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HUMANIDADES e DIREITO

I. JUSNATURALISMO

De forma genérica pode-se afirmar que as escolas “moralistas” entendem que o Direito é predeterminado por “leis naturais” não
escritas. Contudo, considerando esse grande campo que denomina de “escolas moralistas” ou “jusnaturalistas”, pontua-se uma
divisão binária em dois outros campos que encerram tipos de jusnaturalismo:

1. JUSNATURALISMO ANTIGO

Na visão dessa primeira modalidade de jusnaturalismo, a concepção de Direito Natural se funda nas “leis da natureza”,
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(leis do universo, seres vivos, fauna, flora) determinando que estas regem a realidade e conseqüentemente, ato normativo escrito
nenhum terá validade se contrariar algumas dessas leis.

Exemplo: A mãe é a única que pode engravidar. Somente ela possui leite materno. Trata-se assim de uma regra natural da
natureza completamente irremediável.

Nesse perfil de jusnaturalismo, a natureza externa é o fundamento, a justificativa para a legislação.

2. JUSNATURALISMO MODERNO

Parte da idéia comum da existência de direitos naturais anteriores às leis dos homens;

Contudo nessa perspectiva, se apresentam como Direito Ideal definido como “conjunto de normas justas e corretas que
devem fazer parte do Direito Positivo”;ou seja, oriundas do aspecto moral, seja religioso ou baseado na razão (racional), algo
relacionado à natureza do homem, da humanidade e não à “natureza cosmológica”.

Exemplo 1: Os seres humanos nascem iguais.

Exemplo 2: Os homens nascem livres.

Como se percebe, o ideal seria que os homens nascessem livres, mas em regimes escravistas esta poderia não ser a regra
legal. Tais preceitos são utilizados em busca de uma “justiça universal” que pertence à humanidade, a partir de uma compreensão
do direito natural que busca uma natureza ideal para o homem.

3.DIFERENÇA ENTRE JUSNATURALISMO ANTIGO E MODERNO

A diferença está no critério de análise: a primeira modalidade parte de algo considerado natural que pode ser
supostamente constatado pela observação da “natureza externa” ao homem.

Na segunda modalidade, o que é atribuído como natural é algo idealizado e centrado exclusivamente no campo de valores,
uma natureza interna do homem.

3. JUSNATURALISMO GREGO

Como se sabe, apesar de diversas, todas essas visões possuíam como ponto comum a “pré-concepção de uma natureza bem
organizada”- a conhecer, que é regida por determinada ordem.

Os Direitos naturais eram assim o corpo de normas invariável, de validade geral (universal), tendo como fundamento a
justiça e a razão e os limites impostos pela própria natureza.

Para os gregos o Direito natural é anterior à “comunidade política”, e a própria sociedade, tendo como fundamento uma
ORDEM que é o COSMOS, que é o mundo das regras naturais/universais.
Exemplo 1: Na Grécia, a mulher era considerada inferior na legislação sob a justificação de sua “notória” vulnerabilidade
física perante um homem.

Exemplo 2: O Escravo na Grécia era naturalmente uma pessoa incapaz de se conduzir sem ajuda de um senhor, aí
estando sua natureza inferior.

3.1 JUSNATURALISMO IDADE MÉDIA

A escola medieval representa uma ruptura com a primeira modalidade de jusnaturalismo (grego). De forma didática se
apresenta as principais diferenças na tabela abaixo:

Considerando o termo “cosmologia” como “explicação de mundo”;

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COSMOLOGIA ANTIGA COSMOLOGIA CRISTÃ

Os homens são mortais. O mundo é imortal. Em O homem é o centro e é imortal: o mundo é finito.
razão disso o homem deve explorar os prazeres. O homem transcende o mundo. Dessa forma de
negar os prazeres.

A fonte do direito natural é a filosofia. A fonte do Direito natural é a religião.

A natureza concede as regras universais. Deus dá ao homem um código de leis.

O período foi regido pelo heliocentrismo O período foi regido pelo teocentrismo.

Reconhecida a importância das análises, adentra-se em correntes ideológicas do “jusnaturalismo moderno”. Neste sentido,
para a corrente jusnaturalista, os direitos são anteriores mesmo ao surgimento do Estado, tendo acompanhado o homem desde o
seu surgimento. Assim existiriam normas anteriores e superiores em relação ao Direito estatal posto.

