pico farad: 1pF = 10-12 F

Além do valor da capacitância, é preciso especificar também o valor limite da tensão a


ser aplicada entre os terminais de um capacitor. Como sabemos, todo dielétrico possui como
característica uma rigidez dielétrica que é o valor máximo do campo elétrico que o material
pode tolerar sem haver ruptura do poder isolante, assim, conforme o tipo de capacitor, haverá um
valor máximo de tensão, chamado de tensão de isolação, que não pode ser ultrapassado, sob
pena de se danificar o capacitor.

CIRCUITO RC

Vamos agora estudar o comportamento de um capacitor em um circuito simples como o


mostrado na Figura 8.2.

Figura 8.2. Circuito RC.

Estando o capacitor da Figura 8.2, inicialmente descarregado, a chave S é então ligada,


no instante t = 0, na posição a; assim, o resistor é imediatamente submetido a uma diferença de
potencial E, estabelecendo-se uma corrente inicial igual a E/R. O fluxo de carga através do
resistor começa então a carregar o capacitor. A presença de carga no capacitor cria, através do
mesmo, uma diferença de potencial (igual a q/C), o que faz com que a diferença de potencial nos
extremos do resistor diminua desta mesma quantidade, uma vez que a soma das duas diferenças
de potencial é sempre igual a E. Isto significa que a corrente é reduzida; assim, quanto maior é a
carga no capacitor, menor será a corrente no circuito. Quando o capacitor estiver completamente
carregado, a diferença de potencial sobre o resistor será zero e, portanto a corrente também será
zero.
Deixamos para você a descrição do que ocorre quando a chave S é ligada na posição b,
após o capacitor estar completamente carregado.

72
Matematicamente, após ligar a chave S em a, em t = 0, com o capacitor descarregado (ver
aula 8), a carga do capacitor varia com o tempo como segue:

 −
t

q = CE 1 − e RC 
 (8.2)
 

a diferença de potencial através do capacitor é então:

q  −
t

VC = = E 1 − e RC 
 (8.3)
C  

e a diferença de potencial através do resistor:

t

VR = Ee RC
(8.4)

O produto RC, que aparece nas equações acima é chamado de constante de tempo
capacitiva e é igual ao tempo necessário para que a carga no capacitor atinja cerca de 63% ( na
verdade, 1-e-1) do seu valor final de equilíbrio.

8.4 PRÉ-LABORATÓRIO
Considere que o capacitor da Figura 8.2 está completamente carregado. No instante t=0 a
chave S é ligada ao ponto b. Escreva o que se pede (não precisa demonstrar).
a) A equação da carga do capacitor em função do tempo.

b) A equação da diferença de potencial sobre o capacitor em função do tempo.

c) A equação da diferença de potencial sobre o resistor em função do tempo.

d) A equação da corrente no circuito em função do tempo.

73
8.5 PROCEDIMENTOS

PROCEDIMENTO 1: Medida da Tensão no Capacitor em função do Tempo durante a


carga do capacitor.

1.1 Ajuste a tensão da fonte para 10V. Alternativamente, anote a tensão da fonte caso não
disponha de uma que forneça 10V. E = __________.
1.2 Anote os valores nominais do resistor RN = __________ e do capacitor CN =__________
usados no circuito. Meça a resistência e anote, RM = _________ . Com um capacímetro meça e
anote o valor medido da capacitância CM = ______________.
1.3 Certifique-se de que o capacitor está descarregado curtocircuitando seus terminais. Faça isso
preferencialmente com o capacitor desconectado do circuito.
1.4 Monte o circuito da Figura 8.3, com a chave S inicialmente em b. Atenção para a polaridade
do capacitor. Escolha uma escala no voltímetro tendo em mente que a tensão máxima a ser
medida é a tensão da fonte indicada no item 1.1 acima.

Figura 8.3. Circuito para os Procedimentos 1 e 2.

1.5 Acione o cronômetro e simultaneamente ligue a chave S em a .


1.6 Anote os valores da tensão sobre o capacitor, Vc, em função do tempo de carga, T, como
indicado na Tabela 8.1.

Tabela 8.1. Tensão VC em função do tempo durante a carga do capacitor.