Em sua obra, ANDRÉ DE CARVALHO RAMOS, faz análise de duas correntes do Jusnaturalismo: a do Direito Natural de
inspiração divina e Direito Natural de inspiração racional. A Escola medieval se insere nessa primeira corrente:

3.1.1 DIREITO NATURAL DE INSPIRAÇÃO DIVINA.

A grande referência dessa visão são os estudos de responsabilidade do teólogo SÃO TOMÁS DE AQUINO.

Para este, “[...] a lex humana deve obedecer a lex naturalis, que era fruto da “razão divina”, mas perceptível (observável)
pelos homens”. Assim, pode-se dizer que o fundamento do Direito seria a natureza dos homens e o que há de natural, “comum”
entre os homens é o fato de que todos são “filhos de Deus”.

4. ESCOLA DO DIREITO NATURAL RACIONAL

Existiu entre o Século XVI até o Século XVIII, movimento denominado “jusnaturalismo racionalista”, florescido em um
contexto social, político e econômico da queda do regime monárquico e implementação do capitalismo. Neste período surgiam as
ciências exatas e biológicas a partir do método empírico. Para tais pensadores, o Direito é uma ordem pré-estabelecida decorrente
da natureza do homem e da sociedade.

A razão humana é o meio adequado para descobrir os fundamentos que devem nortear as regras na sociedade. Neste
pensamento pode-se dizer que a razão substitui a divindade. Na literatura esse período ficou conhecido como o da “morte de Deus”.
Trata-se do período do surgimento do jusnaturalismo racionalista nos séculos XVI à XVIII responsável pela ruptura como a religião
enquanto ordem social.
Com a chegada do Antropocentrismo foi natural a transição das fontes do Direito que eram oriundas da religião e
estipuladas pelo próprio Deus à um novo paradigma em que a fonte de obtenção dessas regras passa a ser a razão e sua criação é
orientada pela natureza humana. Tendo como precursor HUGO GRÓCIO, apontado como um dos fundadores do Direito
Internacional moderno, o racionalismo sustentou no decorrer do Século XVI, a existência de um conjunto de “normas ideais” que
são frutos da “razão humana”.

Assim esse Direito Natural seria revelado pela própria razão e por isso, o direito dos legisladores humanos encontrava
como obstáculo, a lei imutável e eterna que é a razão. HUGO GRÓCIO é apontado como o fundador do jusnaturalismo moderno,
rompendo com a visão teológica de “natureza”. A partir de sua proposta, o natural é o racional. Segundo sua célebre visão: “Mesmo
que se dissesse que Deus não existe, os fundamentos valorativos continuariam válidos, pois decorrem do homem e da própria
sociedade”.

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II.CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

A sociologia no contexto do conhecimento científico surge como corpo de idéias que se preocupou desde sempre com o
processo de constituição e desenvolvimento do sistema capitalista. Sendo assim, é fruto da revolução industrial, buscando dar
respostas aos problemas trazidos por essa revolução, esta que teve como objeto, primeiramente a Europa e posteriormente o mundo
todo.

É necessário compreender que a Sociologia não surge “do nada” como obra de um autor iluminista específico: ela é
resultado de uma série de conhecimentos sobre sociedade e natureza discutidos a partir do Século XV em função de uma série de
transformações significativas que alcançaram a dissolução da sociedade feudal.

Entre essa transformações estão:

1) Expansão marítima;
2) Reformas protestantes;
3) Formação dos Estados Nacionais;
4) Grandes navegações e comércio ultramarino;
5) Desenvolvimento científico e tecnológico;

Nos séculos XV e XVI o conhecimento racional do universo e da vida dos homens em sociedade passa a ser uma regra
implementada em meio a uma mudança lenta de embates contra o dogmatismo da igreja. Essas novas formas ficaram registradas
na forma do pensamento dos autores modernos das ciências naturais e biológicas e comentários sobre a sociedade, afinal,
oficialmente não havia ainda uma sociologia.

Nos Séculos XVII e XVIII, com o crescimento da demanda pelos manufaturados, os organizadores da produção passam a
se interessar cada vez mais pelo aperfeiçoamento das técnicas, visando produzir mais com menos gente, alcançando mais lucro.