T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VC (V) 0
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VC (V)

1.7 O circuito deve permanecer ligado após a tomada das medidas.

PROCEDIMENTO 2: Medida da Tensão no Capacitor em função do Tempo durante a


descarga do capacitor.
2.1 Espere até a tensão do capacitor atingir 10,0V (ou quase).
2.2 Anote VC para o instante t = 0. Neste caso VC é igual à leitura do voltímetro imediatamente
antes de ligar a chave em b.
2.3 Acione o cronômetro e simultaneamente ligue a chave S em b e anote a tensão em função do
tempo, durante a descarga do capacitor, como indicado na Tabela 8.2.

74
Tabela 8.2. Tensão VC em função do tempo durante a descarga do capacitor.
T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VC (V)
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VC (V)

2.3 Na folha anexa, faça os gráficos da Tensão no Capacitor (VC) versus tempo para a carga e a
descarga do capacitor.

PROCEDIMENTO 3: Medida da Tensão no Resistor em função do Tempo durante a


carga do capacitor.
3.1 Certifique-se de que o capacitor está descarregado curtocircuitando seus terminais.
3.2 Monte o circuito da Figura 8.4, com a chave S inicialmente em b.
3.3 Anote VR para o instante t = 0. Neste caso VR é igual à tensão fornecida pela fonte se o
capacitor estiver totalmente descarregado.

Figura 8.4. Circuito para os Procedimentos 3 e 4.

3.4 Acione o cronômetro e simultaneamente ligue a chave S em a. Meça a tensão sobre o resistor
( VR) em função do tempo* durante a carga do capacitor. Anote os resultados na Tabela 8.3.
3.5 Calcule a corrente I, em cada instante, dividindo a tensão pelo valor medido da resistência.
Anote na Tabela 8.3.

Tabela 8.3. Tensão VR e corrente I em função do tempo durante a carga do capacitor.


T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VR (V)
I (µA)
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VR (V)
I (µA)

3.6 O circuito deve permanecer ligado após a tomada das medidas.

*
OBS.: Sempre, antes de carregar o capacitor curtecircuite seus terminais para se certificar de que o mesmo
está descarregado.

75
PROCEDIMENTO 4: Medida da Tensão no Resistor em função do Tempo durante a
descarga do capacitor.

4.1 Espere que a tensão sobre o resistor se anule.


4.2 Anote VR para o instante t = 0. VR é igual à diferença entre a leitura do voltímetro
imediatamente antes de ligar a chave em b e a tensão da fonte. Neste caso teremos um valor
negativo indicando que a corrente circulará no circuito em sentido contrário.
4.3 Acione o cronômetro e simultaneamente ligue a chave S em b. Meça a tensão sobre o resistor
(VR) em função do tempo durante a descarga do capacitor. Anote os resultados na Tabela 8.4.
4.4 Calcule a corrente I, em cada instante, dividindo a tensão pelo valor medido da resistência.
Anote na Tabela 8.4.

Tabela 8.4. Tensão VR e corrente I em função do tempo durante a descarga do capacitor.


T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VR (V)
I (µA)
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VR (V)
I (µA)

4.5 Trace num mesmo gráfico a Tensão (VR) sobre o resistor versus tempo para a carga e
descarga do capacitor.
4.6 Trace num mesmo gráfico a Corrente ( I ) versus tempo para a carga e a descarga do
capacitor.

PROCEDIMENTO 5: Medida da Tensão nos Capacitores (associados em paralelo) em


função do Tempo durante a carga dos capacitores.

5.1 Substitua o capacitor por dois capacitores em paralelo como mostra a Figura 8.5. Certifique-
se de que ambos os capacitores estão descarregados curtocircuitando seus terminais.
5.2 Monte o circuito da Figura 8.5, com a chave S inicialmente em b.

Figura 8.5. Circuito RC com dois capacitores em paralelo.

5.3 Acione o cronômetro e simultaneamente ligue a chave S em a .


5.4 Anote os valores da tensão sobre os capacitores, Vc, em função do tempo de carga, T, como
indicado na Tabela 8.5.

76
Tabela 8.5. Tensão VC em função do tempo durante a carga dos capacitores em paralelo.
T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VC (V)
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VC (V)

PROCEDIMENTO 6: Medida da Tensão nos Capacitores (associados em série) em


função do Tempo durante a carga dos capacitores.

6.1 Coloque os dois capacitores em série como mostra a Figura 8.6. Certifique-se de que ambos
os capacitores estão descarregados curtocircuitando seus terminais.
6.2 Monte o circuito da Figura 8.6, com a chave S inicialmente em b.

Figura 8.6. Circuito RC com dois capacitores em série.

6.3 Acione o cronômetro e simultaneamente ligue a chave S em a .


6.4 Anote os valores da tensão sobre os capacitores, Vc, em função do tempo de carga, T, como
indicado na Tabela 8.6.
6.5 Na folha anexa, faça o gráfico da Tensão versus tempo para a carga dos capacitores em série
e em paralelo.

Tabela 8.6. Tensão VC em função do tempo durante a carga dos capacitores em série.
T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VC (V)
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VC (V)

77
8.6 QUESTIONÁRIO

1- Determine a constante de tempo nominal do circuito com apenas um capacitor.

2- Determine experimentalmente a constante de tempo do circuito pelo gráfico de VC vs t durante


a carga do capacitor. Indique o procedimento usado.

3- Determine a capacitância do capacitor utilizado a partir do resultado da questão anterior.

4- Determine experimentalmente a capacitância equivalente dos capacitores em paralelo e


compare com o resultado esperado teoricamente.

5- Determine experimentalmente a capacitância equivalente dos capacitores em série e compare


com o resultado esperado teoricamente.

6- Calcule a carga máxima armazenada no capacitor durante a experiência.

78
Gráfico da tensão VC vs tempo durante a carga e descarga do capacitor.∗

Gráfico da tensão VC vs tempo durante a carga dos capacitores em série e em paralelo.


Destaque esta folha e inclua em seu Relatório.

79
(verso da folha de gráfico)

80
Gráfico da tensão VR vs tempo durante a carga e descarga do capacitor.∗


Destaque esta folha e inclua em seu Relatório.

81
(verso da folha de gráfico)

82
Gráfico da Corrente I vs tempo durante a carga e descarga do capacitor.∗


Destaque esta folha e inclua em seu Relatório.

83
(verso da folha de gráfico)

84
PRÁTICA 9: FORÇA MAGNÉTICA

NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

9.1 OBJETIVOS

- Verificar a direção e o sentido da força magnética em função da orientação da corrente elétrica


num condutor e da orientação do campo magnético.
- Medir a força magnética sobre um condutor (de comprimento fixo) em função da intensidade
da corrente elétrica.
- Medir a força magnética em função do comprimento do condutor para um valor constante da
intensidade da corrente elétrica.

9.2 MATERIAL

- Balança;
- Fonte de Tensão (regulável de 0 ...32 V, 0...5 A);
- Espiras retangulares;
- Cabos;
- Base com haste;
- Imã com terminais;
- Conector distribuidor.
- Chave liga/desliga (push button);
- Resistore de 10 Ω/20W;
- Ímã de neodímio em forma de paralelepípedo;
- Bússola;
- Suporte com barras condutoras paralelas;

9.3 FUNDAMENTOS

Quando uma carga de prova q, passa com velocidade v em um ponto onde existe um campo
magnético B, ela sofrerá a ação de uma força F, dada por:

F = qv x B (9.1)

Uma corrente elétrica é formada por uma sucessão de cargas em movimento; então, se um
fio de comprimento L é percorrido por uma corrente i, na presença de um campo magnético B, o
mesmo sofrerá a ação de uma força dada por:

F = iL x B (9.2)

Onde L é um vetor orientado ao longo do fio (reto) e que aponta no sentido da corrente. Em nosso
experimento o fio será colocado perpendicularmente ao vetor B, assim a Equação 9.2 se reduz a:

F = i.L.B (9.3)

Onde F é o módulo da força F.

85
9.4 PRE-LABORATÓRIO

Um fio de metal de massa m desliza sem atrito sobre dois fios horizontais separados por
uma distância d, como na Figura 9.1. Os fios estão em um campo magnético vertical e
uniforme B. Uma corrente elétrica constante, i, flui de um gerador G e percorre o circuito,
conforme a figura. Encontre o vetor aceleração do fio de massa m (módulo, direção e
sentido).