Esse período foi marcado pelo aparecimento de diferentes máquinas, inicialmente à vapor, responsáveis por fazer o
trabalho que as pessoas faziam, promovendo alterações no processo produtivo, concentrando-se cada vez mais no trabalho
assalariado, imprescindível no sistema fabril, inclusive o da mulher, ao passo que na América, o trabalho continuava escravo ou
servil. A transformação na produção e também as decorrentes da Revolução americana, e Francesa, bem como a emergência de
novas formas de organização política firmas as características desse século.

No século XIX com a consolidação do capitalismo mundial é que surge a sociologia como ciência, no pensamento de Saint
Simon (1760-1830) e de Hegel (1770-1830) e David Ricardo (1772-1823), elo necessário para Auguste Comte e Marx desenvolverem
suas teses.

Século XV-XVI XVII - XVIII XIX

Nicolau Maquiavel (1469-1527); John Locke (1632-1704); Immanuel Kant (1724-1804);

Galileu Galilei (1564-1642); Isaac Newton (1642-1727); de Saint Simon (1760-1830)


Thomas Hobbes (1588-1679); Montesquieu(1689-1755); Hegel (1770-1830)

Francis Bacon (1561-1626); David Hume (1711-1776); David Ricardo (1772-1823)

Rene Descartes (1569-1650); Rosseau (1712-1778);

Adam Smith (1723-1790);

Abaixo se inicia o estudo dos fundadores da Sociologia Moderna de grande utilização pela Sociologia Jurídica.
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1.AUGUSTE COMTE

OBSERVAÇÃO: NÃO CONSTA NA AVALIAÇÃO A PARTE SOBRE AUGUSTE COMTE

Período: Século XVIII-XIX. Foi um sociólogo francês influenciado pelas ciências naturais-biológicas.

Alterou a visão da sociologia que era uma visão analítica e passa a propor uma visão sintética. Dessa forma determina uma
nova concepção do estudo da sociedade a partir de uma modelo de ciência sintética. Isso significa que a forma de análise utilizada
pela Sociologia deixa de verificar fatos específicos e passa a analisa a sociedade como um todo. Contudo surgiu uma primeira
dificuldade metodológica relacionada ao objeto de tal ciência que seria toda a sociedade (em todos os períodos históricos).

Visão teleológica evolucionista – influenciado pelo eurocentrismo, COMTE determina um ponto de maior desenvolvimento e
de menor desenvolvimento na história das sociedades. Os modelos de sociedade que não se enquadrassem no modelo europeu de
sociedade não poderia ser considerada evoluída. Assim, o maior exemplo de sociedade desenvolvida era a Europa Industrial do
século XIX. Esse entendimento foi muito difundido pela Europa para justificar o imperialismo, a intolerância e o racismo com os
povos não europeus que foram objeto do imperialismo e do neocolonialismo.

EXEMPLO: Quando a Inglaterra ou alguma potência da Europa ocidental investia contra a soberania de algum país (no caso
da Inglaterra pode ser mencionada CHINA e ÍNDIA), a justificativa, por incrível que pareça foi o ALTRUÍSMO. Ou seja, na
justificativa dos imperialistas europeus, era o sentimento de pena que norteava as intervenções com a finalidade de transformar
países menores em colônia dependentes. Pela intervenção seria possível civiliza-los.

Os modelos históricos de sociedade que não possuísse as características da sociedade europeia não seria considerada
“evoluída”. Assim esta era a “ordem natural” de toda sociedade: caminhar para as características da sociedade europeia do Século
XIX.

Segundo sua visão, essa ‘”evolução” consideraria três fases:

1) Sociedade teológica (negativa)– aquela de organização religiosa, como a medieval.


2) Sociedade metafísica – aquela em que os principais critérios do conhecimento estão relacionados à filosofia.
3) Científica(positiva) – a sociedade industrial e científica.

Toda sociedade deveria considerar essa “ordem natural” e tentar acelerar esse percurso mediante o “progresso”, que seria a
evolução de um ponto “menos desenvolvido” para o “mais desenvolvido” em alguma sociedade.

Dessa forma, o autor em questão não concorda com a visão que consente que os conflitos sociais ou mudanças sociais são algo
natural, pois trabalha com o conceito de ordem.

A evolução da sociedade deve observar a ordem de evolução das sociedades.