Figura 9.1. Força magnética sobre um fio com corrente i.

9.5 PROCEDIMENTOS

PROCEDIMENTO 1: Força magnética sobre um fio percorrido por uma corrente.

1.1 Monte o circuito de alimentação como mostra a Figura 9.2. Conecte uma chave
liga/desliga (push button) e em seguida a resistência de 10 Ω/20W para proteger o circuito.
Este conjunto deve ser ligado ao arranjo da Figura 9.3. A fonte deve ser ajustada para
fornecer uma corrente de 1,4 A quando a chave liga/desliga for acionada.

Figura 9.2. Circuito de alimentação.

1.2 Monte o arranjo experimental como mostra a Figura 9.3. O ímã deve ser colocado com
o pólo norte voltado para cima. O circuito de alimentação deve ser conectado de modo que
a corrente percorra o condutor móvel no sentido indicado (saindo do plano da folha de
papel). Pressione a chave liga/desliga por alguns segundos e verifique para que lado a força
F atua sobre o condutor móvel.

OBS: Os condutores horizontais, bem como o condutor móvel devem ser limpos com
palha de aço (Bombril), para favorecer o contato elétrico.

86
Figura 9.3. Arranjo experimental para a verificação da força magnética.

9.3 Verifique a validade da regra da mão direita para o produto: F = iL x B.

9.4 Represente na Figura 9.4 os vetores F, L e B de acordo com o experimento realizado.

9.5 Inverta a polaridade das ligações do arranjo experimental da Figura 9.3; verifique a
validade da regra da mão direita e represente na Figura 9.4 os vetores F, L e B.

9.6 Inverta a posição do ímã de modo que o pólo sul fique voltado para cima. Ligue os terminais
positivo e negativo do circuito de alimentação como indicado na Figura 9.3, verifique a validade
da regra da mão direita e represente na Figura 9.5 os vetores F, L e B.

9.7 Inverta a polaridade das ligações do arranjo experimental da Figura 9.3; verifique a
validade da regra da mão direita e represente na Figura 9.5 os vetores F, L e B.

9.8 Nas Figuras 9.4 e 9.5 a representação dos vetores: B, L e F deve ser feita como segue: o
campo magnético, B, gerado pelo ímã está representado pelas linhas verticais (o sentido
deverá ser indicado pelo aluno através de pequenas setas); a orientação do vetor, L, segue a
orientação da corrente elétrica, no condutor móvel (o sentido de L deve ser representado
por círculos com um ponto para a corrente saindo do plano da figura e de círculos com um
X para a corrente entrando no plano da figura) e F, o vetor força magnética que deverá ser
representado por vetores (setas) de acordo com o deslocamento do condutor móvel
observado em cada caso.

Figura 9.4. Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.

87
Figura 9.5. Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.

PROCEDIMENTO 2: Representação do vetor força magnética sobre a espira.

Figura 9.5. Arranjo experimental.

2.1 Monte o experimento como ilustrado na Figura 9.5.


2.2 Suspenda na balança a espira de 50 mm de largura, conecte os cabos flexíveis e ajuste a balança
de modo que a mesma fique em equilíbrio na ausência de corrente elétrica. Os cabos (vermelho e
azul) devem ser conectados à fonte de modo que inicialmente o vetor L já representado na Figura
9.6 esteja entrando no plano do papel.
2.3 Posicione o imã de modo que o pólo norte, N (vermelho) fique à sua esquerda.
2.4 Certifique-se de que o lado inferior da espira está bem centralizado entre os terminais do imã;
faça ajustes se necessário.

88
AJUSTE INICIAL DA FONTE:
Gire o botão de corrente para um valor igual a ZERO e gire o botão de tensão no
sentido horário até sua posição final.

2.5 Aplique uma corrente de 3,0 A, observe as orientações dos vetores B e L. Represente o vetor F
na Figura 9.6 superior esquerda.
2.6 Inverta o sentido do campo magnético, observe e anote. Represente o vetor F na Figura 9.6
superior direita.
2.7 Inverta o sentido da corrente elétrica, para isso desligue a fonte, permute os cabos entre os
terminais (+) e (-), ligue novamente a fonte. Observe e anote. Represente os vetores B, L e F
na Figura 9.6 inferior esquerda.
2.8 Inverta, novamente, o sentido do campo magnético, observe e anote. Represente os vetores B, L
e F na Figura 9.6 inferior direita.

Figura 9.6. Figura com a representação dos vetores B, L e F. O sentido de B é sempre do pólo Norte
para o pólo sul. O vetor L, indicado por um (X) representa o mesmo entrando no plano do papel.
Um ( . ) dentro do círculo representa o vetor L saindo do plano do papel. O vetor F atua sobre o
segmento vertical da espira, aqui representada pelos círculos. A figura deve ser completada pelo
aluno segundo o Procedimento 2.

PROCEDIMENTO 3: Força magnética em função da corrente elétrica.

3.1 Meça a força necessária para equilibrar a balança na ausência de corrente elétrica, Fo.
3.2 Aplique as correntes indicadas na Tabela 9.1 e meça as forças correspondentes, F(gf). Anote nas
colunas indicadas por F(gf) as forças totais. Subtraia F-Fo (gf), de modo a obter somente a força
magnética em gf. Anote também na coluna indicada por F(mN), a força magnética correspondente
em mN.
OBS: A fonte usada nesta prática tem como limite máximo 5,0 A. Cuidado!

89
Tabela 9.1. Força magnética em função da corrente para L = 50 mm.
Força Total Força Magnética Força Magnética (mN)
I(A) F (gf) F-Fo (gf) [F-Fo](gf) x 9,81
0,0 0,0 0,0
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0

3.3 Repita o procedimento anterior para a espira com L = 25 mm.

Tabela 9.2. Força magnética em função da corrente para L = 25 mm.


Força Total Força Magnética Força Magnética (mN)
I(A) F (gf) F-Fo (gf) [F-Fo](gf) x 9,81
0,0 0,0 0,0
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0

PROCEDIMENTO 4: Força magnética em função do comprimento L.

4.1 Anote na Tabela 9.3 os resultados obtidos com as espiras com L = 50 mm e 25 mm.
4.2 Meça a força magnética para a espira dupla de 50 mm quando 1 = 3,0 A e anote. Considere a
espira dupla de 50 mm equivalente a uma espira simples de lado 100mm.
4.3 Repita o procedimento anterior para a espira de 12,5 mm e anote.

Tabela 9.3. Força magnética em função do comprimento para I = 3,0 A.


L (mm) I(A) Força Total Força Magnética Força Magnética (mN)
F (gf) F-Fo (gf) [F-Fo](gf) x 9,81
12,5 0,0 0,0 0,0
3,0
25 0,0 0,0 0,0
3,0
50 0,0 0,0 0,0
3,0
100 =(2X50) 0,0 0,0 0,0
3,0

90
9.6 QUESTIONÁRIO

1- Reproduza na figura da folha anexa os resultados experimentais anotados nas Figuras 9.4, 9.5 e
9.6.

2- Quais os vetores da Equação 9.1 que formam pares sempre ortogonais entre si? Quais os que
não precisam ser sempre ortogonais?

3- Represente, na folha anexa, em um mesmo gráfico, F versus i, de acordo com as Tabelas 9.1e
9.2.

4- Represente na folha anexa, F versus L para i = 3,0 A.

5- Se um elétron não sofre desvio ao atravessar em linha reta certa região do espaço, podemos
afirmar que não existe campo magnético nesse lugar?

6- Qual a intensidade do campo magnético entre os pólos do imã em “U” usado nesta prática?

7- A figura ao lado mostra uma espira retangular, parcialmente imersa


em um campo magnético B perpendicular ao plano da figura e apontando
para dentro da mesma. Indique se há força magnética atuando nos ramos
verticais da espira, e se houver como estão orientadas. Indique também a
orientação da força magnética na parte horizontal inferior da espira.

Obs: Destaque a folha anexa e inclua em seu Relatório.

91
92
Figura 9.4. Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.

Figura 9.5. Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.

Figura 9.6. Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.

93
94
Gráfico de F versus i .∗

Gráfico de F versus L.


Destaque esta folha e inclua em seu Relatório.