2.ÉMILLE DURKHEIM

Foi o primeiro professor de Sociologia da França. Considerado por muitos como o “continuador” do trabalho de COMTE, se
situando dentro do Positivismo. Ainda na proposta positivista inaugurada por COMTE, procurou equiparar a Sociologia às Ciências
Naturais substituindo “evolucionismo” por “funcionalismo”. Assim, parte da observação e exame de dados objetivos, buscando
assim a OBJETIVIDADE.

Em sua visão, o sociólogo não pode aferir o caráter psicológico, individual, subjetivo, mas sim, os dados objetivos (que não
comportam questionamento). Em sua visão teórica a compreensão da sociedade parte da análise das suas influências sobre o
homem e como isso funciona.

Apesar de se situar no positivismo, aderiu ao Funcionalismo, abandonando o “evolucionismo” trabalhado por COMTE.
Seguindo o método funcionalista. Apesar de não haver em sua obra previsão explícita ao “modelo organicista” por se situar no
funcionalismo é possível conceber as característica de sua teorização sobre a sociedade, a partir de tal critério (modelo organicista). 5
MODELO ORGANICISTA :

Apesar de não ter mencionado de forma explícita, a lógica funcionalista pode ser compreendida a partir do modelo
organicista:

TODO (SOCIEDADE) = PARTES (INSTITUIÇÕES) e FUNÇÕES.

CONCEITOS BÁSICOS

FATOS SOCIAIS

Para DURKHEIM, o principal objeto de estudo da Sociologia são os FATOS SOCIAIS (maneiras de agir e pensar que
influenciam o indivíduo apesar de serem externos aos indivíduos). Fatos sociais são instituições, responsáveis por fazer com que
determinados comportamentos sejam conservados, mantidos em acordo com as exigências sócias. Institui-se assim o
comportamento adequado nas pessoas.

São características dos fatos sociais:

a. Coercitividade - A coerção é a força que os fatos possuem: ela nos obriga a nos conformar com as regras impostas pela
sociedade, como foi dito nos exemplos citados. A coerção existe através das sanções (punições) impostas aos que se
rebelam. Essas sanções podem ser leves (exemplo: desobedecer aos pais/ficar de castigo), ou graves (cometer um
crime/ser preso),
A coercitividade é considerada ruim para quem a sofre, mas é uma das ações humanas mais importantes para o
progresso da humanidade: sem ela, a maioria da população seria analfabeta, ignorante, violenta, etc. Sem ela, os filhos
não respeitariam os pais, nem os pais educariam os filhos, a produtividade do trabalho seria baixíssima, a preguiça, a
violência e a ignorância grassariam no meio do povo.
b. Exterioridade - são exteriores e superiores às pessoas. Podemos exemplificar com atos normativos ou religião, mídias ,
partidos, propagandas;
c. Generalidade - Os fatos sociais se manifestam através da natureza ou consciência coletiva ou um estado comum ao
grupo, a exemplo, os sentimentos e a moral. "É social todo fato que é geral." A generalidade de um fato social, ou seja,
sua unanimidade é garantia de normalidade na medida em que representa o “consenso social”, a “vontade coletiva”, ou o
acordo de um grupo a respeito de determinada questão.

O normal é aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a
consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de ter uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade
sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.

Assim, se todas as sociedades possuem os fatos sociais se questiona o que determina a diferenciação entre
elas, já que as sociedades nunca foram idênticas?
CONCIENCIA COLETIVA

Segundo DURKHEIM, o que determina a distinção entre as sociedades é a consciência coletiva. Seria uma espécie de elo,
tecido necessário que se forma entre os fatos sociais e lhe dá um sentido. É decifrando a consciência coletiva que se decifra uma
sociedade.

Não há como decifrar uma sociedade se o sociólogo a ler a sociedade mediante somente as instituições, é necessário decifrar o
consciente coletivo. A consciência coletiva represente um consenso sobre “certo e errado” , “bom e mal” o moral e o imoral, o lícito e
o que é considerado criminoso em uma sociedade, representando a essência moral da mesma.

SOLIDARIEDADE

Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o desenvolvimento de uma solidariedade entre seus
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membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral acaba definindo a
norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam
do trabalho coletivo.

A partir do normal, Durkheim analisa o patológico. As sociedades modernas são doentes porque sofrem de anomia. Estão
submetidas a mudanças tão bruscas e marcantes que o conhecimento coletivo não estabelece um corpo de regulamentação
adequado. Ante a imensa massa de homens que uma nação moderna representa, o indivíduo só pode sentir-se solitário: o suicídio
procede de causas sociais e não individuais. Segundo DURKHEIM, a solidariedade acontece quando as várias partes da sociedade
trabalham em conjunto buscando a harmonia social.