95
PRÁTICA 10: INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

10.1 OBJETIVOS

- Verificar experimentalmente a indução eletromagnética;


- Conhecer o princípio de funcionamento de transformadores, geradores e motores
elétricos.

10.2 MATERIAL

- Fonte de tensão contínua (regulável de 0 ... 12 V);


- Galvanômetro;
- Multímetro digital;
- Resistor de 8,2Ω/10W;
- Imã;
- Bússola;
- Bobinas (1200, 300, 1600 e 400 espiras);
- Motor Simples;
- Gerador
- Núcleo de ferro.

10.3 FUNDAMENTOS

O eletromagnetismo é o ramo da física que estuda a relação entre eletricidade e


magnetismo. É sabido que uma corrente elétrica ou um campo elétrico variável produz
um campo magnético e um campo magnético variável produz um campo elétrico.
Em 1820, o físico e médico dinamarquês Hans Christian Oersted descobriu os
efeitos magnéticos da corrente ao observar que a agulha de uma bússola sofria deflexão
na vizinhança de um fio condutor por onde passava uma corrente. A agulha não era nem
atraída nem repelida, em vez disso, ela tendia a formar ângulos retos com o condutor.
Assim, ele descobriu que todo condutor com uma corrente elétrica é envolvido por um
campo magnético.
No começo da década de 1830, o físico inglês Michael Faraday e o físico
americano Joseph Henry, descobriram, independentemente, o princípio da indução
eletromagnética ao observar que movendo um imã próximo a uma mola de fio de cobre, o
mesmo causava o aparecimento de uma corrente elétrica no fio. Essa corrente é chamada
de corrente induzida e o trabalho realizado por unidade de carga durante o movimento
dos portadores de carga que constituem essa corrente é denominada de força
eletromotriz (fem) induzida. Uma fem induzida só se estabelece quando o número de
linhas do campo magnético estiver variando.

97
Considere uma superfície, que pode ou não ser plana, limitada por uma espira
fechada. Representa-se o número de linhas magnéticas que atravessam aquela superfície
pelo fluxo magnético ΦB através da superfície. Este fluxo é definido por:

→ →
ΦB = ∫ B ⋅d A (10.1)
→ →
em que B é o campo magnético que se estabelece através da superfície e d A é um
elemento diferencial de área da superfície. A unidade do SI para o fluxo magnético é o
tesla-metro2, denominado de weber (abreviatura Wb).

Depois de estabelecida a definição de fluxo magnético, a lei da indução de


Faraday pode ser anunciada. Sob a forma de equação esta lei se escreve:

ε = − dΦdt B
(10.2)

Variando o fluxo magnético através de uma bobina com N espiras, uma fem
induzida aparecerá em cada espira e estas devem ser somadas. Se o fluxo através de cada
espira for o mesmo, a fem induzida na bobina será:

ε = − N dΦdt B
(10.3)

Em 1834, três anos depois de Faraday ter formulado sua lei de indução, o cientista
alemão Heinrich Friedrich Lenz estabeleceu uma regra (conhecida como Lei de Lenz)
que permite determinar o sentido de uma corrente induzida numa espira condutora
fechada:

"Uma corrente induzida surgirá numa espira fechada com um sentido tal que ela
se oporá à variação que a produziu."

Analisando a lei de Lenz pode-se afirmar que esta é uma conseqüência do


princípio da conservação da energia.

Só podemos aplicar a lei de Lenz diretamente a espiras condutoras fechadas.


Porém, tendo uma espira não fechada, podemos pensar no que aconteceria se ela o fosse e
determinar o sentido da fem induzida.

Estes princípios de Faraday e Lenz são aplicados na geração de eletricidade para o


fornecimento de corrente elétrica alternada.

98
10.4 PRÉ-LABORATÓRIO

Uma espira circular de área 0,50 m2 é colocada em um campo magnético como


mostra a Figura 10.1. O campo magnético mantém-se perpendicular ao plano da espira,
porém sua intensidade diminui com o tempo, de 40 T para 20 T, a uma razão uniforme de
2,0 T por segundo. Calcule a intensidade de corrente que circula pela espira, se sua
resistência vale 4,0 Ω.