Divide os tipos de solidariedade em duas espécies:

Solidariedade mecânica

É típica de sociedades teológicas e fortemente militarizadas e portanto mais “primitivas”.

As funções são intercambiáveis entre si, pois há baixa diversidade entre as funções que podem ser desenvolvidas pelos
indivíduos nesta sociedade. Em razão dessa baixa diversidade, diz-se que facilmente pessoas poderiam ser substituídas por outras,
para a realização de alguma função.

Em razão disso, DURKHEIM defende que as pessoas se sentiam mais “parte”, mais integradas na sociedade, nestes períodos.

Solidariedade orgânica

Trata-se de uma sociedade marcada pelo racionalismo. Nessa sociedade há um aumento na diversidade das funções sociais;
O indivíduo não se sente parte do todo. A sociedade exigia mais do que a sociedade pode ofertar. Fato anômico/patológico.

ANOMIA

É a sensação de ausência de norma, orientação social. As pessoas não conseguem identificar que norma social seguir.
Normalmente ocorre antecedendo uma mudança social. Os fatos sociais são anormais quando conduzem à anomia, ou seja, quando
abalam o consciente coletivo, a harmonia, o consenso. A anomia é uma doença social, uma patologia. Exemplo: situação na
Alemanha ao término da segunda guerra mundial.

SUICÍDIO

Sempre existiu. É um fato social. Distinguiu três tipos:

1)Egoístico – o indivíduo se mata por se sentir superior à sociedade.

2)Altruísta – o indivíduo se mata por se sentir inferior à sociedade.

3)Anômico – o indivíduo não se sente integrado à sociedade.

O motivo para o suicídio anômico é a passagem da sociedade mecânica para a orgânica.


CRIME E PENA

Apesar de violar a consenso social sobre o que é considerado certo, justo, o crime é uma fato social normal quando ocorre
dentro dos limites normais. Certa quantidade de criminalidade é normal em uma sociedade e até importante, pois permite a re-
afirmação dos valores morais tidos como corretos, justos. Neste sentido pode inclusive trazer uma atualização ou aperfeiçoamento
para o Direito. Contudo, se for em grandes escalas, a conduta considerada crime pode abalar o consciente coletivo conduzindo a
anomia, momento em que o crime deixará de ser normal.

Diferente da visão de Beccaria, para Durkheim, a pena não tem como fundamento a retribuição (com o mal pagar o mal que
fez à sociedade) nem a prevenção geral (prevenir pelo exemplo que outros cometam tal conduta), mas sim é uma reação pré
determinada de reprovação à conduta que ofende os valores mais importantes. Pode ser meramente moral ou realizada por
instituições jurídicas como o sistema penal.

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3.MAX WEBER (1864-1920)

O Sociólogo alemão encontrou a Alemanha em um contexto atribulado – unificação alemã até o período da 1ª Guerra
Mundial. Inicialmente pode-se dizer rompeu com o modelo positivismo e voltado para a OBJETIVA proposto por COMTE e
DURKHEIM. Para WEBER, a ciência humana é uma ciência que trabalha com a noção de SUBJETIVIDADE.

Assim o sociólogo deve trabalhar com a OBJETIVIDADE POSSÍVEL e não total. A segunda ruptura se relacionou à
metodologia evolucionista/teleológica, pois para ele não linha evolutiva – isso é impossível. Rompe assim com a visão positivista
“reificadora”. Com isso surge a SOCIOLOGIA COMPREENSIVA.

Para compreender a sociedade é necessário compreender a conduta do indivíduo, o que os motiva a se comportar de
determinada forma, o sentido social da conduta. Por isso dizem que o mesmo lançou mão do “individualismo metodológico”. É o
indivíduo que cria o padrão social.

Contudo a responsável por conceder os “sentidos sociais” em cada sociedade é ética ou espírito que mudou em cada época.
Atualmente vivemos a ética ou espírito do capitalismo.

SOCIOLOGIA COMPREENSIVA

A partir dessa visão, a realidade social comporta um universo de aspectos diferentes. Trata-se a realidade de um “feixe
inesgotável de fatos” infinitos e varias possiblidades de análise. Assim, um determinado entendimento de uma pesquisa ou de um
sociólogo nada mais é do que um recorte, uma análise pontual que se utiliza para se explicara algo. Corresponde somente à um
determinado aspecto da realidade, não havendo “explicações totais”.