Figura 10.1. Espira em um campo magnético variável.

10.5 PROCEDIMENTOS

PROCEDIMENTO 1: Campo magnético em torno de um fio condutor.

1.1 Utilizando a fonte de alimentação da bancada, monte um


circuito como o apresentado na Figura 10.2. Coloque uma
bússola sobre a mesa e sobre esta um fio condutor na Posição 1
(perpendicular a agulha da bussola), ligue o circuito e observe o
que acontece. Depois coloque o fio na Posição 2 (paralelo a
agulha da bussola) e repita o procedimento. Descreva o que
ocorre em ambos os casos.
Figura 10.2.

IMPORTANTE: NÃO DEIXE O CIRCUITO LIGADO POR MUITO TEMPO.

99
PROCEDIMENTO 2: Verificação da indução eletromagnética.

Figura 10.3.

2.1 Monte um circuito como o apresentado na Figura 10.3 e descreva o que ocorre ao
ligar ou desligar a chave S. Para aumentar o efeito, use bobinas no lugar onde a figura
mostra apenas uma espira.
Ligue o galvanômetro à bobina com o maior número de espiras que lhe foi fornecido.

(R = 8,2 Ohms e E = 9 V)

Se um núcleo de ferro estiver presente no interior de uma bobina, um efeito


especial acontece que permite um alto grau de alinhamento dos momentos magnéticos
elementares do mesmo.

2.2 Repita o item 2.1, desta vez com um núcleo de ferro no interior das bobinas, observe
e descreva a diferença.

Ligue uma bobina ao galvanômetro como mostra a Figura 10.4. Proceda como indicado:

Obs: Use a bobina com o menor número de espiras. Se o efeito for pequeno use
uma bobina com um maior número de espiras.

100
Figura 10.4. Movimento de um imã em uma bobina.

2.3 Introduza o pólo norte do imã (vermelho) na bobina. Observe o galvanômetro e


descreva.

2.4 Puxe o imã, observe e descreva.

2.5 Repita o procedimento, agora com o polo sul.

2.6 Qual o efeito de se introduzir ou retirar o imã mais rápido?

101
PROCEDIMENTO 3: Representação de B por linhas de indução.

3.1 Da mesma maneira que o campo elétrico é representado por linhas de força, o campo
magnético também pode ser representado por "linhas de indução". As linhas de indução
são traçadas de tal maneira que a reta tangente a uma linha de indução num ponto

qualquer dá a direção do vetor B neste ponto.

VERIFIQUE: Coloque a bússola em várias posições, como mostra a Figura 10.5, e trace
as linhas de indução de seu campo magnético.
Linhas de indução Magnética em torno de um ímã.

PROCEDIMENTO 4: Transformador.

Um tipo simples de transformador consiste em duas


bobinas enroladas em torno de um núcleo de ferro, Figura
10.6. Aplicando-se uma tensão alternada no enrolamento
primário (na entrada do transformador), um fluxo magnético
alternado ΦB será produzido no núcleo de ferro. O núcleo de
ferro faz com que o fluxo magnético seja essencialmente o
mesmo em cada espira, tanto no primário como no
secundário (o outro enrolamento).

Figura10.6. Transformador.

Assim, pela Lei da Indução de Faraday, a força eletromotriz induzida por espira, Ei , é a
mesma nos dois enrolamentos (primário e secundário):

dΦB
Ei = (10.4)
dt

102
Supondo NP espiras no primário, a tensão induzida no primário é dada por:

dΦB
V p = N p Ei = N p (10.5)
dt

E para as NS espiras no secundário:

dΦB
Vs = N s Ei = N s (10.6)
dt

onde VP e VS são as tensões induzidas no primário e secundário respectivamente.

Dividindo a Equação (10.5) pela Equação (10.6) temos:

Vp Np
= (10.7)
Vs Ns

Para o caso ideal (transformador sem perdas), pela conservação da energia,


podemos igualar a potência no primário à potencia no secundário:

i pV p = isVs (10.8)

Combinando com a Equação (10.7), vem:

ip Ns
= (10.9)
is Np

Um transformador é dito ELEVADOR quando a voltagem no secundário é maior


do que no primário; e ABAIXADOR quando ocorre o contrário. As correntes, por outro
lado, se comportam de maneira inversa, como mostra a Equação (10.9).