Para facilitar a compreensão da sociedade e partindo da metodologia compreensiva criou os “tipos ideais”, recortes da
realidade que permitem compreender o sentido social que motiva as condutas.

CONCEITOS BÁSICOS

AÇÃO SOCIAL

A ação social é um conceito weberiano. Trata-se de um ação dentro do contexto social, entretanto, de um indivíduo à outro e
tem como objetivo um resultado, embora este não tenha qualquer certeza na previsibilidade.

EXEMPLO: APERTO DE MÃO.

RELAÇÃO SOCIAL

São práticas reciprocamente aceitas entre vários indivíduos ativando um contexto coletivo e recíproco.

Ex: Missa; jogo de futebol.

A relação social é composta de ação social. O que muda ão os calores coletivos ou individuais.

TIPO IDEAL
O tipo ideal é a leitura de um determinado aspecto da sociedade e conceitua em um tipo “idealizado”. Trata-se assim de um
recorte conceitual que o sociólogo faz para compreender a realidade. Trata-se assim de um instrumento para compreender a
realidade – esta que é composta por diversos fenômenos sociais (sociologia compreensiva).

Sobre a interação entre Ciência e política entende que nenhuma das duas está mais certa, nem mais próxima da realidade.
Cada uma tem sua prática. Neste sentido, o cientista estuda o ser e o político o dever ser. Tanto a política quanto a ciência são tipos
ideais.

TIPOS DE AÇÃO SOCIAL

O autor explica a ação social quanto:

a. Aos fins – é compreender uma ação em relação a finalidade que se busca com ela. Ex: fazer a faculdade para se tornar
um profissional. Fazer um cursinho para passar em um concurso.
b. Afetividade – Compreende um ação a partir de motivos que estão no campo das emoções. Ex: Crime passional. 8
Sacrificar algo por outra pessoa. Professor que dá aula por sentir prazer;
c. Tradição – Quando a motivação está relacionada a um costume, tradição. Exemplo: Um profissional que escolhe
trabalhar em uma área específica porque sua família também trabalha; Casar na igreja.
d. Valores – quando a motivação está relacionada ao valores que uma pessoas entende como importante. Exemplo:
político que luta pela liberdade ou democracia. Professor que leciona por admirar a educação.

PODER E DOMINAÇÃO

Para WEBER, o poder é a possibilidade de determinar a conduta de outros. Para se exercer o poder deve ser ter uma
“qualidade”, um “algo a mais” que convence as pessoas a observar. Isso ocorre mesmo em uma situação do dia-a-dia como por
exemplo em uma conversa. Quem usa a palavra submete os outros a escutá-la. Mas quando outra pessoa toma a palavra o poder é
passado de mão. A dominação ocorre quando se consegue efetivamente a obediência das pessoas.

A dominação é realizada nas sociedades e atualmente exercida pelos Estados modernos que trouxeram uma dominação sem
precedentes. WEBER destaca tipos de dominação:

a. Dominação carismática – aquela que é efetivada a partir das qualidades carismáticas de líderes. Como por exemplo
pastores ou celebridades. Ocorreu no período da igreja.
b. Dominação tradicional – A que se fundamenta na tradição como por exemplo a dominação no período da monarquia.
c. Dominação Legal, burocrática – É a realizada pelos Estados modernos que utilizam um direito mais racionalizado, mais
sistemático que se impõe (direito positivo) também com o auxilio da burocracia.

A burocracia é o poder de escritório, ou seja, organizações racionalizadas e hierárquicas que buscam otimizar o exercício de poder.
Um exemplo disso é a própria administração pública.

5. MARX /ENGELS

Marx inovou nas ciências sociais propondo o materialismo histórico enquanto metodologia. A partir de tal método, se opôs
ao idealismo de Hegel que propunha que a realidade é fruto das idéias e sua dialética (troca). Para Hegel, é pela troca de idéias
que as sociedades evoluem.