Figura 10.7. Transformador.

103
4.1 Faça uma montagem como indicado na Figura 10.7.

4.2 TRANSFORMADOR?

Ajuste a fonte de tensão CONTÍNUA em 6V. Ligue a fonte de tensão ao primário (1600
espiras) do transformador. Meça VP e VS . Anote.
OBS: NOS PROCEDIMENTOS 4.2, 4.3 E 4.4 CERTIFIQUE-SE DE QUE HÁ UM BOM
CONTATO ENTRE AS PARTES DO NÚCLEO DE FERRO DO TRANSFORMADOR.

4.3 TRANSFORMADOR ABAIXADOR.

Ligue, desta vez, a saída ALTERNADA de 6V da fonte de tensão ao primário do


transformador (bobina com 1600 espiras). Meça VP e VS .
(lembre-se de selecionar no multímetro uma escala de tensão alternada apropriada).
Anote.

4.4 TRANSFORMADOR ELEVADOR.

Use o transformador como ELEVADOR de tensão, isto é, use a bobina com 400 espiras
como primária e a de 1600 espiras como secundária. Deixe o circuito do secundário
ABERTO. Aplique 6V AC no primário e meça VP e VS .
Anote.

104
PROCEDIMENTO 5: Motor elétrico.

Neste procedimento faremos uso de um motor elétrico simples alimentado com corrente
contínua. O motor, Figura 10.8, consiste de um conjunto de espiras suportado por
dois contatos elétricos. Sob o conjunto de espiras há um ímã permanente. O fio da
espira é revestido por uma película isolante. Essa película é raspada totalmente em
um dos lados e raspada parcialmente no outro. Isso permite que ora haja contato nos
dois lados e uma corrente elétrica circule pela espira e ora haja contato apenas em um
dos lados e a corrente é interrompido. Quando a corrente circula na espira surge um
campo magnético que tende a se alinhar com o campo magnético do ímã, a espira
sofre uma rotação. Quando a espira gira de 180o um dos contatos elétricos é
interrompido e não mais circula corrente elétrica. Por inércia a espira continua a girar
até o ponto onde o contato elétrico novamente é restabelecido e o ciclo se repete.

Figura 10.8. Motor elétrico simples.

5.1 Monte o motor elétrico como indicado na Figura 10.8. Raspe as extremidades como
indicado no detalhe da Figura 10.8 para melhorar os contatos elétricos. Cuidado!
Uma das extremidades deve ser raspada somente em um dos lados.
5.2 Monte o circuito da figura 10.9 para alimentar o motor elétrico. Aplique uma tensão
contínua de 9 V. Utilize uma resistência de 8,2 Ω/10W para proteger a fonte de
tensão contra curto circuito. Pressione a chave liga/desliga e dê um pequeno giro no
conjunto de espiras (induzido) e observe.

Figura 10.9. Arranjo para o motor elétrico.

105
5.3 Troque a polaridade da tensão aplicada, dê um pequeno giro no induzido e observe.
5.4 Descreva suas observações dos procedimentos 5.2 e 5.3.

PROCEDIMENTO 6: Gerador.

6.1 Um gerador está montado como mostra a Figura 10.10. Ao girar o imã, uma corrente
alternada faz o filamento da lâmpada brilhar levemente. Experimente e descreva como
funciona este gerador.

Figura 10.10. Gerador.

106
10.6 QUESTIONÁRIO

1- Explique com suas próprias palavras a diferença entre um campo magnético e o fluxo
de um campo magnético. Estas grandezas são escalares ou vetoriais? Em que unidades
cada uma delas pode ser expressa? Como se relacionam estas unidades?

2- Explique os resultados do PROCEDIMENTO 1.

3- Explique o que aconteceu no item 2.1 da parte prática.

4- Qual a função do núcleo de ferro no item 2.2? Comente.

5- Explique os acontecimentos dos itens 2.3 e 2.4 e relacione-os com os do item 2.1.

6- Justifique o resultado negativo do item 4.2.

7- Descreva os resultados obtidos com o transformador, itens 4.3 e 4.4. Justifique.

107

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