Já Marx partiu do materialismo: no sentido de que a realidade é explicada pela luta pelos bens e pelas coisas, bem como dos
meios de produção. Analisando historicamente, percebeu que o aumento da produção na sociedade moderna e aliado a isso, o
surgimento do direito de propriedade colocou os meios de produção em mãos de somente uma parcela da sociedade, levando a
uma luta de classes; Sua dialética propõe assim classes hegemônicas e classes dominadas.
CRÍTICA À ECONOMIA POLÍTICA

Um dos trabalhos mais importantes e reconhecidos de Marx foi a crítica a economia política.

Marx percebeu que houve uma substituição de fundamento na sociedade. Antes era o contrato e depois passa a ser a
economia política;

SOCIEDADE COM BASE NO CONTRATO

Na sociedade com base no contrato social todos são livres e iguais em uma sociedade baseada em normas jurídicas. Todos
abrem mão de exercer certas liberdades para que a sociedade possa ser harmônica. Fundamento nas teorias contratualistas.

SOCIEDADE COM BASE NA ECONOMIA POLÍTICA


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Com base na economia política, a sociedade é regida por leis econômicas, como a lei da troca. Nesse sentido, todos são livres
e iguais porque podem trocar coisas livremente, sendo que cada um é um proprietário;

CRÍTICA

Com base nessas premissas MARX propôs que não havia igualdade pois nem todos eram proprietários, e sim os burgueses.
Além disso não havia liberdade pois todos estavam condenados a trabalhar para sobreviver, não havendo uma opção. Todas as
comportamento é hetorômico, não havendo espaço para inovação.

Com isso Marx conclui que há desigualdade social, estabelecida como saldo de uma luta de classes. A exploração se dá com a
“mais valia” – Segundo essa visão, o valor produzido pela força de trabalho, pela mão de obra é apropriado somente pelos
detentores dos meios de produção. A princípio o proletário vende sua capacidade de trabalho à burguesia. Entra aí o conceito de
mais valia ou sobre valor. O sobre valor acontece porque o trabalhador não recebe pelo total que produziu ao vender seu trabalho.
Assim o dono dos meios de produção enriquece. Ao final quem paga essa diferença é o próprio trabalhador para adquirir os serviços
conduzindo o proletário a um condição de escravidão.

ESCALA SOCIAL DE PRODUÇÃO

Burguês são os que são donos dos meios de produção. Proletário é o que vende a mão de obra. Dominação – acontece
mediante a luta de classes (que sempre existiu, sendo que a que ocorre entre burguês e proletário é a última.

INFRAESTRUTURA E SUPERESTUTURA, IDEOLOGIA E CRÍTICA AS DEMOCRACIAS;

A análise da sociedade em MARX começa pela INFRAESTRUTURA ou seja a base econômica. Essa estrutura ideológica
imediata é a SUPERESTRUTURA que deriva da ECONOMIA. Não se pode dizer que é um determinismo econômico pois a
interação e as influências são recíprocas entre SUPER e INFRAESTRUTURAS.

A partir desses pressupostos conceituais MARX passa a estudar as características do capitalismo criticando-o. Para isso,
insere em seu trabalho uma análise científica de como se formou o capitalismo.

MARX INVERTE A DIÁLETICA DE HEGEL – Marx entende que o “progresso” das sociedade, o apogeu represente o
momento de maior dominação na sociedade. Os êxitos sociais do progresso em uma sociedade estão diretamente relacionados aos
tipos de dominação relacionados. Assimo que há na sociedade é uma luta de classes em que a burguesia domina o proletariado.

DIALÉTICA MARXISTA:

TESE(burguesia / capitalismo) ANTÍTESE (proletário quando toma consciência de classe)

SÍNTESE: um novo momento


NOVA ETAPA: SOCIALISMO – segundo MARX, trata-se de uma etapa de transição com uma classe social. O Estado passa
a ser o dono dos meios de produção. Haverá somente um partido: o partido comunista.

Sem a desigualdade – derivada do fato da burguesia ser dona dos meios de produção – é possível viver sem uma luta de
classes.

ÚLTIMA ETAPA: COMUNISMO – Um Estado não será necessário, pois não haverá classes, sendo esta a plena liberdade: A
propriedade e o Direito não existirá.

OBSERVAÇÃO: Para MARX o Direito não seria muito aprofundado no comunismo, pois sua tendência seria desaparecer.

No período do capitalismo MARX entendeu o Direito como um discurso que assegura a dominação, uma vez que este é
fruto do Estado e o Estado é burguês.

Dessa forma o Direito existe para garantir a manutenção do status quo, ou seja, a dominação burguesa.
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